Para isso, os cientistas utilizaram o grande telescópio VTL (Very Large Telescope), do Observatório Europeu Austral (European Southern Observatory - ESO) e duas "lupas" naturais: uma galáxia e estrelas. Os buracos negros são objetos maciços capazes de devorar estrelas, como ralos gigantes, e nem mesmo a luz pode escapar deles.
"Pudemos provar que a radiação mais energética é emitida na região central, situada a um dia-luz do buraco negro maciço, (...) e conseguimos demonstrar que a energia diminui em função da distância do buraco negro, quase exatamente como previa a teoria", explicou Alexander Eigenbrod, do EPFL.
A equipe, formada por astrônomos europeus e americanos, realizaram seu estudo sobre o chamado disco de crescimento, examinando a "Cruz de Einstein", um célebre reflexo cósmico composto por quatro imagens de uma fonte luminosa - um quasar - muito distante.
Um quasar é uma galáxia brilhante que possui um buraco negro maciço em seu centro. A matéria que cerca o buraco negro é atraída, se aquece e se torna muito luminosa, o que permite a observação de quasares a grandes distâncias.
Este quasar está situado a aproximadamente 10 bilhões de anos-luz da Terra, e sua luz é amplificada pelo campo gravitacional de uma galáxia em primeiro plano, dez vezes mais perto de nosso planeta, o que provoca um efeito de "lente gravitacional" conhecida como "macrolente" ou "lupa cósmica".
AFP
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