sexta-feira, 31 de agosto de 2012

EUA hasteiam bandeiras a meio mastro em funeral de Neil Armstrong

Por determinação do presidente Barack Obama, as bandeiras de prédios públicos ficam em meio mastro nesta sexta-feira em homenagem a Armstrong. Foto: AFP

Por determinação do presidente Barack Obama, as bandeiras de prédios públicos ficam em meio mastro nesta sexta-feira em homenagem a Armstrong
Foto: AFP


As bandeiras dos Estados Unidos tremulavam a meio mastro em todo o país, nesta sexta-feira, em memória do astronauta Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, cujo funeral privado era celebrado em Ohio (norte).

Conheça a biografia e curiosidades e veja frases sobre Armstrong

Familiares e amigos de Armstrong, que morreu no sábado passado aos 82 anos, se reuniram no clube no subúrbio Indian Hill de Cincinatti para sua última despedida, noticiou o jornal The Cleveland Plain Dealer. "O primeiro passo de Neil Armstrong na Lua abriu o caminho para os demais serem os ''primeiros'' a pisar em outro planeta", disse Charles Bolden, diretor da Nasa - a agência espacial americana.

"Temos a obrigação de continuar com este legado excepcionalmente americano", acrescentou Bolden, ele mesmo um ex-astronauta, durante o funeral, segundo texto difundido pela agência. "Uma nação agradecida enaltece e saúda um humilde servidor que respondeu ao chamado e se atreveu a sonhar", afirmou.

O funeral, ao qual só compareceram convidados e não teve cobertura da mídia, reflete a natureza intensamente privada do próprio Armstrong. Um funeral público está previsto para 12 de setembro em Washington. O The Cleveland Plain Dealer reportou que os elogios fúnebres seriam lidos pelos dois filhos de Armstrong e que também estavam previstos discursos do senador republicano Rob Portman e do empresário e amigo do astronauta, Charles Mechem.

Na seguda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou pôr as bandeiras a meio mastro nos edifícios públicos no dia do funeral de Neil Armstrong. A ordem se refere a bandeiras que tremulam na Casa Branca, nos edifícios federais, nas bases militares e nos navios de guerra em qualquer lugar do mundo, assim como em embaixadas e consultados americanos.

Armstrong, que morreu no sábado aos 82 anos de complicações que surgiram após a realização de uma recente cirurgia cardíaca, tornou-se um ícone mundial no instante em que pisou na Lua, em 20 de julho de 1969. O astronauta, que se criou em Ohio e voou pela Marinha antes de entrar no programa espacial americano, foi condecorado em 17 países e recebeu grande quantidade de honrarias dos Estados Unidos, mas nunca se sentiu confortável com a fama e se manteve longe do centro das atenções.

Dois de seus companheiros, os astronautas aposentados Eugene Cernan e James Lovell, que também viajaram à Lua em missões da Apolo, também homenagearam Armstrong com um discurso no Centro Médico Infantil de Cincinatti.

A família de Armstrong pediu para as pessoas que desejam fazer contribuições, que enviem doações ao Centro Médico Infantil, além da Fundação Telluride e do Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6120334-EI301,00-EUA+hasteiam+bandeiras+a+meio+mastro+em+funeral+de+Neil+Armstrong.html#tphotos

Com informações da AFP e da EFE.

Terra

Funeral de Armstrong está previsto para hoje; cerimônia será privada

Ex-astronauta recebeu homanegens do público no Museu Espacial e Aéreo Armstrong, em Ohio. Foto: Reuters

Ex-astronauta recebeu homanegens do público no Museu Espacial e Aéreo Armstrong, em Ohio
Foto: Reuters


Está previsto para acontecer nesta sexta-feira o funeral de Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua que morreu no dia 25 de agosto, aos 82 anos, devido a complicações cardíacas. Uma cerimônia privada para familiares e amigos do ex-astronauta será feita na cidade de Cincinnati, no Estado americano de Ohio.

