terça-feira, 14 de julho de 2009

AEB aprova bases para desenvolver projetos aeroespaciais

A Agência Espacial Brasileira (AEB) publicou no Diário Oficial da União desta terça-feira portaria que atualiza o programa Uniespaço, criado há 12 anos para integrar as universidades às atividades espaciais.

O programa prevê o repasse de recursos para o financiamento de projetos. As reformulações do Uniespaço, publicadas hoje, estão relacionadas ao anúncio que a agência fará nos próximos dias para informar sobre a ampliação da participação universitária e a inclusão de novos temas de pesquisa, como a tecnologia de acesso rápido ao espaço.

Em agosto a agência espera poder anunciar a continuidade de alguns projetos já em andamento. Atualmente, o Uniespaço desenvolve 16 projetos aeroespaciais. Alguns deles irão para a fase dois, enquanto outros encerrarão em julho sua participação de dois anos.

O programa engloba as áreas do conhecimento aeroespacial, com atividades da chamada eletrônica embarcada e a propulsão aeroespacial. São atividades que vão da confecção de peças necessárias à fabricação de veículos e plataformas espaciais até a fabricação de computadores de bordo e sensores para sistemas de controle de satélites.

O foguete projetado pela UnB é um exemplo de resultado positivo de financiamento do Uniespaço. Coordenado pelo professor de Engenharia Mecânica da UnB, Carlos Alberto Gurgel, o projeto está em fase final de testes e será apresentado em agosto, no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos.

Projetado para ultrapassar 10 mil m de altitude, o foguete dispõe de uma tecnologia inédita na América Latina: seu propulsor é dotado de um sistema híbrido que funciona a partir da mistura de um oxidante líquido, o óxido nitroso (N2O), e um combustível sólido, a parafina, semelhante à usada na fabricação de velas.

A principal vantagem desse tipo de combustível é que ele é mais barato e simples de ser operado. Segundo o professor Gurgel, sua manipulação é mais segura porque a combustão pode ser interrompida a qualquer momento, graças a uma válvula que controla a injeção do oxidante líquido.

Agência Brasil

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