quarta-feira, 31 de março de 2010

ESO divulga imagem de nebulosa pouco conhecida

No lado direito da imagem, o gás quente de hidrogênio é iluminado por uma estrela azul chamada V391 Velorum Foto: ESO/Divulgação

No lado direito da imagem, o gás quente de hidrogênio é iluminado por uma estrela azul chamada V391 Velorum

O observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), divulgou nesta quarta-feira, dia 31, a imagem de uma nebulosa pouco conhecida, a Gum 19, que no infravermelho aparece escura em uma metade, e brilhante na outra. Em um dos lados, o gás quente de hidrogênio é iluminado por uma estrela azul chamada V391 Velorum.

Novas estrelas encontram-se em formação no interior da faixa de matéria luminosa e escura. Depois de muitos milênios, estas novas estrelas, juntamente com a explosão final de V391 Velorum como supernova, irão provavelmente alterar a atual aparência de Gum 19. Gum 19 está situada na direção da constelação de Vela a uma distância de aproximadamente 22 000 anos-luz.

As nebulosas são nuvens de poeira, hidrogênio e plasma, com intensa formação de estrelas, e podem ter vários formatos e cores.

Sonda fotografa cratera na superfície de "Estrela da Morte"

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira uma imagem em alta resolução de Herschel, possivelmente a maior cratera da lua Mimas, conhecida como "Estrela da Morte" de Saturno pela semelhança com a nave da saga 'Star Wars'. A cratera fotografada pela sonda espacial Cassini é uma depressão gigante com 130 km de diâmetro por 9 de profundidade - o que corresponde a um terço do diâmetro de Mimas, que é de 397,2 km.

Um mapa de temperatura com a maior resolução já obtida de Mimas, divulgado nesta terça, também rendeu outra comparação. A imagem lembra o jogo 'Pac-Man', game clássico dos anos 80, prestes a devorar algo pelo caminho.

A Cassini detectou sutis variações de cores no interior e ao redor do terreno da cratera, apesar da origem dessas diferenças ainda não ter sido identificada. Os cientistas acreditam que variações na composição química entre os dois terrenos causam o efeito na superfície. A cor natural de Mimas, visível ao olho humano, é cinza ou amarelada.

A cratera foi fotografada durante um sobrevoo em 13 de fevereiro de 2010, quando a Cassini chegou a uma distância de apenas 10 mil km de Mimas. O satélite assim foi batizado em homenagem ao astrônomo William Herschel, que o descobriu em 18 de junho de 1789.

terça-feira, 30 de março de 2010

Recriação do mini Big Bang abre nova era para a física moderna

Os cientistas do Laboratório Europeu de Física Nuclear (Cern) conseguiram hoje acelerar feixes de prótons ao nível recorde de 7 TeV (teraeletrovolts) e, assim, reproduzir um mini Big Bang, como é conhecido o instante que marcou a criação do universo.

O experimento, só possível graças ao Grande Colisor de Hádrons (LHC) - o acelerador de 27 quilômetros de circunferência localizado 100 metros abaixo da fronteira entre a França e a Suíça -, marca o início do programa de pesquisas desta potente máquina.

Os choques de prótons alcançados a uma energia 3,5 vezes maior que a conseguida em outros aceleradores permitirão à comunidade científica mundial obter uma enorme quantidade de informações e respostas para os enigmas do Universo e da matéria, segundo especialistas.

Após duas tentativas frustradas nesta mesma terça-feira, nas quais os protóns injetados no acelerador não colidiram, os quatro detectores gigantes do colisor - Atlas, Alice, CMA e LHCb -, posicionados em diferentes pontos da gigante circunferência, começaram a registrar os choques.

O diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, se disse contente e entusiasmado com o que chamou de de "princípio de uma nova era para a física moderna", segundo declarações transmitidas diretamente do Japão.

"Com esta experiência, abre-se uma janela para a obtenção de novos conhecimentos sobre o Universo e o microcosmos. Mas isto não será imediato", destacou o cientista.

Na opinião de Heuer, as possibilidades oferecidas agora pelo acelerador são tais que, nos dois anos em que o colisor for mantido a 7 TeV, "será possível obter dados sobre a composição de aproximadamente um quarto do Universo", ao passo que, atualmente, a física só conhece 4% do cosmos.

Após a bem-sucedida experiência, a alegria dos cientistas nas salas de controle dos quatro detectores era visível.

"É impressionante o fato de o detector conseguir registrar as colisões e também mostrá-las em questão de segundos", disse à Agência Efe o espanhol Juan Alcaraz, pesquisador do Cimat (Centro de Pesquisa Interdisciplinar Avançada em Ciências dos Materiais) e um dos coordenadores do detector CMS.

"Sabíamos que era capaz de registrar as colisões, mas vê-las é magnífico. Agora, o que nos preocupa é que a máquina funcione corretamente. E isso veremos nos próximos dias", acrescentou, explicando que agora começará a coleta de dados e informações fornecidas pelo mini Big Bang recriado.

"Agora começa a busca pela matéria escura, por novas forças, novas dimensões e pelo bosão de Higgs", disse a porta-voz do detector Atlas, Fabiola Gianotti.

Essa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 30 anos previu sua existência, é considerada indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre si.

"Temos um grande programa de pesquisa pela frente para explorar a natureza da assimetria matéria-antimatéria mais profundamente", afirmou, por sua vez, o porta-voz do detector LHCb, Andrei Golutvin.

O desafio agora é repetir essas colisões com cada vez mais feixes de partículas e mantar os detectores coletando e armazenando dados, os quais serão analisados por dois anos, até a interrupção do funcionamento do acelerador pelo período de um ano.

Só depois, quando o LHC for revisado, os cientistas tentarão elevar a acelaração dos feixes de partículas a 14 TeV, a potência máxima que o colisor pode alcançar e que é ainda mais próxima da da criação do Universo.

EFE
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Físicos fazem colisões inéditas na "máquina do big-bang"

Físicos do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) obtiveram na terça-feira colisões de alta energia com partículas subatômicas, como parte de seus experimentos para recriar em menor escala o big-bang, grande explosão fundamental que deu origem ao Universo, 13,7 bilhões de anos atrás.

A experiência, que bate um recorde em termos de energia relacionada às partículas subatômicas, permitirá que os cientistas examinem a natureza da matéria e a origem de estrelas e planetas.

"Este é um grande feito. Estamos indo aonde ninguém jamais esteve antes. Abrimos um novo território para a física", disse à Reuters Oliver Buchmueller, um dos principais nomes desse projeto de 9,4 bilhões de dólares.

As colisões ocorreram com uma energia total de 7 bilhões de bilhões de elétron-volts (eV), a uma nanofração de segundo mais lenta que a velocidade da luz, dentro do Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), túnel circular de 27 quilômetros sob a fronteira franco-suíça, a cerca de 100 metros de profundidade.

Após um funcionamento-teste sem problemas durante a noite, os físicos notaram um pequeno defeito. Por isso, suspenderam por algumas horas as colisões de partículas com menor energia, que é o foco desta que é a maior experiência científica da história.

Os problemas surgiram ao amanhecer, na hora em que feixes de partículas eram injetados na máquina, mas funcionários do Cern rapidamente negaram que o defeito fosse uma repetição do grave incidente de setembro de 2008, que destruiu parte da máquina e adiou para agora o lançamento completo do projeto.

Nos próximos meses e anos, cientistas do Cern esperam descobrir no LHC alguns dos maiores mistérios do cosmos - como a matéria se transformou em massa depois do big-bang, e o que é a matéria escura, invisível, que compõem talvez um quarto do universo.

Reuters
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Os aplausos foram intensos nas salas de controle quando os  detectores do Grande Colisor de Hadrons (LHC) marcaram o choque de  partículas  Foto: AFP

Os aplausos foram intensos nas salas de controle quando os detectores do Grande Colisor de Hadrons (LHC) marcaram o choque de partículas

Cientistas responsáveis pelo maior colisor de partículas do mundo (o LHC) informaram nesta terça-feira que conseguiram desencadear choques de prótons geradores de uma energia recorde, com o objetivo de recriar condições similares às do Big Bang, a grande explosão que deu origem ao universo.

"Isto é física em ação, o início de uma nova era, com colisões de 7 TeV (tera eletron volts)", disse Paola Catapano, cientista e porta-voz do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), de Genebra, ao anunciar o experimento.

Os aplausos foram intensos nas salas de controle quando os detectores do Grande Colisor de Hadrons (LHC) marcaram o choque de partículas subatômicas a uma velocidade próxima à da luz.

