Durante as escavações, o braço robótico abre buracos no solo, parecidos com trincheiras, que formam montes de terra ao redor, com cerca de 10 cm de altura. Em seguida, o material é analisado, fornecendo as informações sobre as substâncias presentes. Os buracos são batizados com nomes como "Caterpillar", "Dodo" e "Stone Soup".
A Phoenix, que completou a primeira etapa da missão de 90 dias, vai prosseguir as atividades de exploração do planeta vermelho por pelo menos mais um mês, segundo informou a Nasa.
A prorrogação deve ir até o dia 30 de setembro devido a energia suficiente e boa capacidade experimental mantidas pela sonda. Há cerca de três meses no pólo norte do planeta, a Phoenix aproveita o período do verão marciano, quando existe luz solar para alimentar o equipamento o dia inteiro. Porém, no último dia 25 de agosto, o Sol se pôs pela primeira vez, anunciando a chegada do outono de Marte, onde ocorrerão períodos crescentes de escuridão.
Segundo Peter Smith, o principal cientista da missão, "o trabalho saiu melhor do que se imaginava, mas ainda não estamos aprendendo com Marte sobre seus segredos". "Estamos trabalhando no sentido de compreender as propriedades e a história do gelo nas planícies do norte. Enquanto o Sol se põe no horizonte, ainda temos como continuar as observações e experiências", explicou o especialista.
Além disso, os cientistas ainda aguardam para ver uma mudança gradual nas condições climáticas marcianas nas próximas semanas. A Phoenix já confirmou a presença de gelo e substâncias como magnésio, sódio, potássio, cloro e perclorato no solo marciano.
Perclorato
No início de agosto, amostras de solo marciano analisadas pelos instrumentos da Phoenix identificaram a provável presença de perclorato, uma substância corrosiva que poderia excluir a possibilidade da existência de alguma forma de vida.
Porém, o principal cientista da missão, Peter Smith, explicou que a descoberta, que ainda deve ser confirmada por outras análises, não compromete em nada o caráter habitável do Planeta Vermelho.
A sonda Phoenix foi lançada em 4 de agosto de 2007, com o objetivo de pesquisar a zona do pólo norte do planeta vermelho, onde aterrissou com sucesso em 25 de maio de 2008.
A Phoenix escava trincheiras para depois analisar os montes de terra, com cerca de 10 cm de altura, formados ao redor
Redação Terra
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