sábado, 28 de junho de 2008

Descoberta de novos planetas encoraja busca por alienígenas

Para aqueles de nós que ainda lamentam o fim de Jornada nas Estrelas - e das séries dela derivadas, e de sua visão do cosmos como um delicioso, ainda que ocasionalmente mortífero, nightclub multicultural, o anúncio de que muitas das estrelas de tamanho semelhante ao Sol, em nossa galáxia, contam com planetas de proporções semelhantes às da Terra foi causa de inspiração.

Os mundos recentemente detectados ficam longe demais de seus sóis para que exista muita chance de que abriguem vida, mesmo que microbiana, quanto mais pessoas que pareçam atraentes em uniformes justíssimos. Mas a descoberta ainda assim serve para reanimar os astrônomos e aqueles que acreditam em vida extraterrestre.

Para começar, os planetas são compactos o bastante. Nos 10 anos passados, astrônomos haviam localizado diversos planetas fora do Sistema Solar, mas todos eles eram gigantescas massas de gás à moda de Júpiter, supostamente desprovidos de superfície sólida e centenas de vezes maiores que a Terra.

Em um novo relatório, Michel Mayor, do Observatório de Genebra, informou ter localizado 45 planetas com massa não muito superior à do nosso, o que significa que, como a Terra, eles provavelmente são feitos de rochas. É um resultado que impressiona também no sentido proporcional: cerca de um terço das estrelas pesquisadas dispunham de planetas rochosos, e outros pesquisadores envolvidos em estudos semelhantes afirmam que a proporção na verdade pode estar mais perto de 50%.

E ainda que os 45 planetas da lista de Genebra estejam todos perto demais de seus astros (com órbitas de entre dois e 50 dias), os pesquisadores confiam em que devam existir planetas que estejam tão distantes de suas estrelas quanto a Terra do Sol.

Sara Seager, especialista em teoria planetária do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), disse que os astrônomos procuram planetas por meio de oscilações reveladoras que eles induzem no percurso das estrelas, um método que costuma identificar preferencialmente os corpos muito grandes ou muito próximos dos sóis.

Mas ainda assim ela afirma que o importante é que "assim que os astrônomos começaram a procurar planetas de massa menor, descobriram muitos deles, o que representa verdadeiro avanço". Para alguns teóricos, esses resultados garantem que existam planetas semelhantes à Terra.

Douglas Lin, professor de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, diz que a presença dos planetas muito grandes ou muito próximos implica que haja aglomerados de outros planetas nas proximidades. "Eu imaginaria que proporção significativa das estrelas comuns, parecidas com o Sol, disponham de planetas habitáveis em suas órbitas - talvez mais de 10% delas", ele afirma.

Habitáveis ou abomináveis, não se pode escapar dos planetas. "Se uma estrela existe, é provável que existam planetas", disse Seth Shostak, cientista sênior do Instituto Seti, na Califórnia. "São como as facas que você ganha de brinde ao encomendar um processador de alimentos".

Quando uma nuvem de poeira e gás se contrai e forma uma nova estrela, que gira mais e mais rápido à medida que seu tamanho diminui, as forças concorrentes da gravidade, pressão e rotação fazem que parte de sua porção central se contraia em forma de disco. Os planetas, por sua vez, se condensam com base na poeira, gás e gelo desse disco central, em seqüências que os pesquisadores mal começaram a modelar.

Na opinião de Lin, a evolução planetária tem algo de darwinista, com planetas embriônicos concorrendo para se ampliar com o "alimento" fornecido pelo disco em forma de metal pesado, enquanto lutam para não serem devorados por outros planetas ou atraídos para o sol.

Caso haja muitos planetas, os cientistas suspeitam que haja também vida abundante, ao menos da variedade microbiana. Afinal, disseram eles, a vida em nosso planeta surgiu com relativa rapidez, talvez 800 milhões de anos depois do nascimento da Terra por condensação - e depois se manteve, em forma unicelular, por mais três bilhões de anos, ou ainda mais tempo.

Os astrônomos querem identificar novos planetas, e depositam grande esperança na Kepler, uma espaçonave que será lançada em fevereiro e adotará abordagem diferenciada na busca por planetas. Seager diz que ela procurará não por oscilações mas sim por "pequenas quedas de brilho" nos sóis, possíveis sinais de que um planeta obscureceu por dado período a face do sol distante. A Kepler observará 100 mil estrelas em quatro anos.

"Será como a grande era do descobrimento, os navegadores do século XVI", disse Shostak. "Determinaremos a porcentagem de sóis dotados de planetas e, mais importante, que proporção desses planetas têm dimensões pequenas, terrestres".

Quando esse atlas planetário for compilado, podemos escolher os lugares mais merecedores de sondagem adicional: planetas relativamente próximos e do tipo que conhecemos melhor. Poderemos procurar por planetas rochosos com órbitas estáveis e nuvens de vapor de água que indiquem possíveis oceanos líquidos, bem como por presença de oxigênio em forma atmosférica, a assinatura de uma biosfera.

"O oxigênio é tão reativo que não se manteria na atmosfera a menos que esteja sendo produzido por algo como a fotossíntese", disse Seager. "O que representa um grande indicador de vida".

Pode ser que jamais visitemos esses planetas fisicamente, mas seria possível "enviar algo do tamanho de uma bola de golfe", diz Shostak. "Um objeto com olhos, ouvidos, nariz e dedos robotizados, todos os sentidos que tornam as coisas interessantes. Não estaríamos no foguete mas mesmo assim viveríamos a aventura". Assim, poderemos viver e prosperar, com nossas cabeças substitutas nas estrelas mas nossos pés firmemente plantados no solo.

Ilustração artística mostra três planetas recentemente descobertos
Ilustração artística mostra três planetas recentemente descobertos

Tradução: Paulo Migliacci ME

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sonda Cassini concluirá na segunda-feira missão ao planeta Saturno

A sonda Cassini, um projeto conjunto da Nasa e da Agência Espacial Européia, finalizará na segunda-feira uma missão de estudo enviada a Saturno e continuará sua longa viagem na busca de duas misteriosas luas do planeta: Titan e Enceladus.

O novo deslocamento da sonda durará dois anos e estará centrado principalmente na Enceladus, uma lua que pareceria ter um ambiente habitável similar ao da Terra, informou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL).

Ao divulgar as novas tarefas da sonda os cientistas da Nasa disseram que durante quatro anos cumpriu a Cassini cumpriu amplamente sua missão.

"Tivemos uma missão maravilhosa e muito agitada no que se refere a descobertas científicas", disse Bob Mitchell, diretor do programa da Cassini no JPL.

"Estamos muito orgulhos de ter completado todos os objetivos que prevemos antes do lançamento. Acabamos com velhas dúvidas e criamos outras. A viagem continua", acrescentou.

Durante sua nova missão, a Cassini observará as mudanças estacionais em ambas as luas, explorará a magnetosfera de Saturno e observará a geometria especial desses anéis durante o equinócio do planeta, em agosto de 2009.

A sonda partiu do Cabo Canaveral (Flórida) para Saturno em 15 de outubro de 1997 e em sua viagem rumo ao planeta percorreu 3,5 bilhões de quilômetros.

Segundo o JPL, a Cassini entrou na órbita de Saturno em 30 de junho de 2004 e começou quase imediatamente a transmitir "assombrosos" dados sobre os anéis.

A nave leva a bordo 12 instrumentos científicos que funcionam com a energia de três geradores termoelétricos radioisotópicos, acrescentou a fonte.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Cientistas: solo marciano poderia abrigar vida

Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, disseram na quinta-feira que a primeira análise do solo marciano indica que ali parece haver condições necessárias para abrigar vida.

Os cientistas que trabalham na missão da sonda Phoenix afirmaram que uma análise preliminar de elementos de solo recolhidos pelo braço robótico do veículo mostra que é muito mais alcalino que o previsto.

"Basicamente encontramos o que parecem ser os requisitos, os nutrientes, para sustentar a vida, seja no passado, no presente ou no futuro", disse a jornalistas Sam Kounaves, o principal pesquisador do laboratório químico da sonda.

"É o tipo de solo que poderiam encontrar provavelmente no seu quintal, vocês sabem, de composição alcalina. Você poderia plantar aspargos ali muito bem... é muito emocionante para nós", disse o especialista.

A sonda já tinha encontrado gelo no planeta vermelho. "Ficamos atônitos diante dos dados que conseguimos", acrescentou Kounaves. Os cientistas não chegaram a dizer que agora crêem que a vida, ainda em forma de micróbios, exista definitivamente em Marte, alegando que os resultados são muito preliminares e que mais análise é necessária.

"Não há nada no solo que impeça a vida. De fato parece muito acolhedor...não há nada ali que seja tóxico", indicou Kounaves. A sonda Phoenix aterrizou em Marte em 25 de maio depois de uma viagem de 10 meses.

Universo é mais transparente do que pensavam cientistas

O Universo é mais transparente do que estabeleciam até agora os modelos científicos, o que obrigaria a buscar novos enfoques para explicar a formação e a evolução das galáxias, depois que um grupo de cientistas detectou uma radiação a mais de cinco bilhões de anos luz.

É o que diz um estudo baseado em observações do telescópio Magic, situado na ilha canária de La Palma, cuja conclusão principal é de que o Universo não é tão opaco como postulam os modelos atuais de luz extragaláctica de fundo.

Os resultados da pesquisa foram publicados no último número da revista científica americana Science. Até o momento, nunca havia sido detectada uma radiação gama proveniente de um quasar (núcleo brilhante de uma galáxia distante) tão distante da Terra, concretamente a mais de cinco bilhões de anos luz.

O estudo é baseado na emissão de raios gama do quasar 3C 279 registrado pelo telescópio Magic, uma instalação administrada por um consórcio internacional e localizada em La Palma.

De acordo com os modelos científicos estabelecidos, o Magic não deveria ter detectado tal quantidade de radiação gama de 3C 279. Os pesquisadores previam que esta forma de energia chegasse à Terra muito mais atenuada, dada a distância que devia percorrer.

Os quasares abrigam um disco de gás quente e nuvens moleculares que giram a uma grande velocidade em torno de um buraco negro super massivo, que suga parte do material do disco, o que gera emissões muito energéticas.

Da mesma forma que em outros fenômenos astrofísicos de grande intensidade, parte da energia que esses quasares emitem toma a forma de raios gama, um tipo de radiação eletromagnética muito forte.

Segundo o astrônomo Francisco Prada, um dos participantes do trabalho através do Centro Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC), os dados do telescópio Magic sobre a radiação gama do quasar 3C 279 provam que o Universo é mais transparente do que se pensava.

