Depois de passar a noite na câmera de descompressão da ISS a fim de preparar seus corpos para a ida ao espaço, o veterano Michael Fossum e seu parceiro Ronald Garan flutuaram para fora por volta das 11h30 (13h30 em Brasília) enquanto a estação trafegava a uma velocidade de 338 quilômetros por hora, passando por cima do sudeste da Ásia.
Os dois atrasaram cerca de uma hora devido a um problema no equipamento de comunicação. "OK, garotos, chegou a hora do rock and roll", afirmou o astronauta Ken Ham, da Discovery, quando Fossum e Garan finalmente ficaram prontos para dar início à saída, que deve durar seis horas e meia.
A principal meta da missão da Discovery, iniciada no sábado ao partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, é entregar o laboratório japonês Kibo, de 1 bilhão de dólares e principal resultado dos 20 anos de esforços do Japão para figurar como peça permanente da exploração e pesquisa do espaço.
"Esse será um dia realmente importante para o Japão", afirmou a diretora de vôo da ISS, Emily Nelson. Com 11 m de comprimento e pouco mais de 4,4 metros de largura, o Kibo, que significa "esperança", é tão grande que a Discovery não conseguiu acomodar em seu compartimento de carga a sua haste de inspeção - um equipamento que dobra a extensão do braço-robô da ISS, com 15 metros de comprimento, a fim de que, com câmeras e sensores, consiga inspecionar as asas e o nariz do ônibus espacial em busca de eventuais danos.
A haste consta das atualizações de segurança adotadas pela Nasa (agência espacial dos EUA) depois do acidente fatal com o Columbia, em 2003, provocado pelo impacto com destroços que danificaram o revestimento daquela espaçonave.
A tripulação anterior a visitar a ISS deixou a haste para trás, abrigada junto a uma parte da estrutura externa do estação. Agora a haste será recuperada pelos ocupantes da Discovery antes de regressarem para a Terra.
Fossum e Garan pretendem retirar os painéis de proteção do laser e da câmera da haste e desconectar os cabos a fim de que o equipamento possa ser recolocado no ônibus para uma inspeção posterior. O Discovery deve permanecer 14 dias em órbita.
Ainda na terça-feira, os astronautas Akihiko Hoshide e Karen Nyberg, que trabalham de dentro da ISS, usarão o braço-robô para tirar o laboratório Kibo, de 16 toneladas, de dentro do compartimento de carga do Discovery e ligá-lo ao módulo Harmony, que serve de nó de conexão para várias peças da estação.
Astronautas saíram da ISS para consertar antena
Reuters
Reuters Limited - todos os direitos reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário