sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Nasa encontra mais fissuras no tanque de nave Discovery

A agência espacial americana Nasa anunciou nesta quinta-feira ter encontrado novas fissuras no tanque externo de combustível do ônibus espacial Discovery, após um teste com raios x, como parte da preparação para o voo final, em 2011.

As anteriores foram descobertas antes de uma tentativa de decolagem, no dia 5 de novembro passado, explicou a Nasa, através de um comunicado.

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Por R$ 555 mi, Brasil passa a fazer parte do observatório ESO

94 - O céu sobre Paranal. Na imagem, podem ser vistos três telescópios auxiliares ao VLT. Foto: ESO/Y. Beletsky/Divulgação

O ESO é um dos principais observatórios astronômicos do planet

O Ministério da Ciência e Tecnologia assinou um acordo para pesquisa astronômica no hemisfério sul com o ESO - Observatório Europeu do Sul -, na quinta-feira, dia 29, em Brasília. O convênio, que custará cerca de R$ 555 milhões em 11 anos, permite que o País participe da construção do futuro superobservatório E-ELT de 42 m de altura, que deve ser inaugurado em 2021, no Chile.

Na cerimônia de assinatura, o ministro Sergio Rezende afirmou que o acesso a ferramentas mais modernas será benéfico para a evolução das pesquisas brasileiras. "A ESO é uma organização multilateral que até agora só tinha como membros os países europeus. A entidade é proprietária das melhores instalações de astronomia do mundo", falou.

De acordo com o site do Ministério da Ciência e Tecnologia, além da construção do E-ELT - European Extremely Large Telescope - , o Brasil deve participar dos outros dois principais projetos do ESO: Giant Magellan Telescope - GMT; Thirty Meter Telescope.

O Brasil é o primeiro país não-europeu a participar do ESO, que conta com 14 países da Europa e tem orçamento anual de 135 milhões de euros. Embora as instalações para a construção do telescópio estejam no Chile, o país serve apenas de abrigo devido às melhores condições climáticas e geográficas para o estudo da astronomia.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Argentina cria comissão para registro e observação de ovnis

A Força Aérea Argentina (FAA) decidiu criar uma comissão para registrar e investigar denúncias de aparecimento de objetos voadores não identificados (ovnis) no espaço aéreo do país, disse esta quarta-feira um porta-voz da instituição.

"A Comissão de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais está em processo de formação", disse o capitão Mariano Mohaupt, assessor de imprensa da FAA.

O militar revelou que a Força já tem registro de experiências vividas por alguns de seus pilotos e que não puderam ser explicados, mas "agora dá as cartas no assunto de um ponto de vista formal, profissional, que contribui para a sua própria missão, que é o controle do espaço aéreo".

A equipe será interdisciplinar, com meteorologistas, controladores de voo, pilotos e especialistas em radares, e será a receptora das denúncias feitas pelos cidadãos sobre fenômenos observados no espaço.

"Há muitíssimas denúncias que depois acabam se esclarecendo e ocorre que não se trata de fatos não convencionais", explicou Mohaupt.

Organizações deste tipo já existem em outros países do Cone Sul, como o Uruguai, onde funciona desde 1979 a Comissão Receptora e Investigadora de Denúncias de Objetos Voadores Não identificados, subordinada à Força Aérea.

Em agosto, o Brasil anunciou que o aparecimento de ovnis no espaço aéreo do país será oficialmente registrado pelo Comando da Aeronáutica.

As autoridades instaram aos pilotos de aviões civis e militares, bem como os controladores do tráfego aéreo nacional, que relatem suas experiências ao organismo e também enviem provas documentais sobre objetos voadores não identificados.

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Sol deve entrar em período turbulento em 2011

Sol entrou em um estranho processo de calmaria, com ausência de manchas em sua superfície e de intensidade nas labaredas e nas tempestades. Foto: Nasa/Divulgação

Sol entrou em um estranho processo de calmaria, com ausência de manchas em sua superfície e de intensidade nas labaredas e nas tempestades

O próximo ano será marcante para o clima no Espaço, pois o Sol despertará de uma fase de baixa atividade, dando início a um anunciado período de turbulência, possivelmente destrutivo. Muitas pessoas podem se surpreender ao saber que o Sol, ao invés de queimar com uma consistência ininterrupta, oscila em momentos de calmaria e agitação.

Mas após dois séculos de observação das manchas solares - marcas escuras, relativamente frias na superfície do Sol, vinculadas com poderosas forças magnéticas - revelaram que a nossa estrela obedece a ciclos de comportamento de cerca de 11 anos.

O último começou em 1996 e por motivos que ainda permanecem obscuros, levou mais tempo que o previsto para terminar. Agora, no entanto, há cada vez mais indícios de que o Sol está deixando o seu torpor e intensificando sua atividade enquanto avança para aquilo que os cientistas convencionaram chamar de "Solar Max" ou clímax cíclico, afirmaram especialistas.

"A última previsão indica meados de 2013 como a fase pico do ciclo solar", antecipou Joe Kunches, do Centro de Previsões do Clima Espacial da Nasa. Mas há um período prolongado de alta atividade, "mais como uma estação, com duração de cerca de dois anos e meio" para cada fase do pico, alertou.

Em seu período mais intenso, o Sol pode lançar ondas de radiação eletromagnética e matéria carregada conhecida como ejeções de massas coronais (CMEs). Esta onda de choque pode levar alguns dias para alcançar a Terra. Quando chega ao nosso planeta, condensa seu campo protetor magnético, liberando energia visível em altas latitudes na forma de auroras boreal e austral - as famosas Luzes do Norte e do Sul.

Mas as CMEs não são apenas belos eventos. Elas podem desencadear descargas estáticas e tempestades geomagnéticas capazes de romper ou até mesmo causar pane na infraestrutura eletrônica da qual depende nossa sociedade urbanizada e obsecada por se manter conectada.

Menos temidos, porém igualmente problemáticos, são os flares solares ou erupções de prótons supercarregados que alcançam a Terra em questão de minutos. Na linha de frente estão os satélites de telecomunicações em órbita geoestacionária, a uma altitude de 36 mil km, e os satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS), dos quais dependem os aviões e os navios modernos para navegação e que orbitam a 20 mil km.

Em janeiro de 1994, descargas de eletricidade estática provocaram uma pane de 5 meses no satélite de telecomunicações canadense Anik-E2, uma falha que custou 50 milhões de dólares. Em abril de 2010, a Intelsat perdeu o Galaxy 15, usado no serviço de comunicações na América do Norte, depois que o link com o controle de solo foi cortado, aparentemente devido à atividade solar.

"Estas são falhas totais nas quais todos nós pensamos", disse Philippe Calvel, engenheiro da empresa francesa Thales. "Ambas foram causadas por CMEs", emendou. Em 2005, raios-X de uma tempestade solar cortaram a comunicação entre o satélite e o solo e os sinais de GPS por cerca de 10 minutos.

Para dar conta da fúria solar, projetistas de satélites escolhem componentes robustos, testados e experimentados, bem como proteção para o equipamento, mesmo que isto o deixe mais pesado e volumoso, e portanto mais caro de se lançar, disse Thierry Duhamel, da fabricante de satélites Astrium.

Outra precaução é a redundância, isto é, ter sistemas de backup para casos de mau funcionamento. Na Terra, linhas de transmissão, conexões de dados e até mesmo oleodutos e gasodutos são potencialmente vulneráveis.

Um alerta remoto de risco remonta a 1859, quando a maior CME já observada ocasionou auroras avermelhadas, roxas e verdes mesmo em latitudes tropicais. A então recém-desenvolvida tecnologia do telégrafo enlouqueceu. Correntes induzidas geomagneticamente nos cabos deram choques em operações de telégrafos chegaram a incendiar os telegramas.

Em 1989, um fenômeno bem mais sutil cortou a energia do gerador da canadense Hydro Quebec, provocando um blecaute de nove horas que afetou seis milhões de pessoas. "Há muito o que desconhecemos sobre o Sol. Mesmo no suposto declínio ou fase de calmaria, podemos ter campos magnéticos no Sol que são muito concentrados e energizados por um tempo, e podemos ter atividade eruptiva atípica. Para resumir, temos uma estrela variável", concluiu Kunches.

