A sonda Kepler, que partiu em busca de planetas similares à Terra, entrou em órbita neste sábado a cerca de 185 km da Terra. O próximo passo do foguete que conduziu a nave é lançá-la para a órbita em torno do sol.
"Esta missão quer responder a uma pergunta que é tão antiga quanto o tempo: existem outros planetas como o nosso por aí?", disse o administrador do diretório de missões da Nasa, Ed Weiler.
A Kepler está equipada com um potente telescópio para observar, durante três anos, cerca de 100 mil estrelas na zona das constelações de Cygnus e Lyra, na Via Láctea. Os investimentos chegam a quase US$ 600 milhões.
O telescópio buscará planetas que não sejam quentes ou frios demais, nem muito rochosos e que tenham água em estado líquido, ou seja, condições essenciais para a existência de vida, explicou o principal cientista do projeto Kepler, William Borucki.
Em dois meses, a Kepler deve começar a transmitir informações sobre os chamados exoplanetas, que giram em torno de 100 mil estrelas. "Olharemos uma ampla variedade de estrelas, desde as pequenas e frias ao redor das que devem circular muito de perto os planetas, até as maiores e mais candentes que nosso sol", disse Borucki.
Segundo os cientistas, as observações serão feitas para verificar oscilações periódicas na luz que planetas emitem quando passam em frente a sua estrela. "Detectar planetas do tamanho de Júpiter com esse método é como medir o efeito que um mosquito causa ao passar em frente ao farol de um carro. E encontrar planetas como a Terra, é como achar uma pulga nessa mesma luz", disse Fanson.
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