sábado, 30 de maio de 2009

Telescópio estudará o Sol em balão maior que estádio

A Nasa, agência espacial americana, recorrerá ao antiquado método de transporte em balões para lançar um telescópio que estudará o Sol em uma travessia que vai da Suécia ao Canadá. O observatório Sunrise ("Nascer-do-sol", na tradução em inglês) permanecerá em vôo sobre o Ártico por quase uma semana suspenso por um gigantesco balão maior que um estádio, com quase 1 milhão de m³ de gás hélio.

O telescópio e a gôndola onde serão carregados os instrumentos científicos pesam cerca de 2 t. A Nasa informou que a missão - integrada também por Espanha e Alemanha - fazem parte de um experimento com o propósito de captar imagens em alta resolução da superfície solar. O lançamento, programado para 1º de junho, ocorrerá no Centro Espacial Esrange, na Suécia. O destino final será o Canadá. O Sunrise deverá cruzar o Ártico a quase 37 mil m de altura para observar o Sol enquanto flutua sobre a Terra. A gôndola possui um sistema de orientação que permite ao equipamento se movimentar horizontalmente. Os cientistas esperam que o observatório e outros instrumentos flutuantes similares expliquem os fenômenos causados pelos campos magnéticos na superfície do maior astro do nosso sistema solar, como as manchas solares e as ejeções de massa coronal. Estes processos são os responsáveis pela intensa variação climática da Terra. Outro objetivo de Alemanha, Espanha e Estados Unidos é utilizar os balões para reduzir o custo de lançamento de satélites. O valor do Sunrise é estimado entre 60 a US$ 80 milhões, enquanto um similar colocado em órbita custaria US$ 500 milhões.

O observatório Sunrise viajará em um gigantesco balão de 1 milhão de m³ de hélio para estudar o Sol
O observatório Sunrise viajará em um gigantesco balão de 1 milhão de m³ de hélio para estudar o Sol

Terra Chile

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Brasil lança com sucesso foguete Orion em Alcântara

O Brasil lançou nesta sexta-feira um foguete de treinamento no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, após uma lacuna de quase dois anos. A missão, chamada de Maracati I, é uma parceira entre o Brasil e a Alemanha para teste operacional.

"O objetivo é fazer treinamento do Centro de Lançamento de Alcântara", disse o coordenador do lançamento, coronel João Cesarino Siqueira. O lançamento ocorreu às 16h25 e, de acordo com o CLA, foi um "sucesso total".

O foguete Orion, de 5,7 m, pode atingir velocidade de 4,7 mil km por hora, quatro vezes a velocidade do som. Nesta missão, o foguete foi equipado com instrumentos de rastreamento de voo e caiu em alto mar, a cerca de 80 km da costa, após atingir uma altura de 93 km.

O último lançamento realizado em Alcântara foi em julho de 2007. A missão com um Veículo de Sondagem ao Espaço (VSB-30) foi considerada um sucesso pela Agência Espacial Brasileira, mas parte dos experimentos não pode ser recuperada. Para 2009, estão previstos mais três lançamentos no CLA, em julho, setembro e novembro, mas somente em um deles o VSB-30 deverá decolar com novos experimentos.

O programa espacial brasileiro foi criado em 1961 mas até agora foi incapaz de lançar um foguete que levasse um satélite ao espaço. Em agosto de 2003, uma explosão destruiu o Veículo Lançador de Satélite (VLS) três dias antes de seu lançamento, matando 21 pessoas. O acidente foi causado pela ignição prematura de um dos motores do foguete que deveria colocar dois satélites em órbita.

O próximo lançamento do VLS está programado para 2010. Antes da explosão, o Brasil havia tentado lançar um foguete próprio em 1997 e 1999. Em ambas as vezes, os foguetes foram destruídos pouco após o lançamento por problemas técnicos.

Com o lançamento de um foguete próprio, o Brasil se tornaria o primeiro país com tecnologia espacial da América Latina. O Centro de Lançamento de Alcântara é a base mais próxima da linha do Equador já construída, o que permite aos foguetes lançados o uso de menos combustível para entrar em órbita e o carregamento de cargas maiores, já que contam com as forças centrífugas da Terra.

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Descoberto exoplaneta com massa 6 vezes maior que Júpiter

Concepção artística mostra o gigante gasoso VB 10b (à esq.), que pode ser um planeta frio por orbitar longe de sua estrela
Concepção artística mostra o gigante gasoso VB 10b (à esq.), que pode ser um planeta frio por orbitar longe de sua estrela


Astrônomos da Nasa, agência espacial americana, descobriram um novo exoplaneta que possui massa seis vezes superior à de Júpiter e fica a 20 anos-luz da Terra, na constelação de Aquila, informou nesta quinta-feira o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). O gigante gasoso VB 10b pode ser um planeta frio porque orbita consideravelmente longe de sua estrela, de acordo com os cientistas. As informações são do Terra Chile.

Para descobri-lo, os especialistas utilizaram um método desenvolvido há mais de 50 anos chamado astrometria, ramo da astronomia que trata das medidas dos corpos celestes. A técnica é responsável por buscar novos exoplanetas - corpos que giram em torno de uma estrela (como a Terra ao redor do Sol) - em outros sistemas solares. Até o momento, foram encontrados mais de 300 exoplanetas.

A astrometria consiste basicamente em medir precisamente os movimentos de uma estrela junto à influência gravitacional de planetas que ainda não foram observados. O método requer medições exatas durante longos períodos de tempo.

Segundo o autor das observações, Steven Pravdo, do JPL, a técnica é ótima para encontrar configurações similares às do Sistema Solar conhecido, podendo haver outros planetas com características como às da Terra. Pravdo explicou que o planeta parecido com Júpiter relativamente possui quase a mesma distância do original. "A diferença é que orbita em torno de uma estrela muito menor", afirmou.

O pesquisador também sugeriu a possibilidade de existência de planetas rochosos, como a Terra, em torno da estrela do VB 10b.

Redação Terra

Nave Soyuz TMA-15 se acopla com sucesso à ISS


A nave Soyuz TMA-15, com três tripulantes a bordo, que integrarão a primeira missão de seis membros na Estação Espacial Internacional (ISS), acoplou-se nesta sexta-feira com sucesso ao módulo russo Zarya da plataforma orbital.

"O acoplamento ocorreu em regime automático e sem contratempos", disse o porta-voz do Centro de Controle de Vôos Espaciais (CCVE) da Rússia, Valeri Lindin, citado pela agência Interfax. A manobra aconteceu às 16h34 de Moscou (9h34 de Brasília), como estava previsto.

Aproximadamente 1h30 depois do engate da Soyuz com a plataforma, os astronautas abrirão a escotilha. A nave com o cosmonauta russo Roman Romanenko, o belga Frank de Winne, da Agência Espacial Européia, e o canadense Robert Thirsk partiu a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, na quarta-feira passada às 14h34 de Moscou (7h34 de Brasília).

Os recém-chegados serão recebidos pela tripulação da 19ª expedição, integrada pelo russo Gennady Padalka, seu colega da Nasa Michael Barrat e o astronauta japonês Koichi Wakata. A nova missão terá uma duração de 180 dias, durante os quais os cosmonautas receberão na ISS três naves Progress, realizarão duas caminhadas, desacoplarão e voltarão a acoplar a nave Soyuz TMA-14 de um módulo a outro da plataforma orbital.

Além disso, deverão acoplar e desacoplar a nave de carga japonesa HTV-1 e realizar um amplo programa de experimentos científicos. O diretor da agência espacial russa Roscosmos, Anatoli Perminov, destacou recentemente o caráter singular deste vôo, que eleva de três para seis os membros da missão permanente no laboratório espacial.

Ressaltou também que, pela primeira vez, trabalharão na plataforma orbital astronautas de cinco países: Rússia, Estados Unidos, Canadá, Japão e Bélgica.

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Cientistas inauguram experimento que busca "poder estelar"

Pressionados e aquecidos a temperaturas maiores do que as do núcleo de uma estrela, os átomos de hidrogênio vão se fundir, se transformando em hélio e ...
Pressionados e aquecidos a temperaturas maiores do que as do núcleo de uma estrela, os átomos de hidrogênio vão se fundir, se transformando em hélio e liberando rajadas de energia termonuclear


Neste seco vale da Califórnia, nos arredores de uma pequena cidade, uma catedral de luz será consagrada na sexta-feira. Como as catedrais da antigüidade, ela foi construída em escala incomparável, com tecnologia inigualável e encarna uma doutrina científica que, se confirmada, poderá ampliar os horizontes da civilização.