Leia a biografia, curiosidades e frases sobre Armstrong

Segundo a família, o ato não será aberto ao público - Armstrong era conhecido por prezar pela privacidade e raramente concedia entrevistas ou sequer dava autógrafos aos fãs. A Nasa afirma que chegou a ser discutida uma possível homenagem pública ao astronauta, mas um porta-voz dos familiares disse não haver detalhes ainda.

Em nota publicada hoje no site oficial, a Nasa afirmou que as conquistas de Armstrong serão lembradas para sempre, assim como sua graça e humildade, que serão sempre admiradas. "Conforme tomamos um passo gigantesco na exploração humana do nosso vasto universo, destacamos esse herói. Temos a obrigação de carregar sua legacia Americana".

Coração
Armstrong descobriu durante exames em um hospital que quatro artérias coronárias estavam entupidas e teve que passar por uma cirurgia de emergência no início de agosto. O ex-astronauta vivia em Cincinnati, onde fica o hospital no qual fez os exames e foi operado.

À TV NBC, Gene Cerman (que esteve na Lua na Apollo 17) relatava uma conversa que teve à época com Carol Armstrong (mulher de Neil) e ela afirmou que ele se recupera bem após o procedimento. Armstrong tinha uma vida recatada. Sua última aparição pública foi no Congresso, em novembro do ano passado, quando defendeu a Nasa - a agência espacial americana - dos cortes no orçamento e recebeu uma medalha dos parlamentares.

O homem reservado
Armstrong nasceu em Wapakoneta, no Estado americano de Ohio, em 1930. Ele foi um apaixonado pela aviação e deixou a universidade em 1950 para lutar na Guerra da Coreia. Na luta, participou de 78 combates aéreos. Após o conflito, começou a trabalhar como piloto de teste, levando a aeronave X-15 - um misto de avião e foguete - ao limite com o espaço. Foi um dos primeiros astronautas civis e participou do programa Gemini, da Nasa.

Em uma missão, uma falha no equipamento quase fez com que a nave se perdesse no espaço. Armstrong, conhecido por sua calma e frieza em momentos de crise, usou um sistema reserva para parar a nave (que girava sem controle) e fazer um pouso de emergência no Pacífico.

Mas foi o programa Apollo que eternizou o nome deste americano. Atrás dos soviéticos na corrida espacial (que já tinham mandado o primeiro satélite artificial e o primeiro homem ao espaço), o então presidente americano John F. Kennedy prometeu, em 1962, que até o fim da década iria mandar alguém para a Lua.

A preparação incluiu o treinamento para aprender a controlar o módulo lunar. Foi outro momento em que ele esteve próximo da morte. O astronauta teve que ejetar durante um voo para não morrer na queda do equipamento.

Em 16 de julho de 1969, Armstrong deixava a Terra a bordo de um gigantesco foguete Saturn V (o maior já construído pelo ser humano) ao lado dos também americanos Buzz Aldrin e Mike Collins. No dia 20 do mesmo mês, Armstrong anuciava: "A águia pousou". Pouco depois, pisava no nosso satélite natural ao lado de Aldrin. Collins ficou em um módulo em órbita.

Após a Apollo 11 e todas as honrarias que recebeu pelo feito, Armstrong dificilmente apareceu em público. Ele deixou a Nasa e foi para a Universidade de Cincinnati e depois trabalhou em empresas particulares. O homem reservado decepcionava muitos fãs ao frequentemente negar autógrafos e também aos jornalistas que pediam entrevistas. "Não quero ser um monumento vivo".

"No meu ponto de vista, uma grande conquista da Apollo foi a demonstração de que a humanidade não está presa para sempre no seu planeta", disse Armstrong em uma rara aparição.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6119308-EI301,00-Funeral+de+Armstrong+esta+previsto+para+hoje+cerimonia+sera+privada.html#tphotos

Com informações de Agências Internacionais

Terra

Fenômeno raro, Lua Azul ocorrerá na noite desta sexta-feira

Fenômeno acontece a cada dois ou três anos. Foto: Arquivo/Getty Images

Fenômeno acontece a cada dois ou três anos
Foto: Arquivo/Getty Images


Um fenômeno raro no céu ocorrerá na noite desta sexta-feira, chamado de Lua Azul. Segundo definição popular, uma Lua Azul é a segunda lua cheia em um mesmo mês, que acontece com a frequência de uma vez a cada dois ou três anos. De acordo com o físico do Observatório Astronômico do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) Jorge Honel, agosto terá a segunda lua cheia por que a primeira ocorreu no primeiro dia do mês, dando uma diferença de 29,53 dias entre uma e outra, ideal para o fenômeno ocorrer.

