quinta-feira, 31 de maio de 2012

Nossa galáxia colidirá com outra em 4 bilhões de anos, diz Nasa

Imagem mostra como ocorreria a colisão da Via Láctea com a Galáxia de Andrômeda. Foto: Nasa/Divulgação

Imagem mostra como ocorreria a colisão da Via Láctea com a Galáxia de Andrômeda
Foto: Nasa/Divulgação


Nossa galáxia está em rota de colisão com sua vizinha mais próxima, Andrômeda, e o choque está previsto para ocorrer em 4 bilhões de anos, anunciou nesta quinta-feira a agência espacial americana.

Os astrônomos levaram anos teorizando sobre uma possível colisão entre as duas enormes galáxias, embora não se saiba a gravidade do impacto, com previsões que variavam de três a seis milhões de anos.

Mas, depois de anos de "observações extraordinariamente precisas" do telescópio Hubble, da Nasa, que acompanhou a movimentação de Andrômeda, "se dissipa toda a dúvida de que está destinada a colidir e se fundir com a Via Láctea", reportou a Nasa em um comunicado. "Levará milhões de anos antes que ocorra o impacto", destacou.

Após o impacto inicial, levará outros dois bilhões de anos para "que se fundam completamente sob a força da gravidade e que tomem a forma de uma galáxia única elíptica, similar às que são comumente vistas no universo", acrescentou a agência espacial.

As estrelas dentro de cada galáxia se encontram tão distantes umas das outras que não se acredita que possam se chocar entre si, mas é possível que as estrelas "sejam lançadas a uma órbita diferente ao redor do novo centro galáctico".

Os cientistas sabiam há tempos que Andrômeda, também conhecida como M31, se move na direção da Via Láctea a uma velocidade de 402 mil km por hora, rápido o suficiente para viajar da Terra à Lua em uma hora.

Mas a natureza da colisão e sua trajetória foram um mistério para os cientistas durante mais de cem anos, até que foram analisados os últimos resultados do Hubble.

Estes "foram obtidos observando repetidamente regiões específicas da galáxia, em um período entre cinco e sete anos", disse Jay Anderson, do Space Telescope Science Institute, em Baltimore.

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AFP
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MIT reitera projeto de abrir centro de pesquisa no Brasil, diz Mercadante

O ministro da Educação, Alozio Mercadante, disse nesta quinta-feira que recebeu correspondência do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) reiterando o projeto de abrir um instituto de pesquisa no Brasil. O e-mail foi enviado a Mercadante e ao ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Raupp, pelo novo reitor da instituição, Rafael Reif.

"Como futuro presidente do MIT, estou muito interessado em novas formas de colaboração com o Brasil, incluído a instalação de um centro de pesquisa", diz Reif que atualmente ocupa o cargo de vice-reitor, mas foi escolhido para assumir o cargo a partir de julho.

As conversas entre uma possível parceria entre o governo brasileiro e o MIT teve início durante a viagem da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos em abril. Na ocasião, Mercadante anunciou que o MIT iria abrir uma "filial" no Brasil, mas em seguida a instituição divulgou nota negando a informação.

Durante a visita em abril, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) assinou acordo com o MIT, com o objetivo de expandir a formação de engenheiros no Brasil. Mercadante disse que convidará um representante do instituto norte-americano para visitar o Brasil depois da Rio+20, quando a agenda do governo estará menos cheia.

Agência Brasil

Dragon faz história ao completar primeiro voo comercial à ISS

A cápsula não-tripulada Dragon, da empresa americana SpaceX, entrou nesta quinta-feira para a história espacial ao completar, com seu retorno à Terra, a primeira missão comercial de abastecimento à Estação Espacial Internacional (ISS).

A espaçonave amerissou no Oceano Pacífico a centenas de quilômetros a oeste da península da Baixa Califórnia (México) às 12h42 (de Brasília), dois minutos antes do previsto, informou o centro de controle de missão da agência espacial americana (Nasa) em Houston.

Assim foi dado o ponto final a uma missão que inicia um novo capítulo na história da exploração espacial, no qual podem ser feitas operações de abastecimento pelo setor privado, e espera-se que, em um futuro não muito distante, também seja possível que empresas façam missões tripuladas.

"Estou muito feliz de ter feito um bom trabalho para a Nasa", afirmou o empresário Elon Musk, que criou em 2002 a companhia SpaceX, da qual é executivo principal e projetista-chefe, e que também é conhecido por ser cofundador do sistema de pagamentos pela internet PayPal.

Em entrevista coletiva na qual demonstrou satisfação e alívio, Musk afirmou que a missão cumpriu suas expectativas, e que ele espera continuar melhorando a cápsula para alcançar seu objetivo de realizar viagens tripuladas.

"Agora temos muitos desafios, estamos concorrendo para enviar astronautas e desenvolvendo novas tecnologias para ter a capacidade de aterrissar em terra", explicou.

O diretor da Nasa, Charles Bolden, parabenizou em comunicado a equipe conjunta de SpaceX e Nasa por seu "grande êxito" na missão que "inicia uma nova era nos voos espaciais comerciais dos EUA" e torna "mais acessível" a ida à ISS e a outros destinos na órbita baixa terrestre para "todos os que sonham em viajar ao espaço".

A Dragon, que levou 460 quilos de carga em seu primeiro voo de abastecimento, ficou acoplada 5 dias, 16 horas e 5 minutos à estação espacial e trouxe à Terra outros 600 quilos de carga, algo que até agora outros veículos não podiam fazer.

A cápsula separou-se do complexo espacial às 5h07 (de Brasília), e os astronautas da ISS fizeram uma manobra com o braço robótico da estação para desacoplá-la antes de ela ser solta no espaço.

O veículo entrou na atmosfera como um "cometa ardendo" protegido das temperaturas extremas por seu potente escudo, similar ao modelo desenvolvido pela Nasa nos anos 90.

Pouco depois, a nave abriu seus dois paraquedas alaranjados, de 35 metros de diâmetro cada, para frear sua queda e facilitar sua identificação no mar. A SpaceX havia preparado um navio de 56 metros de comprimento equipado com um guindaste de 24 metros e dois botes para recuperar a cápsula.

Segundo Musk, a cápsula está em bom estado e será levada a um porto próximo de Los Angeles, de onde seguirá para as instalações de testes da companhia em McGregor, no Texas.

A Dragon é uma nave espacial de voo livre e reutilizável com forma arredondada de 3,66 metros de diâmetro e 4,4 metros de altura, com uma envergadura de mais de 16 metros quando está com seus painéis solares abertos.

Com capacidade de até 3,21 toneladas de carga, a cápsula foi projetada pela SpaceX para que, em um futuro, com algumas remodelações, possa se transformar em um veículo tripulado, com espaço para sete passageiros. A companhia tem um contrato com a Nasa no valor de US$ 1,6 bilhão por 12 voos espaciais.

Este é um marco para a indústria espacial americana, já que, após a aposentadoria dos ônibus espaciais da Nasa no ano passado, o transporte de carga e tripulantes estava nas mãos das naves russas Soyuz, que cobram mais de US$ 60 milhões pelo envio de cada astronauta.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5806769-EI301,00-Dragon+faz+historia+ao+completar+primeiro+voo+comercial+a+ISS.html#tvideo

EFE
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Telescópio registra nova imagem de radiogaláxia

Registro do Alma aparecem em tons de verde, amarelo e laranja. A imagem é combinada com uma feito por um telescópio infravermelho, em dourado. Foto: ESO/Divulgação

Registro do Alma aparecem em tons de verde, amarelo e laranja. A imagem é combinada com uma feito por um telescópio infravermelho, em dourado
Foto: ESO/Divulgação


O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) registrou, com o telescópio Alma, no Chile, uma nova imagem do centro da galáxia Centaurus A. O novo equipamento permite observar além das camadas de poeira já que registra em comprimentos milimétricos e submilimétricos de onda. O Alma é o telescópio mais potente do seu gênero, apesar de ainda estar em fase preliminar de observações.

