Os satélites europeus de observação astronômica Planck e Herschel, destinados a investigar a origem do Universo, foram lançados nesta quinta-feira ao espaço a bordo de um foguete Ariane-5 da base de Kuru, na Guiana francesa.
A decolagem a partir da plataforma de lançamento aconteceu às 10h12 de Brasília sem nenhuma complicação, segundo a televisão francesa.
Vinte e cinco minutos depois, os satélites iniciaram seu percurso para alcançar o ponto orbital, situado a cerca de 1,5 milhão de quilômetros sobre a Terra, aonde chegarão em cerca da 60 dias.
Os dois satélites, concebidos pela ESA, têm como missão observar o Universo até limites nunca alcançados até agora, o que pode esclarecer a origem do mesmo.
Resultado de 15 anos de experimentação e de mais de 1,7 bilhão de euros (US$ 2,3 bilhões) de investimento, os dois telescópios ficarão em um ponto de equilíbrio entre a atração terrestre e solar.
Levarão um mês e meio, aproximadamente, para chegar a esse ponto, que alcançarão de forma independente. Com revolucionários instrumentos de observação, Planck e Herschel trabalham em condições de frio extremo, próximos ao zero absoluto, para evitar distorções em suas medições.
Isso limita a duração de vida dos satélites, que será de entre três a cinco anos no caso de Herschel, e de entre um ano e meio e dois anos e meio para Planck.
"Trata-se da aposta mais importante da ESA em astronomia espacial", afirmou à Agência Efe de Kuru o coordenador de política científica da agência europeia, Álvaro Giménez.
Cerca de 300 especialistas de 15 países deram sua contribuição para conceber e fabricar os dois telescópios espaciais mais modernos.
Herschel é o de maior espelho já enviado ao espaço, de 3,5 metros de diâmetro, o que complicou sua colocação em órbita, adiada várias vezes.
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