sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Conselho recomenda que Nasa crie telescópio de R$ 2,8 bilhões

O Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos recomendou que um telescópio de US$ 1,6 bilhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) seja uma das prioridades da Nasa - a agência espacial americana - na próxima década. A cada 10 anos, as agências científicas do país pedem à organização, com a ajuda da comunidade astronômica, que indique as prioridades em pesquisa científica. Desta vez, o relatório final foi resultado de dois anos de trabalho, com 17 reuniões e 324 documentos que sugeriam trabalhos de pesquisa. As informações são da New Scientist.

A missão espacial que mais foi recomendada foi chamada de Telescópio de Pesquisa em Infravermelho de Grande Campo (WFirst, na sigla em inglês), uma sonda de 1,5 m que seria lançada em 2020 e orbitaria um ponto gravitacional estável a 1,5 milhões de km da Terra. Assim como o Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês), que será mandado ao mesmo ponto em 2014, o WFirst registraria a luz em infravermelho. Contudo, o novo projeto teria um campo maior de visão, o que permitiria registrar áreas maiores do céu. Além disso, ele custaria menos que o "primo", que saiu por US$ 5 bilhões (cerca de RS 8,8 bilhões).

O principal objetivo do projeto seria estudar a energia escura, um suposto elemento que seria responsável por 70% da matéria e energia do universo e causaria a aceleração da expansão do mesmo. Além disso, o telescópio pesquisaria novos planetas e trabalharia em tópicos gerais de Astronomia, como a estrutura da Via Láctea. "É um equipamento que pode fazer três tipos de trabalhos de observação", diz à reportagem Marcia Rieke, da Universidade do Arizona, uma vice-presidente do comitê.

O WFirst é baseado em um projeto da Nasa e do Departamento de Energia do país de 2003. A missão seria lançada em 2009, mas acabou cancelada pelos custos estimados, que foram considerados irreais pelo governo.

Ser indicado pela comunidade astronômica como prioridade é o primeiro passo para a realização do projeto. A New Scientist afirma que o conselho provavelmente informará sobre as prioridades aos membros do Congresso, que controlam a verba destinada às agências como a Nasa.

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