segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Museu quer exumar corpo de Galileu para analisar DNA

Cientistas do Museu de Florença, na Itália, querem abrir o túmulo do famoso astrônomo italiano Galileu Galilei (1564 a 1642) para analisar seu DNA, a fim de identificar como ele formulou teorias sobre o universo. Outro objetivo é entender se o pesquisador sofria de alguma doença que lhe afetou a visão. As informações são da agência AFP.

A exumação do corpo, datado do século XVII, também poderia reproduzir as sensações de Galilei ao observar os astros pela primeira vez com seu telescópio. Segundo os pesquisadores, ele sofria de uma doença degenerativa nos olhos que teria lhe causado uma cegueira.

"Se obtivermos sucesso com o DNA, compreenderemos como a enfermidade distorceu sua visão, o que pode trazer importantes descobertas para a história da ciência", disse o diretor do museu, Paolo Galluzzi. "Poderemos explicar alguns erros cometidos por Galileu como descrever que o planeta Saturno tinha 'orelhas laterais' em vez dos anéis, por exemplo", afirmou.

No momento, os cientistas querem levantar provas suficientes sobre o possível problema de Galileu junto a oftalmologistas para tentar entender suas condições de visão. A estimativa para iniciar o projeto é de no mínimo um ano, já que é necessário juntar US$ 390 mil (300 mil euros) para enfrentar alguns impedimentos admnistrativos.

Em 2009, a comunidade científica comemora o Ano Internacional da Astronomia. Uma série de celebrações tiveram início pelo mundo para comemorar os 400 anos da primeira observação feita por Galileu.

Apesar de ser considerado pioneiro em pesquisas astronômicas, Galileu Galilei não teve vida fácil. Em sua época, foi condenado por heresia pelo Tribunal da Inquisição, conduzido pela Igreja Católica, por aderir à teoria de Copérnico. Ele também acreditava que o Sol era o centro do universo e não a Terra.

Redação Terra

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