segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Integrantes de voo simulado a Marte realizam 1ª caminhada

Os integrantes do voo simulado a Marte, russo Aleksandr Smoleyevsky e ítalo-colombiano Diego Urbina realizaram nesta segunda-feira a primeira das três caminhadas na "superfície" de Marte, na qual aterrissaram no sábado na maior simulação internacional de um voo ao planeta vermelho.

"Durante séculos, os europeus estudaram a Terra guiados por pessoas como Cristóvão Colombo e Fernão Magalhães. Agora, observando a paisagem do planeta vermelho, posso entender o apaixonante que será vê-lo através dos olhos do primeiro homem que chegar a Marte", declarou Urbina.

Cumprimentou a "todos os cientistas do amanhã" e desejou "um caminho cheio de sucessos", segundo informaram as agências.

"Dedicamos a saída ao simulador da superfície marciana dos membros da tripulação internacional da (experiência) ''Marte-500'' ao 50º aniversário do primeiro voo do homem ao espaço, protagonizado pelo (cosmonauta soviético) Yuri Gagarin (12 de abril de 1961)", disse Smoleyevsky por sua parte.

Os dois "marsonautas" iniciaram sua caminhada com a colocação das bandeiras dos organizadores do projeto: Rússia, a Agência Espacial Europeia e China.

Durante sua saída, se toparam com alguns problemas técnicos: a transmissão começou minutos depois que os "marsonautas" pisassem pela primeira vez a superfície virtual marciana e seu discurso se viu afetado por interferências.

"A primeira caminhada pela superfície de Marte durou 50 minutos menos do que o previsto. A próxima simulação de caminhada, no qual participarão o russo Aleksandr Smolyevsky e o chinês Wang Yue, está programado para 18 de fevereiro", indicou um porta-voz do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia.

A experiência, que começou em 3 de junho de 2010, servirá para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.

Os participantes compartilharão durante um ano e pouco mais de cinco meses os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos que formam o simulador.

Permanecerão isolados do mundo exatamente o tempo que leva o voo de ida e volta a Marte, 490 dias, mais outros 30 de estadia simulada no Planeta Vermelho.

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 este ambicioso projeto, ao que uniu-se posteriormente a China e no qual também colaboram países como os Estados Unidos e a Espanha.

Em novembro de 2007 foi realizada a primeira experiência preparatória no qual seis voluntários russos permaneceram isolados do exterior durante duas semanas.

Em julho do ano passado, ocorreu o primeiro voo simulado ao Planeta Vermelho de 105 dias.

EFE
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