sexta-feira, 6 de março de 2009

Japão planeja enviar robô à Lua em 2020

O Japão está estudando enviar à Lua um robô em 2020 e um astronauta até 2030, de acordo com um relatório do governo divulgado nesta sexta-feira, em meio a temores de que o país seja deixado para trás na corrida espacial asiática.

O plano surgiu depois da primeira caminhada espacial chinesa e do lançamento pela Índia de sua primeira missão não tripulada à Lua, no ano passado. Funcionários do governo chinês disseram que a China planeja enviar astronautas à Lua no futuro, ainda que um cronograma não tenha sido anunciado até agora.

O robô e o astronauta japoneses estudariam a Lua para determinar se seus recursos podem ser usados, afirmou o relatório.

Uma comissão de desenvolvimento espacial também discutiu na sexta-feira a possibilidade de que o Japão dê início a um programa próprio de vôos espaciais tripulados, segundo um funcionário do governo.

"Alguns especialistas estão preocupados com a possibilidade de que, a não ser que exista um programa independente, o Japão seja deixado para trás em termos de desenvolvimento espacial", disse um funcionário do Strategic Headquarters for Space Policy (SHSP), que opera sob a autoridade do gabinete japonês.

"Se projetos de desenvolvimento espacial em larga escala, como sondas lunares ou um sistema de energia solar espacial forem conduzidos, teremos de ter não apenas robôs, mas também pessoas, lá. A tecnologia dos programas espaciais tripulados certamente se tornará a base desses casos", disse ele.

O programa espacial japonês estava desmantelado no final dos anos de 1990 e começo dos 2000, devido a lançamentos mal sucedidos de foguetes, mas o país lançou com sucesso sua primeira missão de exploração lunar em 2007.

União Soviética, Estados Unidos e China são os únicos países que colocaram pessoas no espaço em seus próprios foguetes.

Em meio a preocupações sobre a corrida espacial na região e sobre as capacidades nucleares e de mísseis da Coréia do Norte, o Japão introduziu uma nova lei espacial no ano passado que permite o uso militar do espaço, pondo fim a décadas de pacifismo.

Reuters

Nenhum comentário: