segunda-feira, 18 de maio de 2009

Astronautas completam reparos e encerram missão no Hubble

John Grunsfeld (foto) e Andrew Feustel realizaram a quinta e última caminhada para reparar o Hubble
John Grunsfeld (foto) e Andrew Feustel realizaram a quinta e última caminhada para reparar o Hubble

Astronautas do ônibus espacial Atlantis encerraram seu último dia de trabalho no telescópio espacial Hubble nesta segunda-feira, instalando novas baterias e um sensor que deve manter o observatório funcionando por pelo menos mais cinco anos. John Grunsfeld e Andrew Feustel, que fizeram a quinta caminhada espacial da equipe do Atlantis em sua missão para reparar o Hubble, terminaram o trabalho tão rápido que a Nasa acrescentou uma tarefa para substituir escudos térmicos do telescópio.

"Ok, Drew. Vamos ser produtivos", disse Grunsfeld quando eles se encaminhavam ao Hubble, às 9h30 horário de Brasília, quase uma hora antes do previsto. Eles foram produtivos, substituindo três das baterias do Hubble sem maiores problemas. As primeiras três haviam sido substituídas na quinta-feira, na primeira caminhada no espaço feita na missão.

Grunsfeld e Feustel também trocaram um dos três sensores rastreadores de estrelas do Hubble, que são usados para fazer o observatório mirar alvos celestiais. Os astronautas também finalizaram parte do trabalho que ficou sem fazer na caminhada no espaço realizada no domingo por seus colegas Michael Massimino e Michael Good, que enfrentaram problemas com equipamentos em sua tentativa de reativar um dos instrumentos científicos do Hubble que tinha parado de funcionar.

O Espectrógrafo de Imagem da sonda espacial, conhecido como STIS, era usado para procurar buracos negros e vasculhar o gás e a poeira entre galáxias, até deixar de funcionar em 2004 devido a uma falha elétrica. O porta-voz da Nasa Rob Navias disse que testes feitos com o instrumento mostraram que o conserto foi bem-sucedido.

Trabalho extra
Grunsfeld e Feustel também tiveram tempo para instalar dois escudos metálicos sobre as baías de instrumentos do telescópio, para ajudar a proteger o observatório do ambiente inóspito do espaço. Um dos escudos estava previsto para ser instalado no domingo, mas faltou tempo para isso.

Em quatro caminhadas anteriores no espaço, os astronautas instalaram uma nova câmera e espectrógrafo, substituíram o sistema de posicionamento do Hubble, consertaram dois instrumentos e instalaram um anel de acoplamento, de modo que naves espaciais robóticas possam ser enviadas para tirar o Hubble de órbita no final de sua vida operacional.

A expectativa é que os consertos conservem o Hubble na vanguarda da exploração científica por pelo menos cinco anos, para que possa funcionar em conjunto com o telescópio espacial James Webb, que vai tomar seu lugar. A troca das três baterias restantes conclui os objetivos principais da Nasa na missão, a quinta e última missão de manutenção do Hubble antes da frota de ônibus espaciais ser aposentada, no próximo ano.

A tripulação do Atlantis pretende recolocar o Hubble em órbita na terça-feira e retornar na sexta-feira ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

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