quinta-feira, 30 de abril de 2009

Peru colocará primeiro satélite em órbita no ano que vem

O Peru colocará em órbita o seu primeiro satélite espacial, que pesa 1 kg, em novembro de 2010, informou nesta quinta-feira o reitor da Universidade Nacional de Ingeniería (UNI), Aurelio Padilla. O Chasqui I é um nanosatélite em forma de cubo, com 10 cm², desenvolvido pela UNI em parceria com a Rússia. Sua composição se baseia na tecnologia Cubesat, criada pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

O equipamento, que orbitará ao redor da Terra a uma distância de 650 km, possui uma plataforma de alumínio especial, que apresenta alta resistência a temperaturas extremas, altas ou baixas. A UNI investira US$ 500 na construção de dois nanosatélites e o Chasqui I será substituído posteriormente por uma versão mais sofisticada.

Segundo Padilla, "o objetivo é captar imagens das zonas da Terra que quisermos, obtendo informações das condições climatológicas, áreas cultivadas, bosques, locais de possível existência de minerais, fronteiras, nascimento dos rios e evolução das geleiras.

A vida útil do satélite será de dois meses. Para o reitor, "este é o tempo suficiente para as informações que queremos serem recolhidas". Após esse período, o Chasqui I se tornará "lixo espacial" e não é necessário recuperá-lo devido ao pequeno tamanho, que não constitui um perigo.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Astrônomos descobrem planeta do tamanho de Júpiter

Um grupo de astrônomos descobriu um planeta do tamanho de Júpiter e que realiza a órbita ao redor de uma estrela similar ao Sol, segundo a "BBC".

O planeta batizado de HD80606b se movimenta por uma incomum órbita elíptica ao redor dessa estrela, segundo explicaram os especialistas do University College de Londres.

Quando o astro atinge o ponto mais distante em relação a esta estrela, alcança uma distância semelhante à que separa a Terra do Sol (123 milhões de km).

Já quando o HD80606b chega ao ponto mais próximo, a distância é dez vezes menor os 5 milhões de km que separam Mercúrio do Sol.

Os astrônomos disseram que sua temperatura apresenta uma variação entre três e 1.200 graus. Com isso, há uma grande mudança na quantidade de calor, segundo o pesquisador David Kipping.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

China finaliza construção de seu acelerador de partículas

O acelerador de partículas de Xangai (SSRF, na sigla em inglês), a maior plataforma de pesquisa científica do gênero já construída pela China, está concluído, informou nesta quinta-feira o jornal Shanghai Daily.

O SSRF é uma estrutura de 432 metros de circunferência planejada para funcionar com uma energia de 3,5 GeV (gigaelétron-volt) e que servirá para avançar no estudo das ciências biológicas, de acordo com os funcionários do Instituto de Física Aplicada de Xangai, que faz parte da Academia de Ciências da China.

O acelerador de partículas custou 1,2 bilhão de iuanes (US$ 176 milhões) e ajudará nos estudos de vírus e novos remédios, além de desenvolver novas tecnologias.

"A máquina será uma ferramenta efetiva na pesquisa de vírus, como para remédios para a gripe suína, mas ainda não recebemos nenhum pedido para isso", afirmou He Jianhua, diretor da divisão de experimentos do acelerador de partículas.

No entanto, os pesquisadores já estão colaborando com o Instituto de Matéria Médica de Xangai em um tratamento para a gripe aviária, e está previsto que trabalhem com a Sinopec, a maior petrolífera da China, no desenvolvimento de catalisadores de petróleo.

O SSRF, que começou a ser construído em dezembro de 2004, pode produzir raios-X milhares de vezes mais fortes do que os de uma máquina normal. Isso permite, por exemplo, desvendar uma estrutura proteica em apenas 20 minutos, em um processo que levaria meses com outra tecnologia.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sonda Explorer completa 6 anos estudando galáxias distante

Imagens fotografadas pela Explorer mostram a galáxia M33, que fica a 2,9 milhões de anos-luz da Terra
Imagens fotografadas pela Explorer mostram a galáxia M33, que fica a 2,9 milhões de anos-luz da Terra

A sonda espacial Explorer, da Nasa, agência espacial americana, completou nesta terça-feira seis anos de missão em que transmitiu imagens para a Terra de mais de 500 milhões de objetos cósmicos distantes da Via Láctea. Uma das fotos mais espetaculares já realizadas foi a da galáxia NGC598 - mais conhecida como M33 - que se encontra na constelação Triangulum, a cerca de 2,9 milhões de anos-luz da Terra.

A Explorer foi lançada em 28 de abril de 2003, a bordo de um foguete Pegasus, para analisar a forma, brilho, tamanho e distância das mais variadas galáxias em relação à Terra, com o objetivo de ajudar os astrônomos a entenderem melhor as origens do universo. Para cumprir a tarefa, o telescópio espacial conta com dois sensores: um no ponto mais distante do espectro ultravioleta, para captar estrelas jovens com menos de dez milhões de anos, e outro no ponto mais próximo, que detecta os corpos celestes com menos de 100 milhões de anos.

Além da M33, a Explorer captou uma inesperada formação estelar e descobriu Mira, uma estrela anciã gigante que se movimenta rapidamente. Segundo os astrônomos, o estudo da velha estrela poderia ajudar a determinar a forma em que finalmente morrerá o nosso Sol, dando origem posteriormente a um novo Sistema Solar.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Astrônomos descobrem objeto mais distante do universo

Explosão de raios gama detectada agora teria ocorrido há 13 bilhões de anos
Explosão de raios gama detectada agora teria ocorrido há 13 bilhões de anos

Astrônomos de diversos países descobriram o objeto mais distante do universo, depois que um satélite em órbita detectou uma explosão de raios gama que teria ocorrido há 13 bilhões de anos, informou nesta terça-feira no Chile o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).

"Trata-se da explosão de raios gama mais remota já detectada, e é também o objeto mais distante já descoberto", assegurou Nial Tanvir, que liderou a equipe que faz as observações no Very Large Telescope (VLT), no Observatório de Paranal, no norte do Chile. Na quinta-feira passada, o satélite Swift Nasa/STFC/ASI detectou uma explosão de raios gama de dez segundos de duração na constelação de Leo.

Rapidamente um grupo de telescópios localizados em diferentes partes do planeta, acompanhou a explosão até que seus efeitos desaparecessem. As explosões de raios gama são invisíveis aos humanos, mas após liberarem uma intensa explosão de radiação muito energética, são detectáveis durante poucas horas na luz visível e mediante raios infravermelhos próximos.

Através das observações infravermelhas realizadas durante as 17 horas seguintes à explosão pelo VLT, foi possível estabelecer a maior distância já observada em um objeto cósmico. Como a luz se movimenta a uma velocidade finita, olhar mais longe no universo significa retroceder no tempo, por isso que a explosão ocorreu quando o universo tinha cerca de 600 milhões de anos.

"Agora podemos ter certeza de que explosões ainda mais remotas serão descobertas no futuro, o que abrirá uma janela no estudo das primeiras estrelas", afirmou Tanvir.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Europa lançará satélites para analisar origem do Universo

A Arianespace colocará em órbita no próximo dia 14 de maio os satélites Herschel e Planck, que serão encarregados de estudar a formação das estrelas e galáxias e de analisar os campos fósseis de radiação cósmica do Big Bang.

