quinta-feira, 30 de junho de 2011

Espelhos do futuro maior telescópio do mundo estão prontos

Cientistas da Nasa testam o espelho que será usado no telescópio James Webb. Foto: Nasa/Divulgação

Cientistas da Nasa testam o espelho que será usado no telescópio James Webb

Os espelhos do telescópio James Webb, que a Nasa deve lançar ao espaço em 2014 para estudar o Universo em frequência infravermelha, já estão prontos para observar as primeiras galáxias, informou na quinta-feira a agência espacial americana em comunicado. Os espelhos são parte essencial de um telescópio e a qualidade deles é crucial para o bom uso do objeto. Por isso, a conclusão do processo de elaboração de todos os espelhos que farão parte do telescópio espacial representa um "importante marco", segundo a Nasa.

O telescópio Webb é composto por quatro tipos de espelhos. O principal tem uma área de aproximadamente 25 m², e permitirá aos cientistas capturar a luz mais fraca dos objetos distantes no universo, de maneira mais rápida que qualquer observatório anterior. Os espelhos são feitos de berílio (elemento químico metálico, utilizado para endurecer ligas de outros metais) e serão usados para transmitir as imagens do céu às câmeras do telescópio.

O telescópio James Webb, elaborado para ser o telescópio espacial mais moderno do mundo, será o sucessor do Hubble, lançado ao espaço em 1990. O tamanho de seu espelho principal é nove vezes maior que o do seu antecessor. Uma vez construído, será o mais potente do mundo, mas por enquanto mais de 75% de seu hardware ainda está em fase de produção ou de testes. Os cientistas esperam poder observar os objetos mais distantes no universo e ter imagens das primeiras galáxias formadas, assim como estudar planetas que rodeiam estrelas distantes.

EFE
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Androide permitirá exploração à distância de planetas e Lua

Um androide dotado de tato e com sensores de força possibilitará a exploração à distância da Lua e de planetas, anunciou nesta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA), que indicou que o robô ficará pronto "em dois ou três anos".

O androide recebeu o nome de Justin, está sendo desenvolvido pelo Centro Aeroespacial Alemão e poderá ser controlado à distância pelos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS). A ESA explicou em comunicado que o robô será capaz de reproduzir com exatidão os movimentos dos astronautas na ISS, e que estes utilizarão um exoesqueleto para trabalhar à distância. Isso lhes permitirá operar com a mesma precisão que teriam se estivessem fisicamente no lugar onde o robô estiver, segundo a agência.

A agência acrescentou que, para transformar a robótica e as técnicas de telepresença em uma ferramenta padrão das futuras missões espaciais, prepara uma conexão entre a Terra e a ISS que permitirá o controle de experiências com robôs no complexo orbital.

Trata-se de uma iniciativa, conhecida como Meteron, que "permitirá testar as tecnologias necessárias para as futuras missões de prospecção da Lua, de Marte ou outros corpos do sistema solar", explicou a ESA.

Na primeira fase do Meteron, os astronautas da estação espacial controlarão à distância um protótipo do veículo Eurobot a partir de um computador equipado com um joystick e monitores especiais.

Este protótipo possui quatro rodas e dois braços, conta com um avançado sistema de navegação, câmeras e sensores e está sendo desenvolvido desde 2008 no Centro Europeu de Pesquisa e Tecnologia Espacial da ESA na Holanda.

Na fase seguinte, os astronautas poderão conduzir um robô dotado de "tato" e sensores de força, um sistema com o qual poderão controlar androides como o Justin. "Graças a estes sensores, os astronautas poderão sentir a força real que o robô fará em seu campo de trabalho", disse André Schiele, chefe do Laboratório de Telerrobótica e Háptica da ESA.

"Isto será especialmente útil para deslocar rochas ou desenvolver tarefas complexas, como a montagem de equipes", acrescentou.

Justin  tem tato e sensores de força. Foto: EFE

Justin tem tato e sensores de força

EFE
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Brasil pretende lançar satélite de defesa até 2014, diz Jobim

O Brasil pretende lançar até 2014 um satélite geoestacionário para interligar os sistemas de defesa em todo o seu território. O anúncio foi feito nesta quarta pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, a 10 senadores que participaram de uma audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) na sede do próprio ministério.

O novo satélite, cujo lançamento ainda depende de uma decisão final do governo brasileiro, permitiria a comunicação direta entre Brasília e pelotões de fronteira e submarinos que navegam no Oceano Atlântico, além do rápido envio de imagens de áreas pouco acessíveis. Atualmente, como explicou o ministro, o governo brasileiro aluga canais de um satélite de propriedade de uma empresa privada de capital mexicano.

"Hoje, quando precisamos de uma imagem, os mexicanos só as enviam para nós em 36 horas. E ainda não temos como saber se a mesma imagem será cedida a terceiros", disse Jobim.

O custo total de colocar um novo satélite estatal em órbita será de aproximadamente R$ 700 milhões, de acordo com o ministro. A quantia envolve a construção do satélite, seu lançamento, seguro e sistema de acompanhamento em terra. Atualmente, o custo anual do aluguel dos canais de um satélite privado, para serviços de telecomunicação e transmissão de imagens, é de R$ 44,8 milhões.

O ministro considerou o satélite "vital" para a segurança nacional, além de permitir o acesso à internet para mais de 1.800 municípios que ainda não são conectados à rede mundial de computadores.

Terra

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Astrônomos europeus descobrem o quasar mais distante já encontrado

Astrônomos europeus descobriram o quasar mais distante descoberto até o momento a partir das observações realizadas com o telescópio de longo alcance do Observatório Europeu do Sul (ESO), em Cerro Paranal, no Chile, e outros telescópios.

Segundo os resultados do estudo facilitados por Richard Hook, porta-voz do ESO de Garching, no sul da Alemanha, se trata do objeto mais luminoso descoberto até agora no Universo primordial, que é alimentado por um buraco negro que possui dois bilhões de vezes a massa do Sol.

"Este quasar é uma evidência vital do Universo primordial. É um objeto muito raro que nos ajudará a entender como cresceram os buracos negros supermassivos em poucas centenas de milhões de anos depois do Big Bang", disse Stephen Warren, líder da equipe de astrônomos, em uma nota do ESO.

A luz deste quasar, chamado ULAS J1120+0641, demorou 12,9 bilhões de anos para chegar aos telescópios da Terra, por isso que é visto como era quando o Universo tinha apenas 770 milhões de anos.

Anteriormente já se tinha confirmado a existência de objetos ainda mais distantes, como uma explosão de raios gama com deslocamento ao vermelho de 8,2 e uma galáxia com deslocamento ao vermelho de 8,6, mas o quasar recém descoberto, com deslocamento ao vermelho de 7,1, é centenas de vezes mais brilhante que os anteriores.

O deslocamento ao vermelho cosmológico é uma medida do estiramento total do Universo entre o momento em que a luz foi emitida e o momento em que foi recebida.

Depois do quasar recém descoberto, o mais distante é visto atualmente como era 870 milhões de anos depois do Big Bang, com um deslocamento ao vermelho de 6,4.

"Demoramos cinco anos para encontrar este objeto", afirmou Bram Venemans, um dos autores do estudo, em referência à nova descoberta. A equipe de astrônomos, que procurava um quasar com deslocamento ao vermelho maior que 6,5 teve uma surpresa ao "encontrar um que está inclusive mais longe, com um deslocamento ao vermelho maior que 7".

"Ao permitir-nos olhar em profundidade a era de reionização, este quasar representa uma oportunidade única para explorar uma janela de 100 milhões de anos na história do cosmos que até agora não estava a nosso alcance", ressaltou.

Segundo Daniel Mortlock, principal autor do estudo, se considera que "só há cerca de 100 quasares brilhantes com deslocamento ao vermelho superior a 7 em todo o céu". "Encontrar este objeto envolveu uma busca minuciosa, mas o esforço valeu a pena para poder desvelar alguns dos mistérios do Universo primitivo".

O brilho dos quasares, dos quais se acredita que sejam galáxias distantes muito luminosas alimentadas por um buraco negro supermassivo em seu centro, os transforma em poderosas luzes que podem ajudar a obter informações sobre a época em que foram formadas as primeiras estrelas e galáxias.

EFE
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terça-feira, 28 de junho de 2011

Nasa: Atlantis está pronto para decolar no dia 8 de julho

O ônibus espacial Atlantis está pronto para o lançamento em direção à Estação Espacial Internacional no dia 8 de julho, anunciou a Agência Aeroespacial Americana (Nasa) nesta terça-feira, após uma reunião para revisar os planos do último voo da historia de um ônibus espacial americano.

O Atlantis está programado para decolar do Centro Espacial Kennedy, na Florida (sudeste dos EUA), às 11h26 (12h26 em Brasília), afirmou a agência, na que será a última missão do programa dos Estados Unidos de ônibus espacial que durou 30 anos.

A missão final do ônibus espacial, conhecida como STS-135, vai durar 12 dias e conta com uma tripulação de quatro astronautas americanos a bordo.

Assim que o Atlantis voltar à Terra, o programa de ônibus espaciais dos Estados Unidos será concluído oficialmente, deixando a Rússia como a única nação no mundo capaz de transportar os astronautas ao espaço.

Companhias privadas competem para construir a próxima geração de naves espaciais americanas, mas é pouco provável que elas fiquem prontas antes de 2015.

AFP
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Lixo orbital passou a 250 m da Estação Espacial Internacional

O lixo espacial que obrigou os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a refugiarem-se nas naves Soyuz passou a 250 m da plataforma, segundo fontes do setor aeroespacial russo.