O maior experimento científico do mundo consiste em colidir partículas no nível mais alto de energia já tentado, recriando as condições presentes no momento do Big Bang, que teria marcado o nascimento do universo, 13,7 bilhões de anos atrás.

O Grande Colisor de Hádrons (LHC), situado em um túnel subterrâneo circular de 27 quilômetros de extensão sob a fronteiro franco-suíça, começou a circular partículas em novembro passado, depois de ser fechado em setembro de 2008 por causa de superaquecimento.

Uma vez estabelecidas as colisões em alta velocidade, o plano é continuar operando continuamente por 18 a 24 meses, com uma curta pausa técnica no final de 2010, disse o CERN.

De acordo com representantes do conselho, é possível que seja detectada matéria escura, que os cientistas acreditam que compõe 25% do universo mas cuja existência nunca foi comprovada.

Astrônomos e físicos dizem que apenas 5% do universo é conhecido hoje e que o restante invisível consiste de matéria escura e energia escura, que compõem respectivamente 25% e 70% do universo.

"Se conseguirmos detectar e entender a matéria escura, nosso conhecimento vai se ampliar para abranger 30% do universo, o que seria um avanço enorme", disse Heuer em coletiva de imprensa no início do mês.

Com agências internacionais

Mapa de temperatura de lua de Saturno lembra Pac-Man

Em vez das esperadas temperaturas variando suavemente, este lado  de Mimas é dividido em uma parte quente (à esquerda) e uma parte fria (à  direita) Foto: Nasa/Divulgação

Em vez das esperadas temperaturas variando suavemente, este lado de Mimas é dividido em uma parte quente (à esquerda) e uma parte fria (à direita)

Um mapa de temperatura com a maior resolução já obtida de Mimas, uma das luas de Saturno, surpreendeu os cientistas da Nasa, agência espacial americana. A imagem, captada pela sonda espacial Cassini, lembra o jogo 'Pac-Man', game clássico dos anos 80, prestes a devorar algo pelo caminho.

A outra imagem à esquerda, que mostra o satélite em seu estado normal, também recebeu comparações por parte dos cientistas. Mimas foi batizada pelos astrônomos de "Estrela da Morte", nave da saga 'Star Wars', que também possui uma espécie de grande cratera.

As temperaturas em Mimas variam suavemente, segundo os pesquisadores. Mimas é dividida em uma parte quente (à esquerda) e uma parte fria (à direita). As temperaturas mais altas (em amarelo) são esperadas para ocorrer depois do meio-dia, no início da tarde.

Os dados foram obtidos pela sonda Cassini em 13 de fevereiro de 2010. A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo da Nasa, da Agência Espacial Europeia e Agência Espacial Italiana.

Problema com feixes de prótons adia funcionamento do LHC

O Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider, em inglês), que deveria voltar à ativa nesta terça, teve funcionamento adiado por problemas na preparação dos primeiros feixes de partículas. Os cientistas que trabalham naquele que é considerado um dos maiores experimentos científicos da história afirmaram que problemas com os feixes teriam provocado o mal-funcionamento da preparação, obrigando-os a retirar os prótons do colisor e injetar novas vigas. Os cientistas do centro de pesquisa Cern começarão na terça-feira a promover colisões de partículas a energia muito elevada e a velocidade próxima à da luz a fim de criar miniversões do Big Bang, evento que deu origem ao universo.

"É uma máquina muito complicada, que tem altos e baixos", disse o cientista do Laboratório Lawrence Berkeley, Michael Barnett. "Agora, estamos em um dos pontos baixos". Dois feixes de prótons começaram a ser acelerados em direções opostas sob alta energia há 10 dias, no túnel de 27 km do acelerador, que está instalado em Genebra. As vigas foram empurradas a uma voltagem de 2,5 trilhões de elétrons nos últimos dias, o maior volume de energia recebido por qualquer acelerador físico e três vezes maior que o recorde anterior.

A Organização Européia de Pesquisa Nuclear (CERN) está tentando usar o supercondutor para fazer com que os dois feixes se cruzem, criando colisões e chuvas de partículas. Teoricamente, o experimento deveria ser bem sucedido imediatamente, mas problemas podem adiar o funcionamento do colisor por dias. Quando as colisões se tornarem rotina, a previsão é que as vigas recebem centenas de bilhões de prótons, mas as partículas são tão pequenas que apenas algumas poucas deverão colidir em cada cruzamento.

O diretor do CERN de aceleradores e tecnologia, Steve Myers, afirmou que o desafio de alinhar os feixes seria como "atirar agulhas através do Oceano Atlântico e fazer com que elas colidam no meio do caminho". Os problemas no início do procedimento nesta terça começaram com uma fonte de energia que teve de ser reiniciada. "Na segunda vez, o sistema designado para proteger a máquina desligou sozinho, por uma provável leitura errada do sistema", disse Michael Barnett.

Com informações da AP.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Cientistas procuram matéria escura em projeto do "Big Bang"

Os cientistas do centro de pesquisa Cern começarão na terça-feira a promover colisões de partículas a energia muito elevada e a velocidade próxima à da luz a fim de criar miniversões do Big Bang, evento que deu origem ao universo. "Estamos abrindo as portas à Nova Física, a um novo período de descobertas na história da humanidade", disse Rolf Dieter Heuer, diretor geral do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), localizado na fronteira entre a França e a Suíça, perto de Genebra.

Na manhã de terça-feira, feixes de partículas começarão a circular em direções opostas no túnel oval de 27 km do Grande Colisor de Hádrons, ou LHC na sigla em inglês, a uma energia de 3,5 tera-elétron volts (TeV), ou 3,5 trilhões de elétron volts. Quando as partículas colidirem umas com as outras, cada colisão criará uma explosão que permitirá que milhares de cientistas vinculados ao projeto em todo o mundo rastreiem e analisem o que aconteceu um nanossegundo depois do verdadeiro Big Bang, 13,7 bilhões de anos atrás.

O Cern reativou o LHC em novembro, depois de paralisá-lo nove dias depois do lançamento inicial, em setembro de 2008, quando a máquina se superaqueceu devido a problemas no cabo supercondutor que conecta dois ímãs de refrigeração. Os cientistas esperam que a grande experiência lance luz sobre mistérios importantes do cosmos, como a origem das estrelas e dos planetas e o que exatamente é a matéria escura.

Com o tempo, especialmente depois de 2013, quando a energia do feixe subirá a 7 TeV, com poder de impacto de 14 TeV, o LHC, uma construção subterrânea, deve gerar bilhões de colisões, propiciando um vasto volume de dados sobre a detonação primordial e aquilo que aconteceu depois.

Mas pode demorar horas ou até mesmo dias antes que aconteçam as primeiras colisões na maior experiência científica do mundo.

"Alinhar os feixes já é um grande desafio; é como disparar agulhas dos dois lados do Atlântico e esperar que elas colidam de frente no meio do caminho", disse Steve Myers, diretor de aceleradores e tecnologia do Cern. Os físicos estão se concentrando na identificação do bóson de Higgs - a partícula que recebeu o nome do professor escocês Peter Higgs, que três décadas atrás sugeriu que algo como ela torna possível a conversão da matéria criada no Big Bang em massa.

Tentativas anteriores de encontrar a partícula fracassaram. Segundo os físicos, a presença dela no cosmos permitiu que os escombros gasosos após o Big Bang se transformassem em galáxias, com estrelas e planetas como a Terra. Os cientistas do CERN também esperam encontrar evidência concreta da matéria escura, que acredita-se ser responsável por cerca de 25 por cento do Universo.

Os pesquisadores, no decorrer dos estudos no LHC, também esperam encontrar prova real da existência da energia escura, que representa os cerca de 70% restantes do cosmos. Mas o experimento também pode ingressar no mundo da ficção científica, uma vez que as previsões de muitos cosmologistas, apontam para a existência de outros universos paralelos e de dimensões além das cinco conhecidas, além de se vislumbrar o que havia antes do Big Bang.

Reuters
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Nasa cria pôsteres inspirados em filmes de Hollywood

A vida imitou a arte no departamento que cria os pôsteres de divulgação das missões e expedições da Nasa. Alguns anos atrás, a equipe de designers da agência espacial americana criou um cartaz diferente dos convencionais para divulgar uma de suas missões, a expedição 16, lançada em outubro de 2007.

O cartaz da expedição, que levou três astronautas à estação Espacial Internacional, foi baseado no pôster do filme de ficção científica Matrix. Os pôsteres da Nasa têm o objetivo de divulgar as missões e os astronautas que nelas tomam parte, mas eles costumavam ser bastante tradicionais, sem grandes atrativos. Mas o pôster inspirado no filme Matrix deu tão certo que a ideia acabou vingando.

Um dos artistas que trabalhou para a Nasa e produziu alguns dos pôsteres, Amy Gish, disse ao site Gizmodo que seus colegas passaram a ter mais liberdade na hora da criação, e que os astronautas também ganharam com a novidade.

"A maioria das tripulações se divertem posando para os pôsteres - acredito que, provavelmente, seja uma folguinha de todo o treinamento sério que eles têm que fazer para as missões", disse ele.

Entre os cartazes, há pôsteres inspirados em filmes da série Jornada nas Estrelas, Armageddon e Onze Homens e um Segredo. Alguns dos cartazes também foram inspirados em histórias em quadrinhos.

BBC Brasil
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sábado, 27 de março de 2010

SP, Rio e mais 71 cidades se unem à Hora do Planeta

A ponte Estaiada, em São Paulo, foi um dos locais que ficou no escuro Foto: Rahel Patrasso/Futura Press

A ponte Estaiada, em São Paulo, foi um dos locais que ficou no escuro

O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Teatro Amazonas de Manaus foram alguns dos pontos turísticos que em 72 cidades do País se somaram à Hora do Planeta e apagaram as luzes como protesto pacífico contra o aquecimento global. O blecaute voluntário em vários pontos do Brasil aconteceu entre as 20h30 e 21h30, em resposta a uma iniciativa promovida em 117 países pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).

No Rio de Janeiro, as praias de Ipanema e Copacabana foram outros dos lugares onde as luzes foram apagadas, enquanto no Jardim Botânico, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, liderou o principal ato do dia.

Os mercados Ver-o-Peso e de São Brás em Belém; a ponte Água Estaiada, o estádio do Pacaembu e o Parque do Ibirapuera em São Paulo; e o Congresso Nacional em Brasília também participaram da jornada que incluiu 19 das 27 capitais brasileiras. Os principais pontos turísticos do Brasil se uniram a outros de referência mundial.

"É uma hora por ano em que se sugere que os cidadãos manifestem sua preocupação em relação às mudanças climáticas. É um momento para dizer em alto e bom tom às autoridades, às empresas e à vizinhança que estamos atentos", disse o superintendente de Conservação para Programas Regionais do WWF Brasil, Claudio Maretti.

No Brasil, participaram da iniciativa, entre outras empresas: Carrefour, Vivo, Unilever, Banco Santander, Mac Donnald''s, Banco do Brasil, Telefônica e Grupo Pão de Açúcar.

A Hora do Planeta, que está esperando este ano a adesão de um bilhão de pessoas no mundo todo, surgiu na Austrália em 2007, e o Brasil participa desde a edição anterior. Em outros lugares do mundo o evento também teve certa repercussão. As pirâmides, entre outros lugares famosos do Egito, foram o destaque da Hora do Planeta no país.

Na hora indicada, as luzes que iluminam as pirâmides e a esfinge, ao sudoeste do Cairo, se apagaram, da mesma forma que outros lugares como a Cidade de Saladino, segundo as imagens divulgadas pela televisão egípcia.

Os monumentos mais famosos de Lisboa e Porto, as principais cidades de Portugal, e outros 20 municípios do país também se somaram ao blecaute mundial. O Mosteiro dos Jerônimos, a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, em Lisboa; o Mercado do Bolhão, Clérigos e Sé e as pontes Dom Luís e Dona Maria, no Porto; e o Convento de Cristo de Tomar (centro do país) ficaram uma hora às escuras.

Na Alemanha, alguns dos monumentos mais emblemáticos de Berlim, como o Portão de Brandeburgo e a Prefeitura Vermelha, se somaram ao evento mundial. Várias centenas de pessoas assistiram ao blecaute da Porta da Pariser Platz.

Na Espanha, prédios emblemáticos da geografia local apagaram suas luzes. O palácio da Alhambra de Granada, a Mesquita de Córdoba e a Giralda de Sevilha foram alguns dos exemplos de arte muçulmana do sul da Espanha que ficaram no escuro, na iniciativa também seguida pela fonte de Cibeles e a Porta de Alcalá, em Madri, e a torre Agbar, de Barcelona.

A Torre Eiffel, em Paris, junto com 240 monumentos e edifícios emblemáticos da capital francesa, também participou do evento. O principal ponto turístico francês permaneceu apagado por apenas cinco minutos, conforme comunicado da Prefeitura de Paris, embora na sua base tenham sido acesas 1,6 mil velas colocadas em forma de "60", em referência aos minutos que durou a iniciativa.

Na Itália, o ator e diretor de cinema italiano Ricky Tognazzi acionou o botão para deixar no escuro a Fonte di Trevi de Roma, perante a surpresa de turistas que receberam uma lição improvisada de astronomia por especialistas do planetário da cidade. A iniciativa também deixou o Coliseu romano e a cúpula da Basílica de São Pedro no Vaticano apagados.

EFE
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Pontos turíticos mundiais desligam luzes na Hora do Planeta

As luzes da Fonte de Trevi, em Roma, na Itália, são desligadas Foto: AFP

As luzes da Fonte de Trevi, em Roma, na Itália, são desligadas

As Pirâmides e a Esfinge do Egito, a Torre Eiffel e o Palácio do Eliseu em Paris, a Fontana di Trevi em Roma, o Burj Khalifa de Dubai, depois da Ópera de Sydney, da orla de Hong Kong e do Memorial de Hiroshima, foram pouco a pouco sendo mergulhados na escuridão neste sábado para a campanha mundial Hora do Planeta, destinada a promover a luta contra o aquecimento global.

No Egito, o planalto de Guizé que abriga três pirâmides e a Esfinge, assim como a Cidadela do Cairo, com a cúpula da Mesquita de Mohamed Ali, ficaram sem qualquer iluminação, dando por um breve momento à Cidade dos Mil Minaretes ares fantasmagóricos.

Em Paris, o Palácio do Eliseu e mais de 240 monumentos e prédios públicos, entre eles a catedral de Notre Dame, apagaram suas luzes durante uma hora e a Torre Eiffel ficou às escuras por cinco minutos.

Em Roma, a Fontana di Trevi, tradicional ponto de encontro de casais apaixonados que jogam moedas para retornarem à Cidade Eterna, ficou sem luz depois que o ator Ricky Tognazzi e Fulco Pratesi, presidente de honra do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) acionaram simbolicamente um grande interruptor diante da fonte.

Em Dubai, várias pessoas formaram, cada uma com uma lanterna pequena, uma longa linha luminosa na beira do mar enquanto a capital comercial do Golfo, com sua torre Burj Khalifa, a mais alta do mundo, mergulhava na escuridão.

Em Sydney, onde as sirenes das embarcações do porto de Sydney deram o sinal para o início do apagão às 20h30 local (6h30 de Brasília), os prédios comerciais e milhões de lares australianos ficaram sem luz.

Neste ano, cerca de 4 mil cidades em 125 países, contra 88 no ano passado, participam da iniciativa organizada pelo WWF, um número recorde de participantes alguns meses depois da Cúpula do Clima da ONU de Copenhague, que registrou resultados decepcionantes.

Entre os 1,2 mil monumentos que devem ficar sem luz durante uma hora estão a Torre de Pisa, na Itália, a catedral de Saint Paul, em Londres, e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Na China, o desaparecimento da Cidade Proibida e do "Ninho de Pássaro", estádio emblemático dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, tiveram um aspecto particularmente simbólico nesse país que se tornou o maior poluidor do planeta devido a um crescimento econômico acelerado.

Três horas antes de Sydney, o pequeno arquipélago neozelandês das ilhas Chatham desligou discretamente seus geradores, deixando apenas doze locais públicos iluminados.

Logo depois, foi a vez da floresta de néons da orla de Hong Kong, dos edifícios de Jacarta, Seul e Tóquio. Dezenas de estudantes acenderam velas e aplaudiram quando as luzes se apagaram no Memorial da Paz de Hiroshima, um dos poucos edifícios que permaneceram de pé após o ataque americano com a bomba atômica que destruiu a cidade em 1945.

A escuridão deverá também tomar conta de famosos locais e monumentos dos Estados Unidos como o Mont Rushmore, o Empire State, a Golden Gate Bridge de San Francisco, ou a "Strip" de Las Vegas, onde estão localizados os cassinos. A campanha mundial deve terminar 24 horas depois, nas ilhas Samoa.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou nesta sexta-feira que a campanha era "ao mesmo tempo uma advertência e uma luz de esperança". "As mudanças climáticas são um assunto preocupante para cada um de nós. As soluções estão em nossas mãos e prontas para serem aplicadas pelos indivíduos, pelas comunidades, pelas empresas e pelos governos em todo o mundo", afirmou.

Esta iniciativa, adotada pela primeira vez em Sydney em 2007, ocorre três meses depois do fracasso da Cúpula do Clima de Copenhague. Um acordo mínimo fixa como objetivo limitar a dois graus o aumento médio da temperatura do planeta, mas permanece muito superficial sobre os meios de alcançá-lo, não estabelecendo números de curto prazo (2020) ou médio prazo (2050).

Os grandes países emergentes, como a China e a Índia, se opõem a qualquer tentativa de serem incluídos dentro de metas de redução de lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera.

AFP
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Ilhas do Pacífico apagam luzes e iniciam Hora do Planeta

As remotas ilhas Chatham, no Pacífico, deram início neste sábado à campanha mundial Hora do Planeta, que busca chamar a atenção para a luta contra a mudança climática.

Os 600 habitantes das pequenas ilhas, que marcam o início do ciclo horário, apagaram seus geradores a diesel para participar da iniciativa, impulsionada pela ONG WWF.

Sydney foi a primeira grande cidade a se somar à iniciativa ecológica, ao apagar as luzes de pontos famosos como a Casa da Ópera entre 20h30 e 21h30, a faixa horária escolhida para o apagão mundial.

Em seguida, também apagaram as luzes de pontos simbólicos Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul e China.

EFE
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Conheça as 11 luas mais estranhas do Sistema Solar

A Lua terrestre era vista de forma diferente com instrumentos antigos Foto: NewScientist/Divulgação

Há 400 anos, a única lua conhecida, o próprio satélite da Terra, era vista com uma aparência enferrujada por causa dos instrumentos pouco tecnológicos da época

As luas podem se curvar aos planetas que orbitam quando se fala em tamanho, mas muitas vezes elas acabam se tornando protagonistas pela beleza e diversidade. Existem tantas luas no Sistema Solar que o número supera de vinte pra uma. Há satélites consolidados como Titã (maior lua de Saturno) e outros com refúgios possíveis para seres vivos como Europa (lua de Júpiter). Conheça abaixo as onze luas mais estranhas do Sistema Solar, escolhidas pelo pesquisador Stephen Battersby e divulgadas pelo site científico New Scientist:

Io
Uma das quatro grandes luas de Júpiter, Io é conhecida como o "fogo do inferno" do Sistema Solar devido às fossas sulfurosas, intensa radiação e constantes erupções vulcânicas. Além de ser um pouco maior que a Lua (da Terra), Io também é o quarto maior satélite do Sistema Solar.

Seus vulcões atingem temperaturas próximas a 1.700°C, cuspindo 100 vezes mais lava do que todos os vulcões da Terra podem reunir. A aparência estranha - branco, vermelho, laranja, amarelo e preto - é causa pela grande liberação de compostos de enxofre que também ocorrem durante as erupções.

Jápeto
Jápeto, a terceira maior lua de Saturno, se apresenta como excêntrica por possuir dois tons de cores: meio escuro e meio branco brilhante. Ainda por cima, com com 1.436,0 km de diâmetro, o satélite também é achatado nos pólos e nos. Uma crista que percorre incompleta o seu equador dá-lhe a aparência de uma casca de noz.

O hemisfério que conduz a rotação de Jápeto é extremamente escuro, refletindo apenas uma pequena parcela de luz solar incidente, enquanto que o hemisfério contrário é muito mais efetivo. Por isso, Jápeto é conhecido como corpo celeste com maior variação de brilho do Sistema Solar.

Europa e Encélado
As geladas e aparentemente desoladoras superfícies de Europa, uma das quatro luas de Júpiter, e Encélado, o menor dos satélites naturais de Saturno (tem 498,8 km de diâmetro), são de fato uma das paisagens mais ativas do Sistema Solar. E podem até conter habitats acolhedores para seres vivos.

Europa é coberta por uma crosta de gelo rachada que se assemelha ao Ártico na Terra. Seu núcleo rochoso, no entanto, é aquecido pelo calor das marés, um resultado da mudança de tração gravitacional de Júpiter. Isso, provavelmente, gera calor suficiente para manter um oceano abaixo da superfície congelada de Europa. É, junto com Marte, o local mais provável onde os cientistas acreditam que possa haver vida extraterrestre.

Bola de neve de Saturno, Encélado é muito violenta. Um conjunto de gêiseres cria explosões de vapor e cristais de gelo. Quando retorna à superfície, o material expelido cai como neve, formando um revestimento brilhante de inverno que torna branco o objeto no sistema solar. A temperatura é de cerca de -198 °C, mais fria que as outras luas de Saturno, porque reflete praticamente toda a luz recebida pelo Sol. No ano passado, pesquisadores confirmaram a existência de um oceano de água salgada na altura da calota de gelo do polo sul do satélite.

Pan e Atlas
A maioria das luas são redondas e lisas, ou pedaços irregulares de rocha espacial. Pan e Atlas, ambas de Saturno, por outro lado, possuem formatos semelhantes ao de discos voadores e orbitam dentro de um dos aneis do planeta, o anel A. Atlas possui um tamanho de quase 40 km de altura por 20 km de largura, enquanto Pan tem medições aproximadas de 35 km por 23 km.

Nereida
Enquanto a maioria das luas suavemente círcunda planetas, Nereida é muito diferente. Este satélite de Netuno moderadamente irregular e medíocre de tamanho (cerca de 340 km), viaja na órbita mais excêntrica de uma lua no sistema solar - uma montanha-russa que a faz subir mais de 9 milhões de quilômetros para depois mergulhar 1,4 milhões de quilômetros na direção de Netuno.

Titã
Titã, maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar, também supera em diâmetro o planeta Mercúrio e a Lua da Terra - Titã é uma vez e meio maior. É talvez a mais estranha de todas as luas porque é tão estranhamente familiar à Terra: também conta com lagos, montanhas e cavernas, vales fluviais, planícies de lama e dunas de deserto. A espessa atmosfera de nitrogênio detém névoa, poluição e nuvens de chuva.

No entanto, as aparências podem enganar. Titã está 10 vezes mais longe do Sol do que a Terra e, sob uma luz fraca, sua superfície tem temperaturas de -180 °C.

Lua
Até Simon Marius e Galileo Galilei descobrirem as quatro luas de Júpiter, há 400 anos, o único satélite conhecido era um objeto proeminente no céu e com aparência enferrujada quando visto da Terra durante à noite com os instrumentos pouco evoluídos da época. Mesmo após dezenas de satélites terem sido descobertos de lá para cá no Sistema Solar, a Lua terrestre ainda se destaca como um dos membros mais notáveis deste clã.

Por um lado, são peixes muito pequenos em um grande lago. Luas são raras no interior do Sistema Solar: Vênus e Mercúrio não possuem uma e as duas de Marte são minúsculas. Na verdade, a Lua parece mais à vontade do que os demais satélites que orbitam planetas gigantes de gás.

Ganímedes
Ganímedes, principal lua de Júpiter e maior do Sistema Solar, com diâmetro de 5.270 km, tem um volume três vezes maior que o do satélite da Terra. Os cientistas observaram em seu interior um forte campo magnético que sugere a existência de um núcleo com convecção de metal líquido. Este grande satélite foi descoberto em 1610 e é uma das quatro luas descobertas por Galileu Galilei na órbita de Júpiter. Em condições favoráveis de tempo, Ganímedes é vísivel a olho nu.

Tritão
Tritão é a maior lua de Netuno e possivelmente o astro mais frio do sistema solar, atingindo temperaturas de -235°C. Além disso, possui uma história geológica bastante complexa: uma superfície bastante jovem e de aspecto rugoso, desfigurada por violentas erupções vulcânicas, rápidos congelamentos do solo e repentina fundição, que geram uma rede de rachaduras enormes.

Torre Eiffel vai apagar luzes por Hora do Planeta

A Torre Eiffel será um dos 240 monumentos e construções emblemáticas de Paris que apagarão na noite deste sábado suas luzes dentro da campanha mundial Hora do Planeta, que procura conscientizar sobre a mudança climática.

Segundo a Prefeitura de Paris, a torre ficará apagada apenas por cinco minutos e, a seus pés, serão acesas 1,6 mil velas colocadas em forma de 60, em referência aos minutos que a manifestação pretende durar.

Entre outros pontos famosos da capital francesa, se somaram à campanha o Louvre, a Catedral de Notre Dame, a Praça da Concórdia, a ópera Garnier e as pontes sobre o rio Sena.

EFE
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sexta-feira, 26 de março de 2010

Milhões de pessoas apagarão as luzes na Hora do Planeta

Centenas de locais mundialmente famosos, como a Torre Eiffel ou a o la Cidade Proibida, ficarão às escuras neste sábado durante a Hora do Planeta, uma ação destinada a promover a luta contra o aquecimento climático durante o qual se prevê a participação de milhões de pessoas. Esta quarta edição, que acontece três meses depois do fracasso da cúpula do clima de Copenhague, promete ser a mais seguida, com 125 países participantes ante os 88 do ano anterior, anunciaram os organizadores.

"A acolhida dada à Hora do Planeta foi imensa. A taxa de respota é muito superior ao ano passado", afirmou com satisfação o fundador do movimento, Andy Ridley. "Supõe-se que a operação Hora do Planeta vai ultrapassar as fronteiras geográficas e econômicas", acrescentou.

O movimento nasceu em Sydney em 2007, quando 2,2 milhões de pessoas permaneceram às escuras durante 60 minutos para sensibilizar a opinião pública sobre o consumo excessivo de eletricidade e a poluição por dióxido de carbono. Organizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a operação adquiriu uma dimensão mundial em 2008 e no sábado, às 20h30 locais (9h30 GMT), mais de 1,2 mil edifícios apagarão suas luzes.

Muitas multinacionais como o Google, Coca-Cola, Hilton, McDonalds, Canon, HSBC ou Ikea aceitaram participar no apagão pelo bem do planeta. Sydney será, pela diferança horária, a primeira a mergulhar na escuridão, com o apagar das luzes da Ópera. Depois as luzes serão apagadas nas Pirâmides do Egito, a Fontana de Trevi e a Torre de Pisa, na Itália, ou a Torre Eiffel de Paris.

Em Pequim, a Cidade Proibida e o emblemático Ninho do Pássaro, estádio dos Jogos Olímpicos de 2008, também ficarão às escuras. Estes apagões adquirem um significado especial neste país, símbolo de um crescimento econômico fulgurante acompanhado de uma contaminação que ostenta o título de maior poluente do mundo. No Japão, o Memorial da Paz de Hiroshima participará na operação enquanto que os grupos Sony, Sharp e Asahi apagarão suas luzes em Tóquio. Em Dubai, a Burj Khalifa, a maior torre do mundo, sumirá na escuridão.

Em dezembro, a Conferência de Copenhague, sob patrocínio da ONU, desembocou em um acordo de mínimos entre 30 países, dos 192 participantes. acordo fixa como objetivo limitar a dois graus a elevação média da temperatura do planeta, mas é impreciso sobre como se conseguirá ao não cifrar objetivos a curto prazo (2020) nem a médio (2050).

Os grandes países em desenvolvimento, como a China e a Índia, se negam a aceitar obrigações vinculantes e consideram que os objetivos dos países industrializados estão muito longe de sua responsabilidade na poluição do planeta.

AFP
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quinta-feira, 25 de março de 2010

Britânico fotografa Terra com câmera comum em balão de hélio

Câmera digital comum, protegida em uma caixa e acoplada a um balão  de hélio, fotografou a estratosfera a mais de 35 km de altitude Foto:  Daily Mail/Reprodução

Câmera digital comum, protegida em uma caixa e acoplada a um balão de hélio, fotografou a estratosfera a mais de 35 km de altitude

Um britânico conseguiu captar imagens impressionantes da Terra com um equipamento muito mais simples e barato do que os milhões que a Nasa, agência espacial americana, ou a ESA, agência espacial europeia, gastam para fotografá-la. Robert Harrison utilizou uma câmera digital comum protegida em uma caixa e acoplada a um balão de hélio que subiu mais de 35 km no céu, na altura da estratosfera, a segunda camada da atmosfera. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

A engenhoca de Harrison chamou tanto a atenção que até mesmo a Nasa tentou contato com o cientista para saber mais sobre a tecnologia. Ele utilizou um GPS de monitoramento por satélite, semelhante aos utilizados por carros, e um transmissor de rádio ligado para o instrumento ser detectado quando retornasse ao solo com o para-quedas.

Simples e eficiente, o equipamento também é relativamente barato: custou cerca de 500 euros. Antes do lançamento, a câmera é conectada a um pequeno computador programado para acionar uma foto a cada cinco minutos. Depois, a máquina recebe uma camada de material isolante e, em seguida, é fechada em uma caixa de poliestireno.

Quando o balão atinge 35 km, e o hélio em seu interior se esvai pela baixa pressão atmosférica, uma espécie de mini para-quedas abre automaticamente. O equipamento foi recuperado a 80 km do local onde Harrisson estava.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Estudo: até 90% das galáxias escapam de nossos telescópios

Até 90% das galáxias do universo distante teriam escapado do registro de nossos telescópios, segundo um estudo da revista Nature divulgado nesta quarta-feira e que permite prever a possibilidade de se desvendar o passado do Cosmos.

Graças ao Very Large Telescope (VLT) instalado no Chile, Matthew Hayes, do Observatório Astronômico da Universidade de Genebra, e seus colegas conseguiram observar algumas galáxias menos luminosas que datam da infância do universo, quando este tinha apenas um quarto de sua idade atual, estimada em 13,7 bilhões de anos.

Para descobrir a quantidade de estrelas formadas em galáxias distantes e elaborar mapas do céu profundo, os astrônomos recorrem a uma radiação característica do hidrogênio, elemento mais abundante do universo.A quecido por estrelas nascentes, o hidrogênio emite raios ultravioletas de uma longitude de onda de 121,6 nanômetros, as chamadas "raias Lyman-alfa", em homenagem ao físico Théodore Lyman que as descobriu.

Mas diversos fótons (partículas de luz) emitidos nessa longitude de onda são interceptados por nuvens de gases interestelares e de poeira. A maior parte da radiação fica aprisionada na galáxia originária. "Cerca de 90% das galáxias onde nascem estrelas não emite radiação Lyman-alfa suficiente para poder ser detectada", resumem os autores do estudo divulgado pela revista científica Nature.

"Onde dez galáxias são visíveis, podem haver cem", resume Hayes em um comunicado do Observatório Europeu Austral (ESO), que tem seu estudo concentrado em galáxias tão distantes que sua luz leva dez bilhões de anos para chegar até nós. Os astrônomos já sabiam que parte das galáxias não estão em suas listas de céu profundo baseadas em Lyman-alfa. O estudo permitiu medir isso pela primeira vez e constatar que o número de galáxias que faltam é considerável, acrescenta.

Utilizando dois dos telescópios de 8,2 m do ESO no Chile, sua equipe conseguiu observar galáxias distantes em Lyman-alfa e em outra longitude de onda característica do hidrogênio quente, "a raia H-alfa". Menos suscetível de ser absorvido por gases interestelares frios, esta radiação foi captada com a câmera Hawk-1 do VLT, que desvendou galáxias desconhecidas em uma região do céu bastante estudada.

"Esta é a primeira vez que observamos tão profundamente uma porção de céu com duas longitudes de onda diferentes que o hidrogênio irradia", indica G¶ran Oslin (Universidade de Estocolmo). "Agora que sabemos quanta luz nos escapou, podemos começar a criar representações muito mais exatas do Cosmos" porque entendemos "melhor a velocidade com que se formaram as estrelas em diferentes épocas do universo", concluiu Miguel Mas-Hesse (Centro da Astrobiologia CSIC-INTA, Espanha.

Uma galáxia maciça dessa época distante podia criar estrelas parecidas com o Sol cem vezes mais rápido do que nossa Via Láctea atualmente, indicou no domingo outro estudo.

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terça-feira, 23 de março de 2010

Nasa divulga imagem de cratera gigante de gelo em Marte

Imagem mostra terras e paredões de Mojave, uma gigantesca cratera  do planeta Marte Foto: Nasa/Divulgação

Imagem mostra terras e paredões de Mojave, uma das gigantescas crateras de Martes

A Nasa, agência espacial americana, divulgou uma imagem em seu site com uma paisagem "apocalíptica" de gelo que mostra como poderia ficar a Terra no caso de um grande desastre climático acontecer. No entanto, a foto trata-se de uma porção de terras e paredões de Mojave, uma gigantesca cratera do planeta Marte.

A fotografia veiculada pela Nasa registra um aregião com cerca de 60 km de diâmetro. A observação oferece aos cientistas a ideia do que é uma enorme cratera marciana, já que este buraco é muito recente (tem cerca de 10 milhões de anos) e menos afetado pela erosão e outros processos geológicos.