Comprimento de onda? Rádio? Entenda isso e muito mais

Esta é a radiogaláxia - aquela que emite intensamente no rádio - mais próxima da Terra. O centro abriga um buraco negro com massa cerca de 100 milhões de vezes maior que a do Sol.

Na radiação visível, uma faixa escura obscurece o centro da galáxia, mas o Alma consegue ver além dela. A composição dessa faixa (enormes quantidades de gás, poeiras e estrelas jovens) e intensa radiação de rádio indicam que Centaurus A é o resultado da colisão entre uma galáxia elíptica gigante e uma espiral menor, sendo que os restos desta formam a faixa.

Os registros do Alma (em tons de verde, amarelo e laranja) mostra a posição e movimentação das nuvens de gás na galáxia. As observações estão sobrepostas a uma imagem registrada em infravermelho próximo pelo instrumento Sofi, no telescópio NTT, também do ESO - em dourado.

Terra

Cápsula não tripulada Dragon da SpaceX amerissa no Pacífico

A nave espacial caiu de maneira segura no Oceano Pacífico. Foto: Reuters

A nave espacial caiu de maneira segura no Oceano Pacífico
Foto: Reuters


A cápsula espacial de carga não tripulada Dragon, propriedade da empresa americana SpaceX, fez nesta quinta-feira a sua amerissagem (pouso sobre a água) no Oceano Pacífico depois de uma histórica missão na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), indicou a Nasa. "A Dragon está na água", afirmou a agência espacial americana depois de a SpaceX ter informado sobre a amerissagem às 15h42 GMT (12h42 de Brasília), dois minutos antes do previsto.

A nave deveria amerissar a 900 km da costa do estado mexicano da Baixa Califórnia, segundo a Nasa, que esperava uma localização mais precisa por parte da SpaceX. "Amerissagem! A cápsula Dragon da SpaceX caiu de maneira segura no Oceano Pacífico finalizando a primeira missão de uma empresa comercial para o reabastecimento da ISS", disse a Nasa em uma mensagem no Twitter.

A nave espacial Dragon, lançada no dia 22 de maio em direção à Estação Espacial Internacional (ISS), retorna com uma carga de 660 kg depois de transportar pouco mais de meia tonelada, marcando a primeira missão espacial a este posto orbital por parte de uma empresa privada.

O bem-sucedido voo foi considerado pelas autoridades e pelos especialistas como o início de uma nova era nos voos espaciais comerciais, na qual empresas privadas poderão substituir a Nasa no transporte de carga e tripulação ao laboratório orbital.

O fim, em 2011, do programa de ônibus espaciais da Nasa, após três décadas de serviço, deixou até agora a Rússia como única nação capaz de transportar astronautas e equipamentos à estação orbital.

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AFP
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Primeira nave privada na ISS deixa a estação espacial

Imagem divulgada pela Nasa mostra nave em posição reversa para deixar a estação. Foto: AP

Imagem divulgada pela Nasa mostra nave em posição reversa para deixar a estação
Foto: AP


A cápsula privada não tripulada Dragon, da companhia americana SpaceX, desacoplou com sucesso da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nesta quinta-feira. O pouso está programado para as 14h44 em águas do Pacífico, próximo à Califórnia. É a primeira nave privada a ir à ISS.

"Temos um longo caminho pela frente com a SpaceX", disse o diretor da missão, John Couluris, em um relatório à imprensa na véspera do retorno da nave após uma missão de sete dias na estação orbital.

"Já conseguimos uma vez", acrescentou, referindo-se ao voo de teste da Dragon, em dezembro de 2010, quando a cápsula entrou em órbita e retornou com segurança pela primeira vez. "Mas ainda é uma fase do voo muito desafiadora", acrescentou. "Não a estamos encarando com leveza", emendou.

Três embarcações aguardam o pouso, que não traz astronautas. Segundo a Nasa, caso algo dê errado, não há nada na nave considerado insubstituível. "Não há nada voltando para casa que não possamos deixar de recuperar", disse Holly Ridings, diretor de voo da Nasa.

Até que companhias privadas desenvolvam um veículo capaz de transportar humanos à estação orbital de US$ 100 bilhões, os astronautas dependem das cápsulas russas Soyuz ao custo de US$ 63 milhões.

Também foi construída para transportar até sete pessoas ao espaço, enquanto a Soyuz transporta três. De propriedade do bilionário da internet Elon Musk, a SpaceX pretende começar a levar pessoas à Estação Espacial Internacional em 2015.

Com informações da AFP.

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Terra

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Telescópio de alta resolução permitirá ver detalhes do universo

Na imagem, concepção artística do NuSTAR, que será lançado dia 13 de junho pela Nasa. Com o telescópio, cientistas verão objetos celestes maiores, .... Foto: Nasa/JPL-Caltech/Divulgação

Na imagem, concepção artística do NuSTAR, que será lançado dia 13 de junho pela Nasa. Com o telescópio, cientistas verão objetos celestes maiores, mais densos e mais carregados de energia de forma nova
Foto: Nasa/JPL-Caltech/Divulgação


A Nasa anunciou nesta quarta-feira que está pronta para lançar, no dia 13 de junho, o telescópio NuSTAR (Nuclear Spectorscopic Telescope Array - ou Matriz de Telescópios Eletroscópicos Nucleares) de raios-X, capaz de examinar o universo e os buracos negros com uma resolução nunca antes vista, o que permitirá conhecer melhor a evolução do cosmo.

Raio-X? Radiotelescópio? Entenda os comprimentos de onda e mais

"O NuSTAR nos ajudará a compreender como o nosso universo evoluiu do estado simples do Big Bang até se transformar em algo tão complexo atualmente", afirmou, em entrevista coletiva, Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica da Nasa, na sede da organização em Washington.

"Veremos os objetos celestes maiores, mais densos e mais carregados de energia de forma fundamentalmente nova", explicou Fiona Harrison, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e principal encarregada científico do NuSTAR.

O NuSTAR será o primeiro telescópio espacial capaz de criar imagens cósmicas a partir de raios-X de alta energia, do mesmo tipo que os utilizados para gerar imagens do esqueleto humano ou para escanear bagagens nos aeroportos, afirmaram os astrofísicos.

O telescópio vai gerar imagens com uma resolução dez vezes maior do que a obtida com os telescópios atuais e será mais de cem vezes mais sensível do que seus antecessores que funcionam na mesma parte do espectro eletromagnético.

O NuSTAR poderá, assim, captar a alta energia dos raios-X através da poeira e do gás que obstruem a observação das galáxias, os buracos negros e as estrelas de nêutrons situadas no coração da Via Láctea.

O novo telescópio será colocado em órbita por um foguete Pegasus, lançado em pleno voo por um avião Lockeed L-1011, uma grande aeronave com três turbinas batizado de Stargazer, da Base de Testes Reagan, no atol Kwajalein, nas Ilhas Marshall, Pacífico.

Depois do lançamento em 13 de junho, o Stargazer lançará o foguete às 15H30 GMT (12h30 de Brasília). O Pegasus levará o NuStar à órbita terrestre baixa, informou a Nasa.

O objetivo da missão é trabalhar em concordância com outros telescópios no espaço, como o observatório de raios-X da Nasa Chandra, que estuda os raios-X de baixa energia, ou o XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia, informou a Nasa.

Em sua primeira fase de dois anos, a missão NuSTAR mapeará certas regiões do céu para recensear as estrelas mais profundas e distantes, bem como buracos negros de diferentes tamanhos. Para isso, examinará as regiões que rodeiam o centro da Via Láctea.