Definidos pela Agência Espacial Européia (ESA) como "as duas peças de tecnologia mais formosas já construídas na Europa", os satélites serão lançados ao espaço da base de Kuru, na Guiana Francesa, por um foguete Ariane 5 ECA e analisarão fenômenos a uma distância de 1,5 milhão de km da Terra.

O observatório Planck, que será posicionado na cabeça do foguete, analisará as radiações fósseis do Big Bang e fornecerá informação sobre a origem do Universo e sobre suas características principais, como informa a Arianespace.

Entre elas, estudará a geometria geral do espaço e a densidade e a expansão do mesmo, graças a um telescópio integrado que dirige radiações em forma de microondas para instrumentos do satélite, que lhe permitirão receber imagens do espaço em alta e baixa freqüência.

Tanto o Planck como o Herschel, construídos por Thales Alenia Sapace e a ESA, descreverão órbitas elípticas e suas missões estão dentro do programa da Agência Espacial Européia. O satélite Herschel, de 7 metros de altura e 4,3 metros de largura, receberá radiações infravermelhas de grande amplitude de onda emitidas por alguns dos objetos mais frios e distantes do Universo, onde existem estrelas e galáxias em formação.

Os dois satélites deveriam ter sido colocados em órbita em 2007, mas o lançamento acabou atrasado por dois anos.

A Arianespace colocará em órbita no próximo dia 14 de maio os satélites Herschel e Planck

A Arianespace colocará em órbita no próximo dia 14 de maio os satélites Herschel e Planck

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Planetas "caem" dentro de sóis e desaparecem, diz estudo

O planeta Gliese 581 E é o mais leve fora do sistema solar
O planeta Gliese 581 E é o mais leve fora do sistema solar

Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que alguns planetas descobertos fora do nosso sistema solar "caem" dentro de seus próprios sóis e desaparecem. Segundo o astrônomo Rory Barnes, da Universidade de Washington, trata-se da primeira prova de um fenômeno já previsto por modelos computacionais no ano passado, que mostravam que a força da gravidade é capaz de "puxar" um planeta para dentro de seu sol.

"Quando examinamos as propriedades de planetas extra-solares, podemos ver que esse fenômeno já ocorreu com alguns deles", afirmou Barnes. Os modelos computacionais apontam a localização dos planetas em um determinado sistema solar, mas a observação direta mostrou que, em alguns desses sistemas, os planetas que deveriam estar mais próximos de seu sol não existem mais.

Segundo os cientistas, a proximidade entre esses astros faz com que um "puxe" o outro com uma força gravitacional cada vez mais intensa, que causa uma deformação na superfície do sol, provocando ondas na sua superfície gasosa.

"As ondas distorcem a forma dessas estrelas, e quanto maior essa distorção, mais rapidamente as ondas 'puxam' o planeta para dentro", explicou Brian Jackson, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, e chefe da equipe de pesquisadores.

Massas gasosas
A maioria dos planetas descobertos fora do nosso sistema solar são gigantes massas gasosas, como Júpiter, mas ainda maiores que este planeta. Entretanto, no início deste ano, astrônomos detectaram um planeta extra-solar mais parecido com a Terra do que qualquer outro encontrado até o momento.

Batizado de CoRoT-7 B, o astro tem uma órbita a cerca de 2,4 milhões de quilômetros de seu sol - uma distância menor do que Mercúrio está do nosso Sol. Com isso, o planeta estaria em vias de ser ''absorvido''.

"A destruição deste planeta é lenta, mas inevitável", decretou Jackson. "As órbitas desses planetas mudam em uma ordem de dezenas de milhões de anos. Em um certo momento, o planeta fica tão perto de seu sol que, começa a ser desmantelado por ele", disse o cientista. "Ou o planeta é destruído antes de atingir a superfície do sol, ou, no processo de destruição, sua órbita acaba entrando em intersecção com a atmosfera desse sol e o calor dele faz o planeta desaparecer."

Os cientistas esperam que o estudo, a ser publicado no Astrophysical Journal, facilite a compreensão de como as estrelas destroem planetas e como esse processo afeta as órbitas planetárias.

BBC Brasil - BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dinossauros não foram extintos por asteróide, diz estudo

A conhecida teoria de que os dinossauros teriam sido extintos pelas conseqüências da queda de um asteróide há 65 milhões de anos acaba de levar um importante golpe. Segundo um novo estudo, o impacto que formou a cratera de Chicxulub, no México, com 180 quilômetros de diâmetro, não levou à extinção em massa no fim do período Cretáceo, quando desapareceu uma enorme quantidade de espécies de animais e plantas.

Em artigo publicado na edição desta segunda do Journal of the Geological Society, um grupo internacional de pesquisadores descreve que a queda do asteróide teria ocorrido pelo menos 300 mil anos antes da extinção.

O estudo, feito a partir de análises em cortes de sedimentos rochosos, foi coordenado por uma das principais opositoras da teoria de que a extinção teria sido provocada pelo impacto, Gerta Keller, da Universidade Princeton, nos Estados Unidos.

"Keller e colegas continuam a reunir informações estratigráficas (ramo da geologia que estuda a sucessão das camadas ou estratos que aparecem em um corte geológico) detalhadas que confirmam uma nova compreensão a respeito do impacto de Chicxulub e a extinção no fim do Cretáceo. Os dois eventos podem não ter qualquer relação", disse Richard Lane, diretor da Divisão de Ciências da Terra da National Science Foundation (NSF), que apoiou o estudo.

"Verificamos que entre 4 e 9 metros de sedimentos foram depositados a cerca de 2 ou 3 centímetros a cada mil anos após o impacto. O nível da extinção em massa pode ser observado em sedimentos bem acima desse intervalo", disse Gerta. Defensores da teoria de Chicxulub apontam que a cratera e o evento de extinção aparecem distantes no registro sedimentar por conta de distúrbios provocados pelo terremoto ou por um tsunami resultante do impacto do asteróide.

"O problema com essa ideia é que o complexo de arenito não foi depositado por horas e dias, como seria o caso em um tsunami, mas sim por um período muito longo", disse Keller. O estudo verificou que os sedimentos que separam os dois eventos são característicos de sedimentação normal, sem evidência de distúrbios estruturais.

Os cientistas também encontraram evidências de que o impacto de Chicxulub não teve o efeito dramático na diversidade de espécies tal qual se estimava. Em escavação na região de El Penon, o grupo encontrou registros de 52 espécies em sedimentos abaixo da camada do período do impacto e as mesmas 52 em sedimentos acima, ou mais recentes.

"Não encontramos sinal de uma única espécie que foi extinta como resultado do impacto de Chicxulub", afirmou Gerta.

A pesquisadora sugere que a extinção poderia ter sido causada por erupções vulcânicas massivas ocorridas na atual Índia. Os eventos teriam liberado enormes quantidades de gases e poeira que poderiam ter bloqueado grande parte da luz solar e causado efeito estufa de grande dimensão.

As informações são da Agência Fapesp.

JB Online

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Astronautas consertam única esteira de exercícios da ISS

O astronauta Michael Barratt e o colega japonês Kochi Wakata utilizarão esta quinta e sexta-feira para consertar a esteira de corrida da Estação Espacial Internacional (ISS). O equipamento é o único do tipo disponível para a tripulação e é essencial para que os astronautas façam exercícios, evitando a perda excessiva de músculos por causa da ausência de gravidade.