De acordo com os astrônomos, o princípio do clima em Marte poderia ter sido fortemente influenciado pelo intenso bombardeio de meteoritos há 3,9 bilhões de anos. Para alguns estudiosos, os impactos neste setor de Marte poderiam ter desencadeado que a água do gelo percorresse o subsolo através da superfície, se condensando em forma de chuva ou neve durante um breve perído de tempo.

Com informações do Terra Chile

Acelerador tentará recriar Big Bang no próximo dia 30 de março

O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares(Cern) tentará no próximo dia 30 recriar o Big Bang que deu origem ao universo em seu Grande Colisor de Hádrons (LHC), o acelerador de partículas mais potente do mundo, informaram nesta terça-feira os pesquisadores do Cern. As partículas se chocarão com uma energia inédita de 7 teraelétron volts (TeV) dentro do túnel circular de 27 km do CERN, que se encontra enterrado 100 m abaixo da terra, entre a França e Suíça, nas proximidades de Genebra.

"Com um feixe (no sentido inverso) de 3,5 TeV, estamos a ponto de lançar o programa de pesquisa física do LHC", indicou em um comunicado Steve Myere, diretor encarregado dos aceleradores no Cern. "A única maneira de sincronizar os dois eixos é em si um desafio: é um pouco como lançar duas agulhas de ambos os lados do Atlântico para se choquem no meio do Oceano", assinalou.

"O LHC não é uma máquina em que basta apertar um botão", indicou o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer. "Funciona muito bem, mas ainda está numa etapa de ajustes... Pode demorar horas e inclusive dias para obter os choques". Os choques de prótons lançados em sentido inverno deveriam provocar o surgimento de elementares jamais observadas antes.

Os investigadores do Cern buscam especialmente encontrar evidências da existência de partículas efêmeras como o bóson de Higgs, que deu a noção de massa na física teórica. Os últimos êxitos do LHC constituem um alívio para os cientistas depois das duas avarias que o instrumento físico mais preciso do mundo depois de seu grande lançamento em setembro de 2008.

Depois de sofrer reparos durante 14 meses, o LHC foi relançado em novembro de 2009. Um mês mais tarde obteve uma potência jamais vista de aceleração de feixes de prótons de 2,36 TeV, permitindo o choque de mais de um milhão de partículas. Se alcançar os 7 TeV, o Cern atingirá uma potência três vezes e meia maior da potência máxima de seu concorrente, o Fermilab de Chicago (Estados Unidos).

Dentro de entre 18 e 24 meses o LHC terá uma "parada técnica" de 8 a 10 meses previstos, para prepará-lo para alcançar uma potência de 14 TeV.

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Astrônomo amador britânico descobre cometa se despedaçando

Imagem observada com o Faulkes Telescope North operado pelo Las  Cumbres Observatory Global Telescope Network Foto: Observatory Global  Telescope Network /BBC Brasil

Imagem observada com o Faulkes Telescope North operado pelo Las Cumbres Observatory Global Telescope Network

Um astrônomo amador britânico capturou imagens de um cometa se despedaçando, com ajuda de um telescópio acessado remotamente no Havaí, nos Estados Unidos. Em seu computador na região britânica de Wiltshire, na Inglaterra, Nick Howes tirou fotos que mostram o núcleo congelado de um cometa se despedaçando.

Ele controlou o telescópio remotamente através do Faulkes Telescope Project, um projeto da universidade britânica de Cardiff que permite que pessoas em qualquer parte do mundo acessem o equipamento via internet.

"Isso mostra o que é possível quando astrônomos amadores conseguem pôr às mãos em telescópios tão poderosos", disse Paul Roche, que coordena o projeto.

Escolas
O projeto foi criado pela faculdade de Física e Astronomia da universidade para ajudar crianças a estudarem ciências. O projeto oferece acesso remoto a telescópios na ilha de Mauí, no Havaí, e no observatório de Siding Spring, na Austrália.

Com ajuda do telescópio de US$ 10 milhões no Havaí, Howes capturou na quinta-feira passada seis imagens que mostram o pedaço de gelo enorme que se separou do núcleo do cometa C2007 C3.

Um segundo grupo de imagens obtidas no dia seguinte mostrou que o novo fragmento ainda está seguindo o cometa. "Como o núcleo do cometa tem geralmente dezenas de quilômetros, o fragmento provavelmente é do tamanho de uma montanha, e vai acabar se tornando um pequeno cometa, na medida em que ele for se separando do cometa que o originou", disse Roche.

Espera-se agora que astrônomos profissionais sigam a descoberta de Howe usando instrumentos como o telescópio espacial Hubble. "Nós esperamos envolver escolas na observação de cometas nas próximas semanas, para que possamos ver o que acontece com esse novo fragmento", disse Paul Roche.

Ele espera que a descoberta anime outros astrônomos a usarem o telescópio para pesquisa e para ajudar com novas descobertas científicas. No ano passado, outro astrônomo amador, trabalhando com várias escolas britânicas dentro do Faulkes Telescope Project, descobriu o asteroide com a rotação mais rápida do sistema solar. Mais de 200 escolas britânicas usaram os telescópios do projeto para apoio às aulas.

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segunda-feira, 22 de março de 2010

Nave da Virgin realiza testes para levar turistas ao espaço

Primeiro teste com o avião foi realizado nesta segunda-feira Foto:  Mark Greenberg/Divulgação

A nave-mãe White Knight Two (WK2), que carrega a SpaceShipTwo (SS2), realizou o primeiro teste

A nave espacial SpaceShipTwo (SS2) realizou nesta segunda-feira um primeiro voo de testes acoplado sob a asa da nave-mãe White Knight Two (WK2), e se prepara para ser o marco da popularização do turismo espacial, tal como foi proposto pelo magnata britânico Richard Branson.

Este é o primeiro voo de ambas as naves (sem se soltarem) e foi realizado na base aérea do deserto de Mojave, 130 km a noroeste de Los Angeles, anunciou a companhia de Branson, Virgin Galactic, através de uma breve frase em sua página do Twitter, publicada no site da empresa.

Até o momento não são conhecidos os detalhes desta operação, executada na madrugada de segunda-feira, e eles serão divulgados no transcorrer do dia pelas empresas envolvidas, explicou uma porta-voz da Scaled Composites, a construtora aeronáutica da Burt Rutan, sócia da Virgin Galactic no projeto. A nave espacial da Virgin Galactic prevê transportar, a partir de 2011, turistas dispostos a pagar 200 mil dólares pela viagem.

O SS2 é uma nave branca com janelas circulares na fuselagem, inclusive no teto, que viajará suspensa sob as asas de uma nave-mãe chamada inicialmente de White Knight Two (O cavaleiro branco). Segundo Branson, a nave foi desenhada para voltar à Terra "como uma pena gigante", para evitar o aumento da temperatura, que faz com que o reingresso à atmosfera seja uma das etapas mais arriscadas das viagens espaciais.

As naves se separarão a 60 mil pés (18,3 km), "alcançando 2 mil milhas (3,2 mil km) por hora em 10 segundos". Uma vez no espaço, os viajantes poderão deixar seus assentos e observar a Terra através das janelas.

Para voltar ao planeta, a nave se transforma em uma pena gigante, como foi concebida pela Rután, que marcou a história da aviação em 1986 com o Voyager, o primeiro avião capaz de dar a volta ao mundo sem escalas e sem abastecimento.

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Notícias » Ciência e Meio Ambiente » Ciência e Meio Ambiente Quatro homens serão isolados para simular voo a Marte

De cima para baixo, o francês Romain Charles, o belga Jerome  Cleverse, o outro francês, Arc´hanmael Gaillard, e o colombiano Diego  Urbina treinam na ... Foto: AFP

De cima para baixo, o francês Romain Charles, o belga Jerome Cleverse, o outro francês, Arc´hanmael Gaillard, e o colombiano Diego Urbina treinam na Rússia

Quatro homens, que se preparam para realizar uma experiência de isolamento de 520 dias para simular um voo até Marte, expressaram nesta segunda-feira em Noordwijk (Holanda) seu entusiasmo com a missão. Os franceses Romain Charles e Arc´hanmael Gaillard, o belga Jerome Clevers e o colombiano Diego Urbina treinam desde o fim de fevereiro na Cidade das Estrelas, próxima a Moscou, para se prepararem, como verdadeiros astronautas, às condições de uma longa estadia no espaço.

Entretanto, não sairão da Terra, mas dois deles serão escolhidos no fim do treinamento de três meses para simular a expedição, isolando-se junto com três russos e um chinês em um conjunto de três contêineres do Instituto russo de Problemas Biomédicos, na periferia de Moscou. A comunicação com o mundo exterior não será possível durante os primeiros meses. Posteriormente, serão necessários 20 minutos para que as mensagens escritas cheguem "à Terra".

O experimento se destina a estudar os efeitos psicológicos e fisiológicos de um longo confinamento, em particular o estresse, a regulação hormonal, a imunidade, a qualidade do sono, o humor, etc. "Quando os primeiros humanos colocarem o pé em Marte, poderei dizer que contribuí para isso. E nos dão roupas espaciais, o que também é simpático", declarou Diego Urbina, um dos quatro candidatos presentes nas instalações da Agência Espacial Europeia (ESA), em Noordwijk.

Urbina, engenheiro, assim como seus três colegas europeus, tem 26 anos e já participou de uma simulação de viagem a Marte de 15 dias nos Estados Unidos. "Esta experiência pode ajudar a humanidade a dar um passo à frente", estima o francês Romain Charles. "Passei muito tempo explicando o projeto para minha namorada e finalmente conseguimos um acordo", disse o francês Romain Charles.

"Desde pequeno, sonhei sempre com a exploração espacial. Não consegui passar no teste de recrutamento de astronautas da ESA, de forma que me apresentei para Marte 500 e consegui passar por todas as etapas de seleção", informou Charles, responsável pelo controle de qualidade de uma empresa de automotores. Arc´hanmael Gaillar, o outro candidato francês, tem 34 anos e já foi pré-selecionado no ano passado para a experiência Marte 105, que durou pouco mais de três meses, e na qual participaram em condições similares quatro russos, um francês e um alemão.

Para os selecionados, a vida nos três contêineres hermeticamente fechados não será ociosa, mas sim ritmada por uma rotina de tarefas precisas distribuídas a cada um dos membros da tripulação pelo centro de controle. Nenhuma mulher foi selecionada para este experimento, já que sua presença a bordo complicaria a realização da missão, declara Martil Zell, da direção de voos tripulados da ESA.

"As mulheres tem essa capacidade de fazer que o sorriso venha ao nosso rosto. Isso vai nos faltar", lamentou Urbina.

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LHC volta à ativa e já deve iniciar primeira fase de operação

O grande acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider, em inglês) está prestes a iniciar a primeira fase de sua operação, que deve durar vários meses. A esperança dos cientistas é conseguir explicar a origem da massa das partículas elementares e encontrar outras dimensões do espaço. As informações são do jornal espanhol El País.

Na semana passada, os pesquisadores já colidiram pela primeira vez dois feixes de prótons - circulando quase na velocidade da luz no sentido oposto - a uma energia de 3,5 elétron-volts. "Tudo funciona corretamente e estamos vendo quando conseguiremos as primeiras colisões de partículas com esta energia, que pode ser em breve", afirmou ao jornal espanhol Rolf Heuer, diretor do Laboratório Europeu de Física de Partículas (Cern), em Genebra.

Não existe nenhum acelerador no mundo que alcance a energia de 7 TeV, embora esteja prevista uma potência bem maior para o LHC. O LHC por mais de um ano esteve parado por causa de uma avaria grave sofrida em setembro de 2009. No ano passado, iniciou com êxito o seu funcionamento com baixa energia.

Cientistas descobrem galáxia que produzia estrelas em massa

Um grupo internacional de astrônomos descobriu uma galáxia que há 10 bilhões de anos produzia estrelas numa velocidade 100 vezes mais rápida do que a da Via Láctea atualmente.

Segundo os pesquisadores liderados pela Universidade de Durham, na Grã-Bretanha, a galáxia conhecida como SMM J2135-0102 produzia aproximadamente 250 sóis por ano.

"Essa galáxia é como um adolescente passando por um estirão", comparou Mark Swinbank, autor do estudo e membro do Instituto de Cosmologia Computacional da universidade britânica.

A pesquisa, publicada no site da revista científica Nature, revelou que quatro regiões da galáxia SMM J2135-0102 eram 100 vezes mais brilhantes do que atuais áreas formadoras de estrelas da Via Láctea, como a Nebulosa de Órion, indicando uma maior produção de estrelas.

"Galáxias no início do Universo parecem ter passado por um rápido crescimento e estrelas como o nosso Sol se formavam muito mais rapidamente do que hoje", disse.

A mesma equipe já tinha descoberto, em 2009, uma outra galáxia, MS1358arc, que também formava estrelas em uma velocidade maior do que a esperada há 12,5 bilhões de anos.

"Nós não entendemos completamente por que as estrelas estão se formando tão rapidamente, mas nossos estudos sugerem que as estrelas se formavam muito mais eficientemente no início do Universo do que hoje em dia", explicou Swinbank.

A galáxia SMM J2135-0102 foi encontrada graças ao telescópio Atacama Pathfinder, no Chile, operado pelo European Southern Observatory. Observações complementares foram feitas com a combinação de lentes naturais gravitacionais de galáxias nos arredores com o poderoso telescópio Submillimeter Array, no Havaí.

Por causa de sua enorme distância e do tempo que a luz levou para alcançar a Terra, a galáxia só pode ser observada como era há 10 bilhões de anos luz, apenas três bilhões de anos após o Big Bang.

Reprodução artística da galáxia que produzia 250 sóis por ano   Foto: BBC Brasil

Reprodução artística da galáxia que produzia 250 sóis por ano

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Cosmonauta viajará ao espaço levando pato de brinquedo

Alexandre Skvortsov mostra o pato de borracha que levará na missão espacial Foto: AFP

O russo Alexandre Skvortsov mostra o pato de borracha que levará na missão espacial

O cosmonauta russo Alexandre Skvortsov, 43 anos, viajará no dia 2 de abril numa primeira missão ao espaço levando um pato de brinquedo que ele apresentou nesta sexta-feira, durante entrevista à imprensa.

O pequeno objeto, escolhido por sua filha, funcionará como um "detector de gravidade", explicou Skvortsov que decolará do cosmódromo de Ba¯konur no Cazaquistão com os copilotos, o russo Mikha¯l Kornienko e a astronauta da Nasa, a americana Tracy Caldwell-Dyson.

"É leve e muito simpático. Será nosso mascote", prosseguiu este coronel durante entrevista à imprensa, no centro de treinamento da Cidade das Estrelas, perto de Moscou.

Os astronautas passarão dois dias na cápsula Soyuz até chegar à Estação Espacial Internacional (ISS) onde vão se somar aos astronautas americano Timothy Creamer, ao japonês Soichi Noguchi e ao cosmonauta russo Oleg Kotov.

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Estudo questiona tese de extinção dos dinossauros por asteroide

A extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos não pode ser explicada somente pelo choque de um asteróide com a Terra, e sim como o resultado de um longo processo de transformações climáticas, de acordo com resultados de uma pesquisa divulgados nesta sexta-feira por um paleontólogo alemão.

O asteróide foi apenas "o último elemento catastrófico" registrado em "pelo menos 500 mil anos de fortes flutuações do clima" que enfraqueceram o ecossistema, declarou o paleontólogo Michael Prauss, da Universidade de Berlim. No início de março, a revista científica americana Science apresentou os trabalhos de um grupo de cientistas que atribuía o desaparecimento dos dinossauros a um gigantesco asteróide que caiu na atual região mexicana de Yucatán.

"Ao contrário da publicação da Science, que apenas reuniu elementos já conhecidos, meu trabalho se baseia em novos dados (...) que permitem reconsiderar tudo a partir de um novo ponto de vista", disse Prauss. O paleontólogo alemão trabalha desde 2005 com uma equipe científica internacional em um projeto da Agência Alemã de Pesquisas Científicas (DFG). Essa equipe analisou rochas e amostras retiradas de uma perfuração de 25 m de profundidade no Texas (EUA), mil quilômetros a noroeste da cratera do asteróide.

Os trabalhos permitiram provar a existência, muito antes do choque do asteróide, de grandes transformações climáticas, "provocadas provavelmente por atividades vulcânicas" ocorridas durante vários milhões de anos na atual Índia, indica um comunicado da Universidade Livre de Berlim.

Segundo Prauss, "o estresse climático de longa duração produzido por elas, com o qual evidentemente o choque do meteorito contribuiu no final das contas, explica a crise da biosfera e a extinção maciça" de espécies no Cretáceo terciário.

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Telescópios da Nasa descobrem buracos negros primitivos

Concepção artística mostra um dos mais primitivos buracos negros  no centro de uma galáxia Foto: Nasa/Divulgação

Concepção artística mostra um dos mais primitivos buracos negros no centro de uma galáxia

A Nasa, agência espacial americana, descobriu dois do que os cientistas acreditam ser os mais antigos e primitivos buracos negros já conhecidos. O achado, realizado por observações dos telescópios espaciais Spitzer e Hubble, podem proporcionar uma melhor compreensão de como os buracos negros, galáxias e estrelas se formaram.