Segundo ele, por causa dessa diferença de tempo para o fenômeno acontecer, fevereiro é o único mês do ano que não tem possibilidade de ocorrer a Lua Azul. Esse nome surgiu a partir do anuário astronômico americano do século XIX, quando um astrônomo deu o nome de Blue Moon para a segunda lua cheia que aconteceria em um mesmo mês. O nome, portanto, não está relacionado diretamente à cor do corpo celeste. Na língua inglesa, a expressão "a cada Lua Azul" é utilizada para indicar eventos possivelmente raros.

Diferente do que o nome indica, o fenômeno não apresenta um brilho mais intenso, não tem uma coloração azulada e não sofrerá nenhuma mudança de fato. Para o astrônomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro Naelton Mendes de Araújo, o fenômeno é mais cultural do que astronômico. Ela poderá ser vista de qualquer lugar do mundo e é uma lua cheia normal. A próxima Lua Azul está prevista para ocorrer em julho de 2015.

A última vez que o fenômeno apareceu no céu foi no dia 31 de dezembro de 2009, o tipo mais raro de ocorrência. Segundo Honel, o dia é considerado difícil de ocorrer por coincidir com a véspera de Ano Novo. "Todos os meses que têm 31 dias estão sujeitos a ter a Lua Azul, e por causa do período lunissolar (calendário baseado nos movimentos da Lua e do Sol), em determinados meses o fenômeno pode ocorrer mais facilmente", explica.

Terra

Busca por Terras e origem do Universo pautam astrônomos na China

Os avanços na busca das origens do Universo e dos planetas similares à Terra foram os principais assuntos discutidos na 28ª edição da Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, encerrada nesta sexta-feira em Pequim, na China.

Durante duas semanas, mais de 2 mil astrônomos compartilharam seus descobrimentos e experiências neste evento trienal, iniciado em 1922 e que nesta ocasião foi sediado em um dos países que aposta com maior ambição na pesquisa do espaço.

Os futuros observatórios solares, a construção de "supertelescópios" no Chile e no Havaí (EUA) e os avanços no descobrimento de objetos cada vez menores no espaço foram alguns dos temas que mais foram abordados durante as conferências.

"Um dos objetivos é encontrar um planeta o mais similar possível com a Terra; estão se descobrindo 'Jupíteres', mas podemos descobrir planetas menores", contou à Agência Efe David Montes, astrofísico da Universidad Complutense de Madri e um dos participantes da assembleia.

Nesta 28ª edição da assembleia, os astrônomos também anunciaram um importante descobrimento, o do primeiro sistema multiplanetário e circumbinário (dois planetas orbitando ao redor de dois sóis), batizado como Kepler-47 e situado na constelação do Cisne da Via Láctea, há 5 mil anos luz da Terra.

A China, uma civilização que durante séculos foi uma das mais avançadas em astronomia (por exemplo, na previsão de eclipses ou na observação de supernovas, que os chineses chamavam de "convidadas"), possui uma grande intenção de colaborar com a procura dessa nova "Terra", já que possui telescópios e observatórios na Antártida.

O país asiático é um dos que aposta com mais ambição na pesquisa do espaço, tanto com seu programa de missões tripuladas como por sua intenção de construir seu próprio telescópio solar e aumentar o potencial de seus observatórios no Polo Sul.

"Agora, a China tem tanta capacidade em ciência que praticamente se iguala a todos os projetos europeus e americanos", afirmou à Agência Efe Valentín Martínez Pillet, coordenador de projetos do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias.

Segundo Pillet, se os chineses se esforçarem em torno dos mesmos objetivos da Nasa e da Agência Espacial Europeia poderia haver mais dados e "seria estupendo".

