Um processo de "reconexão" entre as cordas magnéticas gigantes que unem a Terra ao Sol e que armazenam a energia dos ventos solares provoca essas tempestades de luzes polares. "A reconexão magnética permite liberar a energia armazenada nessas cordas, dispersando partículas eletrificadas para a atmosfera terrestre", explicou o responsável científico da missão da Nasa, David Sibeck.
"É uma maneira de liberar a energia do Sol absorvida pela Terra", disse ele, em uma teleconferência, mais de um ano depois do lançamento da missão Themis (Time History of Events and Macroscale Interactions during Substorms).
Por um motivo ainda não esclarecido, que será objeto da continuação da missão por mais um ano, as cordas magnéticas, comumente paralelas, aproximam-se, tocam-se para formar um "U" e arrebentam, explicou Vassilis Angelopoulos, um dos cientistas.
"Essas cordas se encontram em um estado de estresse aumentado, como tiras elásticas bastante esticadas. E a energia liberada pode ser tão poderosa quanto um forte terremoto e atravessar uma região polar em 60 segundos", completou o pesquisador. Essas tormentas boreais intensas também podem provocar interrupções nas comunicações por rádio, perturbações nos sistemas GPS e cortes de energia.
O objetivo final da missão é permitir o desenvolvimento de modelos seguros para prever a ocorrência, o lugar e a intensidade dessas auroras polares.
Segundo a Nasa, as explosões de energia magnética eram responsáveis por esses fenômenos luminosos, de cores vivas, com predominância do verde
AFP
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