Inclusive a hipótese mais conservadora, que se baseia na recontagem de galáxias e no cálculo da luz emitida ao longo de suas vidas, parte de uma densidade de luz de fundo dificilmente compatível com o limite máximo descoberto pelo recente estudo.

O Magic é um telescópio de raios gama com um espelho de 17 metros de diâmetro, o de maior tamanho do mundo, e detecta os raios graças aos curtos brilhos de luz produzidos quando interagem com as partículas da atmosfera terrestre, conhecidos como radiação de Cherenkov.

Entre os objetos de estudo do Magic figuram os fenômenos mais violentos do Universo, como supernovas, explosões de raios gama e quasares. A gestão do Magic depende de uma colaboração internacional com cerca de 150 pesquisadores de Alemanha, Itália, Suíça, Polônia, Finlândia, Bulgária, Estados Unidos e Espanha.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Nasa e ESA se aliam para descobrir segredos dos buracos negros

As agências espaciais americana, Nasa, e européia, ESA, destinarão mais de US$ 2 bilhões e 15 anos de trabalho para tentar detectar as ondas gravitacionais previstas por Albert Einstein na Teoria da Relatividade e revelar, assim, os segredos que se escondem por trás dos buracos negros.

A aliança das agências espaciais americana e européia se materializará no projeto LISA, que tentará comprovar, pela primeira vez na história, a existência da radiação gravitacional, ou seja, as ondas geradas em grandes cataclismos astrofísicos.

As ondas são geradas, por exemplo, na colisão de duas estrelas, de dois buracos negros ou na explosão de uma supernova.

A medição dessas ondas abrirá uma janela até hoje inexplorada na observação do universo.

Além disso, ajudará a compreender o mistério dos buracos negros que produzidos "no início do universo quando as galáxias eram muito jovens", explicou à Agência Efe o físico canadense Clifford Martin Will, pesquisador do Instituto de Astrofísica de Paris e da universidade Pierre et Marie Curie.

O projeto LISA consta de três naves espaciais que orbitarão ao redor do Sol, configurando um triângulo equilátero, a cem milhões de quilômetros entre elas.

Cada nave enviará as outras duas um feixe de luz que permitirá detectar qualquer ínfimo movimento que experimentem, inclusive se for do tamanho do núcleo de um átomo.

Embora estivesse previsto que estes três satélites fossem enviados ao espaço em 2011, a data de lançamento foi adiada, por enquanto, até 2018, devido ao alto custo da operação, que necessitará de um investimento de mais de US$ 2 bilhões, e ao "grande desafio técnico" que representa um projeto como esse.

"O dia chegará, pode ser que tarde, mas chegará", ressaltou Clifford Martin Will, que, no ano passado, foi eleito membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Há quase cem anos o alemão Albert Einstein elaborou a Teoria da Relatividade, na qual predizia a existência das ondas gravitacionais que se propagam à velocidade da luz e que são alterações da geometria espaço-tempo.

As ondas ainda não puderam ser detectadas diretamente, apesar de a teoria de Einstein ter sido verificada empiricamente por muitos pesquisadores de todo o mundo.

"O fato de as ondas não serem detectadas também seria uma descoberta muito importante, já que teríamos que começar do zero, mas isso é muito pouco provável, já que muitos experimentos provaram que a teoria de Einstein é correta", disse Will.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Phoenix: microscópio analisa amostra do solo de Marte

O microscópio da nave de prospecção Phoenix analisa hoje uma amostra de solo de Marte recolhida pelo braço robótico em uma superfície onde as câmeras tinham identificado o que seria gelo, informou a Nasa.

A Phoenix também movimentará seu dispositivo de escavação para que deposite parte da mesma amostra de solo para seu primeiro experimento de química úmida no planeta vermelho, que será realizado em um ou dois dias.

Os cientistas derreteram ontem o gelo para a realização do primeiro experimento químico com água da Phoenix. O laboratório, que até hoje não foi utilizado em Marte, é desenhado para a análise do solo na busca de sais, ácidos e outras características.

O laboratório de química úmida de Phoenix é parte de um conjunto de instrumentos denominado Analisador de Microscopia, Eletroquímica e Condutividade (Meca, na sigla em inglês).

"A água na célula de química úmida está gelada e antes que façamos um experimento temos que ter certeza de que está totalmente líquida", disse Sam Kounaves, da Universidade Tufts, um dos cientistas na equipe do laboratório.

"É preciso usar toda a água para que o experimento funcione", comentou. "Estamos prontos para começar", disse Michael Hecht do Laboratório de Propulsão da Nasa, e cientista principal do instrumento MECA para Phoenix.

"Para nosso experimento fizemos água líquida pela primeira vez em Marte", afirmou. Na semana passada, a Nasa informou que, em uma fundação escavada pela pá robótica da Phoenix, as câmeras mostraram um material branco e brilhante que quatro dias depois desapareceu. Os cientistas concluíram que poderia se tratar de gelo.

A pá robótica recolheu amostras de solo e agora com diferentes instrumentos a Phoenix analisará a estrutura e as características desse material, que poderia dar provas da existência de água em Marte.

Imagem mostra uma concepção artística da Phoenix em Marte
Imagem mostra uma concepção artística da Phoenix em Marte

Buracos negros se alimentam todos da mesma forma

Um novo estudo, usando dados do observatório Chandra e telescópios terrestres combinados com modelos teóricos detalhados, mostra que o buraco negro supermassivo na galáxia M81 se alimenta como os buracos negros de massa estelar, com massas de apenas aproximadamente dez vezes a do Sol.

Esta descoberta corrobora a teoria da relatividade de Einstein, que afirma que buracos negros de todos os tamanhos têm propriedades similares. O buraco negro da galáxia espiral M81 é cerca de 70 milhões de vezes mais massivo que nosso Sol.

Ele puxa gás da região central da galáxia para dentro de si em alta velocidade. Já os buracos negros de massa estelar puxam gás de uma estrela companheira de órbita.

Segundo o site Space.com, nos dois casos, quando eles se alimentam, o material entra em espiral e superaquece, lançando raios-X e outras formas de radiação.

A imagem combina raios-X do Observatório Chandra, em azul, dados ópticos do Hubble, infravermelho do Spitzer e dados de ultravioleta do GALEX. A galáxia M81 está a aproximadamente 12 milhões de anos-luz da Terra.

Buraco negro da galáxia M81 é cerca de 70 milhões de vezes mais massivo que nosso Sol
Buraco negro da galáxia M81 é cerca de 70 milhões de vezes mais massivo que nosso Sol

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Nova imagem da Nasa mostra melhor gelo em Marte

A nave de prospecção Phoenix encontrou gelo na superfície de Marte, e os cientistas saberão sua composição química e se há material orgânico nas próximas semanas, anunciou hoje a agência espacial americana, Nasa, que divulgou uma nova imagem, colorida e com mais detalhes, para evidenciar o desaparecimento da substância.

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"É muito emocionante que tenhamos encontrado gelo embaixo do lugar onde desceu" a cápsula Phoenix, afirmou, em entrevista coletiva, Peter Smith, da Universidade do Arizona, que dirige o aspecto científico da missão.

"Temos certeza que encontramos uma superfície com gelo", acrescentou. A escavadeira da Phoenix abriu um pequeno buraco no qual, segundo as fotos tiradas pela câmera quatro dias atrás, aparecia um material branco e brilhante. Ontem, a Nasa anunciou que esse material tinha
desaparecido.

Imagem à esquerda foi tirada no dia 15 de junho, e a da direita, no dia 18
Imagem à esquerda foi tirada no dia 15 de junho, e a da direita, no dia 18

Cientistas esperam dados sobre gelo encontrado em Marte

A sonda "Phoenix" encontrou gelo na superfície da região ártica de Marte e, nas próximas semanas, os cientistas conhecerão sua composição química e saberão se há plantas de material orgânico, anunciou hoje a Nasa, a agência espacial americana.

"É muito emocionante que tenhamos encontrado gelo debaixo do lugar onde desceu" a cápsula "Phoenix", afirmou em entrevista coletiva Peter Smith, da Universidade do Arizona, que dirige o aspecto científico da missão.

"Temos certeza de que encontramos uma superfície com gelo", acrescentou. A "Phoenix" pousou, sem colchões de amortecimento, em uma região de alta latitude de Marte no dia 25 de maio.

A pá escavadeira da nave abriu um pequeno buraco no qual, segundo as fotografias tiradas pela câmera da sonda quatro dias atrás, era possível ver um material branco e brilhante.

A equipe de cientistas da "Phoenix" passou o dia todo de quinta-feira analisando os dados mais recentes e as novas imagens e descobriu que algumas porções do material branco, do tamanho de dados, tinham desaparecido.

Os cientistas da universidade e da Nasa descartaram a possibilidade de que se trate de dióxido de carbono líquido ou de sal na superfície do planeta, que orbita cerca de 230 milhões de quilômetros da Terra.

A próxima tarefa é coletar uma amostra do material branco, o qual necessitaria que a pá escavadeira voltasse a arranhar o solo marciano. O exemplar recolhido será levado, em um movimento de 30 minutos, até um pequeno forno na ponte da "Phoenix".

Os cientistas deverão esperar "poucas semanas" antes que os instrumentos do laboratório na sonda mostrem a composição química do gelo marciano e revelem o mistério que fascinou a humanidade: a presença ou ausência de material orgânico em outro planeta.

A missão da "Phoenix" tem o objetivo de investigar se as planícies árticas de Marte podem ter abrigado formas microscópicas de vida. A água é um ingrediente essencial para a vida.

Os cientistas souberam durante muito tempo que há abundante gelo de água nos cascos polares de Marte, e há indícios fortes da existência desse debaixo da superfície longe dos pólos, segundo as observações por satélite.

A descoberta da "Phoenix" é a primeira prova firme de que esse gelo se encontra sob a superfície longe dos cascos polares.

Os cientistas deram às diferentes tarefas da "Phoenix" os nomes de personagens de contos infantis.

Smith explicou que essa escolha responde ao objetivo da Nasa de atrair e manter o interesse de meninos e meninas na exploração espacial.

Na quinta-feira, na fundação chamada "Branca de Neve 2" o braço robótico fez outra descoberta promissora: a pá se deparou com uma superfície dura, que também poderia ser gelo, explicou Ray Arvidson, da Universidade Washington em St. Louis, um dos cientistas a cargo do programa.

"Escavamos uma fundação e descobrimos uma camada dura na mesma profundeza que a camada de gelo na outra fundação", acrescentou.

Antes da descoberta, a "Phoenix" teve alguns inconvenientes, incluindo a perda de memória recente do computador da sonda e uma obstrução em um dos fornos.

