terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Conserto do acelerador de partículas pode custar US$ 35 mi

O conserto do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), o gigantesco acelerador de partículas construído sob a fronteira entre a Suíça e a França, custará entre US$ 26 e 35 milhões, anunciou o novo diretor geral da Organização Européia de Pesquisa Nuclear (CERN), Rolf-Dieter Heuer.

Em entrevista publicada no último domingo no jornal Sonntag, Heuer afirmou que o conserto do LHC será coordenado por especialistas não ligados à CERN. "Quero ter certeza de que tudo funciona. Por isso, permitirei que uma equipe externa realize um controle adicional do acelerador de partículas", disse Heuer, que no dia 1º de janeiro substituiu o francês Robert Aymar.

O físico alemão disse ter total confiança nos técnicos da CERN, mas ponderou que "quando você trabalha com uma coisa há muito tempo, corre o risco de não enxergar os defeitos". A construção do LHC foi fruto de 12 anos do trabalho de sete mil físicos, com um investimento total de 3,76 bilhões de euros (quase US$ 4,9 bilhões).

A máquina, que permitirá o avanço da pesquisa sobre as origens do universo a partir da colisão de prótons à velocidade da luz, foi inaugurada no dia 10 de setembro do ano passado, mas teve seu funcionamento interrompido nove dias depois devido a um defeito em um dos supercondutores encarregados de guiar as partículas ao longo dos 27 km do acelerador, construído a 100 m de profundidade sob o solo.

Uma vez consertado, o LHC retomará suas atividades progressivamente, e não deve funcionar com 100% da capacidade até 2010.

Com informações da agência AFP

JB Online

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