terça-feira, 3 de junho de 2008

ISS pode ser evacuada por problema nos banheiros

Um dano nos banheiros da Estação Espacial Internacional (ISS) virou um sério problema para os técnicos e pode, inclusive, antecipar o regresso dos astronautas à Terra, afirmou hoje um funcionário russo das missões espaciais, Vladimir Soloviev. No entanto, ele disse que essa decisão ainda está longe de ser tomada, pois o sistema foi reparado parcialmente.

"Temos um problema com o sistema de drenagem. É um incidente sério. Nestas circunstâncias, inclusive, podemos proceder a uma evacuação de emergência da tripulação", alertou ele.

Há uma semana os dois astronautas russos e um americano, moradores permanentes da ISS, sofrem as conseqüências no sistema de evacuação dos banheiros.

O ônibus espacial americano Discovery se acoplou nesta segunda-feira à Estação Espacial Internacional para instalar o segundo e maior módulo do laboratório japonês Kibo e levar uma bomba indispensável para o conserto do banheiro com problemas.

A nave, que leva sete astronautas, seis americanos e um japonês, deixou a Terra no sábado e se uniu à estação orbital após uma delicada aproximação, realizada 338 km acima do Pacífico Sul, mostrou a televisão da Nasa.

Durante as manobras de aproximação, o comandante de Mark Kelly realizou uma delicada manobra para que os astronautas da ISS tirassem fotos do escudo térmico do ônibus espacial, em busca de eventuais danos provocados por pequenos pedaços de espuma isolante do tanque externo de combustível, que se soltaram durante o lançamento.

No sábado, a Nasa minimizou as conseqüências desse incidente, mas o tema sempre gera preocupação. Em fevereiro de 2003, o impacto de uma pedaço de espuma isolante provocou a desintegração do Columbia e a morte dos sete membros de sua tripulação em seu retorno à Terra.

Nesse vôo de 14 dias, estão previstas três saídas ao espaço, em dupla, com duração de seis horas e meia cada uma. A primeira, com Mike Fossum e Ron Garan, está programada para terça-feira.

Essas saídas serão dedicadas, basicamente, para a instalação do principal módulo do laboratório japonês Kibo, que se somará a uma primeira parte trasladada em março pela nave Endeavour.

Com Kibo, que significa esperança em japonês, o Japão se torna membro pleno da ISS, junto com Estados Unidos, Rússia e Europa. O país asiático dedicou 2,8 bilhões de dólares a esse programa.

O novo módulo é um grande cilindro de 11,2 m de comprimento por 4,4 m de diâmetro, com uma massa vazia de 15,9 t. Tem sistema próprio de manipulação por telecomando, com um braço articulado que também servirá para tarefas de manutenção na estação.

Além desse módulo, os astronautas do Discovery devem inspecionar o mecanismo de rotação danificado de uma das antenas solares da ISS e substituir um tanque de nitrogênio para o sistema de climatização da estação.

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