"Nós encontramos integrantes da primeira geração de quasares nascidos em um meio livre de poeira e nas primeiras fases de evolução", disse Jiang Linhua, da Universidade do Arizona, em Tucson, autor do estudo divulgado na revista Nature. Os quasares são objetos astronômicos distantes e poderosamente energéticos com um núcleo galáctico ativo, algo maior do que uma estrela que, no entanto, é menor do que o mínimo para ser considerado uma galáxia.

Os buracos negros são distorções bestiais de espaço e tempo. Os mais maciços espreitam ativamente os núcleos das galáxias e, geralmente, são cercados por estruturas em forma de anel com poeira e gás que alimentam o crescimento de buracos negros.

Os cientistas acreditam que no universo primitivo era muito cedo para existir pó cósmico, o que os leva a concluir que os primeiros quasares também não continham o material. Os novos buracos negros foram batizados de 0005-0006 e J0303-0019, um deles foi registrado como o menor quasar já identificado a cerca de 13 bilhões de anos-luz da Terra.

"Achamos que esses buracos negros primitivos se formaram no momento em que a poeira foi se desenvolvendo no universo, menos de um bilhão de anos após o Big Bang", disse Xiaohui Fan, coautor do estudo.

Nave espacial russa aterrissa com dois astronautas a bordo

A nave Soyuz trazendo o astronauta americano Jeffrey Williams e o cosmonauta russo Maxim Souraiev, da Estação Espacial Internacional (ISS), aterrissou nesta quinta-feira no Cazaquistão, indicou o Centro russo de Controle de Voos (Tsoup).

A aeronave efetuou uma "aterrissagem suave" na zona estabelecida, próximo à cidade de Arkalyk (oeste do Cazaquistão) às 11h25 GMT (08h25 de Brasília), indicou o Tsoup em um comunicado.

Todas as operações se desenvolveram sem problemas e "os cosmonautas estão bem", acrescentou o Tsoup. Os dois astronautas estavam a bordo da ISS há seis meses. Eles haviam decolado no dia 30 de setembro, acompanhados do milionário canadense Guy Laliberté, fundador do Cirque du Soleil. Este retornou à Terra após alguns dias.

Nave Soyuz TMA-16 aterrisa no Cazaquistão, após missão na Estação  Espacial Internacional Foto: Nasa/Divulgação

Nave Soyuz TMA-16 aterrissa no Cazaquistão, após missão na Estação Espacial Internacional

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Nave Soyuz TMA-16 deixa a Estação Espacial Internacional

A nave Soyuz TMA-16, com o cosmonauta russo Maxim Surayev e o astronauta da Nasa Jeff Williams, se desenganchou da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e partiu em sua viagem de volta à Terra, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A estadia de Surayev e Williams na plataforma orbital durou 169 dias, quatro horas e oito minutos. Está previsto que a nave aterrisse às 14h23 hora de Moscou (8h23 de Brasília) nas estepes do Cazaquistão, a cerca de 60 quilômetros da cidade de Arkalik, disse um porta-voz do CCVE à agência oficial russa RIA Novosti.

Na véspera, Williams passou o comando da ISS ao cosmonauta russo Oleg Kotov, que, seguindo a tradição, tocou o sino da plataforma orbital. Após a saída de Surayev e Williams, permanecem na ISS o comandante Kotov, o engenheiro de bordo japonês Soichi Noguchi e o astronauta da Nasa Timothy Creamer, que chegaram à plataforma no final de dezembro passado.

A tripulação será completada em abril, com os três astronautas da expedição número 24, cuja saída rumo ao espaço a bordo da Soyuz TMA-18 está prevista para o dia 2.

EFE
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quarta-feira, 17 de março de 2010

Sonda da ESA fotografa filamentos de poeira na Via Láctea

Os filamentos de poeira estão ligados à linha horizontal sob a cor rosa na parte inferior da imagem enviada pela sonda Planck Foto: ESO/Divulgação

Os filamentos de poeira estão ligados à linha horizontal sob a cor rosa na parte inferior da imagem enviada pela sonda Planck

A ESA, agência espacial europeia, divulgou nesta quarta-feira a imagem de grandes filamentos de poeira cósmica presentes através da Via Láctea, a galáxia da Terra. A estrutura filamentosa foi fotografada pelo satélite espacial Planck a cerca de 500 anos-luz do Sol.

Segundo os cientistas, a análise aprofundada dessas estruturas poderiam ajudar a determinar as forças que moldam a Via Láctea e estimulam a formação de novas estrelas. A sonda Planck foi lançada com a missão de estudar os maiores mistérios da cosmologia como a origem do universo e das galáxias.

Os filamentos de poeira estão ligados à linha horizontal sob a cor rosa na parte inferior da imagem. Naquele local, a emissão de pó cósmico percorre distâncias maiores vindo do disco da Via Láctea.

A temperatura na região onde está a linha horizontal rosada é de algumas dezenas de graus acima do zero absoluto, enquanto o frio predomina nas zonas em que as cores são mais escuras, atingindo até -261°C. A poeira cósmica, ou matéria interestelar, é um conjunto de matéria e de radiação que preenche o espaço interestelar e sua origem ainda não é bem entendida pelos astrônomos.

Satélite descobre exoplaneta semelhante aos do Sistema Solar

Imagem artística divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) mostra o planeta extra-solar denominado Corot-9b Foto: ESO/AFP

Imagem artística divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) mostra o planeta extra-solar denominado Corot-9b

Um planeta do tamanho de Júpiter que orbita ao redor de uma estrela semelhante ao Sol e que é semelhante aos planetas do Sistema Solar foi descoberto na constelação de Serpente, a 1,5 mil anos-luz da Terra, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC, na sigla em espanhol). O exoplaneta, batizado de Corot-9b, foi detectado pelo telescópio espacial CoRoT, construído pela agencia francesa Cnes em parceria com a ESA, agência espacial europeia.

Os exoplanetas são chamados assim por serem planetas extra-solares e pertencerem a um sistema planetário distinto do qual a Terra faz parte. O gigante e gasoso Corot-9b mantém uma distância relativamente grande de sua estrela central em uma órbita parecida com a realizada por Mercúrio ao redor do Sol.

Segundo os cientistas, este é o primeiro planeta do tipo que pode ser estudado detalhadamente, a partir da combinação de imagens do satélite Corot e de instrumentos do observatório. Os astrônomos acrescentaram que o exoplaneta representa ainda um valioso modelo para identificar novos corpos jovens com temperaturas moderadas pelo espaço.

Os resultados das observações foram publicados na última edição da revista científica Nature.

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terça-feira, 16 de março de 2010

Nasa encontra vida a 200 m sob camada de gelo da Antártida

O crustáceo  Lyssianasid amphipod  é semelhante a um camarão e mede cerca de 8 cm Foto: EFE

O crustáceo Lyssianasid amphipod é semelhante a um camarão e mede cerca de 8 cm

A Nasa, agência espacial americana, detectou a existência de dois seres vivos a quase 200 m sob a camada de gelo da Antártida, em plena escuridão, uma descoberta que altera as teorias sobre as condições nas quais pode se desenvolver a vida. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a agência americana assegura ter encontrado um Lyssianasid amphipod, um crustáceo semelhante a um camarão e de aproximadamente 8 cm. Além disso, a entidade encontrou o que parecia ser o tentáculo de uma água-viva, de cerca de 30 cm.

Uma equipe da Nasa introduziu uma pequena câmara de vídeo através da espessa camada de gelo e a fez descer na profundidade marinha, onde reina a escuridão. A cerca de 190 m, a equipe detectou e fotografou o crustáceo que, apesar de seu pequeno tamanho, rompe os princípios estabelecidos até hoje sobre as condições extremas nas quais pode haver vida. Até agora, os cientistas acreditavam que apenas alguns poucos micróbios eram capazes de viver nessas condições.

A descoberta da Nasa pode motivar expedições na busca de vida a locais até agora descartados no espaço, como planetas ou luas congeladas. "Estávamos trabalhando com o pressuposto de que não íamos encontrar nada", disse o cientista da Nasa Robert Bindschadler, que apresentará o vídeo da descoberta na reunião de amanhã da American Geophysical Union.

"É um camarão que você gostaria de ter no prato", brincou. O cientista ressaltou que o Lyssianasid amphipod não é exatamente um camarão, mas um primo distante desta espécie.

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