segunda-feira, 13 de abril de 2009

Projeto universitário difunde Astronomia em São Paulo

Seguindo princípios que norteiam o Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009) - que entre outras metas pretende levar conhecimento atual da área, até o fim do ano, ao maior número possível de pessoas -, projetos como o Astronomia na Cidade das Estrelas da Universidade do Vale do Paraíba (Univap) vêm estimulando o interesse do público pela ciência.

Para o coordenador do projeto, o professor Cassio Leandro Barbosa, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Univap, a iniciativa tem como diferencial a forte penetração social, por atingir um público-alvo que normalmente não frequentaria atividades dessa natureza.

"Desde fevereiro, participaram do projeto mais de 500 pessoas que, devido à sua condição social, até o momento estavam à margem desse tipo de evento de difusão e popularização da ciência. A nossa meta é que as atividades, que são gratuitas, possam ser experimentadas por até 7 mil alunos, professores e cidadãos comuns até o fim do ano" disse Barbosa à Agência FAPESP.

O AIA 2009 é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da União Astronômica Internacional (UAI), no ano em que se comemoram os quatro séculos desde as primeiras observações telescópicas do céu feitas por Galileu Galilei (1564-1642), que desencadearam uma série de importantes descobertas na área. Mais de 130 países participam do evento.

Segundo Barbosa, os trabalhos de divulgação científica da Univap têm sido realizados não apenas para alunos de escolas públicas e comunidades carentes de São José dos Campos, considerada a capital aeroespacial brasileira, mas também de dezenas de outras cidades do Vale do Paraíba, do litoral Norte de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

O objetivo do projeto da Univap, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é promover a divulgação da astronomia e das ciências correlatas por meio de atividades gratuitas, como as noites de observação pública do céu com telescópios profissionais, palestras, minicursos, oficinas, preparação de alunos para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e distribuição de material didático.

Computadores e outros materiais permanentes e de consumo utilizados nos trabalhos de divulgação junto ao público foram adquiridos com apoio da FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, em projeto de pesquisa conduzido por Barbosa.

"O céu e a humanidade não são distintos e é isso que estamos tentando passar ao público com uma linguagem simples. O céu é um imenso laboratório e a vida na Terra está intimamente ligada às estrelas por meio de elementos químicos que elas produziram e da energia que fornecem. Uma das propostas desses eventos de popularização da ciência é mostrar que os átomos que compõem o corpo humano, por exemplo, há muito tempo já estiveram no interior das estrelas" disse.

A Univap participou ainda do evento '100 Horas de Astronomia', organizado pela coordenação mundial do Ano Internacional da Astronomia de 2 a 5 de abril, quando milhares de pessoas estiveram reunidas para a observação simultânea do céu em todo o planeta.

JB Online

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