Outra linha de pesquisa muito viva na astrofísica atual é o estudo da origem do Universo: o "Bing Bang" já não é um mistério, mas ainda não há um consenso sobre o que se passou desde aquela grande explosão inicial ao atual Universo.

"Graças a uma nova câmara no Telescópio Espacial, há dois ou três anos, estamos começando a analisar como se formaram os primeiros objetos, descobrindo que eram muito menores que o tamanho das galáxias atuais", explicou Ignacio Trujillo, também cientista do Observatório Astrofísico das Ilhas Canárias.

"Tínhamos visto a explosão do 'big bang' com a radiação de fundo, mas nos faltava unir esses períodos primitivos até o universo próximo", declarou o especialista, que ressaltou que outro dos desafios é ver qual vai a ser o futuro do telescópio das Canárias, o maior atualmente. No entanto, em dez anos, ele será superado pelos do Chile e Havaí.

Os chineses, de fato, poderiam ter interesse em usar o arquipélago espanhol para seus projetos paralelos aos internacionais. "Uma possibilidade é que países como China e a Índia, que estão investindo muito dinheiro agora, decidam pôr nas Canárias um telescópio com estas mesmas características", explicou Trujillo.

Em relação à vida em outros planetas, essa não parece ser uma grande obsessão dos cientistas, sendo que alguns, como o Nobel de Física de 2011, Brian Schmidt, dizem que talvez seja melhor nem buscá-la.

"Provavelmente não é o mais inteligente dizer aos alienígenas onde estamos, já que um encontro com eles poderia não ser muito agradável", assinalou o cientista na assembleia, enquanto Martínez Pillet afirmou que avanços neste sentido são inevitáveis.

"Esses avanços serão alcançados em alguma missão que será lançada não antes de 2030 e 2040. Nesse período de 10 anos é possível que a Nasa e a Agência Espacial Europeia lancem uma missão que permita encontrar moléculas orgânicas na atmosfera de outros planetas", completou.

EFE
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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Astronautas falham ao instalar novo distribuidor elétrico na ISS

A astronauta americana Sunita Williams e o japonês Akihiko Hoshide não conseguiram instalar um novo distribuidor elétrico na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), em substituição a outro, que está estragado, durante a expedição espacial realizada nesta quinta-feira.

Os astronautas conseguiram retirar e armazenar a peça estragada, mas tiveram dificuldades para fixar a nova em uma das principais vigas da estação espacial internacional, que orbita a 380 quilômetros da Terra.

A estação tem quatro quadros elétricos que distribuem a eletricidade aos canais de energia da estação.

A peça retirada começou a dar problemas em outubro de 2011 e, apesar de não ter deixado de funcionar totalmente, não operava em plena capacidade, os especialistas da Agência Espacial Americana (Nasa) temiam que ela falhasse a qualquer momento, e a partir daí, decidiram substituí-la.

No entanto, apesar das mais de 8h em que os astronautas estiveram no espaço, não conseguiram fixar a nova peça, que ficará como tarefa pendente para a próxima missão espacial realizada pela tripulação da ISS, assim como a substituição de uma câmara no braço robótico canadense Canadarm2.

"Infelizmente não completamos todas as nossas tarefas", informou em uma videoconferência após concluir a missão, o diretor do programa da ISS da Nasa, Michael Suffredini.

Suffredinni destacou o "excelente trabalho" de toda a equipe e explicou que estão avaliando se há tempo para programar outra caminhada espacial para os membros da expedição 32 à ISS, decisão a ser tomada nas próximas semanas.

A Nasa não teme que o contratempo afete a eletricidade da estação, já que contam com recursos suficientes para distribuir e compartilhar a energia de forma equilibrada.

Os astronautas cumpriram com sucesso a segunda das principais tarefas previstas para hoje, que era a conexão de dois cabos para receber um novo módulo de laboratório russo no ano que vem.

A missão, que tinha previsão de duração de 6h30, se prolongou por conta do imprevisto e foi a terceira mais longa da história, durando 8h56.

Essa foi a quinta expedição espacial para Williams, que completou 37 horas e 34 minutos em atividades extraveiculares, enquanto eram as primeiras do astronauta japonês.

