sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Portal invisível de Harry Potter é possível, dizem cientistas

Uma equipe de cientistas chineses afirma ter descoberto como usar materiais especiais que manipulam a luz para criar um portal invisível como o da saga de Harry Potter. No filme, o trem que leva o bruxinho e seus amigos à escola de Hogwarts sai da estação pela Plataforma 9 3/4, uma plataforma secreta que tem uma entrada invisível que fica na parede entre as plataformas 9 e 10. Segundo os cientistas, o salto da ficção à realidade poderia ser realizado em breve. As informações são do jornal La Repubblica.

Segundo os cientistas, para que isto ocorra será necessário utilizar materiais especiais, capazes de manipular a luz, para ocultar uma abertura em uma parede. Esses materiais, chamados de metamateriais, podem focar os raios de luz em direções impossíveis para materiais comuns. O estudo descreve a formação de um "portal", capaz de bloquear ondas eletromagnéticas, mas, ao mesmo tempo, permitir a passagem. "Um passo que se acredita ser possível apenas na ficção científica", dizem os autores do estudo.

Segundo os pesquisadores, quando a pessoa está em frente ao "portal" terá a mesma sensação de estar na frente de um espelho. Quando alguém atravessar a camuflagem de luz ela deverá ondular um pouco e o lado oculto da parede ficaria parcialmente visível.

Os cientistas, porém, advertem que o seu estudo teórico não poderá ser colocado imediatamente em prática. Um dos benefícios imediatos desta descoberta poderia ser o desenvolvimento de dispositivos que podem tornar invisíveis as coisas e as pessoas.

Além disso, no ano passado pesquisadores da Universidade da Califórnia desenvolveram um material que pode dobrar a luz em torno de objetos tridimensionais podendo fazer com que desapareçam. Os metamaterials são criados em laboratórios. Segundo os pesquisadores, o ideal para compor este manto especial, seria, na verdade, a capacidade de desviar as ondas de luz ao redor do objeto.

A pesquisa, conduzida por quatro cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong e da Universidade Fudan, em Xangai, foi publicado no New Journal of Physics.

Redação Terra

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