"Trazendo o Poder Estelar para a Terra", lê-se em uma faixa gigante que foi recentemente desenrolada em um edifício do tamanho de um estádio de futebol americano.

O local de US$ 3,5 bilhões é conhecido como Instalação Nacional de Ignição (NIF, na sigla em inglês). Por mais de meio século, físicos sonharam em criar estrelas minúsculas que inaugurariam uma era de ciência destemida e energia barata, e a NIF foi criada para despertar essa chama.

Em teoria, os 192 lasers da instalação - formada por quase 100 km de espelhos, fibras óticas, cristais e amplificadores de luz - vão disparar ao mesmo tempo para pulverizar um grão de combustível hidrogênio menor que a cabeça de um fósforo. Pressionados e aquecidos a temperaturas maiores do que as do núcleo de uma estrela, os átomos de hidrogênio vão se fundir, se transformando em hélio e liberando rajadas de energia termonuclear.

O diretor do projeto, Ed Moses, disse que a procura pelo vértice de ignição (definido como a realização bem-sucedida da fusão) consumiu sete mil trabalhadores e três mil fornecedores ao longo de 12 anos, os quais criaram um colosso da precisão com milhões de partes e 60 mil pontos de controle, 30 vezes mais do que em um ônibus espacial.

"É o andar da catedral", disse Moses durante uma visita. "Juntamos os melhores físicos e engenheiros, o melhor da indústria e da academia. Não é sempre que se consegue a oportunidade de levar algo assim a cabo."

Em fevereiro, a NIF disparou seus 192 feixes dentro da câmara-alvo pela primeira vez e, hoje, tem o laser mais poderoso do mundo, assim como o maior instrumento ótico já construído. Mas elevar sua energia ainda mais, até o ponto de ignição, pode levar um ano ou mais de experimentos e talvez, admitem funcionários, possa se provar aterrorizante ou ainda impossível.

Por essa razão, céticos desconsideram a NIF como um delírio colossal que desperdiça recursos preciosos em um período de dificuldades econômicas. Apenas sua operação, dizem algumas autoridades, vai custar US$ 140 milhões por ano. Alguns ridicularizam a iniciativa, chamando-a de Instalação Nacional de Quase Ignição, cujo acrônimo em inglês, NAIF, significa ingênuo.

Mesmo simpatizantes do esforço estão cautelosos. "Eles fizeram progresso", disse Roy Schwitters, físico da Universidade do Texas que lidera uma junta federal que avaliou recentemente as chances da NIF. "A ignição pode ser possível no futuro. Mas ainda há muito que aprender." Moses, embora não ofereça garantias, argumenta que qualquer grande empreitada envolve riscos e que a aposta vale a pena devido às recompensas potenciais.

Segundo ele, a NIF, se bem-sucedida, ajudaria a tornar a armas nucleares dos EUA seguras sem necessidade de testes subterrâneos, revelaria a vida secreta das estrelas e abriria caminho para tipos radicalmente novos de usinas energéticas.

"Se a energia de fusão funcionar", disse, "você terá, para todos os intentos e propósitos, fornecimento ilimitado de um tipo de energia que não emite carbono, nem é geopoliticamente problemático. O que mais você iria querer? Isso iria mudar as regras do jogo."

A NIF está preparada para disparar seus lasers durante 30 anos. Como na consagração de uma catedral, o evento de sexta-feira no Laboratório Nacional Lawrence Livermore será uma celebração de esperança. Funcionários dizem que cerca 3,5 mil pessoas vão comparecer. Grandes nomes incluem o governador Arnold Schwarzenegger, o secretário de Energia Steven Chu (cuja agência financia a NIF) e Charles Townes, prêmio Nobel e pioneiro do laser.

Durante os preparativos, trabalhadores lavavam janelas e plantavam flores no campus exuberante na quinta-feira, um dia auspiciosamente ensolarado. Moses, que coordena programas de ciências para estudantes do ensino médio em seu tempo livre, interrompeu sua própria preparação para mostrar o complexo a um visitante.

No lobby da instalação, ele segurava um pequeno dispositivo, menor que um selo. É aqui que tudo começa, disse. Desse minúsculo laser, emergem feixes que crescem em tamanho e brilho durante sua longa jornada pelo labirinto de espelhos, lentes e amplificadores da NIF. A palavra laser é um acrônimo em inglês para "amplificação da luz por emissão estimulada de radiação". E, segundo Moses, cada partícula de luz, ou fóton, é ampliada a "cerca de 10 elevado a 25" fótons. Ou "10 milhões milhões milhões milhões".

Em uma plataforma ao lado estava um grosso pedaço de vidro rosa do tamanho de uma placa de trânsito - um exemplo de amplificador. A NIF possui 3,2 mil desses no total. Moses explicou que o grande momento ocorre quando tubos gigantes de flash - igual aos de câmeras fotográficas, mas com 1,8 m de comprimento e 7.680 em número - brilham em uníssono para excitar o vidro rosa. Lasers de fótons então são disparados, estimulando uma sucessão de efeitos que tornam o feixe muito mais forte, com tal amplificação ocorrendo repetidas vezes.

Fótons em sincronia entre si são o que torna a luz do laser tão brilhante, concentrada e, em alguns casos, tão potente. Moses pegou uma imitação da cápsula de combustível hidrogênio, com dois milímetros de largura. "Isto esquenta", disse. "Ela explode em um milhão de milhas por hora, se movendo naquela direção em cinco bilionésimos de segundo. Depois fica com o diâmetro do fio de seu cabelo. Quando se fica tão pequeno, tão rápido, você atinge temperaturas em que a fusão é possível - cerca de 100 milhões de graus centígrados, ou 180 milhões de graus Fahrenheit."

Redes para o cabelo, capacetes e óculos de proteção foram entregues antes de entrar na NIF. Passos repetidos em esteiras grudentas retiraram a sujeira dos calçados. Poeira é a ruína da NIF, disse Moses. Ela pode arruinar os instrumentos óticos e os experimentos. Ele explicou que a câmara-alvo de 10 m foi evacuada para um estado de quase vácuo, praticamente como o espaço sideral - um vazio que a luz pode percorrer quase sem impedimentos.

Segundo Moses, a equipe dispara o laser apenas à noite e faz manutenção e atualização dos equipamentos durante o dia. "É uma instalação 24 horas, sete dias por semana", disse.

Na noite anterior, disse, o laser foi disparado em um esforço para melhorar a coordenação e o tempo. Os 192 raios precisam acertar o alvo o mais próximo do simultâneo possível. Para o combustível queimar, os feixes individuais necessitam atingir o alvo "a poucos trilhonésimos de segundo¿ de diferença dos outros e devem precisar a mira com uma variação ¿menor que metade do diâmetro do fio do seu cabelo".

A sala de controle, construída aos moldes do controle de missão da NASA em Houston, zunia com atividade, mesmo com alguns consoles vazios. Telefones tocavam. Walkie-talkies crepitavam. A contagem regressiva do disparo dos lasers, explicou Moses, leva três horas e meia, com o processo "basicamente nas mãos de computadores".

O plano de operações para a NIF envolve a condução de 700 a mil disparos de laser por ano, com cerca de 200 dos experimentos focados em ignição. Segundo ele, não há risco de rajadas descontroladas. A fusão funciona com calor e pressão, não com reações em cadeia. Além disso, o combustível é minúsculo, e a rajada de laser extraordinariamente curta. Após um ano de operações, Moses afirmou que "a instalação estará preparada para apenas três milésimos de segundo", mas irá gerar um fluxo crescente de dados e descobertas.

Após mais esteiras grudentas, a visita continuou até o mais sagrado dos recintos, a sala que envolve a câmara-alvo. Ela se parece com a sala de máquinas de uma nave estelar de ficção científica. Os tubos de feixe -- um emaranhado prateado preenchido com cristais gigantes que elevam a freqüência da luz concentrada - convergem sobre a parede azulada da câmara. Sua superfície é pontilhada com orifícios prateados, onde complexos sensores podem ser colocados para avaliar as rajadas minúsculas. "Quando está funcionando", disse Moses, "tem um monte de coisa no centro da câmara".

Apesar da faixa gigante e confiante do lado de fora, é uma questão em aberto se os sensores da NIF conseguirão um dia detectar os raios de uma estrela minúscula, afirmam cientistas independentes. "Pessoalmente, acredito que será por um triz", disse William Happer, físico da Universidade de Princeton que conduziu uma pesquisa federal sobre energia para o primeiro presidente George Bush. "É um sistema muito complicado, e você depende de que muitas coisas funcionem corretamente."

