segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Relembre alguns dos principais feitos espaciais de 2011

Pela primeira vez, a Nasa confirmou a existência de um planeta em uma zona orbital habitável fora do Sistema Solar - o Kepler 22-b. Foto: Nasa/Divulgação

Pela primeira vez, a Nasa confirmou a existência de um planeta em uma zona orbital habitável fora do Sistema Solar - o Kepler 22-b
Foto: Nasa/Divulgação


O espaço sempre foi objeto de admiração e mistério para a humanidade. Desde os tempos das descobertas astronômicas de Galileu, passando pela corrida espacial da Guerra Fria até as mais recentes incursões a Marte, o ser humano está sempre tentando desvendar as muitas questões que envolvem o cosmos. Neste ano, a agência espacial americana (a Nasa) deu um grande passo na área de pesquisas espaciais, com a confirmação de um planeta com características habitáveis fora do Sistema Solar. Saiba mais sobre essa e outras descobertas e feitos importantes da pesquisa espacial no ano de 2011.

Planeta Kepler 22-b
Presença de água e temperaturas amenas formam uma combinação excelente para produzir vida, não? Ao menos é o que pensam os cientistas da Nasa. Pela primeira vez, a agência espacial confirmou a existência de um planeta em uma zona orbital habitável fora do Sistema Solar. Essa zona é a região próxima a uma estrela que tem as temperaturas adequadas para que exista água líquida, elemento essencial para a presença da vida na Terra. "A distância desse planeta até a estrela em torno da qual ele orbita é tal que ele completa a volta na mesma em 290 dias", explica Francisco Jablonski, astrônomo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Mas o que isso significa exatamente? Segundo o astrônomo, ela permite uma temperatura que, se houver atmosfera no planeta, pode ser bem parecida com a da Terra, em torno de 20ºC. "Caso não haja atmosfera, aí não tem efeito estufa e a temperatura deve ser menor", conclui Jablonski. O Kepler 22-b é maior que a Terra, mas ainda não se sabe qual é a sua composição.

"Almoço" de um buraco negro
Em dezembro deste ano, cientistas do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) puderam observar pela primeira vez uma nuvem de gás, composta de hélio e hidrogênio, se dirigindo lentamente para ser "devorada" por um buraco negro. "Essa observação será interessante, pois permitirá que os cientistas obtenham mais informações sobre os buracos negros, como a sua evolução e como a matéria se comporta ao redor deles", explica Luís Guilherme Haun, astrônomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro.

Mas calma, tudo isso ocorreu à distância de 27 mil anos-luz da Terra. Os buracos negros são regiões do espaço das quais nada, nem mesmo a luz, pode escapar, devido a um intenso campo gravitacional dentro deles.

China envia o décimo satélite ao espaço
Você sabe o que significa Taikonauta? É o termo utilizado pela China para designar seus astronautas. Em outubro deste ano, os chineses colocaram o décimo satélite em órbita ao redor da Terra. "A China está se consolidando como uma das potências espaciais do século XXI. Neste ano, eles enviaram duas sondas não tripuladas, com o intuito de acoplá-las no futuro. Tudo isso vai ao encontro dos planos de criar uma estação espacial chinesa, como as que Estados Unidos e Rússia têm, até o ano de 2020", completa Haun.

Volta ao planeta de Mercúrio
Seis meses foi o período que a sonda Messenger, enviada pela Nasa, levou para completar a ronda no planeta Mercúrio, iniciada em 17 de março deste ano. O veículo espacial tinha como objetivo descobrir mais sobre a superfície e composição do primeiro planeta a partir do Sol de nosso Sistema Solar. A sonda foi a primeira a realizar tal feito. Segundo o site da agência espacial, a missão foi estendida, e completará mais uma volta ao redor do planeta em 2012.

Monitoramento do sal na Terra
Quem diria que o aquecimento global pode estar diretamente ligado aos mares? Uma sonda enviada ao espaço em junho deste ano, desenvolvida pela Nasa em parceria com a Agência Espacial Argentina, pretende medir a salinidade dos oceanos, com o intuito de entender as mudanças climáticas que atravessamos. O satélite, intitulado de Aquarius/SAC-D usa um receptor de rádio sensível, para ouvir as emissões naturais dos oceanos do mundo. A concentração de sal então entra em jogo, pois altera as vibrações emitidas dos mares.

Água líquida em Marte
A existência de água no planeta vermelho não é novidade, mas, até agora, ela só havia sido encontrada em estado sólido - gelo. Em agosto, a Nasa divulgou ter descobertos indícios da existência de água em estado líquido no nosso vizinho. "O programa de exploração de Marte continua a nos deixar mais próximos de determinar se o planeta vermelho poderia abrigar vida de alguma forma (...) e isso reafirma Marte como um importante destino futuro para a exploração humana", disse, durante o anúncio da descoberta, Charles Bolden, diretor da Nasa.

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Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

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