terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nuvens impedem europeus de ver o 1° eclipse parcial do ano

O eclipse foi observado de diversos pontos da Europa, Ásia e África. Foto: Reuters

Em alguns locais da Europa não foi possível observar o eclipse

Europa, Ásia e África assistiram nesta terça-feira ao primeiro eclipse solar parcial do ano de 2011, mas em Paris, Londres e Roma, uma espessa camada de nuvens encobriu o espetáculo.

"Aahhhh, tanto estardalhaço por causa de um eclipse... Tudo que vi foram as nuvens eternas inglesas", comentou no Twitter Romana Alli, do Reino Unido. Já Henning Krause, que analisava o céu do Vale do Rurh na Alemanha, escreveu: "Finalmente, eu vi o eclipse, por uma pequena brecha entre as nuvens acima de Colônia". "Mas não foi o suficiente para tirar uma foto".

Em Paris, o eclipse parcial chegou ao auge perto das 08h (06h, horário de Brasília), cobrindo dois terços do disco solar. Mas lá também, espessas nuvens acabaram com a festa, e era difícil dizer quem era o responsável pela escuridão, se era o mau tempo ou o eclipse.

No sudoeste da França, no sul da Espanha e em Israel, o céu limpo possibilitou um ótimo espetáculo, e muitos observatórios enviaram imagens ao vivo via internet, transmitidas graças aos telescópios equipados com filtros especiais.

Foram os moradores do nordeste da Suécia, no entanto, que tiveram a melhor oportunidade de visualizar ao máximo o fenômeno por volta das 08h50 (06h50, horário de Brasília), perto da cidade de Skelleftea, a cerca de 200 km ao sul do círculo polar ártico. Neste ponto, a Lua encobria quase 90% do Sol.

"Quanto mais alto caminharmos para o norte da Suécia, mais visível é o eclipse", mas nesta época do ano, o sol ainda não nasceu no extremo norte do país, explicou G¶ran Olofsson, professor de astronomia do observatório de Estocolmo. Na Suécia, será preciso esperar até 2126 para poder ver um eclipse total do Sol, precisou.

O eclipse parcial começou quando o cone de sombra criado pela Lua tocou a superfície da Terra na Argélia, por volta das 06h40 (04h40, horário de Brasília), depois se deslocou rapidamente para o leste, em direção à Rússia Central, ao Cazaquistão, à Mongólia e ao nordeste da China - regiões do mundo onde sua aparição correspondeu ao pôr do sol e onde o obscurecimento foi menor. O fenômeno terminou quando a sombra da Lua deixou a Terra, às 11h (09h, horário de Brasília).

Os eclipses solares se produzem durante a fase da Lua Nova, quando a Terra passa pelo cone de sombra do satélite natural que impede a passagem dos raios solares, cobrindo totalmente ou parcialmente a superfície do Sol. Quando a Terra passa apenas pela sombra da Lua, cria-se um eclipse parcial.

Quatro eclipses solares parciais e dois eclipses lunares totais são esperados para o ano de 2011, uma combinação rara que só ocorrerá seis vezes ao longo do século XXI. O próximo eclipse solar parcial acontece no dia 1º de junho e poderá ser visto do leste da Sibéria, norte da China, Alasca e norte do Canadá.

O último eclipse total do Sol ocorreu em 11 de julho de 2010, acima do Pacífico Sul. O próximo será no dia 13 de novembro de 2012, visível na Austrália, Nova Zelândia, Pacífico Sul e América do Sul.

AFP
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