segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rússia anuncia base para foguetes espaciais de R$ 1,3 bi

Foguete Soyuz-FG decola no Cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão Foto: AP

Atualmente, a Rússia tem que utilizar base no Cazaquistão para lançar foguetes

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou nesta segunda-feira que o governo irá investir US$ 740 milhões (R$ 1,316 bilhão) nos próximos três anos para a construção de uma nova base no extremo oriente do país. "Confio muito que a base Vostochny se transformará na primeira base nacional civil e garantirá a independência russa em matéria espacial", afirmou Putin durante uma visita de inspeção à sede da corporação aeroespacial Energuia.

Putin explicou que o montante inicial servirá "para colocar as bases" da base, que será menor que a de Baikonur (Cazaquistão). No entanto, segundo a imprensa, o valor não será suficiente para completar sua construção. "É importante que a nova base garanta a manutenção de praticamente todos os projetos espaciais em gestação, incluindo aparatos tripulados e as futuras naves interplanetárias", disse.

O chefe da agência espacial russa (Roscosmos), Anatoli Permínov, adiantou que Vostochny contará com rampas de decolagem, pistas de aterrissagem e plantas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio. "Na construção trabalharão entre 5 mil e 12 mil pessoas de maneira permanente e, eventualmente, um máximo de 30 mil operários", comentou.

Permínov esclareceu que a nova base não contará com tanta infraestrutura como Baikonur, construída pela URSS em 1955, já que será "um terminal espacial menor e mais barato". Após a queda da União Soviética, a Rússia se viu obrigada a alugar as instalações de Baikonur, que se encontram nas estepes cazaques.

Em janeiro de 2004, Putin e o presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, assinaram um novo acordo de aluguel que permitirá a Moscou utilizar Baikonur como seu principal terminal espacial até 2050. De Baikonur, a Rússia realiza 70% dos lançamentos de seu programa espacial civil e militar, e até 80% dos contratos assinados com outros países para localizar em órbita seus satélites de comunicações.

EFE
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