"Segundo o programa de vôo, o americano e o japonês dedicarão todo o dia de hoje e meio turno de amanhã para reparar o equipamento", anunciou um porta-voz do Centro de Controle de Vôos Espaciais (CCVE) da Rússia, citado pela agência Interfax. No entanto, o terceiro tripulante, o cosmonauta russo Guennadi Padalka, ficará responsável pelas demais tarefas técnicas.

A Rússia planeja equipar a plataforma orbital com uma nova esteira aeróbica durante a próxima ampliação da tripulação da estação, que subirá de três para seis pessoas.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Cientistas estudam como evitar choque de objetos com a Terra

A primeira edição da Conferência de Defesa Planetária da Academia Internacional de Astronáutica será realizada de 27 a 30 de abril, em Granada, na Espanha. Entre os temas em discussão um chama a atenção: a preparação para o encontro com um asteroide.

Com 270 metros de diâmetro e peso de cerca de 20 milhões de toneladas, o asteróide Apophis passará próximo à Terra no dia 13 de abril de 2029. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), mesmo que não ofereça perigo real, ele representa um tipo de objeto que pode ser encarado como uma ameaça futura.

A ameaça está na combinação de tamanho com imensa energia cinética. Se o Apophis se chocasse com a Terra, os resultados seriam catastróficos. Por conta disso, os cientistas reunidos na Espanha pretendem começar a usar a visita do asteroide para reunir conhecimentos que possam ser empregados em eventos semelhantes.

O principal objetivo é usar a oportunidade para entender melhor os objetos próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês). Para isso estarão reunidos especialistas em astrometria, dinâmica orbital, caracterização física de asteroides e cometas, aerotermodinâmica, modelagem de impactos, projetistas de missões espaciais, engenheiros de sistemas e diversos outros, com a proposta de lançar um programa multidisciplinar para estudar o Apophis e os NEOs.

"Trata-se de um tema atraente para muitos pesquisadores, uma vez que em estudos a respeito de tais objetos - e em missões espaciais relacionadas a eles - são combinados diversos campos técnicos e científicos. Encontrar novas soluções ou aumentar o conhecimento sobre os NEOs exige muita criatividade. Estudar como evitar uma possível catástrofe em escala planetária é um grande desafio", disse Andrés Gálvez, gerente do Programa de Estudos Gerais da ESA e um dos organizadores da conferência.

Para ampliar o interesse no tema, a ESA está organizando um concurso voltado a jovens pesquisadores. O desafio é apresentar propostas de pesquisa que tragam importante contribuição aos estudos de NEOs.

JB Online

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Descoberto objeto celeste que remonta à origem do Universo

Uma equipe de astrônomos revelou nesta quarta-feira a descoberta de uma enorme e misteriosa mancha de gás, que remonta às origens do Universo e poderia ser um antepassado de uma galáxia. Baseados em observações realizadas por um conjunto de telescópios, os pesquisadores calcularam que esse objeto celeste, batizado Himiko, em homenagem a uma lendária rainha japonesa, existia quando o Universo tinha cerca de 800 milhões de anos, indicou a pesquisa, que será publicada na edição de 10 de maio do Astrophysical Journal.

A idade do Universo, que segundo a teoria cosmológica surgiu após o "Big Bang", é estimada em 13,7 bilhões de anos. Himiko, uma gigantesca mancha de gás, estende-se por 55 mil anos-luz, um tamanho que representa um recorde para essa era inicial. Sua enorme extensão é comparável ao raio do disco que forma a Via Láctea, nossa galáxia.

A descoberta desconcerta os astrônomos. Apesar dos excelentes dados proporcionados pelos melhores telescópios do mundo, eles não estão seguros da natureza desta mancha. A imagem da Himiko, um dos objetos celestes mais distantes já descobertos até hoje, é pouco nítida, o que impede que os cientistas compreendam sua composição física.

Pode se tratar de uma enorme bolha de gás ionizado, cuja energia é gerada por um buraco negro, ou pode ser uma pré-galáxia com uma enorme concentração de gás. A Himiko pode ser também o resultado da colisão de duas galáxias jovens. Outra hipótese é que seja uma única galáxia gigante com massa equivalente a 40 bilhões de vezes o nosso Sol.

"Quanto mais longe observamos o espaço, mais nos remontamos no tempo", explicou Masami Ouchi, da Carnegie Institution, um instituto privado de pesquisa científica. Segundo a teoria cosmológica do "Big Bang", pequenos objetos se formaram no início da criação do Universo antes de se reagrupar para gerar maiores estruturas, disse o astrônomo.

Os astrônomos já haviam identificado grandes manchas gasosas similares à Himiko vistas a uma distância de quando nosso Universo tinha de dois a três bilhões de anos.

Objeto celeste, batizado de Himiko, é uma enorme e misteriosa mancha de gás que pode ser o antepassado de uma galáxia

Objeto celeste, batizado de Himiko, é uma enorme e misteriosa mancha de gás que pode ser o antepassado de uma galáxia

AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Ex-astronauta americano afirma que extraterrestres existem

O astronauta aposentado Edgar Mitchell - que fez parte da missão com destino à Lua Apollo 14, em 1971 - afirmou que existe vida extraterrestre e que o governo americano esconde informações sobre o assunto. Segundo o site do jornal britânico Telegraph, as afirmações foram feitas durante a quinta X-Conference - um encontro anual que reúne ufólogos e outras pessoas que acreditam na existência de discos voadores e formas de vida alienígena - que aconteceu do dia 17 ao dia 19 de Abril.

De acordo com o jornal, o ex-astronauta, hoje com 78 anos, disse: "não estamos sozinhos. Nosso destino é tornar-nos parte de uma comunidade planetária. Nós devemos estar prontos para ir além do nosso planeta e além do nosso sistema solar para descobrir o que está realmente acontecendo lá fora."

Mitchell, que foi piloto do módulo lunar na Apollo 14, também disse que em 1947 tentou investigar o chamado "Incidente Roswell" - um suposto disco voador que teria caído na localidade de Roswell, no Novo México - , mas que foi dissuadido por autoridades militares. O astronauta, que cresceu na cidade de Roswell, afirmou que na época os moradores "foram silenciados pelas autoridades militares que ordenaram que não se falasse sobre essa experiência."

Ele alegou que tentou buscar as provas que foram colhidas com moradores locais pelo Pentágono. Segundo ele, um oficial do governo - cujo nome não foi citado - havia prometido que descobriria mais informações, mas seu acesso foi negado quando ele "tentou entrar no trabalho interno desse processo". Michell afirma que o oficial nega a história.

"Convido a todos aqueles que duvidam: leiam os livros, comecem a compreender o que realmente aconteceu. Porque realmente não há nenhuma dúvida de que estamos sendo visitados", disse Mitchell. "O universo em que vivemos é muito mais maravilhoso, emocionante, complexo e abrangente do que jamais fomos capazes de entender."

Em resposta às afirmações de Michell, pela rede americana CNN, um porta-voz da Nasa afirmou que "a Nasa não acompanha discos voadores e não está envolvida em qualquer tipo de encobrimento sobre vida extraterrestre neste planeta ou em qualquer outro lugar."

Stephen Bassett, chefe da Paradigm Research Group (PRG), que sediou a X-Conference este ano, disse à CNN que "há um terceiro trilho (na política americana), que é a questão dos extraterrestres."

