Há 40 anos, a mítica missão Apollo 11 foi acompanhada por espectadores que, da Terra, ficaram entre encantados e incrédulos. No Brasil, o episódio causou nervosismo no bairro Água Santa, subúrbio do Rio de Janeiro. "Ficamos com muito medo mas, mesmo assim, assistimos pela nossa TV Telefunken preto e branco", lembra o contador José Carlos Pereira de Carvalho.
Aos treze anos, entre as análises que ele ouviu naquele 20 de julho estão a "profecia" de uma vizinha dizendo que o mundo iria acabar e a afirmação do próprio pai de que as pegadas de Armstrong eram uma grande mentira. "Meu pai dizia que não passava de uma montagem. Faleceu sem acreditar que o homem foi à Lua", diz.
Para o professor aposentado José Roberto Andrade, de Guaratinguetá (SP), o marco da astronomia teve efeitos no quintal de casa. Ele visitava uma irmã em Terra Roxa (SP) quando os noticiários brasileiros falavam sobre a missão. Naquele dia, seus filhos Marco Antonio e Carlos Roberto percorreram o jardim da residência em um triciclo, renomeado "módulo lunar" em função do contexto. O "reconhecimento de terreno" era observado por outro irmão, Cláudio.
De férias pelas Great Smoky Mountains, no leste dos Estados Unidos, o tradutor americano Douglas Smith acompanhou o desembarque na Lua através de um radinho a pilhas. Ele estava acampando com a mulher nas férias de verão quando ficou sabendo que o feito se daria na noite de 20 de julho. "Comprei o rádio especialmente para isso. Naquela época, era a tecnologia mais moderna que poderia encontrar", diz.
De fora de sua barraca, Smith ouviu a transmissão enquanto observava o astro. Ele tinha 26 anos e, dois anos depois, se mudaria para o Brasil.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3884415-EI238-ABM,00.html
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Os internautas José Carlos Pereira de Carvalho, do Rio de Janeiro (RJ), José Roberto Andrade, de Guaratinguetá (SP), e Douglas Smith, de São Paulo (SP), participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.
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