Happer disse que a grande questão para a NIF é alcançar as simetrias necessárias nas escalas de minuto. "Existe muito espaço para surpresas desagradáveis", acrescentou.

Céticos afirmam que os problemas do passado podem ter sido um prólogo. Quando proposta em 1994, a máquina gigante foi estimada em US$ 1,2 bilhão, para conclusão em 2002. Mas os custos subiram e a data de finalização foi adiada a tal ponto que o Congresso ameaçou tirar o plugue da tomada. Hoje, críticos enxergam os atrasos e o preço de US$ 3,5 bilhões como sinais de extrapolação.

Moses, que ficou responsável pela NIF há uma década em um esforço para corrigir o projeto agonizante, disse que nesses dez anos em que a NIF abriu novas fronteiras, ninguém se lembraria dos passos em falso. Ele compara o projeto a façanhas como a chegada à Lua, a construção da bomba atômica e a invenção do avião. "Tropeços não são incomuns quando você assume projetos de alto risco", disse.

Moses acrescenta que a regra dos tropeços também se aplica às catedrais. Tendo crescido em Eastchester, nas proximidades de Nova York, ele notou que a Catedral Paróquia São João o Divino, em Manhattan, ainda estava em construção após mais de um século. Vale a pena, apesar dos atrasos? "É claro que sim", disse. Levar em frente grandes projetos que desafiam a imaginação "é o que somos enquanto espécie".

Tradução: Amy Traduções

The New York Times

Rússia e Nasa assinam contrato para vôos em 2012

A agência espacial russa Roscosmos e a Nasa assinaram um contrato para os vôos de quatro astronautas em naves russas Soyuz à Estação Espacial Internacional (ISS) em 2012, informaram hoje fontes oficiais.

O contrato, que foi assinado ontem à noite, é de US$ 306 milhões e inclui as viagem de ida e retorno à ISS de quatro astronautas, disse à agência Interfax o chefe do programa de voos tripulados da Roscosmos, Alexei Krasnov.

Krasnov explicou que as agências espaciais dos dois países têm um acordo em vigor para o triênio que termina em 2011, para o transporte de astronautas da Nasa em naves russas até a plataforma orbital.

"Agora completamos esse acordo com um convênio por mais um ano", disse Krasnov, que assinalou que a Nasa está disposta a prolongar os contratos até 2016.

O chefe do programa russo de voos tripulados disse que entre os astronautas que voarão à ISS em 2012, segundo o contrato assinado na véspera, pode haver não só americanos, mas também representantes de outros países que participam do projeto da plataforma orbital.

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Missão do ônibus espacial Endeavour à ISS será de 16 dias

A missão de abastecimento e serviços do ônibus espacial "Endeavour" rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) será de 16 dias e começará no próximo dia 13, anunciou nesta quinta-feira a Nasa.

Comunicado da agência espacial americana afirmou que os preparativos para a missão STS-127 já estão em andamento e incluirão cinco caminhadas espaciais.

Se o tempo permitir, acrescentou a Nasa, o ônibus espacial será instalado no próximo domingo na plataforma de lançamento 39B do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Posteriormente, entre terça-feira e quinta-feira da próxima semana, os sete integrantes da tripulação realizarão testes nos sistemas e equipamentos para a missão, completou a agência espacial americana.

Uma das tarefas mais importantes da missão será a de entregar e instalar aos agora seis tripulantes da ISS os componentes finais do laboratório científico Kibo, da Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão (Jaxa, na sigla em inglês).

A missão STS-127 será comandada pelo astronauta Mark Polansky, que terá como piloto o tenente-coronel da Marinha Douglas Hurley.

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China lançará sonda para Marte este ano

A primeira sonda chinesa para Marte deve ser lançada no segundo semestre deste ano, junto com um foguete russo, disse a agência Xinhua nesta quinta-feira, em mais um marco para o ambicioso programa espacial do país.

A sonda Yinghuo-1 (Vagalume-1) pesa 115 quilos e já passou por um teste importante, disse à Xinhua o subsecretário da Academia de Tecnologia de Vôo Espacial de Xangai, Zhang Weiqiang.

Sua vida útil esperada é de dois anos, e ela deve chegar à órbita de Marte em 2010, após uma viagem de dez meses e 380 milhões de quilômetros, segundo Zhang. A sonda não irá pousar no planeta - apenas circundá-lo e monitorá-lo.

Há alguns meses, uma sonda chinesa caiu na superfície lunar após uma missão de 16 meses, primeiro passo para o envio de um veículo que deverá pousar na Lua em 2012.

No ano passado, a China lançou sua terceira missão tripulada, a primeira com uma caminhada espacial.

Pequim espera um dia levar astronautas à Lua, mas o governo não anunciou prazos para isso.

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cratera de Marte foi moldada por vento e água

As sondas espaciais em Marte, Spirit e Opportunity, proveram muitas informações sobre o planeta durante os cinco anos em que têm percorrido sua superfície. A maior parte dos dados colhidos se relaciona com uma questão central, sobre o papel que a água pode ter desempenhado no planeta em tempos passados, e um artigo publicado na revista especializada Science, descrevendo a exploração que a Opportunity fez da cratera Victoria no Meridiani Planum, uma planície próxima ao Equador, não é nenhuma exceção.

O artigo, por Steven W. Squyres, um astrônomo de Cornell, e mais de 30 colegas, resume informações que foram publicadas sobre o planeta nos últimos anos, e pode ele mesmo resumir o planeta Marte em duas palavras: molhado e ventoso. Segundo o artigo, a água e o vento alteraram o terreno ao redor da cratera, assim como fizeram em outros lugares, sugerindo que esses processos têm escopo regional.

O impacto que formou a cratera (que tinha originalmente cerca de 610 m de diâmetro) deslocou rochas sedimentares e expôs camadas de sedimentos ao redor da borda. Contudo, há fortes indícios de erosão eólica - a largura da cratera se expandiu para cerca de 760 m, sumindo com as margens e provocando fissuras ao longo das bordas. As rochas deslocadas também sofreram aplainamento, deixando o terreno liso.

A sonda Opportunity examinou diversas rochas expostas próximas à coroa da cratera e uma seção de 9 m de profundidade chamada de Duck Bay. Assim como na exploração de outra duas crateras, esférulas de hematite, uma forma do óxido de ferro, foram encontradas entre as rochas e na superfície. Em geral, as esférulas, que são formadas em condições de alta umidade, aumentam de tamanho de acordo com sua profundidade, o que sugere que a existência de água no solo (que seria mais abundante em locais profundos) afetou os sedimentos.

Como um velho rio, a Opportunity mantém seu curso e agora segue em direção a outra cratera. No total, a sonda já viajou cerca de 16 km. A Spirit percorreu aproximadamente metade dessa distância, e está agora atolada em areia no outro lado de Marte.

The New York Times

Soyuz decola com três astronautas rumo à ISS


Três astronautas, um belga, um canadense e um russo, decolaram nesta quarta-feira do cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão) na nave Soyuz rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), cuja tripulação permanente passará a ser de seis pessoas.

A Soyuz decolou às 16h34 locais (7h34 de Brasília) do centro espacial russo situado na estepe desértica do Cazaquistão, 200 km ao leste do mar de Aral.

A tripulação inclui o belga Frank De Winne, que em outubro se tornará o primeiro comandante europeu da ISS, o canadense Robert Thirsk e o russo Roman Romanenko.

Esta também será a primeira vez que todos os sócios da ISS (Estados Unidos, Rússia, Europa, Japão e Canadá) estarão representados simultaneamente por um astronauta a bordo do maior laboratório de microgravidade já construído até hoje.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

ISS fotografa estranhos círculos no gelo de lago russo

Anéis escurecidos como o do centro da foto, com diâmetro de 4,4 km, foram clicados pelos astronautas do espaço
Anéis escurecidos como o do centro da foto, com diâmetro de 4,4 km, foram clicados pelos astronautas do espaço


Estranhos círculos formados sob a camada de gelo que cobre a superfície do grande lago Baikal, ao sul da Sibéria (Rússia), foram fotografados pelos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS). Na área onde se formou um dos anéis escurecidos, com diâmetro de 4,4 km, também ficou visível a fragilidade do gelo. As informações são do Terra Chile.

Apesar do aparecimento de círculos não ser algo novo - outros aparaceram em 1985 e 1994 -, a origem do seu desenvolvimento ainda é desconhecida. Segundo especialistas, a camada sólida do lago pode se quebrar à noite e voltar a congelar na manhã do outro dia.