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Medvedev demite diretores por lançamento fracassado de satélites

O presidente russo, Dmitri Medvedev, demitiu nesta quarta-feira dois dirigentes do programa espacial, após o fracassado lançamento de três vitais satélites de comunicações, informou o Kremlin.

Medvedev demitiu Vyacheslav Filin, vice-presidente da Energia Rocket and Space Corporation, e Viktor Remishevsky, vice-diretor da Roskosmos, a agência espacial russa, indicaram as agências de notícias locais.

O presidente russo também emitiu uma advertência ao diretor da Roskosmos, Anatoly Perminov. "Sob instruções do presidente, a Roskosmos tomará medidas adicionais para fortalecer sua performance e disciplina", afirma um comunicado do Kremlin.

O foguete russo Proton-M não conseguiu alcançar sua órbita inicial durante o lançamento, no dia 5 de dezembro, e caiu no mar, perto do Havaí, com os três satélites Glonass-M de última geração que deveria levar ao espaço.

O incidente foi um constrangedor revés para a intenção russa de lançar um sistema para concorrer com o Global Positioning System (GPS) americano, projeto que na verdade foi idealizado pela União Soviética em 1976.

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sonda Cassini captura imagem de tempestade em Saturno

Espaço - 21h45 -  A Sonda espacial Cassini capturou a imagem de uma gigantesca tempestade em Saturno, no hemisfério norte do planeta. Foto: AFP

Imagem captada pela sonda Cassini, da Nasa, mostra em branco a tormenta no hemisfério norte de Saturno

A sonda espacial Cassini capturou a imagem de uma gigantesca tempestade em Saturno. A foto obtida no dia 24 de dezembro mostra em branco a tormenta no hemisfério norte do planeta. As informações são da agência AFP.

As tormentas em Saturno são comuns, mas segundo o site Space.com, a tempestade captada pela sonda Cassini, da Nasa, é maior que o normal e bilha mais que os próprios anéis do planeta.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sonda registra pôr do Sol azul em Marte

Nasa divulga vídeo do pôr do Sol em Marte

Este belíssimo vídeo de um pôr do Sol marciano foi capturado pela sonda Opportunity, da Nasa. Apesar da maioria dos vídeos codificar as cores de Marte como vermelhas, ele brilha na cor azul. Descubra o porquê.

Clique aqui para ler o texto completo no Gizmodo.

Gizmodo
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domingo, 26 de dezembro de 2010

Cientistas vão simular condições de Marte no Deserto do Atacama

Cientistas chilenos e de outros países construirão uma base espacial no Deserto do Atacama, local mais árido do mundo, onde pretendem simular, com estufas, as condições físicas do planeta Marte.

A informação divulgada neste domingo pelo diário "El Mercurio" destaca que o plano é do Centro de Pesquisa Lua-Marte, um complexo científico, tecnológico e turístico localizado em uma área reconhecida pela comunidade científica internacional como uma das mais parecidas a Marte na Terra, com radiação solar e temperaturas extremas, baixa umidade e fortes ventos.

A base será construída em Chajnantor, situado a 5.150 metros de altura e cerca de 1.650 quilômetros ao nordeste de Santiago.

No local, o Observatório Europeu Austral (ISSO, na sigla em inglês) constrói junto a seus parceiros internacionais o Atacama Large Millimeter Array (ALMA), um telescópio de vanguarda para estudar a luz de alguns dos objetos mais frios no Universo.

Carmen Gloria Jiménez, acadêmica da Universidade de Antofagasta e uma das coordenadoras chilenas do projeto, explicou que já há experiências prévias em Utah (Estados Unidos) e na ilha Devon, no Ártico canadense.

Ela assinalou que, no ano que vem, serão construídos os primeiros laboratórios, usando como materiais as fuselagens de aviões Hércules. Lá, serão estudados microorganismos denominados extremófilos, entre outros, que sobreviveram por pelo menos 26 mil anos em vulcões e lagos próximos.

Entre os promotores do projeto estão a Nasa (agência espacial americana), Mars Society, Instituto SETI, agência espacial da China e mais de 40 empresas que já investem no setor.

EFE
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sábado, 25 de dezembro de 2010

Irã planeja lançar dois novos satélites ao espaço em março de 2011

O Irã planeja pôr em órbita dois novos satélites de telecomunicações no final do presente ano persa, que termina no dia 21 de março, revelou neste sábado o ministro de Defesa iraniano, Ahmad Vahidi.

Em declarações divulgadas pela agência de notícias local "Fars", o militar explicou que ambos os satélites, batizados de "Fajr" e "Rasai", foram fabricados no Irã e são uma versão aprimorada do enviado ao espaço em 2009. "Diferentes tipos de satélites estão sendo fabricados no país. Pelo menos dois deles serão lançados antes que o presente ano termine", afirmou.

"Estes satélites são bastante diferentes dos enviados previamente. Podem ficar no espaço por mais tempo, já que o sistema de energia foi aperfeiçoado", acrescentou o ministro, sem fornecer mais detalhes.

O regime iraniano apresentou em 2008 seu primeiro centro aeroespacial e no mesmo ano lançou o primeiro foguete à atmosfera, o Explorer-1. Em 2009, foi a vez do primeiro satélite de fabricação própria, o Omid, um pequeno aparelho de telecomunicações que ficou em órbita durante dois meses, e no mesmo ano o Irã anunciou o início de um ambicioso projeto para enviar um astronauta ao espaço em 2020.

No entanto, o desenvolvimento espacial iraniano é observado com suspeita pelo Ocidente, já que há temores de que o programa para lançar satélites tenha também objetivos bélicos, como a propulsão de mísseis balísticos.

EFE
EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

* Enviar para amigos * Comentar Notícias » Mundo » Mundo Foguete indiano que levava satélite explode após lançamento

Um foguete indiano que carregava um satélite de comunicações explodiu no ar pouco após o lançamento, neste sábado, no sul da Índia, segundo imagens da televisão local.

O foguete explodiu em uma bola de fumaça e fogo depois de decolar do centro espacial de Sriharikota, a 80 km da cidade de Chennai.

O jornal indiano Times of India informou que é a segunda vez que uma explosão de foguete ocorre no país. O primeiro foi também neste ano, em abril, quando uma falha no motor criogênico, que utiliza nitrogênio como sistema de combustão, ocorreu.

O foguete tinha previsão de lançamente para a última segunda-feira, mas foi adiado depois de engenheiros encontrarem uma falha no mesmo motor criogênico.

AFP
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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Astronautas na ISS divulgam mensagem de Natal

Os astronautas Scott Kelly, Cady Coleman e Paolo Nespoli desejaram feliz Natal à Terra direto da ISS. Foto: BBC Brasil

Os astronautas Scott Kelly, Cady Coleman e Paolo Nespoli desejaram feliz Natal à Terra direto da ISS

A tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) divulgou uma mensagem desejando feliz Natal e boas festas a todos no Planeta Terra.

Na mensagem de fim de ano, os três astronautas alertaram para a importância de valorizar o nosso planeta. O comandante Scott Kelly começou a saudação e foi seguido pela engenheira de voo, Cady Coleman.

O astronauta Paolo Nespoli ajudou os outros dois membros da tripulação a desejar feliz Natal na sua língua materna, o italiano. Os astronautas têm com eles uma pequena árvore de Natal e um boneco de Papai Noel.

BBC Brasil
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Cubo de gelo gigante ajudará na busca por matéria negra

Um extraordinário observatório subterrâneo de partículas subatômicas foi concluído dentro de um enorme cubo de gelo com 1 km de extensão em cada face, no subterrâneo no Polo Sul, informaram cientistas.

A construção do IceCube, o maior observatório de neutrino do mundo, levou uma década de trabalho na tundra antártica e ajudará os cientistas a estudar as partículas espaciais na busca da matéria negra, material invisível que integra a maior parte da massa do universo.

Segundo a Fundação Nacional de Ciências (NSF), dos Estados Unidos, o observatório, situado 1,4 mil m sob a superfície, próximo à estação americana Amundsen-Scott, no Polo Sul, custou mais de US$ 270 milhões. O cubo consiste de uma rede de 5.160 sensores ópticos, cada um do tamanho de uma bola de basquete, suspensos por cabos em 86 buracos no gelo, feitos com uma perfuratriz de água quente especialmente projetada.

A NSF informou que o último sensor foi instalado no cubo, que tem 1 km de cumprimento em cada direção, em 18 de dezembro. Quando estiver posicionado, ficará para sempre enterrado no permafrost, enquanto os buracos perfurados se encherão de gelo.

O interesse é estudar os neutrinos, partículas subatômicas que viajam a uma velocidade próxima à da luz, mas são tão pequenas que podem atravessar matéria sólida sem colidir com suas moléculas. Os cientistas acreditam que os neutrinos tenham sido criados primeiro durante o Big Bang e ainda são gerados por reações nucleares em sóis e quando uma estrela morre, gerando uma supernova.

Trilhões deles passam por todo o planeta o tempo o todo, sem deixar vestígios, mas o IceCube busca detectar a luz azul emitida quando um neutrino ocasional colide com um átomo no gelo. "O gelo polar antártico se revelou um meio ideal para detectar neutrinos", destacou a NSF em um comunicado no qual anunciou a conclusão do projeto. "É excepcionalmente puro, transparente e livre de radioatividade", disse.

Os cientistas afirmam que o IceCube é uma pedra fundamental para a pesquisa internacional e dizem que o estudo dos neutrinos os ajudará a entender as origens do Universo. "Deste ponto privilegiado nos confins do mundo, o IceCube fornece um meio inovador de se investigar as propriedades de partículas fundamentais que estão na origem de alguns dos fenômenos mais espetaculares do Universo", acrescentou a NSF.

A maior parte do financiamento do IceCube veio da NSF, com contribuições de Alemanha, Bélgica e Suécia. Cientistas de Canadá, Japão, Nova Zelândia, Suíça e Barbados também trabalharam no projeto, que é operado pela Universidade do Wisconsin em Madison.

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Google manda Nexus S para o espaço para testar o aparelho

Google enviou aparelhos Nexus S para fotografar, coletar dados e marcar a presença do Android na estratosfera. Foto: Google/Divulgação

Google enviou aparelhos Nexus S para fotografar, coletar dados e marcar a presença do Android na estratosfera

Para testar os diversos sensores - o GPS, o giroscópio, o acelerômetro e o magnetômetro - do Nexus S, o Google montou um balão meteorológico para enviar o sistema Android para o espaço. Além de coletar dados diversos sobre o sistema e o aparelho, a experiência serviu para capturar imagens fora do comum.

O balão do Google alcançou mais de 100 mil pés de altura, o que equivale a mais de 30 km. Durante as 2 horas e 40 minutos de viagem, a temperatura no balão chegou a -50ºC. Para comandar a "nave" a equipe colocou os bonecos do Android a bordo, pena que acidentes de percurso acontecem, e o boneco caiu durante o retorno ao solo.

A plataforma Android fornece um ambiente de desenvolvimento robusto e o Nexus S possui muitos sensores embutidos. Graças à esses fatores, o Google pôde desenvolver aplicativos voltados às atividades que foram realizadas na estratosfera.

Os smartphones enviados para o espaço executavam uma diversidade de aplicativos, dentre eles o Google Maps for Mobile 5.0 (com mapas armazenados no aparelho), o Google Sky Map, o Latitude - que identificaria a posição do balão quando houvesse sinal de dados - e o aplicativo desenvolvido pela equipe da Google, que ficou responsável por reunir dados dos sensores.

Baixaki
Baixaki

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Plutão pode ter oceano abaixo de camada de gelo, dizem cientistas

Plutão, rebaixado a condição de planeta anão recentemente, pode conter um oceano abaixo de sua superfície de gelo. Foto: Nasa/Divulgação

Plutão, rebaixado a condição de planeta anão recentemente, pode conter um oceano abaixo de sua superfície de gelo

Estudo de cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, indica que o planeta anão Plutão pode abrigar um oceano abaixo de sua camada de gelo. As informações são do site da National Geographic.

Mesmo possuindo temperaturas extremamente frias, Plutão aparenta ficar aquecido graças a este oceano abaixo da superfície, que preservaria o calor vindo da radioatividade do núcleo do planeta anão. E esse oceano não seria pequeno, de acordo com Guillaume Robuchon, pesquisador da universidade.

Segundo os pesquisadores, o oceano teria entre 100 e 170 km de espessura, estando 200 km abaixo da camada de gelo. Se confirmado, Plutão entra na lista de corpos do Sistema Solar em que se acredita haver água líquida - como exemplos da lista, estão as luas Titan e Enceladus, de Saturno.

A superfície de Plutão, acredita-se, é provavelmente mais fria do que -230°C. O interior de Plutão, sendo formado por este núcleo quente, facilitaria a produção de um oceano abaixo do gelo, também porque as pedras do núcleo do planeta anão contêm aproximadamente 100 partes por bilhão de potássio radioativo. Para um oceano existir, as pedras de Plutão devem se concentrar em um núcleo, com água e gelo na superfície.

Em 2015, a sonda New Horizons chegará a Plutão e ajudará a descobrir se realmente há um oceano no planeta anão.

Turistas invadem vilarejo francês em busca de garagem alienígena

Estacionamento de ovnis está causando uma invasão de turistas  . Foto: AFP

"Estacionamento de ovnis" está causando uma invasão de turistas

Uma montanha no sudoeste da França, considerada por grupos esotéricos como um "estacionamento de ovnis", está causando uma invasão de turistas que procuram extraterrestres em um pequeno vilarejo da região.

Pessoas que temem o Apocalipse, que segundo o calendário Maia ocorreria em 2012, também estão procurando refúgio no vilarejo rural de Bugarach, que possui apenas cerca de 200 habitantes e se situa no sudoeste da França, próximo à fronteira com a Espanha.

"Estamos preocupados. Vemos na internet que há doidos prevendo o fim do mundo em 2012 e dizendo que Bugarach é o lugar para onde as pessoas devem ir para se salvar", afirma o prefeito do vilarejo, Jean-Pierre Delord.

"Inúmeras pessoas, franceses e estrangeiros, já alugaram casas aqui prevendo o fim do mundo em 2012. Já faz algum tempo que eles vêm se instalando em Bugarach e eles se conhecem todos", afirmou o prefeito ao jornal L'Indépendant, de Perpignan, nos arredores do vilarejo.

Lugar 'mágico e sagrado'
Bugarach fica ao pé da montanha de mesmo nome, que é considerada por esotéricos como um local "mágico" e "sagrado", que seria preservado no Apocalipse.

Vários "mistérios", na avaliação de grupos esotéricos, envolvem a montanha e são comentados em inúmeros sites na internet.

Um dos rumores é o de que Ovnis teriam sido vistos no local e que o pico de Bugarach, com 1,2 mil metros, seria uma "garagem de discos voadores".

O topo da montanha teria "estranhas cavidades" que abrigariam uma base subterrânea para naves espaciais, que alguns afirmam ter visto aterrissar no local.

Na internet, circulam rumores de que satélites espiões franceses teriam visto essas cavernas na montanha. Outros boatos afirmam que aviões não podem sobrevoar a área porque os instrumentos de voo ficariam desregulados.

Também existem rumores de que o ex-presidente François Mitterrand teria visitado a montanha secretamente.

'Passos dos extraterrestres'
Em razão dos boatos sobre a presença de alienígenas em Bugarach, vários grupos e associações de esotéricos visitam o vilarejo para observar o suposto fenômeno e organizam "seminários" com temas insólitos como "caminhar nos passos dos extraterrestres".

Segundo o prefeito, as pessoas que vêm de fora compram casas em locais isolados na região para realizar "estágios" voltados ao assunto.

"Antes, 72% da minha clientela era de pessoas que faziam caminhadas na montanha. Hoje, 68% são visitantes ligados ao esoterismo", afirma Sigrid Benard, gerente da Casa da Natureza, uma das raras estruturas de hospedagem do vilarejo.

Os moradores e as autoridades locais se dizem fartos dos turistas esotéricos. Alguns deles podem ser vistos rezando nus na montanha.

"Ninguém jamais tinha ouvido falar de todos esses absurdos que circulam sobre a montanha", afirma Gilbert Cros, vice-prefeito de Bugarach, que lamenta "a má imagem de marca" de Bugarach.

Também existem rumores de que no local poderiam ser encontrados o Santo Graal ou o tesouro dos Templários.

O prefeito não descarta a possibilidade de pedir ajuda ao exército francês para cercar o vilarejo se o fluxo de pessoas que se instalam ali para sobreviver ao Apocalipse continuar aumentando.

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Militares da Nova Zelândia divulgam arquivos sobre OVNIs

As Forças Armadas da Nova Zelândia divulgaram nesta quarta-feira milhares de relatórios até então classificados como confidenciais que detalham casos envolvendo avistamentos de Objetos Voadores Não-identificados (OVNIs) e encontros alienígenas.

Os relatórios, que datam de 1954 a 2009, foram liberados pela lei de liberdade de imprensa depois que a Força de Defesa neozelandesa removeu nomes e outros elementos de identificação.

Em cerca de 2 mil páginas de documentos, civis, militares e pilotos relatam encontros imediatos, geralmente envolvendo luzes que se movem pelo céu. Alguns dos relatos incluem desenhos de discos voadorews, descrições de alienígenas usando "máscaras de faraó" e suposto material de escrita extraterrestre.

Antes de sua liberação, o líder do esquadrão da Força Aérea Kavae Tamariki informou que a Força de Defesa não tem recursos para investigar os avistamentos de OVNIs e que não poderia comentar o conteúdo dos arquivos. "Apenas fizemos uma coletânia das informações. Não investigamos ou fazemos relatórios, não confirmamos nada neles", declarou ao jornal Dominion Post.

Um dos relatos diz respeito ao avistamento de estranhas luzes na cidade de Kaikoura, litoral de South Island, em 1978, que foram registradas em vídeo por uma equipe de TV local a bordo de um avião. O incidente ganhou as manchetes internacionais na ocasião, mas a Força Aérea explicou que se tratou apenas ou de um fenômeno natural no qual as luzes dos navios se refletiram nas nuvens ou então foi uma visão incomum do planeta Vênus.

Os documentos originais nos quais esses relatórios se basearam permanecerão guardados no Arquivo Nacional até 2080.

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Nasa decide retirar Discovery da plataforma de lançamento

A Nasa (agência espacial americana) decidiu retirar a nave Discovery da plataforma de lançamento 39A onde estava preparada desde novembro passado para seu lançamento, que teve de ser adiado sucessivamente por problemas técnicos.

Os técnicos do Centro Espacial Kennedy da Flórida decidiram transferir a nave ao Edifício de Montagem de Veículos, anunciou nesta terça-feira a agência espacial americana.

A Nasa tomou esta decisão para analisar melhor as fendas que descobriu no tanque de combustível externo (ET-137) em 5 de novembro, durante o processo de abastecimento, quando a nave estava pronta para iniciar a missão STS-133.

Desde então, o tanque foi submetido a várias revisões, mas, ao ser colocado na plataforma de lançamento, a Nasa teve dificuldades para explorar com raios-X as peças danificadas para determinar a causa das fendas.

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

vc repórter: internautas fotografam eclipse lunar

Um eclipse total da Lua pôde ser visto na madrugada desta terça-feira da América do Norte, Europa Ocidental, parte da Ásia e de alguns locais da América do Sul. O fenômeno teve início por volta das 4h30 (horário de Brasília) e, às 5h10, era possível observar que um terço da Lua já estava coberto pela sombra da Terra.

Internautas de São Paulo aproveitaram a oportunidade para registrar o fenômeno. Jorge Massao, morador do Jardim São Luís, na zona sul da capital, passou cerca de meia hora fotografando a ocorrência. Silvio dos Santos, morador da Freguesia do Ó, na zona norte, conta que tirou mais de 30 fotos. "Só não deu pra ver melhor, porque logo amanheceu", diz.

O eclipse lunar só acontece durante a Lua cheia. Quando o Sol, a Terra e a Lua estão bem alinhados, o satélite natural pode ficar momentaneamente privado de luz solar, caso esteja no cone de sombra da Terra.

Quatro eclipses solares parciais e dois eclipses lunares totais estão previstos para 2011, uma combinação rara que acontecerá apenas seis vezes no século 21. O primeiro eclipse solar, que acontece no dia 4 de janeiro, poderá ser visto da Europa, especialmente da região norte da Suécia, do norte da África, do Oriente Médio e da Ásia Central.

Eclipse lunar registrado por morador da Freguesia do Ó, bairro localizado na zona norte de São Paulo. Foto: Silvio dos Santos/vc repórter
Eclipse lunar registrado por morador da Freguesia do Ó, bairro localizado na zona norte de São Paulo

Com informações da AFP

Os internautas Silvio dos Santos e Jorge Massao, de São Paulo (SP), participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CORREÇÃO: Novas imagens da Nasa mostram lado oculto da Lua

Diferentemente do que foi publicado anteriormente pelo Terra na legenda da imagem que ilustra a notícia Novas imagens da Nasa mostram lado oculto da Lua , no dia 20 de dezembro, às 13h33, LOLA é um dispositivo utilizado em uma sonda da Nasa, e não o nome da sonda. A informação foi corrigida no mesmo dia, às 14h28.

Novas imagens da Nasa mostram lado oculto da Lua

Imagem mostra mapa topográfico do hemisfério sul da Lua, feito a partir de imagens registradas por uma sonda da Nasa - a agência espacial americana  . Foto: Nasa/Reprodução

Imagem mostra mapa topográfico do hemisfério sul da Lua, feito a partir de imagens registradas pelo dispositivo LOLA, da Nasa - a agência espacial americana

Uma sonda da agência espacial americana, a Nasa, está permitindo aos pesquisadores criar o mais completo e preciso mapa da Lua.

A Sonda de Reconhecimento Lunar da Nasa usa um dispositivo, o Altímetro a Laser da Sonda Lunar (Lola, na sigla em inglês), para fazer mapas dos terrenos e crateras da Lua, incluindo o lado mais distante.

"O conjunto de dados está sendo usado para a criação de mapas de terreno e mapas digitais de relevo que servirão como referência fundamental para futuras missões científicas e de exploração à Lua", disse Gregory Neumann, do Centro de Voos Espaciais Godard da Nasa.

"Depois de um ano recolhendo dados, já temos quase cerca de 3 bilhões de pontos de informações do Altímetro a Laser da Sonda Lunar a bordo da Sonda de Reconhecimento Lunar".

Neumann afirmou que a equipe de pesquisadores espera continuar coletando as medidas do terreno da Lua e, perto dos polos, os cientistas esperam "fornecer capacidade de navegação próxima à do GPS".

Raio dividido em cinco
O Altímetro a Laser da Sonda Lunar funciona pela propagação de apenas um raio por meio de um elemento ótico de difração, que divide o raio em cinco. Estes raios, por sua vez, atingem a superfície lunar e retornam, sendo medidos pelo Lola para, junto com o rastreamento da sonda, criar padrões bidimensionais para revelar a superfície lunar.

Os mapas feitos pelo Lola são os mais acurados e mostram mais lugares na superfície da Lua do que qualquer outro mapa anterior.

"Os erros posicionais dos mosaicos de imagens do lado mais distante da Lua, onde o rastreamento da espaçonave (que é mais preciso) não estão disponíveis, eram de um a dez quilômetros", disse Neumann.

"Estamos diminuindo isto para o nível de 30 metros, e um metro verticalmente. Nos polos, onde a iluminação raramente dá mais do que um lampejo da topografia abaixo dos picos das crateras, descobrimos erros sistemáticos horizontais de centenas de metros", acrescentou.

O dispositivo também permite estudar o histórico de iluminação no ambiente lunar, segundo o cientista. A história da iluminação na Lua é importante para a descoberta de áreas que ficaram muito tempo nas sombras.

Estes lugares, geralmente em crateras profundas perto dos polos lunares, funcionam como locais de armazenamento, capazes de acumular e preservar materiais voláteis como gelo.

Mistério
A paisagem nas crateras dos polos da Lua é tão misteriosa devido a sua profundidade que geralmente permanece nas sombras.

O novo conjunto de dados fornecido pelo Lola está revelando detalhes da topografia destas crateras pela primeira vez.

"Até a Sonda de Reconhecimento Lunar e a recente missão japonesa Kaguya, não tínhamos ideia dos extremos que eram as inclinações das crateras polares", disse o cientista. "Agora descobrimos inclinações de 36 graus (que se estendem) por vários quilômetros na cratera Shackleton, por exemplo, o que faria a travessia muito difícil e, aparentemente, causa deslizamentos".