Pelo menos na ficção, discos voadores já visitaram a Terra

Pelo menos na ficção, discos voadores já visitaram a Terra


Redação Terra

Nasa lança site para comemorar 40 anos da conquista da Lua

No próximo dia 20 de julho será comemorado 40º aniversário da conquista da Lua. Foi nesse dia, em 1969, que o astronauta Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a andar pelo satélite terrestre, após ter percorrido com os companheiros Buzz Aldrin e Michael Collins, a bordo da Apolo 11, os mais de 360 mil km desde a superfície terrestre.

"Um pequeno passo para o homem; um gigantesco salto para a humanidade", foram as palavras ditas por Armstrong, marcando imediatamente a história no século XX.

Para celebrar os 40 anos da mais famosa missão espacial dos Estados Unidos, a Nasa, agência espacial americana, planeja uma série de eventos e atividades durante este ano. Além de celebrar o programa Apolo, o objetivo é destacar suas conquistas e benefícios derivados do desenvolvimento tecnológico necessário para seu sucesso.

"Celebre a Apolo: Explorando a Lua e descobrindo a Terra" é o nome do projeto de divulgação de informações sobre as missões históricas, atuais e futuras da agência.

A Nasa lançou um site especial que traz a história da conquista da Lua, que para o programa norte-americano começou de forma desesperada. Após ter visto os então soviéticos enviarem para o espaço o primeiro satélite (Sputnik, em 1957), o primeiro animal (a cadela Laika, no mesmo ano) e o primeiro homem (Yuri Gagarin, em 1961), não havia outra opção para se sair bem na corrida espacial em plena Guerra Fria a não ser chegar primeiro à Lua.

Quando a União Soviética já projetava suas missões ao satélite, em 25 de maio de 1961 o então presidente norte-americano John Kennedy anunciou o ambicioso objetivo de "levar o homem à Lua e trazê-lo de volta com segurança antes do fim da década". Foram precisos oito turbulentos anos, que contaram inclusive com a morte de astronautas (os três da primeira missão, a Apolo 1, em testes na plataforma de lançamento na Flórida) e do próprio Kennedy, assassinado em 1963. Mas a poucos meses do fim da década, o módulo lunar da Apolo 11 pousou com segurança na região lunar chamada, não por coincidência, de Mar da Tranquilidade.

Outras cinco missões - Apolo 12, 14, 15, 16 e 17 - levaram astronautas para a Lua, onde colheram poeira e rochas e realizaram experiências para medir dados físicos, sísmicos, magnéticos e o vento solar na superfície. Andaram, pularam, rodaram com um jipe e até arriscaram tacadas com bolas de golfe. E, desde 1971, nunca mais retornaram. Mas a Nasa planeja voltar com missões tripuladas ao satélite na próxima década.

O site traz curiosidades como a tecnologia e a engenharia envolvidas na construção e direção do módulo lunar até a segurança da superfície. Outra curiosidade são as "árvores da Lua", crescidas a partir de mais de 400 sementes levadas pelo astronauta Stuart Roosa - que fez parte do Serviço Florestal americano - na Apolo 14. Após retornarem à Terra, as sementes foram plantadas em diversos locais dos Estados Unidos e em outros países.

Outro destaque são as muitas fotos, diversas em alta resolução, como da primeira pegada deixada por Armstrong no solo lunar, além de vídeos das missões do programa e de depoimentos de pessoas que descrevem onde estavam e o que sentiram quando viram pela televisão os primeiros passos do homem em outro corpo celeste.

JB Online

Satélite de navegação da China funciona bem em órbita

O segundo satélite de navegação da China, lançado há uma semana, funcionou bem desde que entrou em sua órbita de trabalho na segunda-feira, anunciou hoje o Centro de Controle de Satélite de Xi''an, localizado no noroeste do país.

De acordo com o centro, o quarto ajuste da posição do satélite foi realizado há dois dias através de um sistema de controle remoto, e dados mostram que o artefato agora está corretamente posicionado. Os equipamentos intalados no satélite também estão funcionando bem, acrescentou o centro.

O satélite faz parte do ambicioso sistema de navegação por satélite do gigante asiático, conhecido como Programa Compass, que foi desenvolvido independentemente pelo país.

O sistema cobrirá toda a China e as regiões adjacentes até o final de 2010 ou até o início de 2011, e será ampliado e transformado em uma rede global antes de 2020, disse o engenheiro chefe do Grupo de Tecnologias Eletrônicas da China, Cao Chong, em uma entrevista à Xinhua, semana passada.

De acordo com Cao, o país asiático lançará outros dez satélites do tipo nos próximos dois anos, que, com os dois já em órbita, poderão cobrir a China e as regiões vizinhas na primeira fase do Programa Compass.

O gigante asiático colocou em órbita geoestacionária o primeiro satélite de navegação Compass em abril de 2007, após lançar com sucesso quatro satélites de navegação experimentais, que fazem parte do sistema Beidou (Big Dipper em inglês, Grande Ursa em português) e podem fornecer dados de posicionamento com uma exatidão de 20 metros.

O sistema Compass é igual ao Sistema de Posicionamento Global (GPS) dos Estados Unidos, ao Sistema de Posicionameto Galileo da Europa e ao Sistema Global de Navegação por Satélite (GLONASS) da Rússa.

Agência Xinhua

terça-feira, 21 de abril de 2009

Espetáculo de galáxias marca os 19 anos do Hubble

Para comemorar os 19 anos do Hubble, a Nasa, agência espacial americana, e a ESA, agência espacial européia, divulgaram uma série de imagens feitas pelo telescópio espacial que mostram um incomum sistema interligado de galáxias. O sistema, que recebeu a designação Arp194, engloba várias galáxias e um rastro azul de estrelas, gás e poeira que se estende por mais de 100 mil anos-luz.

Os núcleos de duas galáxias podem ser vistos no topo da imagem durante o processo de fusão. A brilhante causa azulada que surge no meio das duas é composta de várias estrelas recém-nascidas. O fenômeno geralmente ocorre quando duas galáxias se chocam.

A cauda azul parece conectar uma terceira galáxia, na parte de baixo, mas esta se localiza de fato ao fundo e não está relacionada com o sistema. A ilusão ocorre por causa do alto poder de resolução das imagens do Hubble.

Localizada na constelação de Cepheus, o Arp194 está distante cerca de 600 milhões de anos-luz da Terra e é um dos vários sistemas conhecidos de galáxias que se mesclam e fundem. As imagens foram feitas em janeiro de 2009 utilizando filtros azuis, verdes e vermelhos simultaneamente.

O Hubble foi lançado no espaço pela Nasa no dia 24 de abril de 1990. Desde então já captou mais de 570 mil imagens de 29 mil corpos celestes.

Sistema Arp194 possui galáxias interligadas e um rastro azul de estrelas, gás e poeira com 100 mil anos-luz de extensão

Sistema Arp194 possui galáxias interligadas e um rastro azul de estrelas, gás e poeira com 100 mil anos-luz de extensão

BBC Brasil - BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

Planeta descoberto é o "mais similar à Terra", diz astrônomo

O menor planeta conhecido até o momento, batizado como Gliese 581e e cuja descoberta foi anunciada hoje, é o "mais similar à Terra até hoje", afirmou Gaspare lo Curto, astrônomo do Observatório Europeu Austral (ESO, em inglês) no Chile.

O novo planeta orbita ao redor da diminuta estrela Gliese 581, na constelação de Libra, localizada a 20,5 anos luz da Terra e em cuja órbita já foram descobertos outros três planetas.

A superfície de Gliese 581e é rochosa e não tem atmosfera porque fica muito próxima a sua estrela e as temperaturas são muito elevadas, explicaram hoje em entrevista coletiva os cientistas do ESO em sua sede em Santiago.