As descobertas fizeram com que a Nasa e os cientistas considerem já bem-sucedida a missão da "Phoenix" e merecedora de uma extensão de um mês em sua tarefa prevista para 90 dias.

Cientistas estão certos de que há de gelo em Marte

Cientistas que trabalham na missão Phoenix Mars Lander, da Nasa (agência espacial dos EUA), relataram ter encontrado provas supostamente contundentes de que um dispositivo robótico achou gelo ao escavar a superfície de Marte.

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A Nasa deve fornecer maiores detalhes sobre a descoberta durante uma entrevista coletiva a ser realizada na sexta-feira. Uma pequena sonda de exploração pousou em segurança, no mês passado, em um deserto gélido do pólo norte do planeta a fim de procurar por água e avaliar as condições de sustentabilidade de vida ali.

Pequenas porções de um material brilhante que teriam o tamanho de dados desapareceram de uma valeta onde haviam sido fotografadas pelo aparelho da Nasa nesta semana, disse a agência espacial em um comunicado divulgado na noite de quinta-feira.

Isso convenceu os cientistas de que se tratava de gelo ¿água congelada¿ que virou vapor após a atividade de escavação ter exposto o material, afirmou a Nasa.

"Deve ser gelo," disse o principal cientista da missão, Peter Smith, da Universidade do Arizona. "Esses pequenos torrões desapareceram completamente no período de alguns dias. Isso é uma prova perfeita de que se trata de gelo. Houve algumas especulações sobre a possibilidade de o material brilhante ser sal. O sal não consegue fazer isso."

A presença de água em Marte é um assunto intrigante dentro da comunidade científica. Nos últimos anos, pesquisadores apresentaram indícios convincentes sobre a existência de grandes depósitos de água congelada nos pólos de Marte e interpretam alguns dos aspectos geológicos do planeta como um sinal de que grandes massas de água flutuaram na superfície dele em um passado distante.

A água é um elemento fundamental para saber se já houve vida, ainda que na forma de meros micróbios, em Marte. Na Terra, a água é um elemento indispensável para a vida.

Os pedacinhos de material foram deixados no fundo de uma vala chamada de "Dodo-Goldilocks" quando o braço-robô do Phoenix alargou aquela vala, no dia 15 de junho. Várias porções do material tinham desaparecido quando o Phoenix inspecionou novamente a vala, na quinta-feira, disse a Nasa.

A agência espacial norte-americana também afirmou que a sonda, ao cavar em uma outra trincheira, usou seu braço-robô para entrar em contato com uma superfície rígida que os cientistas suspeitam ser gelo. A sonda de 420 milhões de dólares, cerca de R$ 673,8 bilhões, passou dez meses viajando da Terra até Marte.

Material branco brilhante foi detectado no interior de uma trincheira escavada pela Phoenix
Material branco brilhante foi detectado no interior de uma trincheira escavada pela Phoenix

Sonda da Nasa acha prova da presença de gelo em Marte

Cientistas que trabalham na missão Phoenix Mars Lander, da Nasa (agência espacial dos EUA), relataram ter encontrado provas supostamente contundentes de que um dispositivo robótico achou gelo ao escavar a superfície de Marte.

A Nasa deve fornecer maiores detalhes sobre a descoberta durante uma entrevista coletiva a ser realizada na sexta-feira.

Uma pequena sonda de exploração pousou em segurança, no mês passado, em um deserto gélido do pólo norte do planeta a fim de procurar por água e avaliar as condições de sustentabilidade de vida ali.

Pequenas porções de um material brilhante que teriam o tamanho de dados desapareceram de uma valeta onde haviam sido fotografadas pelo aparelho da Nasa nesta semana, disse a agência espacial em um comunicado divulgado na noite de quinta-feira.

Isso convenceu os cientistas de que se tratava de gelo —água congelada— que virou vapor após a atividade de escavação ter exposto o material, afirmou a Nasa.

"Deve ser gelo," disse o principal cientista da missão, Peter Smith, da Universidade do Arizona. "Esses pequenos torrões desapareceram completamente no período de alguns dias. Isso é uma prova perfeita de que se trata de gelo. Houve algumas especulações sobre a possibilidade de o material brilhante ser sal. O sal não consegue fazer isso."

A presença de água em Marte é um assunto intrigante dentro da comunidade científica. Nos últimos anos, pesquisadores apresentaram indícios convincentes sobre a existência de grandes depósitos de água congelada nos pólos de Marte e interpretam alguns dos aspectos geológicos do planeta como um sinal de que grandes massas de água flutuaram na superfície dele em um passado distante.

A água é um elemento fundamental para saber se já houve vida, ainda que na forma de meros micróbios, em Marte. Na Terra, a água é um elemento indispensável para a vida.

Os pedacinhos de material foram deixados no fundo de uma vala chamada de "Dodo-Goldilocks" quando o braço-robô do Phoenix alargou aquela vala, no dia 15 de junho. Várias porções do material tinham desaparecido quando o Phoenix inspecionou novamente a vala, na quinta-feira, disse a Nasa.

A agência espacial norte-americana também afirmou que a sonda, ao cavar em uma outra trincheira, usou seu braço-robô para entrar em contato com uma superfície rígida que os cientistas suspeitam ser gelo.

A sonda de 420 milhões de dólares passou dez meses viajando da Terra até Marte.

(Reportagem de Will Dunham)

Nasa acredita ter encontrado provas de presença de gelo em Marte

Pedaços de material brilhante, do tamanho de dados, fotografados há quatro dias em Marte pela sonda "Phoenix", desapareceram e isto convenceu os cientistas de que se tratava de gelo, revelou hoje a agência espacial americana.

O material tinha ficado exposto em uma pequena fundação escavada pela sonda "Phoenix".

A agência espacial oferecerá uma conferência às 14h (horário de Brasília) de hoje para apresentar as novidades mais recentes da missão.

"Estes pequenos pedaços de material desapareceram completamente em poucos dias, e isto é uma prova perfeita de que se trata de gelo", disse o cientista Peter Smith, da Universidade do Arizona, uma instituição que participa da missão em Marte.

"Surgiram algumas dúvidas se esse material branco e brilhante poderia ser sal", acrescentou. Ele esclareceu que o sal não evapora assim.

A cápsula "Phoenix" explora a região ártica de Marte e usa um braço robótico para escavar mostras do solo que depois é submetido a análise.

O material ficou à vista no fundo de uma pequena fundação que o braço escavador da "Phoenix" alargou no dia 15 de junho, mas quando a câmera focou novamente a região ontem o que se percebe é que o gelo tinha desaparecido.

Enquanto isto, o braço da "Phoenix" encontrou uma superfície dura enquanto escavava outra fundação ontem e os cientistas acham que será descoberta também uma camada de gelo, afirmou a Nasa.

Cientistas estão certos de que há de gelo em Marte

Uma análise comparativa das últimas imagens tiradas pela sonda Phoenix convenceu os cientistas da presença de gelo perto da superfície do pólo ártico de Marte, de acordo com um comunicado publicado nesta sexta-feira no site da Nasa.

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Pedaços de material branco brilhante, do tamanho de um dado, desapareceram do interior de uma trincheira escavada pelo braço mecânico da Phoenix, quatro dias após terem sido fotografados pelas câmeras da sonda, explicam.

De acordo os pesquisadores, esses materiais seriam água congelada que se evaporou após ter sido exposta ao sol pela Phoenix. "Deve ser gelo", disse Peter Smith, da Universidade do Arizona, responsável pela equipe científica da Phoenix, explicando que "esses pequenos pedaços desapareceram totalmente nos últimos dias, o que constitui uma perfeita indicação que se tratava de gelo".

"Havia um debate na equipe sobre esse material, se seria gelo ou sal", acrescenta o cientista, explicando que "o sal não pode derreter". Esses pedaços de material branco foram retirados basicamente de uma espécie de trincheira batizada "Dodo-Goldilocks" pelas equipes de pesquisa, que o braço mecânico da Phoenix havia alargado em 15 de junho.

Vários destes pequenos blocos sumiram quando a Phoenix fotografou outra vez esta trincheira na quinta-feira. Os cientistas tentam encontrar indícios da existência de água e materiais orgânicos.

Material branco brilhante foi detectado no interior de uma trincheira escavada pela Phoenix
Material branco brilhante foi detectado no interior de uma trincheira escavada pela Phoenix

quinta-feira, 19 de junho de 2008

EUA aprova orçamento de R$ 32,5 bi para Nasa

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje um orçamento de US$ 20,2 bilhões, cerca de R$ 32,5 bilhões, para o orçamento fiscal de 2009 da Agência Espacial americana (Nasa). Fontes legislativas indicaram que o novo orçamento da Nasa para o ano fiscal que se inicia em outubro foi aprovado com 409 votos a favor e 15 contra.

A agência espacial americana tem previstas 10 missões a mais para as naves, a maioria para continuar com a construção da Estação Espacial Internacional (ISS).

Entre os anos de 2010 e 2015, as operações de abastecimento e substituição de tripulantes da ISS passarão a ser realizadas pela nave Soyuz, da Rússia.

Segundo o congressista democrata Nick Lampson, se não destinar fundos extras para o desenvolvimento espacial, os Estados Unidos correm o risco de perder sua liderança em ciência e tecnologia, perante o avanço de Rússia, China e Japão.

Cargueiro europeu Julio Verne eleva órbita da ISS

O cargueiro espacial europeu Julio Verne elevou hoje em 7 km a órbita da Estação Espacial Internacional (ISS), com a força de seus motores, informou o Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia (CCVE).

Os propulsores do cargueiro europeu estiveram acesos durante 1.206 segundos (pouco mais de 20 minutos), disse um porta-voz do CCVE, citado pela agência russa Interfax.

Ele acrescentou que a ISS, tripulada atualmente pelos russos Serguei Vólkov e Oleg Kononenko e pelo americano Greg Chamitoff, ficou a uma altura de cerca de 345 quilômetros.

Habitualmente, a altura de órbita média do laboratório espacial oscila entre 360 e 330 quilômetros.

O engenho perde entre 100 e 150 metros de altura a cada dia devido à gravitação terrestre, à atividade solar e a outros fatores.

A órbita da plataforma é elevada regularmente vários quilômetros, manobra de correção para a qual, até muito pouco atrás, eram utilizadas naves americanas e russas, e à qual agora se uniu o cargueiro europeu.

O porta-voz do CCVE informou que nos próximos dois meses a órbita da Estação Espacial será objeto de três novas correções.

Com seus propulsores, as naves acopladas à plataforma também podem modificar a orientação da ISS com relação ao sol, sua inclinação em relação ao eixo terrestre, seu período de rotação em torno da Terra e sua velocidade de vôo.