Os astronautas completaram a missão 164 em apoio aos trabalhos de montagem e manutenção do laboratório espacial, um projeto de mais de US$ 100 bilhões no qual trabalham mais de 12 de países. EFE

elv/nvo/tr

EFE
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Descoberta do 1º objeto do Cinturão de Kuiper completa 20 anos

Descoberta do 1º objeto do Cinturão de Kuiper completa 20 anos. Foto: ESO/Divulgação

Descoberta do 1º objeto do Cinturão de Kuiper completa 20 anos
Foto: ESO/Divulgação


Gerard Kuiper foi um daqueles astrônomos que contribuíram muito com a ciência. Por exemplo: ele propôs a teoria de que nossos planetas se formaram a partir da condensação de uma grande nuvem de gás e poeira que existia ao redor do Sol. Ele ainda descobriu a lua Miranda, de Urano; previu com exatidão a composição dos anéis de Saturno; a composição da atmosfera de Marte; a existência de água em forma de gelo no planeta vermelho; ele previu até a sensação de pisar na superfície da Lua (Neil Armstrong confirmou: "como caminhar na neve"). Contudo, a maior hipótese deste holandês veio a eternizar seu nome, e foi uma dupla de astrônomos que confirmou sua existência há 20 anos.

Saiba a diferença entre planeta, planeta-anão, exoplaneta e mais

Já se conhecia o Cinturão de Asteroides, que existe entre Marte e Júpiter. Kuiper, contudo, previu em um artigo de 1951 que existiria um grupo de objetos além de Plutão, vestígios da formação do Sistema Solar. O primeiro desses objetos foi descoberto em 1992 (chamado de 1992 QB1) por David Jewitt e Janet Luu com um telescópio no Havaí. Esse asteroide, afirma o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), tem uma luminosidade 6 mil vezes menor do que conseguimos ver a olho nu.

A região com esses corpos acabou por receber o nome Cinturão de Kuiper em homenagem ao astrônomo - o holandês não foi o primeiro a prever a existência desses objetos, mas acabou por ganhar a fama.

Três planetas-anões estão por lá: Makemake, Haumea e Éris (além deles, Ceres, no Cinturão de Asteroides - aquele mais próximo -, e Plutão também estão nessa categoria). Foi a descoberta de Éris, em 2005, que levou a uma das maiores polêmicas dos últimos anos na astronomia.

Como Éris era maior que Plutão, veio a dúvida: teremos um 10º planeta no Sistema Solar? A decisão da União Astronômica Internacional, no ano seguinte, foi de "rebaixar" Plutão a planeta-anão (classificação criada no mesmo encontro). Éris e outros corpos gigantes que foram descobertos entraram nessa categoria.

Terra

Telescópio da Nasa detecta buracos negros e galáxias 'escondidas'

Imagem feita pelo telescópio Wise mostra cerca de mil objetos que até então não eram vistos no Universo. Foto: Nasa/Divulgação

Imagem feita pelo telescópio Wise mostra cerca de mil objetos que até então não eram vistos no Universo
Foto: Nasa/Divulgação


Um telescópio especial detectou milhões de buracos negros supermaciços e galáxias com temperaturas extremamente altas, que estavam "escondidos" atrás de uma nuvem de poeira interestelar.

O Wide-Field Infrared Survey Explorer (Wise), telescópio da agência espacial americana Nasa, conseguiu captar comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros, o que fez com que eles conseguissem enxergar e mapear pela primeira vez alguns dos objetos mais iluminados do Universo.

A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos negros se formam.

Caçador de buracos negros
Os astrônomos já sabiam que a maioria das galáxias possuem buracos negros no seu centro, que são "alimentados" com gases, poeira e estrelas ao seu redor. Às vezes, os buracos negros soltam energia suficiente para impedir a formação de estrelas.

A forma como estrelas e buracos negros evoluem juntos, no entanto, continua sendo um mistério para os cientistas. A esperança é que os dados do telescópio Wise possibilitem novas descobertas neste ramo. O Wise tem capacidade de detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão dos telescópios atuais. Isso permite ao equipamento fazer diversas descobertas inéditas na ciência.