"(Hoje) é um dia muito importante. Há 14 anos, quando foi anunciada a descoberta do primeiro planeta extra-solar, alguns ainda duvidavam da existência de planetas fora de nosso sistema", assegurou Lo Curto.

Segundo o cientista, desde a observação desse primeiro planeta extra-solar, mais 340 foram descobertos, e a lista aumenta a cada semana.

Além disso, Lo Curto afirmou que a maioria dos planetas que orbitam ao redor de uma estrela fora do sistema solar são sistemas múltiplos, em que coexistem entre três e quatro planetas.

O descobrimento do menor planeta conhecido até agora foi possível graças ao instrumento de precisão chamado HARPS, localizado no observatório de La Silla, situado no norte do Chile.

"Nos próximos 15 anos, vamos observar atmosferas de outros planetas e, portanto, poderemos encontrar evidências de vida", sustentou Massimo Tarengui, representante da ESO no Chile.

No entanto, o astrônomo pediu tempo e paciência, porque "o trabalho astronômico é muito lento e necessita muitos anos para dar resultados", como foi o caso da descoberta de Gliese 581e, confirmada após quatro anos de observação ininterrupta.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Cientistas localizam o menor exoplaneta já descoberto

O planeta E, localizado no canto inferior esquerdo da ilustração, tem pouco menos do dobro da massa da Terra
O planeta "E", localizado no canto inferior esquerdo da ilustração, tem pouco menos do dobro da massa da Terra

Cientistas anunciaram, nesta terça-feira, a descoberta do planeta mais leve já encontrado fora de um sistema solar até então. O planeta "E", achado no sistema Gliese 581, tem um pouco menos do que o dobro da massa da Terra e teria condições de abrigar vida, já que poderia ter grandes quantidades de água, informou a AP.

Cerca de 350 exoplanetas - planetas que não orbitam um sol - já foram detectados por satélites. No entanto, estão muito perto ou muito longe de um sol, fazendo com que sejam muito quentes ou muito frios.

O tamanho de um planeta é fundamental para que haja alguma chance de abrigar vida. Planetas grandes são mais propensos conter muitos gases. Os menores do que a Terra são muito difíceis de serem detectados.

Redação Terra

Família de Stephen Hawking espera recuperação total

Um porta-voz da Universidade de Cambridge anunciou que o astrofísico britânico Stephen Hawking, que foi hospitalizado de emergência na segunda-feira, permanecerá internado para observação, mas a família espera uma recuperação total.

"O professor Hawking seguirá internado para observação no hospital de Addenbrooke, em Cambridge", afirmou o porta-voz da universidade britânica, onde o cientista trabalha.

"Está tranquilo e a família prevê que vai se recuperar totalmente", disse. Stephen Hawking, 67 anos, mundialmente conhecido por seus trabalhos sobre o universo, é o autor de Uma Breve História do Tempo, um dos maiores sucessos da literatura científica.

Portador de esclerose lateral amiotrófica desde os 22 anos, Hawking se movimenta numa cadeira de rodas especial e se comunica através de um computador e um sintetizador vocal.

Stephen William Hawking nasceu em Oxford, Inglaterra, em 8 de janeiro de 1942. Em 1959, entrou para a University College, Oxford, onde pretendia estudar matemática, entrando em conflito com o pai, que gostaria que estudasse medicina.

Acabou optando por física, fazendo o doutorado na Trinity Hall em Cambridge no ano de 1966, onde é atualmente um membro honorário. Nesta época, foi diagnosticada em Stephen W. Hawking a doença degenerativa.

Stephen Hawking é mundialmente conhecido por seus trabalhos sobre o universo

Stephen Hawking é mundialmente conhecido por seus trabalhos sobre o universo

AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Buraco da camada de ozônio pode se fechar em 2065

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida estabilizou-se desde 2000, mas ainda demorará décadas a se regenerar e a se fechar, o que, no mais breve, ocorrerá em 2065.

Esta é a conclusão dada nesta segunda-feira pelo climatólogo americano David J. Hofmann, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA), em entrevista coletiva em Viena.

Apesar da estabilização "ainda não há sinais de uma recuperação" sobre o pólo sul, embora o especialista afirme que, caso continue a tendência atual, o buraco poderia começar a se fechar a partir do ano 2030.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Nasa transmitirá imagens do planeta durante Dia da Terra

Nasa vai comemorar o Dia da Terra na quarta-feira transmitindo imagens em alta definição do planeta tiradas por câmeras instaladas na Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou nesta segunda-feira a agência espacial americana.

A ISS e sua tripulação permanente de três astronautas, em órbita a 354 km de altitude, dão a volta na Terra a cada 90 minutos e podem ver o sol se pôr 16 vezes por dia. Visível da Terra a olho nu, a ISS avança a 28.163 km/h.

As imagens em alta definição do planeta azul poderão ser vistas no dia 22 de abril das 10h00 às 13h00 GMT (07h00 às 10h00 de Brasília), das 16h00 às 18h00 GMT (13h00 às 15h00 de Brasília) e das 20h00 às 23h00 GMT (17h00 às 20h00 de Brasília) no canal de TV da Nasa ou no site da agência espacial: http://www.nasa.gov/ntv.

AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

Físico Stephen Hawking é internado em Cambridge

O britânico Stephen Hawking, um dos mais conhecidos físicos do mundo, está muito doente e foi internado em um hospital na Grã-Bretanha, segundo um representante da Universidade de Cambridge ao qual ele é ligado.

Gregory Hayman, chefe de Comunicações da Universidade de Cambridge, afirmou que Hawking, 67 anos, está passando por exames. Segundo o porta-voz, o cientista, que sofre de uma doença degenerativa, "não está bem há algumas semanas". O professor já tinha cancelado uma visita a uma universidade americana no dia 6 de abril devido ao seu estado de saúde.

Hawking trabalha no Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da Universidade de Cambridge há mais de 30 anos.

Aposentadoria
"O professor Hawking é um colega extraordinário. Todos nós esperamos que ele volte para em breve", disse o professor Peter Haynes, chefe do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica.

O autor do best-seller internacional Uma Breve História do Tempo fala com a ajuda de um sintetizador de voz, tem três filhos e um neto. Ele ocupa o cargo de professor Lucasiano de Matemática, uma cátedra especial da Universidade, criada em 1663. Entre os cientistas que já ocuparam este posto está Isaac Newton.

Em 2007 foi anunciado que Hawking deixaria o cargo em Cambridge, pois a política da universidade é de aposentadoria para os professores que têm este título aos 67 anos. No entanto, Hawking afirmou que pretende continuar trabalhando.

Doente, o físico Stephen Hawking foi internado

Doente, o físico Stephen Hawking foi internado

BBC Brasil - BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

Explosão de estrela causou extinção em massa na Terra

A maior parte das detonações de raios gama são feixes de energia de alta radiação produzidos pelo colapso de estrelas maciças
A maior parte das detonações de raios gama são feixes de energia de alta radiação produzidos pelo colapso de estrelas maciças

Anne Minard


Uma brilhante detonação de rios gama pode ter causado um evento de extinção em massa na Terra 440 milhões de anos atrás - e catástrofe celestial semelhante poderia acontecer de novo, de acordo com um novo estudo.