Neumann afirmou ainda que as medidas tomadas pelo Lola estão ajudando a equipe a criar modelos para avaliar a temperatura destas crateras e no desenvolvimento dos mapas térmicos destes locais.

BBC Brasil
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domingo, 19 de dezembro de 2010

Eclipse lunar total poderá ser visto na terça-feira

Um eclipse total da Lua será visível na terça-feira na América do Norte, Europa Ocidental e parte da Ásia a partir das 7h41 horário local (5h41 horário de Brasília).

Em 4 de janeiro será a vez de um eclipse parcial do Sol. Da América do Norte até a Islândia, o eclipse da Lua poderá ser observado durante mais de uma hora (das 7h41 às 8h53 horário local) na madrugada de 20 para 21 de dezembro.

"Está perfeitamente situado para América do Norte, Groenlândia e Islândia", afirma o astrônomo americano Fred Espanak.

Um eclipse lunar só é possível durante a Lua cheia. Quando o Sol, a Terra e a Lua estão bem alinhados, o satélite natural pode ficar momentaneamente privado de luz solar, caso esteja no cone de sombra da Terra.

A Lua começará a entrar na sombra da Terra às 6h33 horário local (4h33 horário de Brasília) de terça-feira. A sombra, de contornos claramente visíveis, avançará no disco lunar de 07h41 às 08h53 horário local, voltará a ser eclipse parcial às 10h01 horário local (8h01 horário de Brasília) e recuperará depois a plena luminosidade.

Na Europa Ocidental e ao leste do continente sul-americano, apenas as primeiras fases do eclipse serão visíveis antes do "crepúsculo" lunar. O Japão verá apenas as últimas etapas.

Os eclipses da Lua não representam risco para a vista, ao contrário dos eclipses solares. Para observar os eclipses solares é recomendado usar óculos especiais.

O primeiro eclipse solar parcial de 2011 acontecerá em 4 de janeiro. Em caso de bom tempo, será visível na Europa, especialmente na região norte da Suécia, no norte da África, Oriente Médio e Ásia Central.

Quatro eclipses solares parciais e dois eclipses lunares totais estão previstos para 2011, uma combinação rara que acontecerá apenas seis vezes no século XXI.

AFP
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Cientistas: furor sobre descoberta da Nasa é injustificável

Descoberta também muda a maneira de pensar sobre o que são ambientes habitáveis no universo. Na imagem, o micro-organismo que usa arsênio no lugar de .... Foto: Nasa/Reprodução

Descoberta de nova forma de vida foi anunciada pela Nasa, mas já recebe críticas

No início de dezembro, o mundo viveu alguns dias de suspense. A Nasa anunciava a divulgação de uma descoberta que iria "impactar a busca por vida extraterrestre". Enquanto muitos esperavam a descoberta de vida fora do nosso planeta, a espera acabou no dia 2 de dezembro, quando a agência espacial americana anunciou ter encontrado, na Terra, uma bactéria que fugiu do conceito de vida que conhecemos: ela usaria arsênio no lugar de fósforo, algo nunca antes visto. Contudo, mal a pesquisa foi divulgada, muitos cientistas publicaram críticas em blogs e sites. "Como foi possível observar, o anuncio da Nasa resultou em enorme furor, em grande parte injustificável", diz Beny Spira, professor do departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).

Rosie Redfield, professora de microbiologia da Universidade de British Columbia, no Canadá, por exemplo, afirmava que os pesquisadores podem ter se enganado, já que poderia haver "fósforo contaminante" nos experimentos. "Não que a pesquisa não tenha mérito ou que esteja completamente equivocada, mas a alegação de que a bactéria trocou o elemento P por A para a construção de suas moléculas fundamentais precisa ser melhor fundamentada", explica Spira. "Veja bem, algumas bactérias conseguem crescer com quantidades ínfimas de fósforo no meio, inclusive espécies que estudamos aqui no laboratório, como Chromobacterium violaceum e Pseudomonas aeruginosa, que crescem praticamente sem a adição de P no meio cultura. Como isto é possível? Não sabemos exatamente, mas a presença de traços de P em outros nutrientes adicionados ao meio é certamente um fator, e as vezes é suficiente para permitir o crescimento de uma população de bactérias".

Outro fator seria a presença de fontes internas de fósforo. "É sabido que muitas bactérias, senão todas, acumulam polifosfato, que é um polímero composto por moléculas de fosfato (PO4) interligadas, e uma das funções do polifosfato é servir de fonte de fósforo em caso de necessidade. Algumas bactérias acumulam quantidades absurdas deste polímero", diz o professor. "Outra coisa que deve ficar clara é o fato de que muitas bactérias conseguem transportar e acumular arsênio em seu interior, sem que isto resulte em sua morte. Isto não significa que estas bactérias utilizem o elemento para alguma coisa, mas que o contato com arsênio na natureza e sua captação pelas bactérias não é novidade. Já o artigo tem a pretensão de afirmar que a bactéria utiliza arsênio para construir suas macromoléculas, algo realmente inusitado", disse.

Embate alimenta a Ciência
Já para Douglas Galante, coordenador do laboratório de Astrobiologia da USP, críticas são naturais no mundo da ciência, que se alimenta do embate de ideias. "Nesse caso, como as implicações do estudo podem ser muito grandes, ele será realmente muito contestado e posto à prova", disse. "A maior crítica que está sendo feita é que o estudo é preliminar. De fato, nesse trabalho os pesquisadores não mostram com certeza absoluta que o arsênio está sendo incorporado ao DNA, formando sua estrutura, no lugar do fósforo. Eles fornecem experimentos que dão indicativos disso, e deixam claro que novos estudos são necessários".

Para Galante, a única certeza oferecida pela descoberta da Nasa é que o arsênio está presente no ambiente intracelular, e os indícios mostrados são suficientes para incentivarem mais estudos que mostrem se de fato a bactéria está usando ou não este elemento no lugar do fósforo. "Isso está sendo feito, pelo grupo da Dra Wolfe-Simon (Nasa) e por outros. E com toda essa controvérsia, certamente muitos outros cientistas irão testar essa bactéria até que uma resposta definitiva - dentro das possibilidades dos critérios científicos - seja obtida", falou o astrobiólogo.

Estratégia de publicidade
Outros críticos questionam se a Nasa deveria divulgar com tanto alarde um estudo preliminar, que possivelmente pode conter falhas. "Foi uma estratégia de publicidade da agência norte-americana, que teve grande sucesso, pois atraiu a atenção da mídia e do público para questões fundamentais da Ciência e sobre nosso lugar no Universo, e fomentou um saudável debate sobre essas questões, tanto no meio acadêmico quanto entre o público em geral, o que é sempre produtivo e enriquecedor", diz Galante.

O cientista reforça, porém, que descobertas são sempre passíveis de contestação. "Não há uma verdade absoluta. De tempos em tempos somos obrigados a rever nosso entendimento de mundo e avançar na busca do conhecimento. E muitas vezes erramos, mas o bom da Ciência é que ela é capaz de identificar os próprios erros de maneira objetiva - certamente, depois de tanta divulgação, teremos uma enxurrada de artigos mostrando se o experimento da Nasa estava errado", declarou.

Se este for mesmo o caso, os estudiosos terão que voltar à definição de vida baseada em CHONPS (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre). "Mas, pelo menos, teremos aprendido muito pelo caminho. Agora, se a pesquisa se mostrar correta, essa descoberta terá grande impacto sobre nosso conhecimento da vida. Porém, como diria Carl Sagan, 'afirmações excepcionais requerem provas excepcionais'. E ainda teremos que esperar um pouco por essas provas", completou.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Nave russa Soyuz com três astronautas se acopla com sucesso à ISS

Após perda de contato, astronautas chegam à ISS


A nave russa Soyuz TMA-20, que a partir de 2011 se transformará no único meio de transporte à Estação Espacial Internacional (ISS), se acoplou nesta sexta-feira com sucesso no complexo orbital com seus três tripulantes a bordo, informou a Nasa.

A Soyuz, lançada na quarta-feira ao espaço da base de Baikonur (Cazaquistão), se acoplou ao módulo russo ''Rassvet'' da ISS às 15h11 de Washington (18h11 no horário de Brasília), um minuto antes do previsto.

