Após uma viagem de mais de nove milhões de quilômetros e 218 órbitas na Terra, o veterano comandante Mark Kelly e o piloto Ken Ham guiaram à nave em sua entrada na atmosfera, durante a qual o atrito deixa a nave em temperaturas de mais de 2.000 graus Celsius.
A descida começou quando a nave orbitava a cerca de 27.000 km/h, e foram ligados por dois minutos e 35 segundos os foguetes que diminuíram sua velocidade.
A nave e seus tripulantes entraram nas camadas superiores da atmosfera a cerca de 120 quilômetros sobre o sul do Oceano Pacífico.
O ônibus espacial seguiu para o norte através do México, América Central, Península de Iucatã e o oeste de Cuba, até descer em direção à Flórida.
O céu estava parcialmente nublado sobre a zona de aterrissagem quando o Discovery, de 92 toneladas, tocou a pista às 8h15 de Brasília no Centro Espacial Kennedy, no 15º dia da missão da nave.
A tripulação do Discovery incluiu o engenheiro de vôo Ronald Garan, que realizou as primeiras caminhadas espaciais, e os especialistas de missão Karen Nyberg e Michael Fossum.
Além disso, participaram o astronauta Akihiko Hoshide, da agência espacial japonesa, a Jaxa, e o engenheiro de vôo Garrett Reisman, que retornou à Terra após 95 dias de estadia na ISS.
Durante a aterrissagem, Reisman permaneceu em um assento especial, que o manteve em posição reclinada para aliviar os efeitos no corpo do retorno à gravidade terrestre.
A volta do Discovery marcou a 69ª aterrissagem de uma nave no Centro Espacial Kennedy e a quinta missão consecutiva que termina no sul da Flórida.
Os sete membros da tripulação da nave e os três astronautas que permaneceram na ISS se despediram na terça-feira, depois de as duas naves terem orbitado juntas, a cerca de 385 quilômetros da Terra, durante oito dias, 17 horas e 39 minutos.
Durante a missão, que incluiu três caminhadas espaciais, os astronautas Fossum e Garan instalaram a segunda parte do laboratório científico japonês Kibo, que se uniu ao laboratório Columbus, da Agência Espacial Européia (ESA), e ao Destiny, dos Estados Unidos.
No sábado passado, os astronautas Hoshide e Nyberg testaram e movimentaram pela primeira vez o braço robótico do Kibo, de dez metros de comprimento.
Essa primeira manobra do braço, que consistiu em movimentar ligeiramente duas de suas seis peças rotatórias, foi realizada com sucesso, segundo a Nasa.
A utilização plena do braço só deve acontecer após instalada a terceira e última parte do laboratório japonês, uma espécie de "alpendre" para experimentos fora da ISS e outro braço robótico menor, que serão colocados no próximo ano.
Quando o Kibo estiver totalmente montado, estarão completos 71% dos trabalhos da ISS, um projeto com a participação de 16 nações, e ficarão sete missões de construção pendentes.
A Nasa quer que a ISS esteja totalmente construída até o final de setembro de 2010, quando tem previsão de retirar sua frota de naves.
EFE
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