No mês de abril, o fenômeno pode ser visto com mais freqüência, aparecendo quando a cobertura de gelo se forma e desaparecendo quando o gelo derrete. O aspecto da camada sólida visto na foto parece frágil, mas os especialistas garantem que o gelo se mantém forte até o final de junho.

Redação Terra

Nasa relança filme sobre primeiros passos do homem na Lua

Moonwalk One (Caminhada Lunar Um) será relançado pela Nasa para comemorar os 40 anos da chegada à Lua
Moonwalk One (Caminhada Lunar Um) será relançado pela Nasa para comemorar os 40 anos da chegada à Lua


O filme oficial da missão Appolo 11 em 1969, Moonwalk One, (Caminhada Lunar Um, em tradução livre) será relançado pela Nasa para comemorar os 40 anos da realização dos astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin. O filme possui as cenas dos primeiros passos do homem na Lua, cortadas com clipes e entrevistas com algumas das pessoas que ajudaram a tornar a missão um sucesso - incluindo as mulheres que costuraram as roupas dos astronautas.

O filme original recebeu honrarias no festival de Cannes de 1970, quando foi lançado, e foi exibido em vários cinemas nos EUA, mas essa gravação passou as últimas três décadas e meia escondida embaixo da mesa do diretor Theo Kamecke.

Agora, restaurado digitalmente, Moonwalk One deve ser lançado no próximo mês para marcar as quatro décadas do desembarque da Apollo 11.

Em entrevista publicada no jornal The Guardian , o diretor Theo Kamecke hoje com 71 anos, falou sobre a realização do vídeo original. "Eu queria fazer um filme que tivesse uma espécie de qualidade épica que capturasse o sentido da vida sobre a Terra enquanto nossa espécie se afastava dela."

O filme também contém fotos de pessoas comuns, assistindo à aterrisagem da nave na Lua. "Em todo o mundo, as pessoas ficaram coladas às telas de suas televisões apenas pensando sobre esse momento em que algo mudou. Eles não sabiam exatamente o quê, mas algo havia mudado naquele momento", disse ele.

Redação Terra

Telescópio no Chile ganha moderno medidor de raios gama

O espectrógrafo XShooter é capaz de analisar a luz dos distantes sobressaltos de raios gama - mais violentas explosões de energia do universo
O espectrógrafo XShooter é capaz de analisar a luz dos distantes sobressaltos de raios gama - mais violentas explosões de energia do universo


Um novo espectrógrafo XShooter, capaz de analisar a luz dos distantes sobressaltos de raios gama - mais violentas explosões de energia do universo -, acaba de ser instalado no VLT (Very Large Telescope) europeu do Monte Paranal, no norte do Chile.

Os primeiros experimentos iniciados em meados de março indicaram que o instrumento funciona eficazmente em todas as distâncias de onda, do ultravioleta quase até o infravermelho, anunciaram na segunda-feira os responsáveis pelo projeto, do qual participaram onze institutos europeus e o Observatório Austral Europeu (ESO).

Capaz de registrar de uma só vez a radiação completa de um objeto celeste, este espectrógrafo de grande sensibilidade observará sem perda de tempo os sobressaltos de raios gama, fontes efêmeras de grande luminosidade. São os fenômenos "mais luminosos do universo", pois um flash luminoso de raios gama pode ter "dez milhões de vezes a luminosidade de uma galáxia", destacou François Hammer, do Observatório de Paris.

Estes flashes luminosos gigantes saídos das profundezas do cosmos podem ser utilizados para "compreender a história do universo", disse. "Hoje não se sabe nada a respeito das primeiras estrelas" que devem ter surgido no universo cerca de 400 milhões de anos depois do Big Bang, explicou o cientista.

O X-Shooter analisará a luz dos grandes sobressaltos de raios gama ocorridos quando o universo tinha 400 milhões de anos ou "apenas" 270 milhões de anos, ressaltou. Capaz de cobrir distâncias de onda de 300 a 2,4 mil nanômetros, o X-Shooter tornará possível "inspecionar o universo em todos os seus aspectos, em todas as suas dimensões" e, sobretudo, estudar a matéria das galáxias distantes, acrescentou.

O X-Shooter, que custou 6 milhões de euros, é um projeto conjunto de Dinamarca, França, Itália, Holanda e do Observatório Austral Europeu.

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Conheça os 3 cosmonautas que integrarão a tripulação da ISS

Canadense Robert Thirsko (esq.), russo Roman Romanenko (centro) e o belga Frank De Winne viajarão na Soyuz amanhã
Canadense Robert Thirsko (esq.), russo Roman Romanenko (centro) e o belga Frank De Winne viajarão na Soyuz amanhã


Os três cosmonautas que vão integrar a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) concederam uma entrevista coletiva nesta terça-feira, no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, onde o foguete Soyuz já está a postos para o lançamento, previsto para ocorrer às 10h34 GMT desta quarta. Viajarão a bordo o belga Frank De Winne, o canadense Robert Thirsk e o russo Roman Romanenko.

Na missão, que durará seis meses, Frank De Winne, 48 anos, se tornará o primeiro comandante europeu da ISS, que em 2008, foi ampliada com dois laboratórios - o europeu Columbus e o japonês Kibo. Também pela primeira vez todos os parceiros da ISS (Estados Unidos, Rússia, Europa, Japão e Canadá) estarão representados simultaneamente no maior laboratório de microgravidade do mundo.

Membro há nove anos da equipe de astronautas da ESA, agência espacial europeia (ESA), De Winne será um dos dois astronautas a participar do acoplamento à Estação do cargueiro japonês HTV-1 dentro de alguns meses.

A viagem, prevista inicialmente para esta segunda-feira, foi transferida por causa do forte vento que atingiu a região. Com a chegada dos novos integrantes, a tripulação permanente passará a ter pela primeira vez seis pessoas, o que permitirá explorar plenamente suas capacidades tecnológicas e científicas.

Com informações das agências AFP e EFE

Redação Terra

Calma excessiva do Sol pode indicar nova era glacial

O Sol tinha um aspecto liso em Março de 2009 e assim permanece hoje. Esta é a sua fase menos ativa desde a década de 50
O Sol tinha um aspecto liso em Março de 2009 e assim permanece hoje. Esta é a sua fase menos ativa desde a década de 50


Uma parada prolongada na atividade solar levou os astrofísicos a dedicar atenção especial aos seus telescópios para determinar o que o Sol fará a seguir - e de que maneira o clima da Terra pode responder.

O Sol vem apresentando seu menor nível de atividade em décadas e sua menor luminosidade em 100 anos. A pausa solar faz com que alguns cientistas tomem como paralelo a Pequena Era Glacial, um período de frio incomum na Europa e na América do Norte que se estendeu de 1300 a 1850.

O período mais frio da Pequena Era Glacial, entre 1645 e 1715, está conectado a uma profunda queda nas tempestades solares conhecida como "Mínimo de Maunder". Durante aquele período, o acesso à Groenlândia esteve em larga medida bloqueado pelo gelo, e os canais holandeses costumavam se congelar completamente. As geleiras nos Alpes engoliam aldeias inteiras, e o gelo no mar se adensou a tal ponto que não existia mar aberto em torno da Islândia em 1695.

Mas os pesquisadores estão em guarda contra a possibilidade de que suas preocupações sobre uma nova era fria sejam mal interpretadas.

"Os céticos quanto ao aquecimento global tendem a se precipitar", disse Mike Lockwood, um físico especialista nos efeitos do Sol sobre a Terra, da Universidade de Southampton, no Reino Unido. Ele e outros pesquisadores decidiram, portanto, conduzir uma "negação preventiva" quanto a um mínimo solar que levaria a um resfriamento global.

Mesmo que a atual pausa solar seja o início de um período prolongado de baixa atividade, dizem os cientistas, os efeitos da estrela sobre o clima empalidecerão em contraste com a influência dos gases gerados por atividade humana e causadores do efeito-estufa.

"Acredito que seja preciso ter em mente que o dióxido de carbono está em nível entre 50% e 60% superior ao normal, enquanto o declínio na atividade solar é da ordem de menos de 1%", disse Lockwood. "Creio que isso deva ajudar a manter as coisas em perspectiva".

Mesmo assim, acrescentou, pequenas variações no brilho do sol são mais poderosas do que as mudanças na contribuição do efeito-estufa. Por exemplo, uma variação de 50% no brilho do Sol poderia representar a extinção da vida na Terra.

Há centenas de anos os cientistas vêm registrando o número observável de manchas solares como maneira de acompanhar os ciclos de atividade solar, cuja duração média é de 11 anos. As manchas solares, que podem ser visíveis sem telescópio, são regiões escuras que indicam intensa atividade magnética na superfície do Sol Tempestades solares como essas enviam ondas de partículas dotadas de carga elétrica, capazes de prejudicar satélites e até mesmo derrubar redes elétricas.

No atual ciclo, 2008 deveria ter sido o ponto mais baixo, e este ano as manchas celulares deveriam ter começado a mostrar avanços. Mas nos primeiros 90 dias de 2009, 78 não apresentaram manchas solares. Os pesquisadores também disseram que o brilho do sol é o menos intenso dos últimos 100 anos.

O Mínimo de Maunder correspondeu a uma profunda parada nas atividades das manchas solares - os astrônomos da era registraram apenas 50 delas em um período de 30 anos. Caso o Sol entre em depressão semelhante, pelo menos um modelo preliminar sugeriu que pontos frios poderiam surgir em diversos locais da Europa, Estados Unidos e Sibéria.

No evento anterior, porém, muitas partes do mundo passaram sem efeitos, disse Jeffrey Hall, astrônomo e diretor associado do Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona. "Até mesmo um mínimo intenso como aquele não exerceu atividade mundial", ele disse.

Incógnitas e incertezas
As mudanças na atividade solar podem afetar a Terra de outras maneiras, além disso. Por exemplo, a radiação ultravioleta emitida pelo Sol não está se reduzindo da mesma maneira que nos mínimos visuais do passado.

"A luz visível não varia tanto assim, mas a ultravioleta vaia em 20%, e os raios-X podem variar por um de 10", disse Hall. "O que não compreendemos tão nem é o impacto dessa irradiação espectral diferenciada".

A radiação solar ultravioleta, por exemplo, afeta mais as camadas superiores da atmosfera terrestre, onde os efeitos são menos perceptíveis para os seres humanos. Mas alguns pesquisadores suspeitam que esses efeitos possam influenciar camadas mais baixas, que têm papel na formação do clima. Em termos gerais, as pesquisas mais recentes vêm definindo uma situação sob a qual o Sol tem influência ligeiramente superior à prevista por teorias do passado, no que tange ao clima terrestre.

Incógnitas atmosféricas como a radiação ultravioleta podem ser parte da explicação, segundo Lockwood. Enquanto isso, ele e outros especialistas acautelam contra contar com pausas solares futuras como forma de mitigar o aquecimento global.

"Existem muitas incertezas", disse José Abreu, estudante de doutorado no Eawag, o instituto de estudos do clima do governo suíço. ¿Não sabemos até que ponto o clima é sensível às alterações na intensidade do Sol. Em minha opinião, melhor não brincar com aquilo que desconhecemos".

Tradução: Paulo Migliacci ME

National Geographic

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Três novos cosmonautas vão se juntar à tripulação da ISS

Três cosmonautas vão decolar na próxima quarta-feira do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, para a Estação Espacial Internacional (ISS), cuja tripulação permanente passará a ter pela primeira vez seis pessoas, o que permitirá explorar plenamente suas capacidades tecnológicas e científicas.

Às 10h34 GMT, um foguete Soyuz decolará do cosmódromo russo situado no centro do Cazaquistão levando a bordo o belga Frank De Winne, o canadense Robert Thirsk e o russo Roman Romanenko. Durante esta missão, que durará seis meses, Frank De Winne, 48 anos, se tornará o primeiro comandante europeu da ISS, que em 2008 foi ampliada com dois laboratórios, o europeu Columbus e o japonês Kibo.

Também pela primeira vez todos os parceiros da ISS (Estados Unidos, Rússia, Europa, Japão e Canadá) estarão representados simultaneamente no maior laboratório de microgravidade do mundo.

Membro há nove anos da equipe de astronautas da ESA, agência espacial europeia (ESA), De Winne será um dos dois astronautas a participar do acoplamento à Estação do cargueiro japonês HTV-1 dentro de alguns meses.

AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

China quebra tabu e divulga imagens de óvnis

A imprensa oficial chinesa, normalmente reticente em publicar casos de óvnis e outros fenômenos do tipo, publicou nesta segunda-feira imagens de um objeto voador não identificado fotografado junto a um famoso templo budista na cidade de Xian, no centro do país.

O Diário do Povo, jornal porta-voz do Partido Comunista da China, publicou duas dessas fotos em seu site, e em uma delas se pode ver pode ver um ou vários objetos de luzes azuis e verdes sobre o templo do Grande Ganso Selvagem, um dos monumentos mais conhecidos da cidade.

O fotógrafo, de sobrenome Zhang, capturou as imagens em 21 de maio, e em uma das fotos mostra como o óvni deixou uma "claridade purpúrea" no chão.

Pesquisas publicadas em 2003 revelam que um em cada cinco casos do tipo no mundo acontece na China, país onde mais da metade da população acredita na existência de óvnis. A imprensa oficial, porém, tende a censurar essas informações, por isso é bastante inovadora a publicação das imagens pelo Diário do Povo.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

domingo, 24 de maio de 2009

Depois de dois adiamentos, Atlantis pousa na Califórnia

O ônibus espacial Atlantis pousou neste domingo no Estado americano da Califórnia, depois de 13 dias de missão para consertar o telescópio espacial Hubble. A Nasa optou pela base Edwards, da Força Aérea, depois de duas tentativas de pouso - sexta e sábado - abortadas em função do mau tempo na Flórida.

As condições do tempo ajudaram e o pouso aconteceu sem contratempos. Os sete tripulantes da Atlantis receberam as boas-vindas via rádio e foram elogiados por completar "uma missão excelente que contribuirá para a expansão do conhecimento".

O comandante da missão, Scott Altman, afirmou que "foi uma grande viagem" e agradeceu a todas as equipes que trabalharam em diferentes partes dos Estados Unidos para garantir o retorno da Atlantis.

A tentativa inicial de aterrissagem da nave, prevista para as 10h09 de hoje (11h09 de Brasília), foi abortada após os dois dias de chuvas na região do Centro Espacial Kennedy.

O ônibus espacial finalmente tocou o solo terrestre às 12h39 (horário de Brasília) no deserto da Califórnia. A agência espacial preferia que a nave tivesse pousado na Flórida, na costa leste, porque o transporte da Atlantis desde o oeste dos Estados Unidos deve custar US$ 1,8 milhão.

Durante a missão, a tripulação fez cinco caminhadas espaciais para fazer melhorias no telescópio Hubble, que está em órbita há 19 anos e, após os recentes reparos, poderá ficar em operação por mais meia década.

Redação Terra

Nasa ordena que Atlantis aterrize na Califórnia

A Nasa ordenou que o ônibus espacial Atlantis que aterrize na base californiana de Edwards às 15h40 GMT (12h40 de Brasília), depois de descartar sua aterrissagem em Cabo Canaveral (Flórida, sudeste) como estava previsto, devido ao mau tempo.

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Nasa descarta primeira opção de aterrissagem do Atlantis

A Nasa descartou neste domingo, devido ao mau tempo, a primeira opção de aterrissagem do Atlantis em Cabo Cañaveral (Flórida, sudeste), prevista para as 10h09 (11h09 de Brasília), depois de ter adiado a chegada da nave na sexta-feira e no sábado.

O centro de controle da missão em Houston (Texas, sul) solicitou aos sete astronautas que viajam a bordo do Atlantis que tornem a dar uma volta ao redor da Terra com a esperança de que em breve melhorem as condições meteorológicas no Centro espacial Kennedy, em Cabo Canaveral.

A Nasa cancelou a primeira "janela" de aterrissagem, prevista para as 10h09 (11h09 de Brasília), deixando aberta a segunda opção para as 11h48 locais (12h48 de Brasília).

A agência espacial indicou que utilizará a Base Edwards da Força Aérea, na Califórnia (oeste), como segunda opção, caso o tempo não melhore na Flórida.

Mas a agência espacial prefere não recorrer a essa alternativa por causa do custo para se transportar o Atlantis para a Flórida sobre um Boeing 747, que ficaria em torno US$ 2 de milhões.

cabo canaveral flórida tempo fechado LAND 301

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sábado, 23 de maio de 2009

Mau tempo volta a adiar retorno do Atlantis à Terra

Pelo segundo dia consecutivo, o mau tempo obrigou o adiamento do retorno do ônibus espacial Atlantis à Terra, depois de a tripulação ter completado com sucesso sua missão para reparos e melhorias no telescópio espacial Hubble.

Depois de um adiamento na sexta-feira, os planos da Nasa (agência espacial americana) eram de que a nave e seus sete tripulantes aterrissassem no Centro Espacial Kennedy, no estado da Flórida, às 9h15 (10h15 de Brasília) de hoje. A Nasa tinha preparado seis possibilidades de aterrissagem.

"Haverá uma oportunidade para uma aterrissagem na Flórida amanhã e vamos manter essa opção em aberto", explicou à tripulação Greg Johnson, um dos responsáveis do centro de controle do Centro Espacial Kennedy. A Nasa também considera a possibilidade de que o Atlantis aterrisse na base aérea de Edwards, na Califórnia, o que teria um custo adicional de US$ 1,8 milhão, já que a nave teria que ser transportada de uma costa a outra dos EUA posteriormente.

A primeira oportunidade de aterrissagem amanhã no Centro Espacial Kennedy está prevista para as 10h11 (11h11 de Brasília). A atual missão do Atlantis, prevista inicialmente para durar 11 dias, permitiu que o Hubble continue em funcionamento por pelo menos mais cinco anos - o telescópio está em atividade há 19.

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Obama nomeia astronauta negro para dirigir a Nasa

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu nomear o ex-astronauta negro Charles Bolden para diretor da Nasa, a agência espacial norte-americana, anunciou neste sábado a Casa Branca em um comunicado.

Bolden, 62 anos, general da reserva da infantaria da Marinha, será o primeiro negro a dirigir a Nasa, se o Senado confirmar a designação. Será também o segundo astronauta a dirigir a agência. O primeiro foi Richard Truly, entre 1989 e 1992.

Obama também deverá nomear sua conselheira para temas espaciais, Lori Garver, como auxiliar de Bolden. "São personalidades talentosas que ajudarão a NASA a estender os limites da ciência, da aeronáutica e da exploração no século XXI", frisou o presidente, citado no comunicado.

Charles Bolden Jr. vai comandar a agência espacial americana

Charles Bolden Jr. vai comandar a agência espacial americana
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Nasa adia aterrissagem do Atlantis para domingo

Mau tempo no Cabo Canaveral adiou a volta do Atlantis por mais um dia
Mau tempo no Cabo Canaveral adiou a volta do Atlantis por mais um dia


A Nasa adiou para domingo a aterrissagem prevista do Atlantis, devido ao mau tempo neste sábado em Cabo Canaveral, Flórida (sudeste), onde era aguardada a chegada do ônibus espacial com uma tripulação de sete astronautas.

Pelo segundo dia consecutivo, a agência espacial americana preferiu adiar o processo por causa da ameaça das nuvens carregadas e dos ventos laterais no Centro Espacial Kennedy. A tripulação tem reservas de combustível para até segunda-feira, no mais tardar.

Após 11 dias de missão, as duas "janelas" para a aterrissagem na sexta-feira - às 10h locais (11h de Brasília) e às 11h39 (12h39)- foram sucessivamente descartadas, com a pista do centro espacial molhada, condições que se mantiveram neste sábado.

A Nasa também desistiu, até o momento, de iniciar a aterrissagem do Atlantis na base californiana de Edwards (oeste), para onde a meteorologia prevê tempo bom. A agência prefere evitar essa possibilidade, porque seria necessário em seguida transportar o Atlantis para Cabo Cañaveral, sua base de lançamento, sobre um Boeing 747, por um custo de cerca de US$ 2 milhões.

No domingo, a primeira chance de aterrissagem está marcada para 10h02 (11h02 de Brasília).

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Estrelas feitas pelo homem podem desvendar segredos cósmicos

O Centro Nacional de Ignição pode criar as condições de dentro de uma supernova
O Centro Nacional de Ignição pode criar as condições de dentro de uma supernova


Quando o centro de laser mais poderoso do mundo entrar em ação no final do mês uma pequena estrela nascerá na Terra. O Centro Nacional de Ignição (NIF, na sigla em inglês), no Estado americano da Califórnia, terá como um de seus objetivos estudar ciências físicas e planetárias e examinar, no conforto do laboratório, fenômenos distantes, como a formação de planetas ou as violentas explosões que dão origem a estrelas, chamadas de supernovas.

"Para entender onde estamos no universo e do que somos feitos, é preciso entender a explosão das estrelas", disse o professor Paul Drake, da Universidade de Michigan. Ele é um entre vários pesquisadores esperando para testar suas teorias usando o centro que demonstrará ainda as possibilidades da fusão nuclear, a reação que está no centro do Sol e que é uma potencial fonte de energia abundante e limpa para o planeta.

Mas, enquanto muitas atenções estarão voltadas para o objetivo de satisfazer a demanda da humanidade por energia, alguns cientistas esperam responder outras questões fundamentais.

"No NIF você pode marcar uma explosão estrelar para uma quinta-feira às nove da manhã ao invés de ter que esperar que isso aconteça por acidente no universo", disse Eril Storm, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, onde fica o NIF.

Onda de choque
Outros centros, como o laser Omega na Universidade de Rochester, em Nova York, já são usados para este tipo de teste. Mas os 192 lasers do NIF criarão mais energia do que qualquer outra instalação, dando aos cientistas uma janela sem precedentes para fenômenos cósmicos distantes.

Durante os experimentos de fusão, os raios focam brevemente 500 trilhões de watts - mais do que o pico de energia gerado nos Estados Unidos inteiros - em uma cápsula contendo combustível de hidrogênio.

A intensa energia cria temperaturas de 100 milhões de graus e pressões bilhões de vezes maiores do que a pressão atmosférica terrestre, forçando o núcleo do hidrogênio a fundir e liberando uma quantidade colossal de energia. Nos experimentos astrofísicos, no entanto, a cápsula de combustível seria substituída por uma meia esfera de elementos arranjados em camadas, criada para imitar o centro de uma estrela.

"Você escolhe o material e as estruturas entre ele para ser relevante ao que acontece quando uma estrela explode", disse o professor Drake. "O laser atingiria o centro - que corresponde ao centro da estrela - criando uma onda tremenda de choque que explodiria o material."

O experimento deverá permitir que os pesquisadores investiguem o interior de estrelas e supernovas em detalhes sem precedentes e entendam melhor como surgem esses objetos.

Chuva de diamantes
Mas não são apenas os astrofísicos que estão animados com o centro. Cientistas planetários também querem acesso ao equipamento para testar suas teorias sobre a formação dos planetas e de sistemas solares. "A arquitetura do Sistema Solar é muito provavelmente controlada em certa medida pela existência de planetas como Júpiter", disse o professor David Stevenson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

A gravidade do planeta gigante controlou a posição de vastas nuvens de poeira e detritos em nossa vizinhança cósmica e, por isso, também fez com que blocos de construção estivesses disponíveis para a formação dos outros planetas, incluindo a Terra. E, como outros 300 gigantes gasosos com massa similar ou maior do que Júpiter foram encontrados recentemente orbitando outras galáxias, o entendimento de como e quando esses objetos são formados também pode ajudar na compreensão da evolução de outros sistemas planetários.

Para isso, cientistas estão contando com o NIF para tentar entender mais sobre as extremas condições de temperatura e pressão no coração dos planetas, e o efeito que essas variáveis têm na matéria.

Segundo o professor Ray Jeanloz, da Universidade da Califórnia, os conceitos básicos de química são virados de cabeça para baixo com essas pressões esmagadoras.

"Hidrocarbonetos iriam se decompor em uma mistura de hidrogênio e carbono", explicou. "O resultado seriam diamantes chovendo da atmosfera."

"Esse é o tipo de processo que você nunca adivinharia se não pudesse estudar os próprios materiais."

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Mau tempo adia aterrissagem do Atlantis para sábado

O comandante do ônibus espacial, Scott Altman, aguarda orientação da Nasa para retornar à Terra
O comandante do ônibus espacial, Scott Altman, aguarda orientação da Nasa para retornar à Terra


As más condições meteorológicas no estado americano da Flórida provocaram o adiamento em um dia do retorno do ônibus espacial Atlantis, cuja missão de 11 dias para reparos no telescópio espacial Hubble terminaria hoje. O diretor da missão no Centro Espacial Kennedy, Greg Johnson, explicou ao seu comandante, Scott Altman, que as tempestades elétricas na Flórida, somadas às nuvens baixas sobre a pista de pouso e às chuvas, tornaram "impossível" o pouso da nave.

Altman recebeu a notícia com bom humor e assegurou que, uma vez cumprida a missão, a tripulação "aproveitaria a vista". O Atlantis tentará aterrissar novamente na Flórida amanhã às 9h16 locais, (10h16 de Brasília), mas há a possibilidade de que a nave desça na base aérea de Edwards, na Califórnia.

