quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Novo módulo russo para experiências científicas chega à ISS

A nave de carga Progress-M, que contém o módulo de equipamentos para experiências científicas Poisk (MIM-2) chegou nesta quinta-feira à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. O acoplamento da nave, lançada ao espaço na última terça-feira, aconteceu às 13h41 (horário de Brasília) em regime automático, apesar dos tripulantes da estação terem supervisionado a manobra para realizar o engate de forma manual em caso de algum imprevisto.

O módulo ampliará a capacidade da ISS para receber outras naves, pois conta com um porto de acoplamento próprio, além de uma escotilha para as missões dos astronautas fora dos aparelhos. A nave Progress, que também leva à ISS 850 kg de carga útil, entre equipamentos, alimentos e água, será desligada da ISS dentro de duas semanas.

Já o Poisk, que será utilizado como um laboratório científico, será o quarto módulo do segmento russo da ISS a servir como porto de engate, depois do Zaria, integrado à estação em 1998, o Zvezda (2000) e o Pirs (2001). Valeri Lindin, porta-voz do CCVE, disse que a Rússia retoma assim a construção de seu segmento na ISS, após um intervalo de oito anos, motivado pela catástrofe com o ônibus espacial americano "Columbia", em 2003, pela conseguinte suspensão dos voos das naves por mais de dois anos e pela falta de financiamento para o programa espacial russo no início da década.

Lindin antecipou que um módulo gêmeo do Poisk, o MIM-1, também russo, será enviado à ISS em uma nave americana em maio, e em 2011 será enviado outro laboratório espacial, o MLM polivalente. A construção do segmento russo deve terminar com a integração em 2014 e 2015 de outros dois módulos científicos, além de geradores de energia, que permitirão à Rússia alimentar seus laboratórios por conta própria.

Segundo o programa inicial, a construção da ISS deveria terminar em 2010, para que ela fosse utilizada até 2015, mas as agências espaciais dos países participantes estudam atualmente a possibilidade de ampliar sua operabilidade em mais cinco ou dez anos.

EFE
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