O telescópio ganhou a fama de "caçador de buracos negros". "Nós encurralamos os buracos negros", diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), um dos autores dos três estudos que foram apresentados nesta quarta-feira.

Stern e seus colegas usaram outro telescópio (Nustar) para analisar os dados dos buracos negros captados pelo Wise e apresentaram os dados em um artigo que será publicado na revista científica Astrophysical Journal.

Outros dois estudos detalham galáxias com temperaturas extremamente altas e com brilho intenso, que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O termo em inglês para essas galáxias é "hot dust-obscured galaxies", ou hot-Dogs (que também significa "cachorro-quente", em inglês).

Mais de mil galáxias já descobertas são mais de cem vezes mais brilhantes que o Sol da Via Láctea. Os dados da missão Wise estão sendo disponibilizados ao público, para que todos os cientistas possam contribuir nas pesquisas espaciais.

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Nasa lança satélites que podem ajudar a Terra a se proteger do Sol

Vídeo mostra lançamento de sondas que estudarão o Sol


A Nasa lançou nesta quinta-feira do Cabo Canaveral, na Flórida, um foguete Atlas V que deverá pôr em órbita duas sondas para estudar a influência do Sol sobre a Terra e os anéis de radiação que a cercam.

O lançamento aconteceu às 5h05 de Brasília após vários adiamentos devido a problemas técnicos e ao mau tempo na região pela proximidade da tempestade tropical Isaac.

A missão, denominada Radiation Belt Storm Probes (RBSP), tem como objetivo estudar os cinturões de Van Allen, dois anéis gigantes de plasma que envolvem a Terra e onde se concentram as partículas eletrificadas que formam 99% do universo.

Com isso, os cientistas pretendem conhecer melhor o clima espacial próximo à Terra e proteger os humanos e seus sistemas eletrônicos das tempestades geomagnéticas, além de poder estudar o plasma, um ambiente tão diferente do nosso que é considerado crucial para compreender a composição de cada estrela e galáxia.

As sondas RBSP foram desenvolvidas para analisar a forma como o Sol, e em particular as tempestades solares, afetam o entorno terrestre em várias escalas de espaço e tempo.

Outros satélites que orbitam na região estão programados para apagar seus sistemas ou proteger-se quando ocorrem intensas tempestades solares, mas os da missão RBSP seguirão colhendo informação e por isso foram construídos para suportar o bombardeio de partículas e radiação nos cinturões de Van Allen.

A missão é parte do programa "A vida com uma estrela", cujo objetivo é o estudo dos processos fundamentais que podem ter originado o Sol e que incidem no conjunto do sistema solar.

Os instrumentos das sondas proporcionarão as medições que os cientistas necessitam para compreender não só a origem das partículas eletrificadas, mas também os mecanismos que dotam essas partículas de grande velocidade e energia.

As duas sondas RBSP terão órbitas excêntricas quase idênticas, que cobrem toda a região dos cinturões de radiação, e os satélites se cruzarão várias vezes no curso de sua missão. As sondas octogonais pesam mais de 635 kg cada uma e medem 1,85 m de largura e 90 cm de altura.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6114896-EI301,00-Nasa+lanca+satelites+que+podem+ajudar+a+Terra+a+se+proteger+do+Sol.html

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nasa lançará smartphones Android no espaço como satélites

Objetivo da experiência é reduzir o custo da construção de satélites espaciais, já que muitos smartphones oferecem os recursos necessários para .... Foto: Wired/Reprodução

Objetivo da experiência é reduzir o custo da construção de satélites espaciais, já que muitos smartphones oferecem os recursos necessários para transmitir dados à Terra
Foto: Wired/Reprodução


A Nasa, através de seu Ames Research Center no vale do Silício, está desenvolvendo um projeto chamado PhoneSat, que enviará smartphones Android para o espaço, literalmente. De acordo com a Wired, o objetivo da experiência é reduzir o custo da construção de satélites espaciais, já que muitos smartphones oferecem os recursos necessários, como processadores rápidos, câmeras e uma diversidade de sensores. A ideia é chegar ao ponto em que qualquer pessoa interessada possa lançar o seu próprio satélite.