A Nasa (agência espacial americana) prefere evitar esta última opção, já que o transporte da nave da Califórnia, na costa oeste, para a Flórida, do outro lado dos Estados Unidos, custaria US$ 1,8 milhão. Caso as más condições do tempo persistam, há opções para pousar nos estados da Flórida, Califórnia e Novo México.

Desta foram, os sete astronautas passarão um dia a mais do que o previsto nesta viagem que começou no último dia 11 com a missão de consertar o telescópio espacial Hubble, que durante anos proporcionou as imagens mais incríveis do espaço. A Nasa tinha previsto duas tentativas de aterrissagem para hoje, a primeira às 11h e a segunda, às 12h39 (horários de Brasília).

Em sua missão, a tripulação do Atlantis realizou cinco caminhadas espaciais, durante as quais reparou e acrescentou peças novas para melhorar o funcionamento do telescópio, posto em órbita pela nave Discovery há 19 anos. O Hubble conta agora com um espectrógrafo para observar a luz emitida por quasares extremamente afastados da Terra, para ver como a iluminação muda na medida em que atravessa os gases entre galáxias distantes.

Isto permitirá que os cientistas saibam qual a composição desses gases, como mudaram ao longo dos tempos e de que forma afetam as galáxias. Já uma nova câmera instalada no Hubble permitirá o registro de imagens de grande escala, extremamente claras e detalhadas dentro de uma gama muito ampla de cores. O novo equipamento permitirá que o telescópio continue explorando as profundezas do espaço durante mais cinco anos e que acrescente mais voltas em torno da Terra além das mais de 97 mil que já completou.

Esta foi a última missão deste tipo do Hubble, já que a Nasa suspenderá no ano que vem as atividades de sua frota de naves lançada em 1981, em cuja história, além de sucessos, também há o registro de duas naves destruídas e 14 astronautas mortos. Embora o conserto do telescópio tenha chegado ao fim com sucesso, a viagem do Atlantis não ficou livre de contratempos.

A nave sofreu danos aparentemente leves em sua cobertura térmica durante a decolagem, o que fez lembrar o acidente sofrido pelo ônibus espacial Columbia em 1º de fevereiro de 2003, que se desintegrou ao entrar na atmosfera, matando seus sete tripulantes. No entanto, no caso do Atlantis, os diretores da missão aprovaram o estado do sistema de proteção térmica após uma inspeção de dez horas realizada pela tripulação, ao considerar que o arranhão detectado na cobertura "não representa uma preocupação".

A Nasa considerou este quinto e último conserto do Hubble como uma missão de alto risco. Os astronautas também tiveram que fazer uma caminhada espacial a mais do que as quatro previstas inicialmente, ao encontrar mais problemas do que os esperados para reparar um espectrógrafo. A missão foi seguida com atenção pelo presidente americano, Barack Obama, que transmitiu suas felicitações ao comandante Scott Altman em uma teleconferência.

"Estou orgulhoso do que alcançaram. Esta missão de reparação no espaço proporcionou um exemplo maravilhoso da dedicação e do compromisso" dos EUA com a exploração espacial, disse Obama.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Nasa cancela primeira tentativa de aterrissagem do Atlantis

A Nasa, Agência Espacial Americana, renunciou à aterrissagem nesta sexta-feira às 10h00 locais do ônibus espacial Atlantis devido ao mau tempo no Centro espacial Kennedy de Cabo Canaveral, aguardando uma segunda "janela" às 11h39 (12h39 de Brasília).

Em um comunicado, a agência espacial americana explicou que as más condições meteorológicas na Flórida (sudeste dos EUA) obrigavam-na a anular a primeira tentativa de aterrissagem. O ônibus espacial Atlantis, lançado em 11 de maio com sete astronautas para uma missão de reparo do telescópio espacial Hubble, tem autonomia suficiente para continuar em órbita até segunda-feira.

A Nasa não prevê por enquanto autorizar o pouso na base californiana de Edwards (oeste). Um procedimento complicado e custoso obrigaria em seguida a repatriar o Atlantis para Cabo Canaveral em um Boeing 747.

O céu estava coberto em Cabo Canaveral, com ventos fortes e chuvas intermitentes que poderiam complicar as manobras de aterrissagem. O risco de tempestade na região foi também um motivo do cancelamento da volta à Terra.

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nasa deve enviar missão até a Lua para procurar água

A agência espacial americana (Nasa) anunciou, nessa quinta-feira, que uma missão será enviada até a Lua para procurar água. No dia 17 de junho, a Nasa pretende lançar uma nave dupla, que estudará a superfície lunar.

"Nosso objetivo é obter informação para sermos capazes de voltar à Lua e explorá-la de forma segura", disse o chefe dos pesquisadores lunares da Nasa, Mike Wargo. A missão será focada na região desconhecida dos pólos da Lua para confirmar o acúmulo de hidrogênio e, talvez, água congelada.

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Mau tempo ameaça retorno da Atlantis após reparo do Hubble

O mau tempo se tornou a principal ameaça ao retorno do ônibus espacial Atlantis, programado para amanhã, após uma bem-sucedida missão de reparo no telescópio espacial Hubble, informou nesta quinta-feira a Nasa. A chegada estava prevista para as 11h (Brasília) de amanhã, mas existe a possibilidade de que seja adiada devido às más condições do tempo na região de Cabo Canaveral, na Flórida, como revelaram fontes da Nasa.

No momento, a previsão indica que o retorno é "impossível" em virtude da temida presença de nuvens a uma altura de 1.200 metros sobre a pista, assim como a possibilidade de chuvas intensas e tempestades elétricas a cerca de 50 km do ponto de descenso. Segundo as previsões feitas às 19h (Brasília), as más condições continuarão durante pelo menos 12 horas.

Diante do sombrio panorama, a Nasa disse que a situação será analisada minuto a minuto pela equipe que dirige o retorno da nave antes de tomar uma decisão, para que a Atlantis ponha em funcionamento seus motores e deixe a órbita para iniciar as manobras de retorno. Caso prevaleça a ameaça, o retorno seria adiado por pelo menos uma hora e, se mantido o panorama, os sete astronautas teriam que voltar apenas no próximo sábado, como explicaram fontes da Nasa.

Perante a eventualidade, já está tudo preparado para um regresso de emergência na pista da base Edwards da Força Aérea dos EUA, na Califórnia. Na missão no Hubble, a tripulação da Atlantis realizou cinco caminhadas, durante as quais foram modernizados seus sistemas e foram reparadas ou trocadas peças do telescópio, posto em órbita pela nave Discovery há 19 anos.

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vc repórter: Atlantis ficou visível a olho nu para brasileiros

O ônibus espacial Atlantis foi visto a olho nu do Brasil ao longo desta semana. Em órbita para fazer reparos no telescópio espacial Hubble, os astronautas da nave completaram a tarefa na terça-feira e descerão à Terra nesta sexta-feira, se o tempo estiver favorável.

Guiado por um site com informações sobre astros e satélites, o engenheiro eletricista Anderson Oltremari avistou o Atlantis em três dias da janela da sua casa, em Campinas (SP). "Como hoje era o último dia, resolvi registrar a passagem", conta.

Anderson e seus colegas de trabalho acompanharam a trajetória da missão STS-125 através do site www.heavens-above.com (céus acima, na tradução literal). Cadastrando as coordenadas da cidade na página, puderam obter a localização do ônibus e a hora em que ele passaria sobre a região.

"Vi ele por volta das 18h20 nesses três dias", diz o engenheiro. Próxima a Campinas, a capital do Estado registrou a passagem da nave cerca de um minuto depois. Segundo o site, esse não foi o único momento em que o Atlantis esteve no céu brasileiro. Caso a luz do sol ainda se refletisse na nave, ela também seria visível uma 1 hora e 40 minutos mais tarde.

O ônibus espacial foi fotografado por um brasileiro em Campinas (SP) nesta quinta-feira

O ônibus espacial foi fotografado por um brasileiro em Campinas (SP) nesta quinta-feira

O internauta Anderson Oltremari, de Campinas (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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Cientistas observam 1ª atividade de "reciclagem cósmica"

Cientistas observaram pela primeira vez uma atividade de "reciclagem cósmica", com a transformação de um pulsar comum, condenado a se apagar, em um pulsar de rotação rápida, com expectativa de vida praticamente infinita, segundo estudo divulgado pela revista Science. Este fenômeno foi constatado graças ao radiotelescópio Robert C. Byrd de Green Bank, na Virgínia Ocidental (leste dos Estados Unidos).