"À tripulação disse que o lixo passou ao lado da estação e que puderam deixar as naves Soyuz", disseram as fontes, citadas pela agência Interfax. Pelos dados preliminares, a emergência ocorreu por volta das 9h (de Brasília).

Ao detectarem o lixo, os tripulantes da ISS refugiaram-se nas duas naves Soyuz que estão conectadas à plataforma orbital. "O lixo espacial foi detectado muito tarde e não deu tempo para que a estação fizesse uma manobra para sair da rota".

Os cosmonautas russos Aleksandr Samokutiayev e Sergei Volkov, e o astronauta da Nasa Ronald Garan subiram a bordo da Soyuz TMA-21, enquanto o russo Andrei Borisenko, o americano Michael Fossum e o japonês Satosi Furukawa refugiaram-se na Soyuz TMA-02M.

Os seis tripulantes da ISS integram a 28ª missão permanente na plataforma orbital.

EFE
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Tripulação é evacuada da ISS por ameaça de lixo espacial

Os seis membros da tripulação da Estação Espacial Internacional foram forçados nesta terça-feira a deixar a ISS e ir para a nave Soyuz devido à proximidade de restos de lixo espacial, informou a agência Interfax, citando uma fonte espacial russa.

"Restos espaciais foram localizados muito tarde para que a Estação Espacial fizesse uma manobra para evitá-los. Os seis membros da tripulação receberam a ordem de subir a bordo da nave Soyuz", indicou a fonte.

AFP
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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cientistas russos esperam encontrar vida alienígena até 2031

ientistas russos esperam que a humanidade se depare com civilizações alienígenas nas próximas duas décadas, disse um astrônomo russo nesta segunda-feira. "A gênese de vida é tão inevitável como a formação de átomos. (...) A vida existe em outros planetas e vamos encontrá-la dentro de 20 anos", disse Andrei Finkelstein, diretor do Instituto de Astronomia Aplicada da Academia Russa de Ciências, segundo a agência de notícias Interfax.

Falando em um fórum internacional sobre a busca de vida extraterrestre, Finkelstein disse que 10% dos planetas conhecidos orbitando ao redor de estrelas parecem com a Terra. Se for encontrada água, então também pode ser encontrada a vida, disse ele, acrescentando que muito provavelmente os alienígenas serão parecidos com os humanos, com dois braços, duas pernas e uma cabeça.

"Eles podem ter uma cor de pele diferente, mas mesmo isso nós temos", disse ele. O instituto de Finkelstein é responsável por um programa lançado nos anos 1960, no auge da corrida espacial da Guerra Fria, para observar e emitir sinais de rádio ao espaço.

"O tempo inteiro ficamos buscando por civilizações extraterrestres; basicamente esperamos por mensagens do espaço e não o outro lado", disse ele.

Reuters
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Imagem revela nebulosa enorme em torno da estrela supergigante

material visível na nova imagem é, provavelmente, composto de poeira de silicato e alumina. Foto: ESO/Divulgação

material visível na nova imagem é, provavelmente, composto de poeira de silicato e alumina

Novas imagens obtidas por astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) revelaram uma enorme nebulosa em torno da famosa estrela supergigante Betelgeuse. Os cientistas utilizaram o Very Large Telescope do ESO (VLT).

A estrutura se assemelha a chamas emitidas pela estrela e forma-se à medida que o objeto liberta material para o espaço. A nebulosa é muito maior que Betelgeuse, com mais de 60 bilhões de km desde a superfície estelar - o que significa cerca de 400 vezes a distância entre a Terra e o Sol.

Estrelas supergigantes vermelhas como a Betelgeuse representam uma das últimas fases da vida de uma estrela de grande massa. Durante esta fase, de curta duração, a estrela aumenta de tamanho e expele as suas camadas exteriores para o espaço a uma taxa prodigiosa - expele enormes quantidades de material (correspondentes aproximadamente à massa do Sol) em apenas 10 mil anos.

O material visível na nova imagem é, provavelmente, composto de poeira de silicato e alumina. É o mesmo material que forma a maior parte da crosta terrestre e de outros planetas rochosos. Em um passado distante, os silicatos da Terra foram formados por uma estrela de grande massa (agora extinta) semelhante à Betelgeuse.

O pequeno círculo vermelho no centro tem um diâmetro de cerca de quatro vezes e meia a órbita da Terra e representa a posição da superfície visível da Betelgeuse. O disco negro corresponde à parte extremamente brilhante da imagem que teve que ser tapada para que a nebulosa mais tênue pudesse ser observada. As imagens foram obtidas através de filtros infravermelhos sensíveis à radiação a diferentes comprimentos de onda, com o azul correspondente aos comprimentos de onda menores e o vermelho aos maiores.

Terra