Já que praticamente toda a Lua fica exposta à luz do sol, só poderia existir gelo nas poucas áreas que ficam em sombra permanente - as paredes internas e os pisos de certas crateras localizadas perto dos pólos do satélite. Uma das candidatas era a cratera Shackleton, que tem cerca de 21 quilômetros de diâmetro e quatro quilômetros de profundidade.
Mas imagens obtidas por uma espaçonave japonesa ajudam a eliminar a possibilidade de que haja gelo de superfície na Shackleton. Porque partes da cratera vivem em sombra permanente, as imagens dependem da iluminação solar refletida pelas paredes da cratera do lado oposto.
Em uma análise dessas imagens, publicada pela revista Science, Jinichi Haruyama, da Agência Japonesa de Exploração Aerospacial, e seus colegas reportam que a área é decerto fria o bastante para abrigar gelo, mas que a refletividade indica que exista apenas solo no local. Caso exista gelo na cratera, afirmam os pesquisadores, ele provavelmente está misturado ao solo em baixa concentração.
Tradução: Paulo Migliacci
The New York Times
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