Os novos habitantes da ISS, o comandante russo Dmitri Kondratiev, a astronauta americana Catherine Coleman e o italiano Paolo Nespoli, permanecerão na plataforma durante 152 dias, até maio de 2011.

Com sua chegada, a plataforma orbital passa a estar habitada por seis tripulantes: três russos, dois americanos e um italiano.

A Soyuz também era esperada com grande expectativa na ISS por outro motivo: com o fim do programa de naves da Nasa no próximo ano, a nave russa se transformará no único meio de transporte ao complexo orbital.

O acoplamento da nave aconteceu após dois dias e meio de viagem e várias horas de tensão no Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia, que na quinta-feira deixou temporariamente de receber dados de navegação da nave.

Durante seu tempo na estação, a nova tripulação deverá efetuar três saídas ao espaço, segundo o programa de voos russo.

Além disso, receberá e descarregará quatro cargueiros russos Progress e supervisionará o acoplamento do segundo veículo espacial europeu e da Soyuz TMA-21, assim como o retorno à Terra da nave.

A atual tripulação da plataforma orbital, que em 2 de novembro completou sua primeira década habitada permanentemente, é integrada pelo americano Scott Kelly, na qualidade de comandante, e pelos engenheiros russos Aleksandr Kaleri e Oleg Skripochka.

EFE
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Nasa testa tanque externo do Discovery

WASHINGTON, 17 dez 2010 (AFP) -A Nasa voltou a encher nesta sexta-feira o tanque externo do ônibus espacial Discovery com hidrogênio e oxigênio líquidos depois do vazamento e das rachaduras que obrigaram a adiar o lançamento da nave espacial em diversas ocasiões, desde novembro.

Mas será necessário esperar vários dias para que os engenheiros analisem os dados gerados por 89 captores e dispositivos colocados no tanque para medir a temperatura e as tensões.

Um vazamento de hidrogênio havia obrigado a Nasa a adiar o lançamento do Discovery no dia 5 de novembro.

O ato de encher o tanque com cerca de 2 milhões de litros de oxigênio e hidrogênio em temperatura muito baixa começou nesta sexta-feira às 10H00, hora de Brasília, e foi concluído antes das 13H00.

Equipes técnicas já estão no local para uma inspeção.

"Não constatamos nenhum problema na espuma isolante" que cobre algumas partes do tanque e "nenhum escapamento", disse Allard Beutel, porta-voz do Centro Espacial Kennedy, perto de Cabo Cañaveral (Flórida, sudeste), ao canal de televisão da Nasa.

js/gde/sd

AFP
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vc repórter: com balão meteorológico, brasileiro fotografa o espaço

Câmera digital em balão meteorológico captou imagem da estratosfera. Foto: Reprodução/vc repórter

Câmera digital em balão meteorológico captou imagem da estratosfera

Após ler a notícia sobre o astrônomo amador americano Colin Rich, que conseguiu fotografar a estratosfera terrestre utilizando equipamentos digitais e um balão meteorológico, o brasileiro Marcos Altran resolveu criar o seu próprio experimento. Ao enviar três câmeras para o espaço no dia 15 de novembro deste ano, ele obteve cerca de 650 imagens, além de dois vídeos com uma hora de duração cada.

"Eu me interessei muito pelo que ele (o americano) fez", conta o técnico bioquímico de 44 anos que mora em Paulínia (SP), município localizado a cerca de 120 km da capital paulista. Decidido a fazer o mesmo, Marcos comprou pela internet um balão meteorológico de uma loja americana especializada em espaçomodelismo. "Para esse experimento utilizei o KCL-1200, que tem capacidade de elevar até 1 kg de carga para a estratosfera", diz.

Para que o balão atingisse a atitude desejada antes de explodir, Marcos calculou que deveria utilizar 3 m³ de gás hélio. "Gastei 1,2 m³ para elevar o balão, 0,80 m³ para elevar a carga (cápsula, paraquedas e cordas) e mais 1 m³ para promover a aceleração vertical necessária", explica. Ele conta que o balão chegou a atingir a altura máxima de 30 mil metros, "a fronteira do que é conhecido como espaço próximo".

O paraquedas compatível foi comprado na mesma loja. Para montar a cápsula, o técnico aproveitou uma caixa de isopor utilizada para o transporte de vacinas que suportaria a baixa temperatura que pode chegar a - 50°C. "Fiz os buracos para as lentes das câmeras e alguns calços internos para que elas ficassem firmes no lugar", conta. Depois ele lacrou a caixa com fita isolante de polietileno.

Duas das câmeras usadas foram compradas pela internet: uma Cannon A540, que registrou as fotos na posição horizontal, e uma A590, que realizou a filmagem na mesma posição. O terceiro equipamento, uma Sony DSCW100 (responsável por filmar verticalmente), foi emprestado pela irmã.

No entanto, a capacidade de carga das baterias era um fator limitante. "Tive que fazer uma estimativa de quando a câmera iria atingir uma altitude considerável para começar a filmar", diz. Com a utilização de um software, ele programou os equipamentos. "Programei as fotos para serem feitas uma a cada 20 segundos e a filmagem para iniciar depois de uma hora a partir do lançamento", conta.

Foram quase cinco meses de preparação. O projeto foi batizado de Svrevers. "Isso era uma brincadeira que a gente fazia em casa, quando criança, para inventar nomes esquisitos. Meu primo que saiu com esse", explica. Ao todo, Marcos gastou cerca de R$ 1,3 mil.

A cápsula foi lançada de Paulínia em um dia de céu claro por volta das 9h15. Marcos conta que obteve o primeiro sinal do GPS por volta das 14h do mesmo dia. Era sinal de que a caixa estaria novamente bem próxima do solo "já que depois de 2 km de altitude o sinal do GPS já se perde", explica.

A caixa caiu em um sítio na cidade de Camanducaia, no sul de Minas Gerais, a cerca de 130 km do ponto de lançamento. A distância percorrida de carro entre Paulínia e o município é de 280 km. Marcos resgatou o experimento no final da tarde. "Como ele caiu meio que em um colchão de folhas, as máquinas não sofreram danos. Apenas uma delas que teve o visor trincado", diz.

Marcos conta que ficou muito satisfeito com a experiência. "Emocionado até. A minha vontade era de estar lá em cima e poder ver a terra daquele ponto de vista espetacular!", diz. O técnico bioquímico afirma que pretende repetir o feito. "A minha intenção é fazer experiências com áudio. Colocar alguma música para ir tocando e ver como o som muda ou se propaga de maneira diferente àquela altitude", afirma.

O internauta Marcos Altran, de Paulínia (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Revista escolhe "máquina quântica" como maior descoberta de 2010

A criação do primeiro ponto entre o universo quântico do infinitamente pequeno e o mundo visível, por uma equipe de físicos americanos, foi considerada a descoberta científica mais significativa de 2010 pela revista americana Science.

O assunto foi revelado, em março, pela revista britânica Nature. Foi a primeira vez que cientistas demonstraram que os efeitos da mecânica quântica poderiam ser aplicados a um objeto visível, escreveu a Science.

Ao contrário do mundo visível, o universo quântico vê os átomos responderem a regras imprevisíveis. Assim, segundo as leis de Newton, no mundo visível, uma maçã cairá sempre da árvore no chão. Mas, os físicos Andrew Cleland e John Martinis, da Universidade da Califórnia, conseguiram, com sua máquina, demonstrar que o mundo visível poderia também sujeitar-se à mecânica quântica, abrindo caminho a aplicações potencialmente revolucionárias.

Os cientistas puderam obter um efeito quântico num pedaço de metal grosso o bastante para ser observado a olho nu formado de uma camada de nitreto de alumínio entre duas camadas de alumínio puro.

Na sua experiência, os pesquisadores americanos puderam, com a ajuda de um microcircuito elétrico supercondutor, que não oferece nenhuma resistência a temperatura muito baixa, fazer que sua máquina oscilasse e não ao mesmo tempo, num "estado superposto" do universo quântico no mundo do visível.

Esta "primeira máquina quântica" de 30 mícrons de comprimento (um mícron equivale a um milionèsimo de milímetro) é formada por materiais semicondutores que permitem tentar criar estados ditos "superpostos" comuns no universo quântico, sem recorrer a temperaturas tão baixas que são quase impossíveis de se obter, na prática.