O novo telescópio também fará observações do universo profundo, além da Via Láctea, permitindo compreender melhor as emissões de partículas das galáxias mais extremas, como a Centaurus A, onde ficam os buracos negros supermaciços.

AFP
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Terremoto de 2011 no Japão afetou a ionosfera, diz Nasa

O terremoto seguido por tsunami que atingiu o norte do Japão em março de 2011 afetou também os céus, perturbando os elétrons no topo da atmosfera. A constatação foi feita pela Nasa.

A onda de energia do fenômeno sísmico alcançou a ionosfera, camada mais alta e fina da atmosfera, entre 80 e 805 km acima da superfície terrestre. É nessa camada que a radiação ultravioleta solar decompõe as moléculas e cria uma névoa de elétrons e íons. Em imagens divulgadas na sexta-feira, a Nasa mostrou como as perturbações terrenas do terremoto e do tsunami ecoaram no movimento de elétrons muito distantes. Esse movimento foi monitorado por meio dos sinais de GPS trocados entre satélites e receptores em terra.

Cientistas já haviam visto esse fenômeno antes, em tsunamis ocorridos em Samoa (2009) e Chile (2010). O episódio japonês, no entanto, ocorreu em uma região mais monitorada por uma densa rede de receptores de GPS, segundo nota da Nasa. O mesmo tsunami causou um grave acidente nuclear na usina de Fukushima.

Reuters
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Técnica pode ajudar a compreender formação da Via-Láctea

Método que revela idade de estrelas pode ajudar astrônomos a compreender sequência de eventos que levaram à formação da galáxia logo após o Big Bang. Foto: NASA/JPL-Caltech /Divulgação

Método que revela idade de estrelas pode ajudar astrônomos a compreender sequência de eventos que levaram à formação da galáxia logo após o Big Bang
Foto: NASA/JPL-Caltech /Divulgação


Quatro estrelas moribundas no halo da Via-Láctea estão dando uma luz nova no que se sabe sobre o nascimento de nossa galáxia. Uma nova técnica revelou as idades dessas estrelas, e aplicar o mesmo método a outras deve fazer com que compreendamos melhor como a galáxia se reuniu após o Big Bang. As informações são da revista Science.

Infográfico desvenda questões mais curiosas da astronomia

Para deduzir a evolução precoce da Via-Láctea, os astrônomos tem que medir as idades das estrelas mais velhas. A maioria das estrelas da galáxia, incluindo o sol, reside em um disco fino, mas as estrelas antigas ficam em um halo em torno desse disco. Os membros mais brilhantes do halo são um aglomerado de estrelas embaladas chamado globulares, cuja idade é sabida pela cor e brilho de suas muitas estrelas. Porém, para toda estrela em um aglomerado globular, existem cerca de 100 estrelas no halo por conta própria, e datá-las tem sido um grande desafio.

O astrônomo Jason Kalirai, do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial, em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, criou um novo modo para medir as idades das estrelas individuais do halo. A técnica explora o conceito básico da evolução estelar: quanto mais pesada é uma estrela, mais rapidamente ela morre. Estrelas de halo morrem se transformando em gigantes vermelhas, e depois em anãs brancas - estrelas densas um pouco maiores que a Terra. Anãs brancas não têm atividade nuclear, então, esfriam e desaparecem - e com elas suas idades. Assim, as mais quentes e mais brilhantes dessas estrelas apagadas entraram no estágio de anãs brancas mais recentemente.

O astrônomo Timothy Beers, diretor do Observatório Nacional de Kitt Peak, no Arizona, afirma que o método utilizado por Kalirai pode ser usado para datar outras estrelas no halo interno, mas também no externo, que prevalece além da borda do disco estelar da Via-Láctea.

"Isso é exatamente o que quero fazer no futuro", diz Kalirai. Ele espera, baseado em simulações de como as galáxias se formam, que o halo exterior da Via-Láctea seja mais velho. Suas estrelas provavelmente surgiram cerca de 13,5 bilhões de anos atrás em pequenas galáxias que a Via-Láctea incorporou.