A descoberta é o trabalho de uma candidata a doutorado em astrofísica, Anne Archibald e de sua supervisora, Victoria Kaspi, do Grupo de pesquisa sobre os pulsares da Universidade McGill, segundo o estudo publicado nesta quinta=feira.

Nascidos da explosão de uma estrela maciça no fim de sua vida, uma super nova, os pulsares são pequenas estrelas de nêutrons muito densas e que giram em torno de seu próprio eixo. A maioria gira relativamente de forma lenta, dez vezes por segundo ou menos, e desaceleram com os passar dos milênios, antes de se apagarem.

"No entanto, alguns destes velhos pulsares se reciclam em pulsares milisegundos", explicou Kaspi. "Eles acabam girando em torno de si mesmos de modo extremamente rápido e podem passar a emitir um brilho eterno", mas o processo não tinha sido observado diretamente até agora, continuou.

"O estudo permitiu descobrir um grande número de novos pulsares, mas este aqui é verdadeiramente especial. É um pulsar que acabou de ser 'reciclado', que acabou de sair da usina de reciclagem", acrescentou Archibald. Com esta descoberta, os cientistas poderão verificar uma teoria segundo a qual os pulsares milisegundos são criados em sistemas binários (de duas estrelas) autorizando um pulsar a obter a velocidade de rotação de um outro pela proximidade entre eles.

"Imagine uma bola de pingue-pongue em uma banheira quando você tira a tampa do ralo", disse Archibald. "Toda água gira em torno da bola e a faz virar muito mais rápido do que quando ela simplesmente boiava na superfície", continuou.

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Registro de sonda indica que água esculpiu relevo de Marte

A água foi o principal agente nas alterações do relevo de uma grande área de Marte, embora o vento também tenha tido sua influência, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela revista científica Science. O estudo se baseia nos dados transmitidos pela sonda Oportunity, que percorreu por mais de dois anos a cratera Victoria, de 750 m de diâmetro e resultante do impacto de um meteorito contra o planeta.

Segundo cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês), o passeio da Oportunity pela cratera Victoria revelou o efeito da água e dos ventos em sua configuração. Os primeiros indícios de água em Marte foram detectados pela sonda Phoenix, em agosto de 2002, e dois anos depois, a Opportunity e o veículo gêmeo Spirit confirmaram que houve água no planeta há muitos anos.

No entanto, dados concretos sobre a influência que a água e o vento tiveram no relevo do planeta nunca tinham sido divulgados. "O que nos levou à cratera Victoria foi a camada exposta de rochas", disse Steve Squyres, cientista da Universidade Cornell, de Nova York, responsável pelas operações da Spirit e da Opportunity.

As autoridades científicas da Nasa declararam que a Spirit e a Opportunity teriam somente três meses de vida ativa, a partir de seu desembarque em Marte em janeiro de 2004. Mas os dois equipamentos superaram as difíceis condições do planeta e, apesar do desgaste de seus sistemas, continuam funcionando e transmitindo informação científica sobre a geologia de Marte.

Com os instrumentos de seu braço robótico, a "Opportunity" analisou a composição e textura das rochas na cratera, além de outra região do planeta identificada como Duck Bay. Algumas rochas encontradas na cratera estão expostas por causa de um impacto e contêm pedaços esféricos ricos em ferro, que se formaram quando a água penetrou nas rochas, disse o JPL, em comunicado.

A análise dos dados e a observação das imagens também ajudaram a determinar que o vento proporcionou a formação de dunas, que, sob a influência de água, se transformaram em massas de pedra arenosa. A Opportunity abandonou a zona de prospecção há oito meses e desde então percorreu parcialmente parte da cratera Endeavour, 20 vezes maior que a Victoria.

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Meteoritos podem ter estimulado vida na Terra, sugere estudo

A descoberta foi feita através de uma simulação de computador
A descoberta foi feita através de uma simulação de computador
21 de maio de 2009


Quando meteoritos de vários tamanhos bombardearam o planeta Terra há 3,9 bilhões de anos, aquecendo a superfície do planeta e provocando a evaporação de oceanos, eles podem, ao contrário do que muitos cientistas acreditavam, ter ajudado a estimular o surgimento de vida no planeta, de acordo com um novo estudo da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos.

O novo estudo mostra que o bombardeio teria derretido menos de 25% da crosta terrestre, e que micróbios podem ter sobrevivido em um habitat subterrâneo, isolados da destruição. E o intenso calor do impacto, segundo o estudo, criou um habitat que estimulou a reprodução de bactérias formadas por uma só célula que são termófilas e hipertermófilas - capazes de sobreviver a temperaturas de 50 a 80 graus Celsius ou de até 110 graus Celsius.

Simulação
A descoberta foi feita através de uma simulação de computador. Como as evidências físicas do bombardeio de asteróides foram apagadas pelo tempo e pela ação de placas tectônicas, os pesquisadores usaram dados das rochas lunares recolhidas pelas missões Apollo, e registro de impacto de meteoros na Lua, Marte e Mercúrio.

"Até sob as condições mais extremas que nós impusemos (na simulação), a Terra não teria sido completamente esterilizada pelo bombardeio", disse Oleg Abramov, um dos autores do estudo. Ao invés disso, fissuras que expeliam água quente podem ter criado um santuário para esses micróbios que preferem ambientes de calor extremo.

O estudo, publicado na revista Nature, sugere também que a vida na Terra pode ter começado 500 milhões de anos mais cedo do que se pensava. "Não é pouco razoável sugerir que havia vida na Terra há mais de 3,9 bilhões de anos", disse Stephen Mojzisis, que também participou do estudo. "Nós sabemos de registros geoquímicos que nosso planeta era habitável naquela época."

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Astronautas a bordo da Atlantis recebem ligação de Obama

A Casa Branca divulgou uma imagem do presidente durante a conversa com os astronautas
A Casa Branca divulgou uma imagem do presidente durante a conversa com os astronautas


O presidente americano Barack Obama ligou para astronautas a bordo da nave espacial Atlantis, nesta quarta-feira. Ele disse aos homens do espaço que eles são exemplos de dedicação e comprometimento, informou a AP.

"Estou orgulhoso do que conseguiram. Esta missão de reparação no espaço deu um exemplo maravilhoso da dedicação e do compromisso, que é o que representa os Estados Unidos", acrescentou Obama. "O Hubble é um símbolo de nossa busca do conhecimento".

"Vocês conseguem ver a minha casa?", brincou Obama com a tripulação, que voou sobre Illinois, terra natal do presidente, no início da missão. "Como muitos americanos, eu tenho acompanhado com deslumbre as belas imagens que vocês nos mandam", disse o Obama, em um tom mais sério, enquanto a nave passava pelo Oceano Pacífico.

Os astronautas foram enviados ao espaço para reparar o telescópio espacial Hubble, um trabalho que eles completaram na terça-feira. A Atlantis retorna para a Terra na sexta-feira, se o tempo estiver favorável.

Com informações da EFE.

Redação Terra

Astronautas destacam superioridade do homem sobre robô

O sucesso da missão do Atlantis, que permitiu reformar o telescópio Hubble, mostrou a superioridade do homem sobre os robôs nos trabalhos no espaço, afirmaram nesta quarta-feira os astronautas do ônibus espacial, que voltará à Terra em dois dias.

Durante seu primeiro diálogo direto com a imprensa nesta missão, o pessoal do Atlantis lembrou as dificuldades enfrentadas para reparar o Hubble, que exigiram cinco saídas ao espaço.

"É incrível quando nos damos conta a que ponto as coisas ficaram difíceis em certos momentos", declarou o comandante do Atlantis, Scott Altman. "Mas superamos tudo e tivemos sucesso, fomos realmente muito bem".

"Muito do que conseguimos não teria sido possível para os robôs", destacou John Grunsfeld, que dirigiu três saídas ao espaço. "É aqui que os humanos são realmente úteis. Somos capazes de enfrentar situações inesperadas e fazemos isto todo o tempo".

Ao longo de cinco saídas ao espaço, a tripulação do Atlantis reparou e modernizou o Hubble, com o objetivo de ampliar sua vida por mais cinco anos, após 19 anos em operação.

Os astronautas equiparam o Hubble com novas baterias, um novo sistema de orientação FGS (Fine Guidance System) e placas de aço inoxidável para proteger o exterior do telescópio das radiações solares.

Também substituíram os giroscópios, instalaram uma nova câmera - Wide Field Camera-3 - desenhada para observar o universo de modo mais profundo e realizaram um reparo "cirúrgico" no espectrógrafo que identifica os buracos negros.

O Atlantis deve chegar à Terra nesta sexta-feira, pousando no Centro Espacial Kennedy.

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