Este estado aparentemente contraditório se produz simultaneamente. No universo quântico, o eixo de rotação de uma molécula pode também ser orientado em duas direções diferentes ao mesmo tempo.

AFP
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Estudo explica fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama

A fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama tem relação com a quantidade de poeira que as separa da Terra. Foto: ESO/Divulgação

A fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama tem relação com a quantidade de poeira que as separa da Terra

Estudo realizado por cientistas do Instituto Max Planck para a Física Extraterrestre, utilizando o instrumento GROND, montado no telescópio MPG do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), explica a fraca luminosidade das rajadas escuras de raios gama, um dos fenômenos mais energéticos do universo. Este é considerado o maior estudo já realizado sobre as rajadas.

As rajadas de raios gama são geradas a partir da explosão de estrelas massivas, criando feixes de luz tão brilhantes que podem ser vistos a uma distância de 13 bilhões de anos-luz, perto dos limites do universo observável. Porém, algumas rajadas de raios gama têm um brilho abaixo do espectro visível, parecendo que lhes falta esta característica, o que deixou os pesquisadores perplexos durante os últimos 10 anos.

Segundo o estudo, essa fraca luminosidade explica-se como uma combinação de várias causas, sendo a mais importante a presença de poeira entre a Terra e o fenômeno. O estudo indica que a maioria das rajadas escuras de raios gama são aquelas cuja pequena quantidade de radiação visível foi completamente absorvida pela poeira antes de chegar à Terra.

A Nasa - a agência espacial americana - lançou o satélite Swift em 2004, para orbitar por cima da atmosfera terrestre e conseguir detectar explosões de raios gama e comunicar imediatamente as suas posições a outros observatórios para estudo dos brilhos residuais.

No estudo, os cientistas utilizaram dados registrados pelo Swift e também novas observações do GROND, que se dedica à observação continua de rajadas de raios gama. Combinando os dados, foi determinada a quantidade de radiação emitida pelo brilho residual a comprimentos de onda muito distintos. Assim, foi medida a quantidade de poeira que obscurece a radiação no percurso do raio até a Terra.

Foi descoberto que as rajadas escurecem para uma marca entre 60% e 80% da intensidade original com que foi emitida devido à poeira. Para rajadas mais distantes, a intensidade transforma-se para apenas entre 30% e 50%.

Estudos anteriores já haviam apontado que rajadas de raios gama podem ser capazes de ajudar a monitorar a taxa na qual as estrelas formam-se e morrem em distantes galáxias, confirmar as estimativas anteriores de que 25% das vezes as estrelas massivas se formam em locais repletos de poeira de estrelas, e que a poeira se forma provavelmente nas nuvens ao redor de estrelas em formação.

Além disso, indicam que pode haver muito mais poeira do que se suspeitava e que as rajadas escuras de raios gama poderiam fornecer uma maneira de descobrir a quantidade de formações estelares que estão acontecendo no universo.

Cientistas: ciclone gigantesco varre Saturno há 5 anos

Cientistas espanhóis relataram nesta quarta que um gigantesco ciclone do tamanho do continente europeu varre Saturno há cinco anos, o que faz desta tempestade a mais longa detectada no planeta

O ciclone, cujo vórtice se estende por 4 mil km, é estudado desde 2004 por um grupo de pesquisadores espanhóis a partir de imagens vindas da sonda americana Cassini. "De acordo com nossas observações, o ciclone é o de maior duração dos examinados nos grandes planetas do sistema solar, Júpiter e Saturno", explicou a principal autora do estudo, Teresa del Rio-Gaztelurrutia.

Os ciclones, caracterizados por um vento que gira na mesma direção que o planeta, não duram tradicionalmente muito tempo, explicou a pesquisadora que dirige uma equipe da Universidade dos Países Bascos para conduzir o trabalho. "Conhecemos ainda muito pouco sobre este gênero de estruturas", acrescentou.

O grupo de cientistas conseguiu analisar a estrutura horizontal e vertical deste fenômeno meteorológico, assim como a sua circulação e sua maneira de interagir com os ventos utilizando simulações matemáticas. Apesar do enorme tamanho do ciclone, os pesquisadores detectaram ventos "pouco intensos". Segundo suas observações, ele se desloca a uma velocidade de 245 km/h, cercado por ventos de 72 km/h.

A Nasa - a agência espacial americana - revelou as imagens da sonda Cassini um ano após terem sido tiradas. Os cientistas só puderam até o momento analisar as amostras de 2009 e esperam descobrir se o ciclone gigante sobreviveu até este ano.

AFP
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nave russa decola com três astronautas rumo a Estação

Uma nave russa decolou na quarta-feira do Cazaquistão, levando três astronautas à Estação Espacial Internacional: a norte-americana Catherine Coleman, o russo Dmitry Kondratyev e o italiano Paolo Nespoli.

A decolagem da cápsula Soyuz TMA-20 ocorreu às 22h09 (hora de Moscou; 17h09 em Brasília) no Cosmódromo de Baikonur, que fica no Cazaquistão e é arrendado pela Rússia. A nave deve atracar na Estação Espacial Internacional na sexta-feira, às 23h12 (18h12 em Brasília).

O trio passará seis meses no espaço, período em que deve receber várias naves cargueiras, com materiais para a conclusão da montagem da Estação, um projeto de 16 países e 100 bilhões de dólares, que está sendo construído desde 1998 a uma altitude de 350 quilômetros.

A Estação, composta principalmente por uma junção de módulos russos e norte-americanos, pode atualmente acomodar seis tripulantes. Durante alguns dias, os recém-chegados terão a companhia dos atuais ocupantes: o norte-americano Scott Kelly e os russos Alexander Kaleri e Oleg Skripochka.

Reuters
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Rússia lança nave Soyuz com 3 astronautas rumo à plataforma orbital

A Rússia lançou nesta quarta-feira rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) a nave Soyuz TMA-20 com três tripulantes a bordo, um russo, um americano e um italiano.

O lançamento, transmitido ao vivo pelo canal de notícias "Rossía 24", aconteceu às 22h09 de Moscou (17h09 no horário de Brasília) com a ajuda de um foguete portador Soyuz FG a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão.

EFE
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

INPE conclui testes com satélite argentino

Um laboratório espacial brasileiro concluiu com sucesso uma intensa bateria de testes feitos com um satélite argentino com fins científicos que será posto em órbita em abril de 2011, informou nesta terça-feira uma fonte oficial.

O satélite SAC-D Aquarius, de 1,4 mil kg, permaneceu no centro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de São José dos Campos desde junho, realizando os testes que terminaram na última sexta-feira, informou a instituição.

O objetivo do satélite será medir a umidade do solo em grande escala e a salinidade de mares e oceanos de forma global para elaborar alertas antecipados de inundações e modelos climáticos a longo prazo, graças a um instrumento desenvolvido pela Nasa (agência espacial americana). Além disso, levará ao espaço várias experiências científicas desenvolvidas por instituições de Argentina, França e Itália, segundo um comunicado.

No tempo de testes no Brasil foram simuladas as condições que o satélite enfrentará em órbita quando for lançado provavelmente em 1º de abril, da base Vandenberg, na Califórnia (EUA) a partir do foguete Delta II.

Cerca de 200 cientistas e técnicos dos países envolvidos no desenvolvimento do satélite participaram das atividades, que incluíram testes de vibração, térmicos e de choque. O satélite permanecerá no laboratório do INPE até março de 2011, quando será levado aos Estados Unidos para entrar em órbita.

Esta é a terceira ocasião em que a Argentina envia um satélite para realizar testes em instalações brasileiras, depois do SAC-B e do SAC-C.

EFE
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Padre benze nave Soyuz TMA-20 no Cazaquistão

Nave Soyuz TMA-20 deve decolar para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) no dia 16 de dezembro. Foto: Reuters

Nave Soyuz TMA-20 deve decolar para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) no dia 16 de dezembro

Imagem divulgada nesta terça-feira mostra padre ortodoxo russo benzendo a nave Soyuz TMA-20, em sua base de lançamento em Baikonur, no Cazaquistão.

