No espectro eletromagnético deles foram detectadas 40 erupções. A atividade durou apenas três dias e pôde ser observada a partir de vários observatórios astronômicos.
O pesquisador Alberto Castro Tirado explicou que os magnetares pertencem à categoria de estrelas de nêutrons ou pulsares (com massa original maior que a do Sol e fruto da explosão de uma supernova) e alguns se diferenciam por seu campo magnético. Os magnetares têm um campo magnético cem vezes superior ao resto e dez trilhões a mais que o ímã que se prende na geladeira.
São objetos únicos, segundo Castro, com os campos magnéticos mais potentes do universo, mas inativos durante décadas, daí que poucos sejam poucos conhecidos. Além disso, uma de suas erupções pode emitir tanta energia quanto o Sol ao longo de mil anos.
A família das estrelas de nêutrons está incompleta e, até agora, foi possível demonstrar que no extremo mais energético estão os magnetares, objetos jovens que, em alguns casos, são detectados por suas intensas e efêmeras emissões em raios gama. No lado oposto, foram encontradas estrelas de nêutrons isoladas, objetos muito frágeis e velhos que emitem raios X com pouca intensidade, devendo existir milhões de magnetares mortos na galáxia.
Embora alguns cientistas já tenham apontado uma possível evolução dos magnetares para uma velhice tranqüila e débil, nunca havia sido detectado um objeto que pudesse se encaixar entre os dois estágios e provar assim esta evolução. O comportamento do objeto encontrado confundiu em um primeiro momento os pesquisadores, já que as primeiras observações pareciam indicar que se tratava de uma explosão de raios gama produzida pela morte de uma estrela de uma galáxia distante.
No entanto, depois se comprovou que o objeto não só estava perto, na Via Láctea, mas também mostrava um comportamento diferente, afirmou o cientista.
EFE
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