A maior parte das detonações de raios gama, de acordo com os cientistas, são feixes de energia de alta radiação produzidos quando acontece o colapso de uma imensa quantidade de de massa, como a explosão de uma estrela maciça.|

O estudo apresenta um novo modelo de computador segundo o qual um feixe de raios gama dirigido à Terra, desde uma distância de até 6,5 mil anos-luz, poderia ter causado desgaste na camada de ozônio, provocando chuva ácida e iniciando um período de resfriamento global.

Um desastre como esse poderia ter sido responsável pela extinção em massa de até 70% das criaturas marinhas que viviam durante o Período Ordoviciano (de 488 milhões a 443 milhões de anos atrás), sugere o diretor científico do estudo, o astrofísico Brian Thomas, da Universidade Washburn, no Kansas.

A simulação também demonstra que mais ou menos uma vez a cada bilhão de anos uma detonação de raios gama de escala significativa pode acontecer ao alcance da Terra, ainda que os feixes de radiação precisariam estar alinhados de uma maneira muito específica para que atingissem o planeta. No momento, a WR104, uma estrela maciça a oito mil anos-luz de distância, na constelação de Sagitário, está em posição que a torna potencialmente ameaçadora, disse Thomas.

Mas o estudo, que foi submetido ao Jornal Internacional de Astrobiologia, não está necessariamente causando pânico entre os demais astrofísicos.

"Certamente não há nada de errado em estudar o que uma detonação de raios gama poderia causar, se acontecesse perto o bastante de nós, como fez o autor deste trabalho. É assim que a ciência funciona", disse David Thompson, astrofísico da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) e vice-diretor de projeto no Telescópio Espacial Fermi, que opera na banda dos raios gama.

Mas Thompson compara o risco de uma futura detonação de raios gama para a Terra com "o perigo que eu correria de encontrar um urso polar dentro do meu armário em Bowie, Maryland". "Não é não possa acontecer, mas é tão improvável que não vale muito a pena se preocupar com isso", acrescentou.

Danos persistentes
Adrian Melott, antigo orientador do autor do estudo, foi o primeiro a propor, em 2004, que uma detonação de raios gama perto da Terra teria eliminado a vida no Período Ordoviciano. Desde então, os dois pesquisadores vêm trabalhando com aspectos diferentes desse enigma.

De acordo com seus mais recentes modelos, a radiação gama de uma detonação próxima extirparia rapidamente a maior parte da camada de ozônio que protege a Terra, permitindo que mais radiação ultravioleta do sol atingisse a superfície do planeta.

Em prazo mais longo, as reações químicas na atmosfera produziriam gases escuros, com base em nitrogênio, que bloqueariam o calor do sol e deflagrariam o aquecimento global, enquanto os raios gama continuariam a desbastar a camada de ozônio e permitir maior entrada de raios ultravioleta, sugerem os autores.

Parte dessa poluição se precipitaria sobre a superfície na forma de uma devastadora chuva ácida, capaz de causar severas perturbações a ecossistemas.

A atmosfera conseguiria se recuperar em uma década, e uma alta nos danos ao ADN causados pela exposição ampliada à radiação ultravioleta poderia desaparecer dentro de alguns meses ou anos, apontam os pesquisadores. Mas os demais impactos biológicos ¿a exemplo da produtividade reduzida dos oceanos- poderiam persistir por período desconhecido, disse Thomas.

O problema com os trilobitas
Bruce Lieberman, paleontologista da Universidade do Kansas, ajudou a desenvolver a teoria inicial sobre a extinção no ordoviciano, mas não é co-autor dos trabalhos mais recentes.

A idéia prevalecente é a de que uma era glacial causou o evento de extinção, ele diz, mas questiona que essa hipótese explique todos os acontecimentos. "Houve outros momentos nos quais aconteceram eras glaciais sem extinções em massa", ele diz.

Além disso, a era glacial do ordoviciano foi comparativamente curta, durando apenas 500 mil anos antes que o clima retornasse a um ciclo quente - quase como se algo de incomum tivesse deflagrado o frio.

Até agora, Thomas e Melott conseguiram descobrir um padrão de radiação ultravioleta mais elevada durante a extinção do ordoviciano que poderia se equiparar a um bombardeio cósmico por sobre o Polo Sul. E Lieberman acredita que o desaparecimento dos trilobitas, artrópodes extintos aparentados aos caranguejos, possa estar vinculado ao evento do ordoviciano.

Ainda que a maioria dos trilobitas vivesse no lodo do fundo do oceano, os jovens de algumas de suas espécies tinham um estágio de vida que os levava a flutuar em águas rasas, o que os tornaria vulneráveis à radiação ultravioleta.

Mas como Thompson, da Nasa, Lieberman acrescenta que a preocupação quanto a uma futura detonação de raios gama "não é algo que me faça perder o sono".

Em lugar disso, ele aprecia o novo trabalho por apontar que a Terra é uma parte vulnerável do cosmos. "Isso nos oferece uma nova perspectiva sobre coisas como a seleção natural e a adaptação", diz.

Tradução: Paulo Migliacci ME

National Geographic

Exposição exibe imagens feitas do espaço de belezas da Terra

Imagem do Havaí faz parte da exposição
Imagem do Havaí faz parte da exposição

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) apresenta em Paris a exposição Vista excepcional - O Espaço observa nosso patrimônio mundial, com 30 fotos em grande formato (2m x 1m) tiradas por satélites que mostram belezas culturais e naturais do planeta.

As imagens foram feitas pelo Centro Aeroespacial da Alemanha a uma altura de 700 km acima da superfície da terra. Entre os sítios culturais fotografados, estão as pirâmides de Gizé, no Egito, a antiga cidade de Dubrovnik, na Croácia, Jerusalém e seus muros, além da cidade de Teotihuacan, no México, e Machu Picchu no Peru.

A exposição apresenta várias áreas naturais conhecidas por sua extrema beleza, como o Parque Nacional de Vulcões no Havaí, onde estão dois dos vulcões mais ativos do mundo - o Mauna Loa e o Kilauea - o Parque Nacional do Quênia e o de Kilimanjaro, na Tanzânia, ou ainda a região da Lapônia, no Círculo Polar Ártico, e fiordes da Groenlândia.

A área do Parque Nacional do Jaú, na Amazônia Central, no interior do Estado do Amazonas, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo, também foi fotografada pelo Centro Aeroespacial da Alemanha.

Patrimônio
Todos os locais fotografados fazem parte da lista do patrimônio mundial da Unesco. Segundo a organização, com sede em Paris, o objetivo da exposição é mostrar a importância da utilização da tecnologia espacial de ponta na observação e proteção do patrimônio mundial da humanidade.

A tecnologia conhecida por "teledetecção" (remote sensing, em inglês) é usada para observar a Terra a partir do espaço e permite coletar dados com grande precisão e observar o que ocorre nos sítios protegidos pelo patrimônio mundial da Unesco.

Segundo a organização, o uso das tecnologias espaciais também permite antecipar ameaças às áreas protegidas como fenômenos naturais ou decorrentes da atividade humana (como urbanização crescente e exploração agrícola).

O Centro Aeroespacial alemão colocou sua tecnologia à disposição de países emergentes para ajudá-los a proteger seu patrimônio histórico e natural. A Unesco utiliza atualmente o satélite por radar alemão TerraSAR-X, que usa tecnologia alemã de ponta para a captação de imagens geo-espaciais.

A exposição, apresentada na sede da Unesco, em Paris, vai até o dia 7 de maio.

