terça-feira, 31 de março de 2009

Seis são confinados por 105 dias para simular viagem a Marte

A tripulação sorriu e acenou para as câmeras antes de entrar no compartimento apertado que simula uma nave espacial
A tripulação sorriu e acenou para as câmeras antes de entrar no compartimento apertado que simula uma nave espacial

Seis voluntários embarcaram em uma viagem simulada de 105 dias a Marte nesta terça-feira, para testar como seres humanos enfrentam longos períodos de isolamento.

A tripulação masculina de quatro russos, um alemão e um francês sorriu e acenou para as câmeras antes de entrar em um compartimento apertado, uma imitação de nave espacial.

Um cadeado foi usado para trancar o espaço de metal, onde será desenvolvido um projeto em conjunto com a agência espacial da Rússia Roskosmos e a Agência Espacial Europeia.

"Para falar a verdade, eu estou muito feliz com a minha tripulação", disse a uma coletiva de imprensa no Instituto de Problemas Médicos e Biológicos de Moscou o chefe da tripulação, o russo Sergei Ryazansky.

"Eu acredito que esta equipe não terá problemas psicológicos", afirmou o cientista de 34 anos de idade, que é um astronauta treinado."Eu também quero que esta missão seja no mínimo um pouco parecida com um vôo espacial de verdade, que todos nós desejamos."

Chegar a Marte em uma nave espacial como as atuais levaria pelo menos 500 dias, sujeitando os astronautas a doses altas de radiação e a um custo de dezenas de bilhões de dólares. As autoridades russas disseram que um vôo como este deve acontecer em 2030.

O experimento, parte do projeto Marte-500, tem como objetivo avaliar como os seres humanos lidam com os efeitos psicológicos e físicos em períodos longos em compartimentos fechados.

A tripulação irá enfrentar especialmente emergências propositais e problemas como o atraso de mais de 20 minutos na comunicação com a torre de controle, assim como com os sinais de rádio pela enorme distância da Terra e de volta.

Os integrantes da equipe serão monitorados para avaliar o impacto do isolamento nos níveis de estresse, regulação dos hormônios e sono. Um outro experimento simulado de 520 dias está agendado para começar ainda este ano.

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