segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Nasa adia missão do Hubble para o ano que vem

A Nasa, agência espacial americana, adiou para o próximo ano a missão de reparo e modernização do telescópio espacial Hubble, prevista inicialmente para outubro, depois que os cientistas identificaram mais um problema no equipamento, informa a agência AP. Segundo a Nasa, a previsão é de que a viagem não ocorra antes de fevereiro de 2009.

O telescópio parou de enviar os dados científicos à Terra por causa de uma falha no sistema de informações, agregando um novo item à lista do que deverá ser consertado na missão. Com o problema, identificado no sábado à noite, o centro de controle da Nasa não consegue receber o conteúdo captado pelo telescópio.

O lançamento do Atlantis (STS-125) estava programado para 22h10 (23h10 de Brasília) do dia 14 de outubro.

O porta-voz da agência Michael Curie não descartou a possibilidade da missão ser adiada em alguns meses para que seja feito um planejamento de substituição do componente que apresentou a falha. Ele confirmou que o plano de substituição levará um certo tempo de análise até que os astronautas possam ser treinados para o novo reparo.

"O telescópio não está em apuros. Somente não poderá enviar à Terra informações importantes e as imagens impressionantes que registra do espaço", destacou.

Reparos no Hubble
Lançado em 1990, o Hubble não recebe manutenção desde 2002 e hoje orbita a cerca de 560 km acima da Terra. Ele foi construído com alças de apoio para mãos e barras de retenção para os pés, o que permite que astronautas trabalhem nele, no espaço.

Mesmo assim, as missões anteriores de reparos e de modernização envolveram apenas a instalação de novos componentes e a remoção de outros. Além da nova falha identificada, o plano irá reparar a câmera defeituosa e o espectrógrafo, que deixou de funcionar em 2004.

Os espectrógrafos medem os comprimentos de onda e a cor da luz proveniente de objetos, revelando informações essenciais tais como a composição química de corpos celestes e dos gases que os cercam.

O elaborado trabalho de reparo do aparelho vai exigir que o astronauta Mike Massimino remova 111 parafusos, usando uma ferramenta especialmente criada para a atividade.

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