segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Atlantis é lançada para última missão do ano na ISS

A nave Atlantis é lançada no Centro Espacial Kennedy Foto: Nasa/Divulgação

A Atlantis, com seis tripulantes a bordo, partiu com sucesso rumo a uma das missões finais para equipar a ISS antes da aposentadoria dos ônibus espaciais

O ônibus espacial Atlantis, com seis tripulantes a bordo, partiu com sucesso nesta segunda-feira rumo a uma das missões finais para equipar a Estação Espacial Internacional (ISS) de modo que ela continue em órbita por muito mais tempo depois de os ônibus espaciais serem aposentados. O lançamento ocorreu às 17h26 (no horário de Brasília), dois minutos antes do horário previsto inicialmente, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (Estados Unidos).

A missão STS-129, comandada por Charles Hobaugh, é formada pelos astronautas Mike Foreman, Leland Melvin, Robert Satcher, Randy Bresnik e o piloto Barry Wilmore. É a primeira viagem ao espaço destes três últimos.

Bresnik, Foreman e Satcher devem fazer três caminhadas espaciais para instalar duas plataformas e deixar tudo pronto para a próxima missão, durante a qual o último módulo dos EUA na ISS será instalado. Os astronautas da atual missão do Atlantis conviverão com os seis tripulantes da ISS, que há meses enfrentam um problema com o sistema que processa a urina para transformá-la em água potável.

A Nasa não conseguiu resolver este problema que, segundo um porta-voz da agência espacial, Kelly Humphries, obrigará os astronautas a utilizar bolsas plásticas para depositar a urina. No entanto, Humphries esclareceu que a estação espacial tem água suficiente para mais seis meses. Ao final da missão, os seis tripulantes voltarão à Terra junto com a astronauta Nicole Scott, engenheira de voo na ISS.

A Nasa pretende encerrar no próximo ano o programa de ônibus espaciais, lançado há 30 anos, em função de preocupações de longa data com a segurança e os custos ligados à manutenção e os voos do Atlantis e dos outros dois ônibus espaciais, Discovery e Endeavour.

O programa de ônibus espaciais custa à Nasa cerca de US$ 5 bilhões por ano e já provocou a morte de 14 astronautas. A primeira tripulação de sete astronautas morreu em acidente ocorrido durante o lançamento de um ônibus em 1986, e a segunda morreu durante tentativa de aterrissagem em 2003, devido a uma falha no escudo anticalor do aparelho.

A Nasa vem trabalhando para substituir os ônibus espaciais por uma espaçonave capsular, parcialmente reutilizável, chamada Orion, para levar tripulantes à Lua e outros destinos no Sistema Solar, além da Estação Espacial, que orbita a Terra a 360 km de altitude.

No projeto de US$ 100 bilhões, que reúne 16 países e está em construção há mais de uma década, a estação está prevista para ficar pronta em 2010. Após a missão do Atlantis, faltarão outras cinco missões para concluir a construção e o equipamento da base espacial.

O Atlantis está carregado com cerca de 13.610 kg de equipamentos. É um volume grande demais para ser transportado pelas naves de carga russas, europeias e japonesas que vão manter a estação abastecida de alimentos, combustível e outros suprimentos depois de os ônibus espaciais saírem de linha.

Com informações das agências EFE e Reuters

Redação Terra

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