A órbita da plataforma espacial também foi corrigida em várias ocasiões, para evitar possíveis colisões com meteoritos, lixo espacial ou satélites.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Estrelas gêmeas podem apresentar diferenças

Ao contrário dos bebês humanos, as estrelas gêmeas idênticas não nascem ao mesmo tempo, o que permite que suas características se diferenciem em seu desenvolvimento, diz um estudo publicado hoje pela revista científica britânica Nature.

Duas estrelas gêmeas idênticas são aquelas que têm a mesma massa e se formaram a partir da mesma nuvem de gases e poeira, duas características que determinam suas outras propriedades: raio, temperatura e luminosidade.

Diante disto, este tipo de estrelas deveria ser igual em todos os sentidos, mas cientistas da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, descobriram o contrário.

Enquanto estudavam duas estrelas gêmeas de um jovem sistema binário eclipsado (aquele em que duas estrelas se ofuscam enquanto orbitam) da nebulosa de Orion, observaram que, apesar de terem a mesma massa, se diferenciavam em 10% na temperatura, em 50% na luminosidade e entre 5% e 10% no raio.

Os especialistas afirmam que estas diferenças indicam que uma das estrelas gêmeas nasceu cerca de 50 mil anos antes da outra, o que gerou diferenças em seus desenvolvimentos.

Para o professor de astronomia Keivan Stassun esta descoberta permitirá que se explique a história das estrelas jovens (como as estudadas, que têm cerca de um milhão de anos).

Esta pesquisa obrigará os cientistas a reavaliarem os modelos de formação de estrelas existentes para reajustarem a forma de medição da massa e da idade dos jovens corpos celestes.

Cientistas descobrem segunda aurora em Saturno

Pesquisadores da Universidade de Leicester (Inglaterra) descobriram uma segunda aurora em Saturno bem menos luminosa que a principal, anunciam hoje em artigo na revista científica britânica Nature.

As auroras polares dos planetas são formadas quando partículas carregadas de energia fluem pelos campos magnéticos de sua atmosfera superior vindas dos arredores do planeta.

Até agora, só era conhecida uma única aurora em Saturno - que foi localizada em imagens do telescópio Hubble há uma década - e em outros planetas como a Terra ou Júpiter.

No entanto, os pesquisadores descobriram uma segunda aurora de Saturno que é formada por causa das interações na magnetosfera média. Esta "nova" aurora tem uma luminosidade equivalente a um quarto da luz da principal e suas propriedades são semelhantes às da maior de Júpiter, formada a partir das interações com sua lua vulcânica Io.

No entanto, a fraqueza da luz da segunda aurora de Saturno se deve ao fato de ela não ter uma fonte de íons tão grande como a proporcionada pelo satélite de Júpiter.

Esta descoberta sugere que os processos de formação das auroras de Saturno e Júpiter são muito parecidos, mas com diferenças de escala e aparência.

Cosmonautas russos examinarão nave "Soyuz" antes de retorno à Terra

Os cosmonautas russos da Estação Espacial Internacional (ISS) realizarão em julho uma saída não prevista para o espaço para examinar a nave "Soyuz", que está acoplada à plataforma orbital e na qual retornarão à Terra.

"No dia 10 de julho haverá uma quinta saída ao espaço, que será para inspecionar a ''Soyuz''", afirmou um porta-voz do setor aeroespacial russo citado pela agência "Interfax".

Ele disse que os trabalhos no espaço aberto serão realizados após as aterrissagens balísticas ou em queda livre das duas naves tripuladas da Rússia.

Os especialistas na Terra estão preocupados com alguns mecanismos do sistema que fazem com que a cápsula de aterrissagem se separe da "Soyuz".

Além disso, afirmou que os cosmonautas russos da ISS, Sergei Volkov e Oleg Kononenko, estiveram preparando nestes últimos dias suas roupas espaciais e se comunicaram com o Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia para acertarem os detalhes de sua saída para o exterior da plataforma orbital.

A agência espacial russa "Roscosmos" revelou recentemente que a causa da aterrissagem descontrolada da "Soyuz TMA-11" com três tripulantes a bordo em abril passado foi a separação inesperada de um dos módulos da nave.

"Um dos mecanismos não funcionou e a separação dos módulos aconteceu no momento de ingresso na camada exterior da atmosfera terrestre, quando deveria ter acontecido antes", declarou.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Descobertos três planetas maiores que a Terra

Equipe de astrônomos europeus anunciou, em uma conferência internacional, a descoberta de três planetas maiores que a Terra, em torno da estrela HD 40307.

Eles utilizaram o instrumento Harps, do observatório de La Silla, no Chile, que integra o complexo ESO (Observatório Europeu do Sul) e tem capacidade para detectar variações mínimas na movimentação das estrelas, que pode indicar a existência de um planeta ao seu redor. Os novos astros têm 4.2, 6.7 e 9.4 vezes a massa da Terra.

Esses novos planetas são chamados pelos cientistas de "superterras" porque não se encaixam nas definições de terrestres (os planetas rochosos) nem de gigantes gasosos.

Na mesma conferência, os cientistas anunciaram também a descoberta de outros dois sistemas planetários, informa a agência Reuters.

Ilustração artística mostra os planetas descobertos
Ilustração artística mostra os planetas descobertos

sábado, 14 de junho de 2008

Discovery completa missão que instalou laboratório japonês na ISS

O ônibus espacial Discovery e seus sete astronautas aterrissaram hoje na Flórida após uma missão de duas semanas na Estação Espacial Internacional (ISS) e a instalação bem-sucedida do laboratório japonês Kibo.

Após uma viagem de mais de nove milhões de quilômetros e 218 órbitas na Terra, o veterano comandante Mark Kelly e o piloto Ken Ham guiaram à nave em sua entrada na atmosfera, durante a qual o atrito deixa a nave em temperaturas de mais de 2.000 graus Celsius.

A descida começou quando a nave orbitava a cerca de 27.000 km/h, e foram ligados por dois minutos e 35 segundos os foguetes que diminuíram sua velocidade.

A nave e seus tripulantes entraram nas camadas superiores da atmosfera a cerca de 120 quilômetros sobre o sul do Oceano Pacífico.

O ônibus espacial seguiu para o norte através do México, América Central, Península de Iucatã e o oeste de Cuba, até descer em direção à Flórida.

O céu estava parcialmente nublado sobre a zona de aterrissagem quando o Discovery, de 92 toneladas, tocou a pista às 8h15 de Brasília no Centro Espacial Kennedy, no 15º dia da missão da nave.

A tripulação do Discovery incluiu o engenheiro de vôo Ronald Garan, que realizou as primeiras caminhadas espaciais, e os especialistas de missão Karen Nyberg e Michael Fossum.

Além disso, participaram o astronauta Akihiko Hoshide, da agência espacial japonesa, a Jaxa, e o engenheiro de vôo Garrett Reisman, que retornou à Terra após 95 dias de estadia na ISS.

Durante a aterrissagem, Reisman permaneceu em um assento especial, que o manteve em posição reclinada para aliviar os efeitos no corpo do retorno à gravidade terrestre.

A volta do Discovery marcou a 69ª aterrissagem de uma nave no Centro Espacial Kennedy e a quinta missão consecutiva que termina no sul da Flórida.

Os sete membros da tripulação da nave e os três astronautas que permaneceram na ISS se despediram na terça-feira, depois de as duas naves terem orbitado juntas, a cerca de 385 quilômetros da Terra, durante oito dias, 17 horas e 39 minutos.

Durante a missão, que incluiu três caminhadas espaciais, os astronautas Fossum e Garan instalaram a segunda parte do laboratório científico japonês Kibo, que se uniu ao laboratório Columbus, da Agência Espacial Européia (ESA), e ao Destiny, dos Estados Unidos.

No sábado passado, os astronautas Hoshide e Nyberg testaram e movimentaram pela primeira vez o braço robótico do Kibo, de dez metros de comprimento.

Essa primeira manobra do braço, que consistiu em movimentar ligeiramente duas de suas seis peças rotatórias, foi realizada com sucesso, segundo a Nasa.

A utilização plena do braço só deve acontecer após instalada a terceira e última parte do laboratório japonês, uma espécie de "alpendre" para experimentos fora da ISS e outro braço robótico menor, que serão colocados no próximo ano.

Quando o Kibo estiver totalmente montado, estarão completos 71% dos trabalhos da ISS, um projeto com a participação de 16 nações, e ficarão sete missões de construção pendentes.

A Nasa quer que a ISS esteja totalmente construída até o final de setembro de 2010, quando tem previsão de retirar sua frota de naves.

Discovery aterrissa e completa missão de 15 dias

O ônibus espacial Discovery e seus sete astronautas aterrissaram hoje na Flórida após uma missão de duas semanas na Estação Espacial Internacional (ISS) e a instalação bem-sucedida do laboratório japonês Kibo.

Após uma viagem de mais de nove milhões de quilômetros e 218 órbitas na Terra, o veterano comandante Mark Kelly e o piloto Ken Ham guiaram à nave em sua entrada na atmosfera, durante a qual o atrito deixa a nave em temperaturas de mais de 2.000 graus Celsius.

A descida começou quando a nave orbitava a cerca de 27.000 km/h, e foram ligados por dois minutos e 35 segundos os foguetes que diminuíram sua velocidade.

A nave e seus tripulantes entraram nas camadas superiores da atmosfera a cerca de 120 quilômetros sobre o sul do Oceano Pacífico.

O ônibus espacial seguiu para o norte através do México, América Central, Península de Iucatã e o oeste de Cuba, até descer em direção à Flórida.

Discovery aterrissa e completa missão de 15 dias

O ônibus espacial Discovery, com sete astronautas a bordo, pousou neste sábado no Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, ao término de uma missão de 15 dias.

Durante sua excursão, que fez 218 órbitas, os astronautas instalaram na Estação Espacial Internacional (ISS) o enorme laboratório japonês Kibo.

Como previsto e com um céu pouco nublado, o Discovery tocou a pista às 12h15 (em Brasília) para um pouso sem inconvenientes.

Objeto estranho
Na sexta-feira, os astronautas do Discovery observaram um objeto flutuante se distanciando da nave.

Os técnicos da Nasa no Centro Johnson, de Houston (Texas), analisaram as fotografias tiradas pelos astronautas e concluíram que o objeto não representa risco para a segurança da nave.

O objeto, que mede entre 30 e 45 centímetros, parece ser uma de três pequenas argolas metálicas térmicas localizadas na borda frontal do timão da nave, que agora completa 200 órbitas da Terra a mais de 27 mil km/h.

