A agência espacial ainda vai realizar novos testes para confirmar a presença do material, mas descartou a contaminação do solo pela sonda.
A principal tarefa da Phoenix em Marte é descobrir se há ou houve água líquida em Marte e se existe ou existiu vida por lá, mesmo que microbiana.
Na semana passada, a Nasa divulgou provas supostamente definitivas de que existe água em Marte, resultado de novas análises sobre uma pedra de gelo recolhida em junho.
A Nasa evitou dizer que a presença do perclorato impediria a vida, embora seja sabido que essa substância oxidante é nociva aos humanos sobre certas circunstâncias. Sua presença no solo pode sugerir um ambiente menos hospitaleiro do que os cientistas pensavam.
É surpreendente, já que uma medição anterior (do equipamento chamado Analisador Termal e Gás-Evoluído) do material na superfície era consistente com, mas não conclusivo a respeito da presença do perclorato", disse Peter Smith, cientista-chefe da Phoenix.
"Embora não tenhamos completado nosso processo sobre essas amostras de solo, temos resultados intermediários muito interessantes", acrescentou.
Segundo ele, análises mais detalhadas contrariaram a idéia inicial de que o solo de Marte seria semelhante ao da Terra.
Para excluir a hipótese de que o perclorato tenha sido levado a Marte pela Phoenix, a Nasa está revendo seus processos de controle de contaminação pré-lançamento.
Depois de ter comprovado a existência de água congelada em Marte, a Nasa decidiu prorrogar em cinco semanas a missão da sonda, para que ela também possa buscar condições para o surgimento de vida.
Isso vai acrescentar um custo de cerca de 2 milhões de dólares aos 420 milhões já gastos na missão, que chegou a Marte em 25 de maio e deveria funcionar por três meses.
Em conclusões que foram consideradas "um enorme passo à frente", a Nasa havia revelado em julho a existência de magnésio, sódio, potássio e outros elementos num solo que é mais alcalino do que os cientistas pensavam - e portanto mais propenso à vida.
Reuters
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