Segundo os cientistas da Universidade de Michigan, essa atmosfera contém silicatos, sódio, enxofre e até íons de água. Os íons são átomos ou moléculas que perderam ou ganharam elétrons passando a ter carga elétrica positiva ou negativa.
Por outro lado, a magnetosfera está repleta de espécies iônicas, tanto atômicas quanto moleculares e é mais complexa que a de Io, uma lua de Júpiter que possui atividade vulcânica.
Essa medição foi feita pelo Espectrômetro de Plasma de Imagem Rápida (FIPS) da sonda "Messenger", que realizou em janeiro deste ano a primeira de três aproximações previstas para Mercúrio.
"Agora sabemos mais de Mercúrio, muito mais do que podíamos imaginar", apontou Thomas Zurbuchen que dirige as operações de FIPS na sonda.
O planeta mais próximo do Sol recebeu visitas da sonda Mariner 10 entre 1974 e 1975 e desde suas primeiras observações os cientistas tinham especulado sobre a influência do campo magnético e dos ventos solares sobre a superfície e a fina atmosfera do planeta (exosfera).
De acordo com a análise preliminar dos dados apresentados pelo Messenger, os cientistas apontam que é possível que as moléculas detectadas no ambiente espacial de Mercúrio tenham sido desalojadas da superfície e da exosfera pelos ventos solares que são uma corrente de partículas carregadas.
Esse vento procedente do Sol castiga Mercúrio e lança as partículas da superfície e da atmosfera para o espaço, onde foram medidas por FIPS.
"É como se tivéssemos feito uma perícia de Mercúrio. Esta aproximação realizou uma primeira verificação da composição da superfície do planeta", disse.
EFE
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