As primeiras estruturas moleculares de vida na Terra podem ter surgido em cometas e no meio interestelar. É o que indica estudo realizado pelo Centro Nacional de Investigação Científica da França, divulgado na última segunda-feira, 12. Os pesquisadores construíram um cometa artificial e depois analisaram seus componentes com técnicas inéditas.
A análise faz parte da missão espacial Rosetta, que planeja enviar ao cometa Tchourioumov- Guerassimenko uma sonda para estudar sua composição. O cometa artificial criado pelos cientistas foi colocado em condições semelhantes a do espaço, em vácuo e a -200°C, em uma tentativa de antecipação do que será encontrado no cometa em 2015.
Analisando as substâncias existentes no meio interestelar (amônia, moléculas de água e metanol), por meio de irradiação do material com radiação ultravioleta, conseguiram obter matéria orgânica artificial. A partir desta nova matéria, identificaram 26 aminoácidos, incluindo seis tipos de ácido diamino, nunca antes encontrado em cometas.
Esse material inclui a N-(2-aminoetil) glicina, que pode ser um importante componente do antepassado do DNA terrestre: a molécula de ácido nucléico peptídico (ANP). Assim, os pesquisadores passaram a acreditar que as primeiras moléculas de vida na Terra possam ter se formado no espaço e aparecido no planeta na queda de meteoritos e cometas.
A partir de agora, os pesquisadores farão novos estudos para determinar as condições de pressão e temperatura, por exemplo, para saber em quais o N-(2-aminoetil) glicina pode formar o ANP.
O internauta Ricardo Silva, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.
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