BBC Brasil - BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

domingo, 19 de abril de 2009

Erupções solares põem em risco astronautas e a Terra

Concepção artística mostra uma erupção de massa coronal, que representam perigo para quem estiver no seu caminho
Concepção artística mostra uma erupção de massa coronal, que representam perigo para quem estiver no seu caminho

Os tsunamis solares, fortes erupções de massa coronal (CME, na sigla em inglês) emanadas pelo Sol, podem representar um perigo fatal aos astronautas, naves e telescópios em missões no espaço sideral, além de interferir em sistemas de telecomunicação e de posicionamento via satélite na Terra, afirmou o coordenador do Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica (CRAMM) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. A massa coronal - enorme quantidade de massa composta por partículas de elétrons - está sendo estudada pelas sondas espaciais gêmeas Stereo, da Nasa, agência espacial americana.

O físico Pierre Kaufmann é especialista no assunto e foi contratado pelo escritório de ciência da Força Aérea dos Estados Unidos para estudar a previsibilidade das ejeções de CME após o projeto da universidade ser aprovado em uma seleção internacional. As erupções se manifestam por meio da grande aceleração das partículas de elétrons que são lançadas ao espaço.

Para Kaufmann, o risco dos astronautas e equipamentos espaciais serem atingidos é "extremamente sério". "Algumas missões são até mesmo abortadas e os astronautas têm que retornar imediatamente à Terra", explicou. Este risco, conforme o coordenador, causa polêmica quando a comunidade científica internacional fala em uma viagem tripulada de longo prazo até Marte. "Ainda não temos como prever se as erupções ocorrerão antes ou depois da chegada dos astronautas", avaliou.

Os tsunamis solares também causam um forte impacto na Terra e podem perturbar o planeta de diversas maneiras, danificando permanentemente a eletrônica de satélites artificiais, atingindo a ionosfera (camada da alta atmosfera) e, por consequência, afetando as telecomunicações e a coleta de dados dos satélites, incapacitando GPSs de geolocalização, desligando parte das vias de transmissão de energia elétrica, prejudicando a produção de cargas eletroestáticas nos dutos de gás e óleo e avariando até mesmo os nossos pequenos aparelhos celulares.

No entanto, os efeitos não são sentidos apenas pela tecnologia. De acordo com Pierre Kaufmann, a energia liberada pelo Sol pode ainda provocar um impacto de longo prazo no regime climático da superfície terrestre. "Em períodos de alta atividade solar, notamos que existem menos nuvens no céu e um processo contrário nas fases de menor atividade", constatou.

As explosões solares - detonações relativamente rápidas geradas nas manchas presentes no disco solar - que, segundo destacou Kaufmann, é um processo físico diferente das erupções, são mais potentes do que mais de 10 milhões de bombas atômicas juntas.

Para se ter uma idéia do poder do tsunami solar, sua produção é muito mais freqüente e possui conteúdo de potência muito maior que o das explosões. Embora haja a diferença enorme de força, os dois tipos de ejeções de massa são relativamente lentos, levando entre 2 a 3 dias para alcançar a Terra.

Sem saída
As expectativas não são nada positivas para os seres humanos em relação ao que pode ser feito para evitar os prejuízos na Terra. "Nada pode ser feito em curto prazo. Estamos condenados a esta exposição às energias liberadas pelo Sol" afirmou Pierre Kaufmann. Para ele, "ainda estamos longe de prever com exatidão a ocorrência dos tsunamis". A saída, conforme o professor, é tentar prevenir os efeitos de alguma maneira que ainda não foi encontrada.

Nasa confiante na prevenção
Cientistas da Nasa anunciaram esta semana que os novos dados fornecidos pelas sondas espaciais gêmeas Stereo - lançadas em outubro de 2006 - podem ajudá-los futuramente a prever a ocorrência do fenômeno solar. Uma missão já em andamento também está analisando as erupções de massa coronal. A iniciativa tem o objetivo de avaliar o comportamento do Sol e criar mecanismos para prevenir os efeitos.

Os pesquisadores conseguiram mapear em 3D a movimentação dos maremotos de energia, a partir de imagens captadas pelos telescópios, para analisar suas estruturas, velocidades, direções e massas. De acordo com o físico solar Angelos Vourlidas, do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington, as novas informações captadas pelos telescópios gêmeos vão revolucionar a pesquisa sobre o padrão climático cósmico.

"Antes desta missão, as medições e dados de CME só eram observados quando as emanações chegavam à Terra entre três e sete dias mais tarde", disse o especialista. Segundo o físico, "agora podemos ver os potentes raios no momento em que deixam a superfície do Sol até a chegada à Terra".

Redação Terra

sábado, 18 de abril de 2009

vc repórter: planetário lembra 400 anos de observações de Galilei

Com o evento Sarau Astronômico, o Planetário do Ibirapuera lembrou na noite desta sexta-feira os 400 anos das primeiras observações telescópicas do céu feitas por Galileu Galilei. A atividade, realizada no jardim suspenso do Centro Cultural São Paulo, em São Paulo (SP), integra as comemorações do Ano Internacional da Astronomia.

Durante o evento, o público pôde observar o céu noturno por meio de telescópios e com monitoria de técnicos em astronomia. Ao mesmo tempo, os participantes assistiram a apresentações artísticas.

Nesta edição, de número 18, a participação foi da banda de rap Slim Rimografia, formada por Thiago Beat Box e Filiph Neo. O evento foi gratuito.

Visitantes do Sarau Astronômico ouviram explicações sobre os planetas em São Paulo (SP)

Visitantes do Sarau Astronômico ouviram explicações sobre os planetas em São Paulo (SP)

A internauta Cecília Madureira, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Imagem mostra maior colisão entre galáxias já registrada

Imagem de fusão de quatro aglomerados de galáxias foi possível ao se combinar dados de três telescópios
Imagem de fusão de quatro aglomerados de galáxias foi possível ao se combinar dados de três telescópios

Astrônomos identificaram a maior colisão entre aglomerados de galáxias já registrada, a partir da combinação de imagens captadas por três telescópios diferentes. Usando dados do telescópio espacial Hubble, do Observatório Chandra e do Observatório Keck, no Havaí, os cientistas conseguiram determinar a geometria tridimensional e o movimento dos aglomerados, a uma distância de 5,4 bilhões de anos-luz da Terra.

Os pesquisadores descobriram que quatro aglomerados distintos se envolveram em uma fusão tripla, em um fenômeno que, segundo eles, poderá ajudar a entender o que ocorre quando alguns dos maiores corpos do Universo se chocam.

Aglomerados de galáxias interagem gravitacionalmente uns com os outros, e colisões entre eles são normais.

Notável
Os objetos envolvidos na colisão pertencem a um sistema batizado pelos astrônomos de MACJ0717, um "filamento" de galáxias, gases e matéria negra com 13 milhões de anos-luz de extensão e em constante fluxo de material.

"Além de ser lotado de movimentos, este sistema também é notável por causa de sua temperatura - uma das mais altas já conhecidas", afirmou Cheng-Jiun Ma, da Universidade do Havaí e o chefe da pesquisa.

"Trata-se do aglomerado mais espetacular e mais perturbado que eu já vi", disse. "Creio que ele pode nos ensinar muito mais sobre como as estruturas do Universo crescem e evoluem."

Para a descoberta, o telescópio de Keck e o Hubble forneceram informações ópticas sobre o movimento e densidade das galáxias ao longo de uma linha, mas não sobre o que ocorria na rota perpendicular a esta linha.