Os astronautas viram o objeto depois que foram acesos os foguetes propulsores da nave, que permaneceu acoplada à ISS por oito dias, 17 horas e 39 minutos, até quarta-feira. Eles também observaram esta manhã uma pequena protuberância na cauda da nave, a qual os técnicos da missão também acham que é uma pequena peça do isolamento térmico relacionada com a argola.

Para a Nasa, não é provável que isto cause problemas para a nave, cuja irrupção na atmosfera terrestre, por atrito, eleva as temperaturas no exterior do ônibus para mais de 2.000°C.

As áreas críticas para esse atrito são a parte de baixo da nave e a borda dianteira das asas, que estão recobertas por milhares de painéis de proteção térmica.

Uma brecha neste revestimento causou, em fevereiro de 2003, a explosão da nave Columbia e a morte de seus sete astronautas quando retornavam à Terra após uma missão de 16 dias.

O ônibus espacial aterrissou no Centro Espacial Kennedy após uma missão de 15 dias na Estação Espacial Internacional
O ônibus espacial aterrissou no Centro Espacial Kennedy após uma missão de 15 dias na Estação Espacial Internacional

Ônibus espacial Discovery inicia descida à Terra

O ônibus espacial Discovery, com sete astronautas a bordo, acendeu neste sábado os foguetes que frearam sua órbita e começou a descer em direção ao Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, ao fim de uma missão de 15 dias.

A nave começou a descida às 11h12 (em Brasília), quando concluía a órbita 217, e a aterrissagem está prevista para 12h15 (em Brasília).

O céu está parcialmente nublado sobre a zona de aterrissagem, mas a Nasa (agência espacial americana) indicou que não há problemas para o pouso do ônibus espacial.

Durante sua missão, os astronautas instalaram na Estação Espacial Internacional (ISS) o novo laboratório japonês Kibo.

Na sexta-feira, os astronautas do Discovery observaram um objeto flutuante se distanciando da nave.

Os técnicos da Nasa no Centro Johnson, de Houston (Texas), analisaram as fotografias tiradas pelos astronautas e concluíram que o objeto não representa risco para a segurança da nave.

O objeto, que mede entre 30 e 45 centímetros, parece ser uma de três pequenas argolas metálicas térmicas localizadas na borda frontal do timão da nave, que agora completa 200 órbitas da Terra a mais de 27 mil km/h.

Os astronautas viram o objeto depois que foram acesos os foguetes propulsores da nave, que permaneceu acoplada à ISS por oito dias, 17 horas e 39 minutos, até quarta-feira.

Eles também observaram esta manhã uma pequena protuberância na cauda da nave, a qual os técnicos da missão também acham que é uma pequena peça do isolamento térmico relacionada com a argola.

Para a Nasa, não é provável que isto cause problemas para a nave, cuja irrupção na atmosfera terrestre, por atrito, eleva as temperaturas no exterior do ônibus para mais de 2.000°C.

As áreas críticas para esse atrito são a parte de baixo da nave e a borda dianteira das asas, que estão recobertas por milhares de painéis de proteção térmica.

Uma brecha neste revestimento causou, em fevereiro de 2003, a explosão da nave Columbia e a morte de seus sete astronautas quando retornavam à Terra após uma missão de 16 dias.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Objeto não identificado era peça solta, diz Nasa

Um representante da Nasa, a agência espacial americana, disse que a descoberta de uma peça do Discovery que se soltou da nave não deverá atrasar o retorno do ônibus espacial à Terra, previsto para o sábado.

» Veja mais fotos da Discovery

Astronautas a bordo do Discovery revelaram ter encontrado algo flutuando no espaço. O objeto retangular tinha entre 30 cm e 45 cm de comprimento e foi visto perto da asa direita.

Após uma análise de fotos tiradas pelos astronautas, engenheiros da Nasa concluíram que se tratava de uma das três peças de metal usada no isolamento térmico da nave. Segundo o coronel Terry Virts Jr., que trabalha no controle da missão, a peça ajuda a proteger do calor o leme da Discovery durante a subida ao espaço.

Ele disse que a peça "não é um fator" na reentrada na atmosfera. "Temos confiança de que não haverá impacto na entrada", disse.

Ilusão de óptica
Os peritos também investigaram o que os astronautas disseram ser uma irregularidade na superfície do leme na cauda do ônibus espacial. O controle da missão disse que isso provavelmente foi uma ilusão de óptica, causada pelo ângulo de visão dos tripulantes.

Os sete tripulantes da Discovery iniciaram a atual missão no dia 31 de maio para levar à Estação Espacial Internacional (ISS) o módulo de um laboratório japonês.

O ônibus espacial já se separou da ISS e está realizando checagens de segurança antes do retorno à Terra, que pode ser adiado de acordo com as condições meteorológicas no Cabo Canaveral, na Flórida.

Astronautas acenam na preparação para o retorno à Terra, que não deverá ter atrasos, segundo a Nasa
Astronautas acenam na preparação para o retorno à Terra, que não deverá ter atrasos, segundo a Nasa

BBC Brasil

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Nasa: objeto não identificado não ameaça nave

Os astronautas da Discovery detectaram um objeto não identificado em órbita atrás do ônibus espacial, e uma saliência sobre um aerofólio de estabilização, anunciou nesta sexta-feira a Nasa. Os técnicos da agência no Centro Johnson, de Houston, Texas, analisaram as fotografias tiradas pelos astronautas e concluíram que o objeto não representa risco para a segurança da nave.

» Veja mais fotos da Discovery

O objeto, que mede entre 30 e 45 centímetros, parece ser uma de três pequenas argolas metálicas térmicas localizadas na borda frontal do timão da nave, que agora completa 200 órbitas da Terra a mais de 27 mil km/h.

Os astronautas viram o objeto depois que foram acesos os foguetes propulsores da nave, que permaneceu acoplada à ISS por oito dias, 17 horas e 39 minutos, até quarta-feira.

"Não se considera que isto seja um assunto crítico", disse o porta-voz da Nasa, Rob Navias. "Até agora não parece que seja motivo de preocupação para o retorno seguro dos astronautas, amanhã, ao Centro Espacial Kennedy", no sul da Flórida, acrescentou Navias.

Os astronautas também observaram esta manhã uma pequena protuberância na cauda da nave, a qual os técnicos da missão também acham que é uma pequena peça do isolamento térmico relacionada com a argola.

Em sua opinião, não é provável que isto cause problemas para a nave, cuja irrupção na atmosfera terrestre, por atrito, eleva as temperaturas no exterior do ônibus para mais de 2 mil graus Celsius.

As áreas críticas para esse atrito são a parte de baixo da nave e a borda dianteira das asas, que estão recobertas por milhares de painéis de proteção térmica.

Uma brecha nessa armadura causou, em fevereiro de 2003, a explosão da nave "Columbia" e a morte de seus sete astronautas quando retornavam à Terra após uma missão de 16 dias.

Se tudo ocorrer conforme o programa da Nasa, os sete tripulantes do "Discovery" iniciarão a preparação para deixar a órbita no sábado às 7h12 (em Brasília).

Quatro horas depois, serão acesos os foguetes que frearão o Discovery, e, atraída pela gravidade da Terra, a nave começará sua descida em direção à atmosfera. A aterrissagem está prevista para as 12h15 (em Brasília).

Imagem do aerofólio de estabilização da nave
Imagem do aerofólio de estabilização da nave

Foguete Ariane 5 lança satélites de comunicação

Um foguete Ariane 5 lançou na noite desta quinta-feira, a partir de Kourou (no departamento francês da Guiana, na América do Sul) dois satélites de telecomunicações, o civil turco Turksat 3A e o militar britânico Skynet 5C, e os colocou em órbita de transferência geoestacionária, anunciou o Arianespace.

Um Ariane 5 ECA, a versão mais potente do lançador, decolou do centro espacial guianês às 19h05 locais (22h05 GMT).

Inicialmente previsto para o dia 23 de maio, o lançamento foi adiado em uma semana para verificações complementares sobre o lançador e em seguida sofreu mais um adiamento devido a uma anomalia detectada no sistema logicial do lançador.

Lançamento chegou a ser adiado duas vezes por problemas técnicos
Lançamento chegou a ser adiado duas vezes por problemas técnicos

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Sonda solar Ulysses concluirá operações após 17 anos

A missão de prospecção solar da sonda Ulysses, uma operação conjunta da Agência Espacial Americana (Nasa) e da Agência Espacial Européia (ESA), concluirá suas operações no mês que vem, após 17 anos de atividades, informou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.

A sonda, cujo objetivo era analisar a heliosfera, já cumpriu atividades quase quatro vezes superiores às previstas inicialmente, assinalou a agência espacial americana.

No entanto, os cientistas indicaram que porão fim a suas operações no início do mês que vem, devido a uma redução da energia produzida por seus geradores.

"A Ulysses mudou para sempre a forma como os cientistas estudam o sol e seus efeitos sobre o espaço que lhe rodeia", disse.

"O propósito central foi estudar, de todos os ângulos, a heliosfera, que é a enorme bolha criada pelos ventos solares", indicou Ed Smith, diretor do projeto da JPL.

"Durante sua longa vida, a Ulysses redefiniu nossos conhecimentos sobre a heliosfera e respondeu perguntas sobre nossa vizinhança solar", acrescentou.

Uma das principais descobertas da sonda foi a revelação de que o campo magnético que surge dos pólos solares é muito mais frágil do que se achava.

Para levar a cabo essa tarefa, os 10 instrumentos da Ulysses foram fabricados com materiais resistentes ao intenso calor e à radiação.

"Durante quase duas décadas de observações científicas, aprendemos muito mais do que esperávamos sobre nossa estrela e sobre a forma como interage com o espaço circundante", disse Richard Marsen, cientista do projeto e diretor da missão para a Agência Espacial Européia.

Nos últimos anos, e à medida que a sonda concluía sua viagem de 8,6 bilhões de quilômetros, a provisão de energia começou a decair, apesar dos esforços dos engenheiros para conservá-la mediante ordens transmitidas da Terra.

"A provisão de energia se reduziu agora a tal ponto que o combustível muito em breve se congelará nos dutos da nave", indicou a JPL.

"A tristeza que eu posso estar sentindo é pequena em comparação com o orgulho de ter trabalhado em uma missão tão magnífica. Embora suas operações terminem, as descobertas científicas da Ulysses persistirão durante muitos anos", acrescentou Nigel Angol, um dos diretores da missão.

A Ulysses partiu rumo à heliosfera a bordo do ônibus espacial Discovery, em 6 de outubro de 1990.

Casais estão ansiosos para fazer sexo no espaço

Uma empresa privada de aviação planeja lançar seu primeiro vôo turístico ao espaço no próximo ano. No evento de lançamento de duas aeronaves em janeiro, Richard Branson, dono da Virgin Galactic, afirmou que os veículos permitirão que milhares de pessoas realizem seus sonhos. O que ele não previu foram os sonhos dessas pessoas: a empresa vem sendo inundada por perguntas de casais que querem ser os primeiros a fazer sexo no espaço.

