segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Acelerador de partículas voltará a funcionar em setembro

O acelerador de partículas LHC, em pane alguns dias depois do lançamento, voltará a funcionar no final de setembro deste ano, informou nesta segunda-feira o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern).

O Grande Acelerador de Partículas (sigla LHC, de Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons), construído pelo Cern, representa uma avalanche de cifras impensáveis.

O Grande Acelerador de Partículas (sigla LHC, de Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons), construído pelo Cern, representa uma avalanche de cifras impensáveis. Por exemplo: o acelerador propulsionará prótons de hidrogênio a 99,9999% da velocidade da luz em um túnel de 27 km de diâmetro oculto sob a fronteira franco-suíça; À toda velocidade, gerará quase um bilhão de colisões de prótons por segundo. Na superfície, 3 mil computadores analisarão umas 100 colisões por segundo. Os dados serão comunicados instantaneamente aos centros de pesquisa associados ao projeto no mundo inteiro graças a uma rede de informações informatizadas.

O Cern havia anunciado num primeiro momento que o LHC retomaria sua atividade na próxima primavera (boreal) e, posteriormente, a adiou para o verão.

O novo adiamento aprovado hoje, deve-se a medidas aplicadas para "reforçar o sistema de proteção" do acelerador, precisou o centro.

"A agenda atual representa, sem nenhuma dúvida, o melhor para o LHC e para os físicos que esperam informações", comentou o novo diretor-geral do Cern, Rolf-Dieter Heuer, citado em comunicado.

A nova data foi considerada "prudente" por Heuer, porque permitirá garantir que "todos os trabalhos necessários para o bom funcionamento do sistema sejam realizados".

A construção do LHC foi fruto de 12 anos de trabalho de 7 mil físicos e representou investimento de 3,76 bilhões de euros (quase US$ 4,9 bilhões).

O custo dos reparos ascenderá a entre US$ 26 milhões e US$ 35 milhões.

O LHC está localizado na fronteira entre Suíça e França.

É composto de um anel com 27Km de extensão (8,6 km de diâmetro) e está enterrado no solo a profundidade média de 100 m. Vai acelerar prótons a velocidades próximas à da luz até colidirem e destas colisões espera-se chegar a respostas sobre a origem do universo.

Sua principal busca é pelo Bóson de Higgs, uma partícula que, pelo modelo padrão da física, deve ser a responsável pela massa de toda a matéria que existe no universo e, por conseguinte, a gravidade.

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