Ao combinar os dados de raio-X vindos do Observatório Chandra, os cientistas conseguiram os detalhes tridimensionais da imagem. Ma e seus colegas esperam no futuro poder utilizar imagens de raio-X ainda mais penetrantes para medir a temperatura dos gases ao longo de toda a extensão do filamento.

BBC Brasil - BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

Satélites mostram movimento da terra em terremoto na Itália

Interferograma produzido por dados de satélite mostra a deformação produzida no terreno
Interferograma produzido por dados de satélite mostra a deformação produzida no terreno

Imagens feitas pelos satélites da Agência Espacial Européia (ESA) e da Agência Espacial COSMO-Skymed, o italiano Envisat, mostram o movimento da terra durante o terremoto de 6.3 graus da escala Richter que atingiu a região de L'Áquila, na Itália, no último dia 6 de abril. As imagens estão sendo analisadas por cientistas italianos para mapear as deformações da superfície após o sismo.

Os pesquisadores usaram uma técnica chamada InSAR (Interferometria), uma espécie de versão sofisticada da brincadeira de encontrar diferença entre duas imagens. A técnica envolve a combinação de duas ou mais imagens de radar na mesma localização do terreno de modo a que as medições muito precisas, na escala de poucos milímetros, localizam qualquer diferença na movimentação do solo. A região havia sido fotografada pelo Envistat no dia 1 de fevereiro. Logo depois do terremoto o satélite foi novamente dirigido para fazer uma foto idêntica, na mesma posição e angulação.

Os resultados da análise são uma espécie de interferograma, uma imagem na qual as diferenças entre as imagens aparecem como padrões de interferência coloridos. Um conjunto completo de bandas coloridas, chamadas de franjas, representa o movimento do solo em relação ao satélite. O interferograma mostra nove franjas em torno do epicentro, localizado entre a L'Aquila e Fossa, onde a terra moveu-se 25 centímetros.

As medições foram feitas por um grupo de cientistas do Instituto de Sensoriamento Eletromagnético e Ambiental, IREA, e do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, INGV, ambos da Itália.

Redação Terra

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lua surgiu de colisão entre planeta e Terra, diz teoria

Pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, apresentaram a hipótese de que a Lua se formou por causa da colisão entre a Terra e um antigo planeta já desaparecido, denominado Theia - com o tamanho aproximado de Marte. A Nasa, agência espacial americana, aproveitará a missão das sondas gêmeas Stereo, que está observando os tsunamis solares, para explorar pontos específicos do nosso sistema solar em busca de indícios do planeta perdido. As informações são do Terra Chile.

Segundo Edward Belbruno e Richard Gott, defensores da teoria, Theia existiu há 4,5 milhões de anos e o material expelido na grande explosão, oriundo dos dois planetas, permaneceu girando ao redor da Terra antes de entrar em fusão e formar a Lua.

As naves Stereo buscam pistas nos Pontos de Lagrange, regiões do espaço situadas entre a gravidade da Terra e do Sol, que formam um "poço gravitacional", engolindo todo aquilo que está na sua volta.

Concepção artística mostra a colisão entre a Terra (esq.) e o planeta Theia, com tamanho aproximado ao de Marte

Concepção artística mostra a colisão entre a Terra (esq.) e o planeta Theia, com tamanho aproximado ao de Marte


Redação Terra

Desmatamento de biomas será monitorado por satélite

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançou nesta quinta-feira o projeto de monitoramento por satélite do desmatamento dos biomas brasileiros. O anúncio ocorreu no Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor), na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Atualmente, o monitoramento por satélite da cobertura florestal é restrito, em nível nacional, à Amazônia e será estendido à Caatinga, ao Cerrado, à Mata Atlântica, aos Pampas e ao Pantanal.

Agência Brasil

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Telescópio Hubble registra show de luzes em buraco negro

O telescópio espacial Hubble, da Nasa (agência espacial americana), testemunhou um verdadeiro show de luzes vindo de um buraco negro no centro de uma galáxia.

A explosão de luz veio de uma bolha de matéria chamada HST-1, embutida em um jato de matéria, um poderoso e estreito raio de gás quente produzido por um buraco negro que fica no centro de uma galáxia elíptica e gigantesca, a M87.

O HST-1 é tão brilhante que está ofuscando até o centro brilhante da galáxia M87, cujo buraco negro é um dos maiores já descobertos. A massa de gás brilhante tem dado um espetáculo para astrônomos. Os cientistas observaram o brilho estável do HST-1 por vários anos, até que ele se apagasse. E então o HST-1 se reacendeu e agora os astrônomos afirmam que é difícil prever o que vai acontecer.

O telescópio Hubble está observando esta atividade nos últimos sete anos, fornecendo imagens detalhadas dos eventos. O telescópio dá aos astrônomos uma visão única, próxima do ultravioleta do jato de luz que os telescópios na Terra não conseguem alcançar.

"A visão precisa do Hubble permite definir o HST-1 e separar do buraco negro", afirmou o o astrônomo Juan Madrid, da Universidade McMaster, em Hamilton, no Canadá.

Madrid reuniu sete anos de imagens de arquivo do jato de luz, capturadas pelo Hubble, incluindo as mudanças no comportando do HST-1 durante o tempo. O jato de luz pode fornecer dados sobre a variação de jatos em buracos negros de galáxias distantes, que são difíceis de estudar por estarem tão longe da Terra.

A galáxia M87, por exemplo, está a 54 milhões de anos-luz da Terra, no Grupo de Virgem, uma região próxima no universo, com a maior densidade de galáxias.

"Não esperava que o jato na M87, ou que qualquer outro jato em um buraco negro, aumentasse o brilho da maneira que este jato faz", disse Madrid.

"Ficou 90 vezes mais brilhante que o normal. A questão é: isto ocorre com todos os jatos ou núcleos ativos, ou estamos observando um comportamento incomum da (galáxia) M87?", questionou o astrônomo.

Razões para o brilho
Apesar das muitas observações feitas pelo Hubble e outros telescópios, os astrônomos não tem certeza da causa do brilho.

Uma das explicações mais simples é que o jato atingiu uma linha de poeira ou nuvem de gás e então está brilhando devido à colisão. Outra possibilidade é que as linhas do campo magnético do jato estão espremidas, juntas, o que libera uma grande quantidade de energia.

Este fenômeno é semelhante à maneira como se desenvolvem as explosões solares e é até um mecanismo de criação das auroras na Terra. Agora, o astrônomo Juan Madrid espera que as observações futuras do HST-1 revelem a causa da atividade misteriosa.

"Esperamos que as observações nos forneçam algumas teorias com boas explicações sobre os mecanismos que estão causando os jatos de luz", afirmou.

"Os astrônomos querem saber se esta é uma instabilidade intrínseca ao jato quando abre caminho para fora da galáxia ou se pode ser outra coisa", acrescentou.

A explosão de luz veio de uma bolha de matéria chamada HST-1

A explosão de luz veio de uma bolha de matéria chamada HST-1

BBC Brasil - BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

Telescópio capta imagem espacial semelhante a mão humana

Os dedos azuis parecem tocar uma nuvem vermelha
Os dedos azuis parecem tocar uma nuvem vermelha

O telescópio Chandra da Nasa conseguiu captar uma imagem no espaço que é semelhante a uma mão humana. Os dedos azuis parecem tocar uma nuvem vermelha.

A fotografia retrata a formação de uma estrela que se expande a 150 anos luz da Terra.

Com informações da EFE

Redação Terra