O PhoneSat 1.0, primeiro protótipo que será lançado pela Nasa, custou cerca de US$ 3,5 mil para ser construído. O dispositivo tem formato de cubo, o tamanho de uma xícara, e foi projetado para suportar radiação cósmica. Dentro dele, estará um smartphone do modelo HTC Nexus One, que roda Android, uma antena externa de rádio, baterias externas e um circuito para reiniciar o aparelho caso ele pare de transmitir dados.

O equipamento já foi testado sob diversas condições, incluindo "câmaras de vácuo térmico, mesas de vibração e choque, vôos sub-orbitais com foquetes e balões que atingem grandes altitudes". O lançamento deverá ocorrer em breve, e a primeira missão do PhoneSat 1.0 será enviar imagens do espaço para a Terra.

A próxima estapa, que é o PhoneSat 2.0, irá usar smartphones do modelo Nexus S, da Samsung, junto a um sistema de rádio de duas vias, que permitirá que os pesquisadores controlem o satélite da Terra.

Enquanto a Nasa experimenta com o PhoneSat, uma startup chamada Nano Satisfi está construindo um satélite de programação aberta e uma outra empresa trabalha em um protótipo chamado Skycube, que deverá permitir que as pessoas peguem, aqui na superfície terrestre, fotos direto do espaço através de smartphones.

Em abril deste ano, a Nasa patrocinou um concurso de desenvolvimento de aplicativos Android para o PhoneSat. Entre os projetos que se destacaram estão apps para rastreamento de estrelas e monitoramento de radiação.

Terra

Pela 2ª vez, astrônomo amador descobre explosão estrelar por acaso

 Dave Grennan estava vendo o céu a partir de seu jardim em Dublin com um telescópio quando presenciou o espetáculo. Foto: Reprodução

Dave Grennan estava vendo o céu a partir de seu jardim em Dublin com um telescópio quando presenciou o espetáculo
Foto: Reprodução


Menos de dois anos após descobrir uma explosão estrelar, evento chamado de supernova, um astrônomo amador avistou uma segunda explosão, as únicas já descobertas na Irlanda. Dave Grennan, de 41 anos de idade, estava vendo o céu a partir de seu jardim em Dublin com um telescópio quando presenciou o espetáculo, na noite de 22 de agosto.

"Levei o maior susto da minha vida. Já ia dormir e ao examinar a última foto, quase caí da cadeira. Sabia exatamente o que era, que não se tratava de sujeira na minha câmera, mas de uma supernova", disse ele.

Grennan afirmou que passou as horas seguintes examinando os dados e checando se mais alguém no mundo havia relatado o fenômeno. Ele então contatou a União Astronômica Internacional que reconheceu e catalogou a descoberta como 2012. "Fiquei muito animado de descobrir algo que não havia sido relatado em local algum do mundo antes" disse ele.

Grennan dedicou a descoberta ao astronauta Neil Armstrong, que morreu no sábado e explica que ela não pode ser batizada com seu nome, já que "apenas objetos permanentes recebem nomes". Segundo explica o astrônomo amador, "a explosão pode ser vista por alguns meses e depois desaparece".

A supernova descoberta foi a de uma estrela cem vezes maior que o Sol ocorrida em outra galáxia, chamada IC2 166. O astro tornou-se grande demais e não suportou seu próprio peso, segundo especialistas.

A explosão aconteceu há 123 milhões de anos-luz. "Isso significa que a levou mais de 120 milhões de anos para a luz da explosão viajar pelas profundezas do universo até nosso planeta. É como olhar diretamente para o passado", disse ele.

O desenvolvedor de software já havia descoberto outra supernova em setembro de 2010, usando o mesmo telescópio. Há quatro anos, ele descobriu também um pequeno asteroide, de apenas 3 metros de diâmetro, batizado com o nome de sua mãe, Catherine Griffin, que encorajou seu interesse pelas estrelas quando criança.