"Nós tivemos várias pessoas perguntando sobre isso. Um casal entrou em contato para saber sobre um vôo fretado para que eles pudessem ser os primeiros a ter uma relação sexual no espaço e entrar para o Guinness, o Livro dos Recordes", disse Will Whitehorn, president da empresa, de acordo com o jornal Daily Telegraph.

Cientistas, entretanto, questionam se seria possível experimentar/gostar de sexo em ambiente com gravidade zero. Os primeiros turistas espaciais vão ficar sem peso por apenas 5 minutos, e seria melhor esperar pelas primeiras missões à Marte no decorrer do século, afirma o Dr. James Logan, um especialista em medicina espacial.

Segundo Logan, o sexo na gravidade zero seria como um exercício vigoroso de agitação, meio descontrolado. "Já o sexo na gravidade de Marte pode ser bem interessante."

A relação dos primeiros cem passageiros da Virgin Intergalactic foi anunciada em dezembro de 2005. As viagens devem durar apenas duas horas e meia. A nave espacial será lançada de uma base a ser construída no Novo México, nos Estados Unidos. O autor do projeto da Space Ship Two e do foguete de lançamento White Knight Two - também apresentado na quarta-feira - é Burt Rutan.

A Virgin Galactic, que faz parte do grupo Virgin, já tem mais de 200 pessoas inscritas e US$ 30 milhões em pagamentos adiantados pelas viagens, que vão custar cerca de US$ 200 mil (equivalente a pouco menos de R$ 327 mil) por passageiro. Entre os pré-inscritos estão o físico Stephen Hawking e o designer Philippe Starck.

Richard Branson com protótipo da Virgin Galactic
Richard Branson com protótipo da Virgin Galactic

Partida de nave que busca ETs completa 25 anos

Em 13 de junho de 1983, a nave Pioneer 10 abandonou o Sistema Solar em busca de seres de outros mundos para entregar a eles uma mensagem do Homem que povoa o pequeno planeta Terra.

A nave partiu a esse encontro às cegas no dia 2 de março de 1972 montada em um foguete Atlas-Centaur de três módulos que a colocou na órbita de Júpiter a mais de 51.850 km/h, a máquina mais veloz fabricada pelo homem até então.

Além dos instrumentos com os quais transmitiu informação sobre os planetas de nosso sistema, a Pioneer 10 levava consigo uma placa de ouro que descreve o Homem, nossa aparência e a data do começo da missão.

O último contato de rádio com o Centro Glenn de Pesquisa da Nasa (agência espacial americana) que tinha o controle da missão ocorreu em 23 de janeiro de 2003.

Na ocasião, o mensageiro espacial do homem se encontrava a 12,160 bilhões de quilômetros da Terra, além do cinturão de asteróides, de Júpiter e de Plutão.

Segundo engenheiros da Nasa, as transmissões da Pioneer 10 morreram devido ao esgotamento da fonte radioisotópica de energia da nave. "Para nós, a missão terminou quando foram interrompidas as comunicações. Não sabemos nada da Pioneer 10, mas supomos que continuou sua viagem pelo cosmos na busca de seu destino final", disse um porta-voz do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, em inglês) da Nasa.

"Passou-se toda uma geração e quem tinha em mãos a missão, engenheiros e cientistas, já não estão conosco", acrescentou. Entretanto, suas façanhas científicas estão longe de ficar no esquecimento e a "Pioneer 10" continua sendo considerada uma das grandes façanhas da exploração espacial dos Estados Unidos.

Em 15 de julho de 1972, a "Pioneer 10" ingressou no cinturão de asteróides, uma zona de mais de 288 milhões de quilômetros de largura e mais de 80 milhões de quilômetros de espessura.

O cinturão é povoado por milhões e milhões de corpos que vão desde partículas de pó estelar até massas de rochas de milhares de quilômetros de diâmetro.

Desta região a nave foi para Júpiter, planeta em frente do qual cruzou em 3 de dezembro de 1973. A Pioneer 10 foi a primeira nave espacial que fez observações diretas e transmitiu imagens em primeiro plano de Júpiter. Também enviou informação sobre seus cinturões de radiação, localizou seus campos magnéticos e constatou que esse planeta é gasoso.

Após seu encontro com Júpiter e passar além da órbita de Plutão, o "ex-planeta" mais distante do Sol, a Pioneer 10 explorou os extramuros do Sistema Solar e estudou o vento do Sol e os raios cósmicos que invadem a parte da Via Láctea onde se encontra a Terra.

A nave continuou fornecendo informação sobre os extremos do Sistema Solar até que se deu oficialmente por concluída sua missão, em 31 de março de 1997.

"A Pioneer 10 foi uma pioneira no mais rígido sentido da palavra. Após deixar Marte para trás em sua viagem rumo às profundezas do espaço, entrou em lugares onde nunca tinha chegado algo construído pelo homem", disse então Colleen Hartman, diretora da Divisão de Prospecção do Sistema Solar na Nasa.

"A Pioneer 10 figura entre as missões mais históricas e mais ricas em prospecção científica empreendidas", acrescentou. Para Larry Lasher, que dirigiu o projeto, a Pioneer 10 cumpriu seus objetivos além do esperado.

"Originalmente designada como uma missão de 21 meses, a Pioneer 10 durou mais de 30 anos. Poderíamos dizer que valeu cada centavo gasto", manifestou.

Os cientistas admitem que não sabem o que aconteceu com a Pioneer 10 nos últimos anos de uma viagem virtualmente eterna. Caso não tenha acontecido nada, o mensageiro do homem no espaço interestelar deveria estar agora se deslocando em direção à estrela vermelha Aldebarã, no centro da constelação de Touro e vai demorar dois milhões de anos para chegar a seu destino final.

Antigo planeta Plutão agora é um "plutóide"

Depois de ser rebaixado em 2006 da condição de planeta, Plutão recebeu um prêmio de consolação - passou a ser chamado de "plutóide", a exemplo de outros planetas-anões.

O termo foi definido numa reunião em Oslo (Noruega) do comitê-executivo da União Astronômica Internacional, que tem entre suas atribuições a de batizar corpos celestes recém-descobertos.

Os plutóides serão definidos como corpos que orbitam o Sol além de Netuno. Precisam ter forma esférica e não podem ter varrido outros corpos menores de suas órbitas.

Até agora, dois corpos se encaixam nessa definição: Plutão e Eris, um planeta-anão cuja descoberta levou ao rebaixamento do antigo nono planeta. Os cientistas desconfiam que existam outros plutóides no Sistema Solar.

Outro planeta-anão, Ceres, não se encaixa na definição, porque fica aquém de Netuno (no cinturão de asteróides existente entre Marte e Júpiter).

Plutão e uma de suas luas, em imagem feita pelo Hubble
Plutão e uma de suas luas, em imagem feita pelo Hubble

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Nasa coloca em órbita observatório de raios gama

A Nasa colocou hoje em órbita terrestre o satélite Glast com a missão de estudar os misteriosos raios gama que circulam no universo, informou a agência espacial americana.

A nave partiu às 13h25 (em Brasília) desde o Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida) montada em um foguete Delta II.

"A Glast está funcionando de forma autônoma com seus painéis solares e em uma órbita circular a 460 quilômetros da superfície lista para vigiar o universo e as misteriosas explosões de raios gama", indicou a Nasa.

"A Glast é um poderoso observatório espacial que explorará ambientes extremos no universo e buscará novas leis da física, a origem dos raios cósmicos e os ingredientes da misteriosa matéria escura", assinalou o comunicado.

O satélite também explicará a forma como os buracos negros aceleram o deslocamento de materiais a quase a velocidade da luz e ajudará a tirar a dúvida sobre as explosões que se conhecem como sendo de raios gama.

Segundo cientistas da agência espacial, o Glast é o primeiro observatório de raios gama com capacidade de observar um universo em transformação e seus extremos de energia.

A missão de Glast é realizada com a colaboração do Departamento de Energia e de instituições acadêmicas, assim como de Espanha, França, Alemanha, Itália, Japão e Suécia.

"Phoenix" começa a analisar solo de Marte

A sonda "Phoenix" da Nasa (agência espacial americana) iniciou seus trabalhos de análise do solo de Marte, informou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, em inglês) da Nasa.

"Temos um forno cheio" de material no laboratório com o qual conta a nave, que pousou em maio em uma zona próxima ao pólo norte do planeta, assinalou Bill Boynton, cientista da Universidade de Tucson, Arizona.

"Foram necessários 10 segundos para encher totalmente o forno", acrescentou Boynton, que dirige as operações do Analisador Termal e de Gases (Tega, em inglês) da nave.

O braço robótico da nave recolheu esse material e o lançou sobre o forno número 4 na sexta-feira passada, 12 dias depois que pousou no planeta em uma missão de três meses para analisar o gelo e buscar materiais orgânicos.

A análise do material de Marte havia sido dificultada devido a sua estranha consistência, que impedia passar pela peneira do laboratório.

"Há algo muito estranho neste material de um lugar de Marte que não conhecíamos", indicou Peter, o cientista principal da missão da "Phoenix".

"Estamos interessados em determinar que tipo de substância química e atividade mineral fizeram com que as partículas aderissem", acrescentou o cientista da Universidade do Arizona.

Segundo um comunicado do JPL, atualmente os cientistas se preparam para ordenar que, amanhã, a "Phoenix" colete mais material de Marte para ser analisado pelo microscópio óptico da nave.

A "Phoenix" também continuará captando imagens em alta resolução do panorama que a cerca, disse o JPL.

África não é vista do espaço à noite por "falta de luz"

O astronauta costa-riquenho Franklin Chang, o primeiro latino-americano da Nasa, a agência espacial americana, disse que não é possível avistar a África do espaço durante à noite porque o continente não tem luz, diferentemente dos territórios americano e europeu, que são totalmente iluminados.

"Não é que não haja gente na África, um continente habitado por mais de um bilhão de pessoas; é que não têm luz", disse Chang durante um debate público do qual participou na Casa de América de Madri junto ao astronauta espanhol Pedro Duque.

Duque, o primeiro astronauta de origem espanhol, e Chang, o primeiro astronauta latino-americano que mais vezes viajou ao espaço, responderam a diversas perguntas sobre suas respectivas experiências. Segundo Chang, a luz "revela" desde o espaço as grandes áreas iluminadas artificialmente, como os Estados Unidos, país que "já não tem escura como antes a faixa do rio Mississipi".

