Christina Korp, Buzz Aldrin, John Glenn, Annie Glenn e Diana Krall participaram do tributo
Foto: Reuters
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O comandante da Apollo 17 Eugene Cernan lembrou como Armstrong relutou em aceitar o papel de ídolo e a fama que ganhou logo após o seu retorno da missão espacial. "Para ele, pisar na Lua não dizia nada sobre ele, e sim sobre as pessoas na Terra - como seus pais e mães que assistiram na televisão - sobre como conseguimos alcançar o impossível", disse. Carmon acredita que Neil entendia a importância do que tinha conquistado, mas queria dar o crédito para o resto do mundo.
O ex-secretário do tesouro dos Estados Unidos, John W. Snow, falou do astronauta como uma pessoa normal que era apaixonada por aviação. "Eu conhecia ele como um amigo e um engenheiro dedicado a melhorar a ciência do voo". Emocionado, ele disse que Armstrong, ao falecer, saiu mais uma vez da Terra mas que seu legado ficará na lembrança de muitas gerações.
Na plateia, o fã Denis Tylor, 57 anos, estava feliz de poder participar da homenagem. Ele, que presta serviço para a Nasa como especialista em computação, conseguiu um ingresso para o evento num sorteio para funcionários. "Tive muita sorte porque acompanho a carreira dele desde que pisou na Lua, e mesmo antes disso, quando era criança nos anos 60 sempre me interessei pelas viagens espaciais", disse.
Segundo Tylor, Armstrong era um ídolo pouco apreciado, mas que foi responsável por muitas das escolhas da sua própria vida. "Ele me inspirou a trabalhar com tecnologia e ciência, e acabei trabalhando na Nasa, o que foi um sonho que se tornou realidade". Além disso, ele procura seguir a filosofia devida do astronauta, que era "nunca desperdice uma única batida do seu coração".
A família de Armstrong, que já havia feito um serviço funerário para ele em Cincinnati, no dia 31 de agosto, agradeceu a homenagem através de um texto distribuído para os atendentes. Seu filho Rick Armstrong afirmou que as qualidades humanas do seu pai fizeram dele uma pessoa tão especial. "Como sua curiosidade insaciável sobre tudo (...) sua humildade e seu jeito modesto de ser".
A cerimônia, que durou cerca de duas horas, lotou a Catedral Nacional, uma das mais belas dos Estados Unidos. Uma das atrações que mais empolgou o público foi a cantora Diana Krall, que cantou a música imortalizada por Frank Sinatra Fly Me To The Moon. A letra lembra Armstrong quando diz "Me voe para a Lua, deixa eu brincar entre as estrelas".
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6152264-EI301,00-EUA+se+despedem+de+Armstrong+com+Fly+Me+To+The+Moon.html#tphotos
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