BBC Brasil
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Astrônomos detectam açúcar ao redor de uma estrela jovem

Ilustração mostra as moléculas de açúcar presentes no gás que rodeia a estrela. Foto: ESO/EFE

Ilustração mostra as moléculas de açúcar presentes no gás que rodeia a estrela
Foto: ESO/EFE


Uma equipe internacional de astrônomos detectou pela primeira vez açúcar ao redor de um estrela jovem, informou nesta quarta-feira o Observatório Austral Europeu (ESO), sediado na cidade de Garching, no sul da Alemanha. Através das observações do radiotelescópio Alma, situado no Deserto do Atacama (Chile), no planalto de Chajnantor, a 5 mil m de altura, os cientistas conseguiram captar moléculas de glicoaldeído no gás que rodeia a estrela binária jovem Iras 16293-2422, que possui uma massa similar a do Sol e está localizada a 400 anos-luz da Terra.

Astronomia de A a Z: saiba o que é hipernova, ano-luz e quasar

"No disco de gás e pó que rodeia esta estrela de recente formação encontramos glicoaldeído, um açúcar simples que não é muito diferente ao que adicionamos em nosso café", assinalou Jes Jorgensen, do Instituto Niels Bohr da Dinamarca e principal autor do estudo. Segundo o astrônomo, "esta molécula é um dos ingredientes na formação do ácido ribonucleico (RNA), que, assim como o DNA, é um dos ingredientes fundamentais para a vida".

"O que é realmente fascinante é que as observações realizadas com o Alma revelam que as moléculas de açúcar estão caindo em direção a uma das estrelas do sistema", indicou Cécile Favre, da Universidade de Aarhus (Dinamarca).

Desta forma, este achado demonstra que os elementos essenciais para a vida se encontram no momento e lugar adequados para poder existir nos planetas que se formam ao redor da estrela.

O glicoaldeído já tinha sido avistado no espaço interestelar anteriormente, mas esta é a primeira vez que se localiza tão próximo de uma estrela deste tipo, com distâncias equivalentes às que separam Urano do Sol em nosso próprio sistema solar.

"Essa descoberta levanta uma grande dúvida: quão complexas podem vir a ser estas moléculas antes que sejam incorporadas a novos planetas? Isto poderia nos dar uma ideia a respeito da forma como a vida pode se originar em outras partes", ressaltou Jorgensen.

Segundo o cientista, as observações com o Grande Conjunto Milimétrico/Submilimétrico de Atacama, caracterizado por uma grande precisão e sensibilidade, "serão de vital importância para desvendar este mistério".

EFE
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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Curiosity: música é transmitida de outro planeta para Terra pela 1ª vez

Durante evento no JPL, o músico will.i.am, compositor de  Reach for the stars , defendeu o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, arte e .... Foto: EFE

Durante evento no JPL, o músico will.i.am, compositor de Reach for the stars, defendeu o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática
Foto: EFE


Pela primeira vez na história, uma canção gravada foi irradiada para a Terra a partir de outro planeta. Convidados se reuniram nesta terça-feira no Laboratório de Propulsão a Jato (JPLn na sigla em inglês) da NASA, na Califórnia, para escutar Reach for the Stars, do rapper americano will.i.am, depois de a música ser transmitida pela Curiosity em Marte. Após completar uma longa jornada da Terra até o planeta vermelho e voltar, as ondas orquestrais encheram o auditório. A música é uma homenagem do cantor à uma de suas paixões: a ciência. As informações são da Nasa.

"Marte sempre nos fascinou, e o que a Curiosity vai nos dizer sobre nos ajudará a entender se a vida foi ou não possível no planeta", disse o diretor da Nasa, Charles Bolden, por vídeo. No discurso de abertura, o administrador associado para a educação e astronauta Leland Melvin homenageou Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, morto no sábado. "A pegada de Neil na Lua deixou uma marca indelével na história. Talvez um dos estudantes aqui hoje vá ser o primeiro a deixar uma pegada em Marte", declarou.

Na ocasião, o músico will.i.am defendeu o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática (Steam, na sigla em inglês). Os engenheiros da Nasa falaram aos participantes sobre a missão e dos sistemas orbitais envolvidos em obter o arquivo da música de volta de Marte.

Durante o evento, a I am Angel Foundation, de will.i.am, e a Discovery Education anunciaram uma iniciativqa de U$ 10 milhões para educação em sala de aula.

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