O astronauta costa-riquenho acrescentou que também está completamente iluminado o contorno da Índia, o território de Taiwan e "toda a Europa", enquanto as zonas mais escuras correspondem aos desertos do Saara, o de Gobi - entre o norte da China e o sul da Mongólia - e o de Atacama, no Chile.

Lugar em viagem espacial é vendido por R$ 8,2 mi

O co-fundador do Google, Sergey Brin, pagou US$ 5 milhões, cerca de R$ 8,2 milhões, pela reserva de uma vaga para viajar futuramente como turista espacial, informou hoje a companhia Space Adventures, que organiza estas viagens ao cosmos.

Tenho grande confiança "na exploração e no desenvolvimento comercial do espaço e espero ir ao espaço", assegurou Brin. A Space Adventures anunciou a criação do chamado Círculo de Exploradores de Missão Orbital, que permitirá reservar uma vaga em uma futura viagem espacial àquelas pessoas que o desejarem e tenham o dinheiro para isso.

"Para chefes-executivos com sucesso, executivos, investidores e empresários que queiram ir ao espaço e investir em uma vaga em uma futura missão espacial, este é um excelente mecanismo para conservar a opção para uma aventura que pode se realizar uma vez na vida", declarou o presidente e CEO do Space Adventures, Eric Anderson.

Esta companhia explicou que quem desejar seguir os passos de Brin e reservar um vôo espacial só é preciso depositar US$ 5 milhões, o que lhes garantirá uma vaga em uma futura missão.

CORREÇÃO: Nasa lança telescópio espacial Glast

Ao contrário do que foi publicado anteriormente pelo Terra na notícia Nasa lança telescópio espacial Glast, no dia 11 de junho, às 13h16, o nome do telescópio Glast vem do inglês Gamma-Ray Large Area Space Telescopede, e não Gamma-Tay Large Area Space Telescope. A informação foi corrigida no mesmo dia, às 14h29.

Nasa lança telescópio espacial Glast

A Nasa lançou o telescópio espacial Glast, a partir da base da Força Aérea dos Estados Unidos em Cabo Cañaveral, Flórida (sudeste), segundo imagens transmitidas ao vivo pela agência espacial americanae. O custo total da missão Glast, incluindo o lançamento, é de US$ 690 milhões.

» Fotos: telescópio espacial é lançado

O Glast (do inglês Gamma-Ray Large Area Space Telescope, ou grande telescópio espacial dos raios gama), também buscará indícios que expliquem os mecanismos de aceleração nos pulsares, os vestígios de supernovas, assim como os núcleos ativos das galáxias.

Esse telescópio também pode ajudar a esclarecer o mistério da matéria escura que forma cerca de 25% do Universo contra apenas 5% para a matéria visível. Os 70% restantes são representados pela energia do vazio, que explica a aceleração da expansão do Universo, contrabalançando a força da gravidade.

Telescópio pode esclarecer mistério da matéria escura do Universo
Telescópio pode esclarecer mistério da matéria escura do Universo

Discovery se separa da Estação Espacial Internacional

O ônibus espacial Discovery se desacoplou hoje da Estação Espacial Internacional (ISS) quando sobrevoava a Terra no leste da Austrália, após uma missão que levou ao complexo orbital o laboratório japonês Kibo.

O piloto Ken Ham estava nos controles quando a nave se separou da ISS às 8h42 de Brasília, e se afastou cerca de 120 metros para iniciar uma pirueta de 360 graus, durante a qual os astronautas na estação tirarão fotografias de alta resolução do lado de fora do Discovery.

A nave, que completava sua órbita 168 a uma velocidade de mais de 27.000 km/h a 380 quilômetros da Terra, começará a se distanciar mais da ISS às 10h25 de Brasília, para iniciar seu retorno ao Centro Espacial Kennedy, onde a aterrissagem está programada para sábado.

Os sete membros da tripulação da nave e os três inquilinos da estação Alfa se despediram nesta terça-feira, e imediatamente fecharam as escotilhas de suas naves.

Pouco antes tinham transferido algumas equipes e pelo menos um dos trajes espaciais ao Discovery. Além disso, revisaram alguns instrumentos e equipamentos que precisavam para o desacoplamento.

Durante a missão de 14 dias, que incluiu três caminhadas espaciais, os astronautas Mike Fossum e Ron Garan instalaram a segunda parte do laboratório científico japonês Kibo, que se uniu ao laboratório Columbus, da Agência Espacial Européia (ESA), e ao Destiny, dos Estados Unidos.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Nasa anuncia envio de sonda à atmosfera do Sol

A Nasa (agência espacial americana) informou hoje que foram iniciados os preparativos para o envio de uma sonda à atmosfera do Sol.

Um comunicado emitido pela agência destaca que a sonda "Solar Probe" será fabricada com um material resistente ao calor e que seu objetivo será estudar os ventos solares e o campo magnético do Sol.

"Vamos visitar uma estrela viva pela primeira vez. Trata-se de uma região não explorada do sistema solar e as chances de descobertas são muitas", disse Lika Guhathakurta, cientista que faz parte do projeto da Nasa.

O lançamento da sonda deve acontecer em 2015. A expectativa dos astrofísicos é que, até o fim da missão, sete anos depois, sejam elucidados todos os mistérios relativos aos ventos e ao campo magnético do Sol.

Segundo Guhathakurta, a missão ainda está sendo planejada, razão pela qual ainda há "muito o que fazer".

A sonda será construída pelo Laboratório John Hopkins de Ciências Aplicadas, que já tem experiência em sondas similares.

O mesmo centro construiu a sonda "Messenger", que no início do ano se aproximou do planeta Mercúrio.

Muitos dos materiais resistentes ao calor utilizados na "Messenger" também serão utilizados na sonda "Solar Probe", informou a Nasa.

Quando a sonda alcançar o ponto mais próximo do Sol dentro de sua rota, seu escudo térmico resistirá a temperaturas superiores a 1.400 graus centígrados e a um bombardeio de radiação jamais enfrentado por uma nave espacial, acrescentou a agência.

Discovery inicia preparativos para voltar à Terra

Os tripulantes do ônibus espacial Discovery e os ocupantes da Estação Espacial Internacional (ISS) se despediram hoje e ocuparam posições para preparar o desacoplamento amanhã, e o retorno à Terra, no sábado.

Os sete membros da tripulação do Discovery e os três integrantes da estação Alfa se despediram às 16h57 (em Brasília) e imediatamente fecharam as escotilhas de suas naves, informou a Nasa, a agência espacial americana.

Pouco antes, transferiram alguns equipamentos e pelo menos um dos trajes espaciais ao Discovery. Além disso, revisaram certos instrumentos que necessitarão, amanhã, quando será realizado o desacoplamento, disse a Nasa.

A separação das naves a quase 400 km da Terra está prevista para as 8h42 (em Brasília), no que representa o início da viagem de volta à Terra que terminará no sábado com o pouso, às 12h15 (em Brasília), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Durante a missão de 14 dias, que incluiu três caminhadas espaciais, os astronautas Mike Fossum e Ron Garan instalaram a segunda parte do laboratório científico japonês Kibo, o qual se uniu ao Columbus da Agência Espacial Européia (ESA) e ao Destiny dos Estados Unidos.

Telescópio explorará fontes mais poderosas do Universo

O telescópio Glast, que deve ser lançado pela Nasa nesta quarta-feira, permitirá abrir uma nova janela sobre o Universo, explorando suas fontes de energia mais poderosas, os raios gama, cujas gigantescas explosões iluminam, regularmente, o Cosmo.

» Veja mais fotos do Glast

O Glast (do inglês Gamma-Tay Large Area Space Telescope, ou grande telescópio espacial dos raios gama), também buscará indícios que expliquem os mecanismos de aceleração nos pulsares, os vestígios de supernovas, assim como os núcleos ativos das galáxias.

Esse telescópio também pode ajudar a esclarecer o mistério da matéria escura que forma cerca de 25% do Universo contra apenas 5% para a matéria visível. Os 70% restantes são representados pela energia do vazio, que explica a aceleração da expansão do Universo, contrabalançando a força da gravidade.

A missão Glast "vai levantar um véu sobre o Universo de maneira nova e grandiosa", resumiu Steven Ritz, astrofísico da Nasa e responsável científico pelo projeto, na entrevista coletiva de apresentação, realizada na segunda-feira.

"Uma grande parte da comunidade científica espera, ansiosamente, pelo lançamento desse telescópio", acrescentou. "O Universo aparece muito diferente de fora do estreito leque de cores do espectro luminoso, através do qual nós vemos apenas com nossos olhos", comentou David Thompson, responsável científico adjunto da missão Glast.

"O Glast nos dará uma visão espetacular através dos raios gama", continuou. Os raios gama são a forma de luz dotada da mais forte energia no espectro eletromagnético e não podem ser vistos a olho nu.

No espaço, uma visão pelos raios gama faz aparecer a Via Láctea, nossa galáxia, sob uma forma muito brilhante, e mostra o céu mudando constantemente com os objetos, cuja intensidade luminosa varia em diferentes escalas do tempo, explicou o astrofísico.

Graças a seus potentes instrumentos, o Glast será capaz de detectar milhares de fontes de raios gama desde seu primeiro ano em funcionamento.

O satélite será dotado de um dispositivo experimental herdado de detectores de partículas dos grandes aceleradores, e sua carga útil principal, o telescópio LAT (Large Area Telescope), oferecerá performances bem superiores em relação às da missão precedente - o telescópio Egret, a bordo do Compton Gamma-Ray Observatory, lançado pela Nasa, em 1991.

Comparativamente, o ganho em sensibilidade do Glast é de tal ordem que poderá fazer, em alguns dias, observações que levariam quatro anos no caso do Egret.

O primeiro ano da missão será dedicado à cartografia completa da abóbada celeste, com uma sensilidade sem precedentes, que deve permitir descobrir de 5 mil a 10 mil fontes de raios gama.

O satélite Glast também levará a bordo um detector de jatos de raios gama, o "Glast Burst Monitor" (GBM). O Glast é resultado de uma colaboração internacional. Além dos Estados Unidos, que financiam o projeto em quase 90%, Alemanha, França, Itália, Japão e Suécia também participam dele. Sua duração prevista é de cinco anos, com uma provável ampliação para dez anos.

O lançamento do Glast, por um foguete Delta II, está previsto para acontecer da base do Exército do Ar do Cabo Canaveral, na Flórida (sudeste), nesta quarta-feira, às 11h45 (12h45 de Brasília). A janela de lançamento tornará a ser fechada às 13h40 (14h40 de Brasília). O custo total da missão Glast, incluindo o lançamento, é de US$ 690 milhões.