Se Kalirai conseguir estabelecer as idades de diferentes partes do halo, astrônomos poderão ter uma ideia mais clara da sequência de eventos que levaram à formação da galáxia logo após o Big Bang.

Primeiramente, Kalirai analisou anãs brancas quentes do aglomerado globular de estrelas mais próximo, o M4, que fica na constelação de Escorpião e tem 12,5 bilhões de anos. Os espectros das anãs brancas indicam que as estrelas são 53% mais massivas que o sol.

Então, o astrônomo estudou quatro anãs brancas quentes que não residem em um aglomerado globular, mas que pertencem ao halo interno, o componente do halo que domina nas imediações do sol. As quatro são tão quentes - de 14 mil a 20 mil Kelvin - que elas são azuis, demonstrando que viraram anãs brancas há pouco tempo. Kalirai descobriu que elas são 55% mais massivas que o sol, mais massivas que as recém-formadas anãs brancas do M4, e então veio de progenitores mais pesados e de menor duração.

Segundo o relatório publicado por Kalirai hoje na revista Nature, as quatro anãs brancas significam que a idade do halo interior é de cerca 11,4 bilhões de anos, mais jovem que o mais velho aglomerado globular, que tem 13,5 bilhões de anos.

Terra

Fenômeno raro: Vênus transitará pelo Sol no dia 5 de junho

Em menos de uma semana, os admiradores do espaço sideral terão uma oportunidade única: observar a passagem do Planeta Vênus pelo Sol. O fenômeno ocorrerá no próximo dia 5 em praticamente toda a Terra, segundo a agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa. De acordo com os especialistas, os trânsitos de Vênus são raros e ocorrem aproximadamente a cada século. A previsão é que o fenômeno não se repita até 2117.

O fenômeno começará por volta das 15h na região do Pacífico (16h em Brasília). A Nasa informou que a passagem de Vênus pelo Sol poderá ser observada em alguns países a olho nú, como o Chile, por exemplo. Os especialistas recomendam que o fenômeno não deve ser observado diretamente (sem proteção), pois a luz é intensa.

A orientação, segundo os técnicos, é usar um tipo de proteção. Os que tiverem oportunidade podem procurar os clubes de astronomia que dispõem de telescópios solares, específicos para a observação de fenômenos como o que ocorrerá no dia 5 de junho. De acordo com especialistas, a imagem é do Sol em vermelho dominado por Vênus.

Pelos dados da Nasa, os primeiros trânsitos de Vênus foram identificados no século 18. O astrônomo Edmund Halley observou os movimentos de Vênus ao analisar o Sol e a Terra. Em 1760, o navegador e cartógrafo inglês James Cook foi enviado pelas autoridades da época para observar os trânsitos de Vênus do Tahiti.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5803118-EI301,00-Fenomeno+raro+Venus+transitara+pelo+Sol+no+dia+de+junho.html#tinfo

Agência Brasil

terça-feira, 29 de maio de 2012

Asteroide é descoberto um dia antes de passar 'raspando' na Terra

Mosaico divulgado pelo observatório Catalina mostra os registros feitos do asteroide. Foto: Divulgação

Mosaico divulgado pelo observatório Catalina mostra os registros feitos do asteroide
Foto: Divulgação


Uma pedra de 10 m de diâmetro foi descoberta por um astrônomo nos Estados Unidos um dia antes de passar a 14 mil km do nosso planeta - para se ter ideia, a distância média da Terra à Lua é de 384 mil km. Segundo o observatório italiano de Remanzacco, que cita dados do Laboratório de Propulsão à Jato (JPL) da Nasa, é a sexta passagem mais próxima já registrada sem atingir nosso planeta.

Qual é a diferença entre asteroide, meteorito e meteoro? Saiba mais
Conheça a escala de risco e quais são os perigos dos asteroides

Os astrônomos italianos afirmam que a passagem, que ocorreu na tarde desta terça-feira, não ofereceu nenhum risco. A descoberta foi feita por Alex Gibbs, do observatório Catalina, no Estado americano do Arizona.

Segundo o astrônomo Tony Philips, do site spaceweather.com, o asteroide - nomeado de 2012 KT42 - não causaria grande destruição. Ele seria, afirma o pesquisador, certamente destruído na entrada na atmosfera e chegariam ao solo apenas pequenos meteoritos. O JPL não estimou o risco do asteroide na Escala de Turim já que o objeto foi considerado muito pequeno para apresentar perigo.

Terra

China lança satélite para estudar recursos e evitar desastres

A China lançou nesta terça-feira seu satélite de detecção remota "Yaogan XV", desde seu Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, ao norte da China, para realizar experimentos científicos, informou a agência oficial de notícias Xinhua.

O satélite foi lançado às 15h31 locais (4h31 de Brasília) a bordo do transportador Gran Marcha 4B e alguns de seus objetivos são estudar os recursos da Terra, analisar o rendimento dos cultivos e reduzir os desastres naturais e preveni-los, segundo a agência.

Com o "Yaogan XV" também foi posto em órbita o satélite "Tiantuo I" para a recepção de dados do Sistema de Identificação Automática de navios, a captação de imagens ópticas e a coleta de informação sobre experimentos de exploração espacial.

EFE
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segunda-feira, 28 de maio de 2012

vc repórter: asteroide passa a 40 mil km da Terra nesta 2ª

Um asteroide passará a apenas 0,1 LD (distâncias lunares) da Terra nesta segunda-feira, aproximadamente 40 mil km, distância considerada pequena em termos espaciais. Não há risco de colisão com o planeta, mas ele chegará bem próximo a satélites que orbitam a atmosfera terrestre.

De acordo com o Jet Propulsion Laboratory (JPL), o asteroide, batizado de 2012 KP24, possui entre 15 m e 33 m de diâmetro e viaja a 13,2 km/s. O KP24 tem magnitude 26,3. O JPL é o órgão que coordena esforços da Nasa - agência espacial americana - para detectar, rastrear e caracterizar asteroides potencialmente perigosos que se aproximam da Terra.

O asteroide foi descoberto na última quarta-feira, 23 de maio. Ainda neste ano, no dia 8 de outubro, ele deverá se aproximar novamente da Terra mas, desta vez, a mais de 100 mil km.

Os internautas Marcos Caires Clemente, de Indaiatuba (SP), e Ricardo Silva, de São Paulo (SP), participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos,clique aqui.

vc repórter
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SP: objeto misterioso visto no céu de Bauru assusta moradores

O objeto desceu devagar e, aparentemente em chamas, foi visto na região do aeroporto Moussa Tobias. Foto: YouTube/Reprodução

O objeto desceu devagar e, aparentemente em chamas, foi visto na região do aeroporto Moussa Tobias
Foto: YouTube/Reprodução


Um objeto luminoso e não identificado chamou a atenção dos moradores de Bauru, distante 352 km de São Paulo, na tarde do último domingo, por volta das 17h30. Filmado e fotografado por diversas pessoas, as imagens tiveram centenas de compartilhamento nas redes sociais.

O objeto desceu devagar e, aparentemente em chamas, foi visto na região do aeroporto Moussa Tobias caindo em direção à avenida Nações Unidas Norte. O "óvni" pôde ser visto pelos moradores por mais de cinco minutos no céu de Bauru. Apesar da impressão de queda, nenhuma ocorrência foi registrada até o momento. Nesta segunda-feira o assunto ganhou os comentários tanto nas ruas como na imprensa local. Nas redes sociais, alguns internautas apostam em se tratar de um meteorito. Outros vão mais longe e acreditam se tratar de uma suposta aparição de um óvni.

Filmou o objeto? Conseguiu identificá-lo? Envie fotos, relatos e vídeos para o vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra, clicando aqui!

Terra