quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Falha em válvula atrasa lançamento de satélite europeu

O lançamento do satélite "espião" militar Helios 2B, previsto para hoje no centro espacial de Kuru, na Guiana Francesa, foi adiado por problemas técnicos detectados em uma válvula de combustível da plataforma de lançamento.

A entrada em órbita do satélite de observação militar vai acontecer "em poucos dias", segundo disse à Agência Efe o presidente do consórcio espacial europeu Arianespace, Jean-Yves Le Gall.

Le Gall encontrou a imprensa para informar que, por enquanto, não pode dizer quando a peça danificada será reparada. Ele afirmou, ainda, que a decisão de suspender o lançamento responde à política prioritária de todos os países-membros deste programa, de não assumir riscos e "garantir uma missão bem-sucedida".

O lançamento do novo satélite estava previsto para 13h26 no horário local (14h26 de Brasília), a bordo do foguete Ariane-5.

Uma vez posto em órbita, o Helios 2B poderá observar qualquer ponto da Terra, em sincronia com o movimento do Sol, para garantir a mesma iluminação nas fotografias tiradas sobre um mesmo lugar e evitar, assim, a possível distorção das imagens.

As Forças Armadas poderão utilizar essas imagens depois para preparar missões e estudar possíveis ameaças, assim como para elaborar mapas de zonas pouco conhecidas ou para prever catástrofes meteorológicas.

O primeiro satélite Helios, o 1A, foi lançado em 1995 e ainda segue operando, enquanto o Helios 1B, posto em órbita em 1999, deixou de funcionar em 2004. No mesmo ano, foi lançado o primeiro satélite da nova geração, o Helios 2A, "gêmeo" do que seria lançado hoje.

Ao contrário de seus antecessores da família 1, os Helios 2 incorporam sensores ópticos de maior definição, com os quais podem operar em todo tipo de condições e captar detalhes e objetos de tamanho muito pequeno.

Com uma massa de decolagem de 4,2 toneladas, o Helios 2B foi construído pela multinacional europeia EADS Astrium, enquanto os instrumentos ópticos foram desenvolvidos pela companhia Thales Alenia Space.

A França tem 90% das ações do programa, enquanto Bélgica, Itália, Grécia e Espanha têm 2,5% cada. A Alemanha participa como membro associado.

EFE
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