O Glast irá explorar os raios gama, uma das fontes de energia mais poderosas do Universo
O Glast irá explorar os raios gama, uma das fontes de energia mais poderosas do Universo

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Astronauta aciona novo braço-robô da ISS

O astronauta Akihiko Hoshide, tripulante do ônibus espacial Discovery, acionou hoje o novo braço-robô da Estação Espacial Internacional, fabricado pelo Japão.

O guindaste de 10 metros de comprimento integra o laboratório Kibo, montado no Japão e instalado na Estação (ISS, na siga em inglês) durante a atual missão do Discovery.

No próximo ano, a Nasa pretende instalar nesse módulo uma plataforma externa com telescópios e aparelhos para a realização de experiências científicas. O braço-robô será usado para operar equipamentos, economizando tempo e poupando os astronautas das arriscadas e dispendiosas saídas ao espaço.

"Bom trabalho", afirmou a Hoshide o centro de controle da missão em terras japonesas quando o astronauta acionou o braço pela primeira vez com um painel de controle existente no Kibo.

Câmeras de TV colocadas dentro da ISS mostraram o braço totalmente distendido enquanto o entreposto viajava a 336 quilômetros acima da Terra.

A tripulação do Discovery aproxima-se de concluir os nove dias de permanência na ISS. As escotilhas que separam o ônibus da estação devem ser fechadas na terça-feira. O Discovery partiria no dia seguinte.

As duas semanas de missão do ônibus espacial devem terminar no sábado, com um pouso no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Enquanto Hoshide testava o novo braço-robô japonês, seus colegas de tripulação, Michael Fossum e Ronald Garan, arrumavam as coisas depois de terem ido três vezes ao lado externo da ISS e começavam a recolocar seus equipamentos de volta no ônibus espacial.

Além de instalar e preparar o Kibo, o maior laboratório da estação, Fossum e Garan trabalharam no sistema de refrigeração da ISS e inspecionaram duas juntas rotatórias gigantescas nas quais ficam acoplados os painéis solares responsáveis por prover energia para a estação.

Uma junta estava suja com pedacinhos de metal, enquanto a outra apresentava uma fina camada de um material ainda desconhecido. Na última saída ao espaço, no domingo, Fossum usou um pedaço de fita adesiva para recolher amostras desse material a fim de que seja analisado por engenheiros na Terra.

Kibo está instalado em sua nova casa, a ISS
Kibo está instalado em sua nova casa, a ISS

domingo, 8 de junho de 2008

Astronautas concluem último passeio fora da ISS

Com uma vista "impressionante" da Terra como cenário de fundo os astronautas Mike Fossum e Ron Garan completaram hoje sua terceira e última caminhada fora da Estação Espacial Internacional (ISS) realizando trabalhos de manutenção e retoques adicionais no laboratório japonês Kibo.

Como parte da missão do ônibus espacial Discovery, a caminhada tinha três objetivos fundamentais: a substituição de um tanque de nitrogênio vital para o funcionamento do sistema de ar condicionado da ISS, a finalização da instalação do Kibo e o reparo de uma câmera.

Durante esta missão também foi retirada uma cobertura térmica do braço robótico do Kibo. A caminhada de mais de seis horas começou sem problemas, a 337 quilômetros de distância da Terra e às 11h (em Brasília), meia hora antes do programado pela Nasa, e concluiu às 17h28 (em Brasília).

Os astronautas permanecerão na ISS por mais dois dias e realizarão os preparativos para retornar à Terra na próxima quarta. Fossum e Garan, dois dos sete astronautas do Discovery, aproveitaram para admirar a beleza do planeta azul.

"É muito diferente quando o planeta está lá embaixo. É incrível e belo", declarou Garan enquanto substituía o tanque de nitrogênio e, através de uma câmera, pôde ver a Terra enquanto a ISS e o "Discovery" faziam seu percurso sobre o Peru.

"Sim é, é uma vista impressionante, não?", perguntou a ele Fossum, enquanto o piloto Kenneth Ham lhes felicitava de dentro da ISS pelo trabalho realizado.

Esta jornada de trabalho teve tanto sucesso que sobrou tempo para Fossum limpar uma junta rotatória de uma asa dos painéis solares no lado esquerdo da estação internacional na qual foi detectada um pouco de pó.

Os engenheiros da Nasa prevêem analisar o "lixo" recolhido por Fossum para tentar determinar a causa de uma junta rotatória similar, no lado direito da ISS, ter ficado obstruída com lascas de metal.

A junta rotatória do lado esquerdo funciona com normalidade e a idéia é impedir que tenha problemas similares aos sofridos pelo lado direito. Um dos momentos mais memoráveis para Fossum foi precisamente quando teve que substituir o tanque de nitrogênio, do tamanho de uma geladeira e de aproximadamente 253 kg.

Carregando o tanque vazio, Fossum, na ponta de um enorme braço robótico e a 24 metros de distância do complexo em órbita, teve que dar um vertiginoso giro de um lado para o outro para recolher o novo tanque.

No sábado, os astronautas Akihiko Hoshide e Karen Nyberg testaram e movimentaram pela primeira vez o braço robótico do Kibo, de dez metros de comprimento e que foi conectado à ISS no início desta semana.

Este primeiro movimento do braço, que consistiu em mover duas de suas seis peças rotatórias, foi realizado com sucesso, informa a Nasa. Não está previsto o uso pleno do braço enquanto não for instalada a terceira e última parte do laboratório japonês, uma espécie de galpão para experiências no exterior da ISS e outro braço robótico menor, que serão colocados no próximo ano.

Quando Kibo estiver totalmente encaixado terá se completado 71% dos trabalhos da ISS e restarão sete missões de construção pendentes. A Nasa quer que a estação internacional esteja totalmente construída até o final de setembro de 2010, quando prevê aposentar sua atual frota de naves.

Astronautas finalizaram instalação do Kibo
Astronautas finalizaram instalação do Kibo

Discovery: astronautas fazem último passeio espacial

Os astronautas do ônibus espacial Discovery foram ao lado de fora da Estação Espacial Internacional para trabalhar em seu sistema de refrigeração e para finalizar a instalação do novo laboratório japonês de pesquisas, o Kibo.

O trabalho de manutenção foi preventivo - o ar condicionado da estação está funcionando bem, mas a Nasa quer assegurar que ele continue assim. Com a diminuição dos vôos de ônibus espaciais, a agência espacial norte-americana está tentando fazer com que a estação espacial fique pronta para operar sem os serviços levados por suas aeronaves.

A Nasa irá aposentar sua envelhecida frota de ônibus espaciais em dois anos depois de mais nove viagens à estação de US$ 100 bilhões e mais uma viagem para atualizar o telescópio espacial Hubble.

A 338 km acima da Terra, os astronautas Michael Fossum e Ronald Garan flutuaram na parte de fora da cabine da estação, no terceiro e último passeio no espaço da missão de manutenção e instalação do ônibus espacial Discovery.

O trabalho principal foi substituir um tanque de nitrogênio de 249 kg usado para pressurizar o sistema de refrigeração movido a amônia.

Em cima do braço robótico de 18 m da estação, Garan deveria remover o antigo tanque e então ir até o topo da estação espacial para pegar o novo tanque de uma plataforma de armazenamento.

"Será um passeio divertido para ele, pois o braço estará completamente estendido", disse Karen Nyberg, que irá operar a máquina de dentro do laboratório Destiny da estação, em uma entrevista anterior à saída. "Ele estará claramente no topo do mundo naquele ponto".

Enquanto isso, Fossum iria dar uma olhada nos eixos dos painéis solares da estação. Uma das juntas está suja com raspas de metal e os engenheiros estão determinando a melhor maneira de limpá-la e prevenir mais estragos.

Astronautas fizeram a última caminhada espacial da missão do Discovery
Astronautas fizeram a última caminhada espacial da missão do Discovery

sábado, 7 de junho de 2008

Astronautas testam braço robótico do laboratório japonês "Kibo"

Os astronautas Akihiko Hoshide e Karen Nyberg testaram e movimentaram hoje pela primeira vez o braço robótico do laboratório espacial japonês "Kibo", acoplado à Estação Espacial Internacional (ISS) no início desta semana.

Enquanto isto, a Nasa informou hoje que os astronautas Mike Fossum e Ron Garan conduziram os preparativos para a terceira e última caminhada espacial da atual missão do ônibus espacial "Discovery", que será realizada amanhã.

"O primeiro movimento do braço foi realizado com sucesso", disse a Nasa, que afirmou que esta fase inicial consistia em mexer um pouco com ele.

É aguardado que a mobilidade plena do braço, de dez metros de comprimento, ocorra quando a nave abandonar a ISS na semana que vem.

Também não está previsto que se faça pleno uso do mesmo enquanto não for instalada a terceira parte do laboratório japonês.

Durante o teste realizado hoje, tanto Hoshide como Nyberg testataram a capacidade de flexibilidade do braço.

O "Kibo", que tem o tamanho de um ônibus, se uniu à atual missão da nave ao se conectar com o módulo "Columbus" da Agência Espacial Européia, instalado em fevereiro deste ano.

Antes da chegada do "Columbus", e agora do "Kibo", a ISS contava com componentes russos e americanos, além de um complexo sistema robótico construído pela Agência Espacial do Canadá.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Fotos do Universo mostram galáxias e 'piruetas' solares

A agência de fotografias britânica Science Photo Library expõe, a partir deste sábado, em Liverpool, imagens do espaço capturadas por alguns dos melhores astrofotógrafos do mundo.

A exposição Da Terra ao Universo marca as primeiras comemorações pelo Ano Internacional da Astronomia, no ano que vem.

Capturadas por observatórios de diversos países e satélites da Nasa, as fotos revelam cores e formas fascinantes de nebulosas, de galáxias e suas estrelas, do Sol e suas "piruetas" formadas a partir de gases expelidos a milhões de graus centígrados.

De acordo com a diretora de marketing da Science Photo Library, Maria Atoney, o objetivo da mostra é aproximar a ciência do público.

"A exposição permite que se admire a beleza e a complexidade do Universo", disse ela. "Além disso, nossas mentes são desafiadas a entender o tamanho gigantesco desses objetos, as imensas distâncias envolvidas e a pequeneza do homem diante disso tudo."

A exposição fica em cartaz no Albert Dock, em Liverpool, até o dia 29 de junho.

Imagem capturada por um observatório Chile exibe a Nebulosa Cabeça de Cavalo. Nebulosas são acumulações de gases e poeira cósmica em liberdade no espaço
Imagem capturada por um observatório Chile exibe a Nebulosa Cabeça de Cavalo. Nebulosas são acumulações de gases e poeira cósmica em liberdade no espaço

BBC Brasil

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