O grupo formado pela astronauta da Nasa - a agência espacial americana - Catherine Coleman, pelos cosmonauta russo Dmitry Kondratyev e pelo astronauta da ESA - agência espacial europeia - Paolo Nespoli deve decolar para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) no dia 16 de dezembro.

Sonda Voyager chega perto da fronteira do Sistema Solar

A sonda foi lançada há 33 anos, e agora está a 17,4 bilhões de km da Terra. Foto: BBC Brasil

A sonda foi lançada há 33 anos, e agora está a 17,4 bilhões de km da Terra

A sonda espacial Voyager 1, lançada há 33 anos, está perto da fronteira do Sistema Solar. A 17,4 bilhões de km de casa, a sonda é o objeto feito pelo homem mais distante da Terra e começou a identificar uma mudança nítida no fluxo de partículas à sua volta.

Estas partículas, emanadas pelo Sol, não estão mais se dirigindo para fora e sim se movimentando lateralmente. Isso significa que a Voyager deve estar muito perto de dar o salto para o espaço interestelar - o espaço entre as estrelas.

Edward Stone, cientista do projeto Voyager, elogiou a sonda e as incríveis descobertas que ela continua enviando à Terra. "Quando a Voyager foi lançada, a era espacial tinha apenas 20 anos de idade, então não era possível prever que uma sonda espacial pudesse durar tanto tempo", disse ele. "Não tínhamos ideia do quanto teríamos que viajar para sair do Sistema Solar. Sabemos agora que em aproximadamente cinco anos devemos estar fora do Sistema Solar pela primeira vez", completou.

'Partículas carregadas'
A Voyager 1 foi lançada no dia 5 de setembro de 1977, enquanto sua sonda gêmea, a Voyager 2, foi enviada ao espaço pouco antes, em 20 de agosto de 1977. O objetivo inicial da Nasa era inspecionar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, uma tarefa concluída em 1989.

As sondas gêmeas foram então enviadas na direção do centro da Via Láctea. Abastecidos por suas fontes radioativas de energia, os instrumentos das sondas continuam funcionando bem e enviando informações à Terra, apesar de que a vasta distância envolvida significa que uma mensagem de rádio precisa viajar cerca de 16 horas.

As últimas descobertas vêm do detector de partículas de baixa energia da Voyager 1, que tem monitorado a velocidade dos ventos solares. Esta corrente de partículas carregadas forma uma bolha em torno do nosso Sistema Solar conhecido como heliosfera. Os ventos viajam a uma velocidade "supersônica" até cruzar uma onda de choque no encontro com as partículas interestelares.

Nesse ponto, o vento reduz sua velocidade dramaticamente, gerando calor. A Voyager determinou que a velocidade do vento em sua localização chegou agora a zero.

Corrida
"Chegamos ao ponto em que o vento solar, que até agora tinha um movimento para fora, não está mais se movendo para fora; está apenas de movendo lateralmente para depois acabar descendo pelo rabo da heliosfera, que é um objeto com forma de cometa", disse Stone, que é baseado no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

O fenômeno é a consequência do vento indo de encontro à matéria vinda de outras estrelas. A fronteira entre os dois é o fim "oficial" do Sistema Solar, a heliopausa. Uma vez que a Voyager passar por isso, estará no espaço interestelar.

Os primeiros sinais de que a Voyager havia encontrado algo novo apareceram em junho. Vários meses de coleta de novos dados foram necessários para confirmar a observação.

"Quando percebi que estávamos recebendo zeros definitivos, fiquei maravilhado", disse Rob Decker, um pesquisador da Universidade Johns Hopkins que trabalha com o detector de partículas de baixa energia da Voyager. "Ali estava a Voyager, uma sonda espacial que tem sido um burro de carga há 33 anos, nos mostrando algo completamente novo mais uma vez", completou Decker.

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Fotógrafo retrata intensificação da aurora boreal

Fotógrafo islandês Orvar Thorgiersson está registrando a evolução do fenômeno aurora boreal. Foto: Orvar Atli Thorgiersson/Barcroft Media /BBC Brasil

Fotógrafo islandês Orvar Thorgiersson está registrando a evolução do fenômeno aurora boreal

A aurora boreal, fenômeno luminoso que ocorre no pólo Norte, geralmente na época dos equinócios, está se intensificando desde 2007 e deve atingir o ápice de luminosidade em 2012, segundo a Nasa - a agência espacial americana.

O fenômeno é causado pelos ventos solares que carregam um fluxo contínuo de partículas elétricas liberadas pelas explosões que ocorrem na superfície do Sol. Quando estas partículas atingem os campos magnéticos da Terra algumas ficam retidas provocando a luminosidade intensa pela liberação de energia ocorrida com a colisão destas partículas com as moléculas e átomos presentes na atmosfera.

O fotógrafo islandês Orvar Thorgiersson, 35, está registrando a evolução do fenômeno. "Agora há dias em que as luzes são tão claras que você pode ler um livro à noite. Elas são mais claras que a lua", diz.

O evento será causado pelo máximo solar, período em que o campo magnético no equador do sol roda num ritmo ligeiramente superior ao dos seus pólos. O ciclo solar leva em média 11 anos entre um máximo solar e o outro. O último máximo solar ocorreu em 2000. Segundo a Nasa, o próximo, que ocorrerá em 2012, deve ser o maior desde 1958, quando a aurora boreal surpreendeu os habitantes do México com três ocorrências.

Em 2012, espera-se que as luzes da aurora possam ser vistas até a latitude de Roma. No entanto, caso seja de fato tão intenso, o fenômeno poderá causar problemas a telefones celulares e sistemas de GPS pela liberação de energia num grau mais elevado.

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domingo, 12 de dezembro de 2010

MA: foguete brasileiro é lançado de Alcântara com sucesso

O foguete VSB-30 foi lançado às 12h35 deste domingo do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Foto: Divulgação

O foguete VSB-30 foi lançado às 12h35 deste domingo do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão

O foguete VSB-30 foi lançado às 12h35 deste domingo do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. A missão, segundo o CLA, foi um sucesso. Além disso, a carga útil do foguete foi recuperada, finalizando a Operação Maracati II. No dia 6 de dezembro, o foguete Orion V03 havia sido lançado, o que permitiu o lançamento do VSB-30 neste domingo.

Conforme o CLA, o foguete VSB-30 atingiu 241,9 km em seu apogeu e transportou 10 experimentos de centros de pesquisas, universidades e alunos do ensino fundamental que integram os programas desenvolvidos pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Os experimentos foram testados no ambiente de microgravidade, encontrado a partir de 100 km de altura.

Após o lançamento do foguete, a carga útil dele foi recuperada quando os experimentos caíram no mar e foram resgatados por helicópteros da Aeronáutica. Eles serão levados ao CLA e os resultados dos testes, feitos em ambientes de microgravidade, serão conhecidos posteriormente.

Irã planeja construção de 2ª plataforma de lançamento de satélites

O Irã iniciou um projeto para a construção de uma segunda plataforma de lançamento capaz de enviar satélites ao espaço, revelou o ministro de Tecnologia e Telecomunicações iraniano, Reza Taqipour.

"Já foram iniciados os estudos para saber qual é o lugar mais adequado. Com ela (a plataforma), o Irã abrigará no futuro as estações de controle de satélites de outros países da região", explicou o ministro, citado neste domingo pela agência de notícias local "Mehr".

Teerã inaugurou em 2008 seu primeiro centro aeroespacial, desde que naquele mesmo ano lançou seu primeiro foguete, o Explorer-1.

Em 2009, o país pôs em órbita seu primeiro satélite de fabricação nacional, o Omid, um pequeno aparelho de telecomunicações que girou em torno da Terra durante dois meses. Além disso, Teerã anunciou o início de um ambicioso projeto para enviar um astronauta ao espaço em 2020.

"Atualmente, existe um centro espacial no país, mas tem algumas limitações geográficas para enviar satélites ao espaço. Por isso, foram iniciados estudos para ter uma segunda localização", explicou Taqipour.

A estação estará capacitada para lançar satélites que orbitam perto do planeta, disse o ministro.

O desenvolvimento espacial iraniano é observado com suspeita pelo Ocidente, já que se teme que o programa iraniano para lançar satélites sirva também para aplicações bélicas, como a propulsão de mísseis balísticos.

EFE
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